O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, discursou em uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G-20, à margem da reunião da Assembleia Geral da ONU em Nova York, na quinta-feira, e ele realmente se irritou, indo atrás da OTAN e da União Europeia por declararem uma guerra real à Rússia por meio do uso da Ucrânia como sua proxy.
Fonte: Zero Hedge – Rússia Today
Seus comentários foram feitos logo após a OTAN alertar a Rússia de que está preparada para defender “cada centímetro do território aliado”, após a Estônia afirmar que caças russos violaram seu espaço aéreo na semana passada.
Ele começou acusando a aliança ocidental de não aderir aos princípios da Carta da ONU, que descreveu como “uma manifestação de ambições neocoloniais, [que] levam ao aumento da instabilidade global e geram conflitos regionais”.
“Um exemplo claro é a crise na Ucrânia, provocada pelo Ocidente coletivo, por meio da qual a OTAN e a União Europeia querem declarar, na verdade, já declararam uma guerra real ao meu país e estão participando diretamente dela“, disse Lavrov . Assista abaixo:
'NATO and EU have basically declared WAR on my country'
— RT (@RT_com) September 25, 2025
'Ukraine crisis provoked by collective West'
Lavrov at UNGA sets out to make some G20 FMs squirm in their seats with hard facts pic.twitter.com/ifQn30NzCL
“A escalada no Oriente Médio segue a mesma linha”, continuou Lavrov. “A catástrofe humanitária sem precedentes em Gaza já ceifou a vida de 65.000 pessoas, e alguns funcionários da ONU que trabalham no Oriente Médio afirmam que há estimativas de que o número de mortos seja 10 vezes maior. Nenhum dos vizinhos de Israel pode se sentir seguro; vemos isso todos os dias.”
Autoridades marionetes da OTAN e da UE indicaram que atirar em aviões russos é uma opção “em análise” caso haja novas violações do espaço aéreo europeu, em um alerta “terrível”.
Moscou tem consistentemente caracterizado o conflito na Ucrânia como uma guerra por procuração do Ocidente contra a Rússia, na qual as forças de Kiev estão sendo usadas como “bucha de canhão”.

A Rússia tem condenado repetidamente a ajuda militar a Kiev, acusando o Ocidente e a UE em particular de militarização e retórica beligerante.
Autoridades russas também argumentam que o Ocidente vem [intencionalmente] intensificando as tensões na região há muitos anos, ignorando as preocupações de longa data de Moscou com a expansão da OTAN para o leste.
Elas apontam para a crescente cooperação do bloco militar europeu com a Ucrânia, que se intensificou após o golpe de Maidan em Kiev, em 2014, e o conflito subsequente no então Donbass ucraniano.