A situação das abelhas e demais polinizadores na Europa
Os insetos polinizadores como as abelhas estão desaparecendo na Europa. Os investigadores sabem que as causas são múltiplas tais como: perda do habitat, agentes patogênicos, espécies exóticas, uso dos fertilizantes agrícolas e até mesmo as alterações climáticas.
E as consequências são dramáticas: as abelhas e os outros polinizadores são as sentinelas dos ecossistemas. O seu declínio afeta negativamente as plantas selvagens, a produção agrícola e até mesmo a nutrição humana.
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Europa: Mel de abelhas curam até mesmo feridas crônicas, as abelhas ajudam na polinização de cereais e frutas, mas estão ameaçadas
23/06 16:17 CET
Simon Potts, biólogo e coordenador do projeto STEP na Universidade de Reading explica: “Este é um morango que foi muito bem polinizado. Tem boa cor, um bom tamanho e é simétrico. Podemos compará-lo a um morango mal polinizado. Podemos ver que é um pouco menor, é disforme, não é muito atraente e tem menos açúcar provavelmente… Os polinizadores têm um papel muito importante na agricultura e se existirem em menor quantidade na Europa, vamos ter sérios problemas na produção e no cultivo de alimentos de boa qualidade.”
Os investigadores de um projeto europeu de investigação estão trabalhando para avaliar o problema e para encontrar soluções.
Victoria Wickens, é ecologista agrícola, na Universidade de Reading: “Nós pensamos: se conseguirmos colocar espécies de flores aqui, podemos tirar o máximo proveito desta terra. Podemos atrair os polinizadores com uma mistura muito específica de flores. Algo que vai atrair as diferentes espécies de polinizadores… As abelhas… E todos os insetos que podem polinizar as plantações. Acreditamos que, desta forma, podem vir para a região, podem aumentar em número e passar para as culturas”.
Segundo a cientista Jennifer Wickens, da Universidade de Reading, o trabalho de campo e de laboratório indicam que esta medida é eficaz: “Os resultados mostram que as flores estão aumentando a presença dos polinizadores em 500%, isto em termos de quantidade. Mas em termos de diversidade, também estamos a encontrar espécies raras que vêm para os terrenos agrícolas. É entusiasmante, porque significa que estamos conseguindo que os polinizadores saiam dos seus habitats protegidos para a agricultura”.
O biólogo Duncan Coston exemplifica:“Temos aqui dois cestos. Um com produtos que não necessitam de polinização. E outro com produtos que exigem alguma forma de polinização através de insetos… Por, exemplo: “Laranjas… Cidra… Pêras… maças… Um pouco de café… E algumas amêndoas… Sem café, ou chocolate, ou sem folhados de chocolate… O café da manhã começa a parecer um pouco mais monótono e aborrecido”.
Os especialistas em polinização organizam regularmente campanhas de sensibilização nas escolas ou em supermercados como este, perto de Reading, no Reino Unido.
“É uma espécie de mosquito que poliniza a planta do cacau. Sem esta espécie de mosquito, não há chocolate. Existem certas espécies de abelhas que polinizam o café. E, sem elas, não teríamos café. O algodão precisa de ser polinizado por insetos. Sem os polinizadores, a quantidade e o rendimento de todos estes produtos cairia drasticamente e o seu custo acabaria por disparar”, conclui Duncan Coston.
Inverter o declínio dos polinizadores ainda é possível, dizem os investigadores. Mas o tempo pode estar a terminar.
A ferida na pata de Knallen tem resistido a todas as tentativas de tratamento. Até ter sido tratada com um novo medicamento, com 13 bactérias do ácido láctico, retirado do estômago das abelhas. Com mel processado, água e açúcar, a mistura ajuda a produzir substâncias antimicrobianas que matam os germes resistentes aos antibióticos.
A descoberta foi feita por investigadores suecos da Universidade de Lund. O mel é usado contra infeções há milénios, mas este grupo de bactérias estudadas produzem compostos contra os micróbios. Em laboratório, as bactérias de ácido láctico atuaram em todos os agentes patogénicos.
Segundo a Microbiologista da Universidade de Lund, Alejandra Vasquez: “O ingrediente fundamental são as bactérias vivas do mel. Podemos levar este medicamento antigo até outro nível, no qual podemos padronizar uma mistura de mel com estas bactérias em alta concentração.”
Esta experiência bem sucedida pode ajudar a comunidade médica a ultrapassar o problema da resistência aos antibióticos. O próximo passo é fazer testes em seres humanos, cujas feridas se têm revelado impossíveis de tratar.
“A cura tem demorado entre oito dias, até três semanas, mas todas as feridas crónicas ficaram curadas. Acreditamos que esta descoberta pode ser uma ferramenta alternativa aos antibióticos, mas não esperávamos resultados tão bons”, acrescenta Alejandra Vasquez.
A resistência aos antibióticos tornou-se uma questão fundamental na saúde, com um número cada vez maior de bactérias, cada vez mais resistentes. A solução pode estar nas abelhas.
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