Circulou na semana passada uma reportagem alegando que Trump cortou todo contato direto com Bibi após se sentir manipulado por ele. Por mais sensacionalista que pareça, o contexto mais amplo sugere que pode ser verdade. Para começar, havia um atrito entre eles desde o final de 2020, depois que Trump supostamente se sentiu traído por Netanyahu ser o primeiro a reconhecer a vitória eleitoral de Biden enquanto Trump ainda a contestava na Justiça.
Fonte: Authored by Andrew Korybko via Substack
Esse seria um cenário de pesadelo da perspectiva dos interesses israelenses sionistas dos judeus khazares e seu sonho do “Grande Israel”…
Essa é uma questão muito pessoal para Trump, já que ele continua insistindo que venceu em 2020, então sua reação contra Bibi não seria surpreendente.
Mais recentemente, Bibi tem pressionado Trump a bombardear o Irã, o que Trump não quer fazer, já que uma guerra em larga escala na Ásia Ocidental prejudicaria seu planejado “Pivô (de volta) à Ásia” para conter a China.
Nesse contexto, Trump teria demitido o ex-assessor de Segurança Nacional [à serviço dos judeus khazares na Casa Branca] Mike Waltz por supostamente coordenar-se de forma muito próxima com Israel. Também são relevantes os rumores de que Israel foi pego de surpresa pela retomada das negociações dos EUA com o Irã e é contra qualquer acordo entre ambos [porque QUER A GUERRA].
Há também o recente acordo dos EUA com os Houthis que excluiu Israel, relatos de que os EUA desvincularão o reconhecimento saudita de Israel de suas negociações nucleares civis e até mesmo especulações de que Trump poderá reconhecer a Palestina como estado durante sua participação na Cúpula Golfo-EUA iniciada hoje em Riad.
No geral, é evidente que as relações EUA-Israel estão recentemente assoladas por uma série de problemas, dando credibilidade à notícia citada anteriormente sobre Trump ter cortado todo o seu contato direto com Netanyahu.
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A divergência entre eles pode até ser irreconciliável, dependendo dos próximos passos de Trump. A situação já era ruim o suficiente, da perspectiva de Israel, para os EUA terem fechado seu próprio acordo com os houthis logo após eles anunciarem seus planos de impor um bloqueio aéreo a Israel, mas desvincular o reconhecimento saudita de Israel de suas negociações nucleares civis, sem falar no reconhecimento da Palestina, poderia ser um desafio. Nesse cenário, Israel e EUA permaneceriam em desacordo durante o restante do mandato de Trump, e talvez até mesmo depois, se Vance o suceder.
As consequências disso repercutiriam amplamente em toda a região do Oriente Médio. Sem o apoio contínuo de seu aliado vassalo mais antigo e confiável, que ainda é o país mais forte e influente do mundo, apesar da transição sistêmica global para a multipolaridade, o minúsculo estado [Pária] de Israel ficaria sozinho para lidar com as ameaças do Irã e da Turquia.
Para piorar a situação, não se pode descartar a possibilidade de os EUA restringirem ou mesmo suspenderem sua ajuda militar a Israel sob qualquer pretexto, enfraquecendo assim as suas Forças Armadas.
Essa combinação de fatores pode levar Israel a atacar violentamente seus adversários regionais em desespero, antes de perder suas vantagens estratégico-militares, o que poderia desencadear uma guerra em larga escala, ou ser coagido a uma série de concessões que acelerariam a perda dessas mesmas vantagens.
Do ponto de vista [e Agendas ocultas] dos interesses israelenses, este é um dilema de soma zero que deve ser evitado a todo custo, mas a ruptura potencialmente irreconciliável de Trump com Bibi pode transformar esse cenário de pesadelo em um fato consumado.
No entanto, como demonstra a reconciliação inesperada de Trump com o também judeu khazar Zelensky, sempre há a chance de que as tensões entre eles sejam superadas. Para que isso aconteça, porém, Bibi provavelmente teria que dar a Trump algo de valor estratégico equivalente ao acordo de minerais de Zelensky.
Não está claro o que seria, dado que Israel é um país minúsculo, e pode chegar tarde demais para impedir os EUA de desvincular o reconhecimento saudita de Israel de suas negociações nucleares civis e/ou do reconhecimento do estado da Palestina, mas Bibi faria bem em fazer uma oferta de paz a Trump o mais rápido possível.