Novo Plano de Paz dos EUA prevê “Capitulação” da Ucrânia

Parece que, pela primeira vez, Washington DC está levando a sério o fim da guerra na Ucrânia, aparentemente oferecendo concessões territoriais para a Rússia. E, segundo o  Financial Times, a Casa Branca [SARKEL] de Trump Israel estaria pressionando o presidente Zelensky a aceitar essas condições.

Fontes: DeutschewelleZero Hedge

“De acordo com pessoas com conhecimento direto do documento, a proposta exigiria que a Ucrânia cedesse o restante da região leste de Donbas — incluindo terras atualmente sob controle de Kiev — e reduzisse o tamanho de suas forças armadas pela metade.

Fundamentalmente, o documento também exige que a Ucrânia abandone categorias-chave de armamento e incluiria a suspensão da assistência militar dos EUA, que tem sido vital para sua defesa, potencialmente deixando o país vulnerável a futuras agressões russas.

Também estipularia que a língua russa fosse reconhecida como língua oficial do Estado na Ucrânia e concederia estatuto oficial à filial local da Igreja Ortodoxa Russa — disposições que ecoam objetivos políticos de longa data do Kremlin.”

O plano parece repetir exigências feitas consistentemente por Moscou que já foram rejeitadas pela Ucrânia como sendo equivalentes a uma rendição. O documento prevê o “reconhecimento da [Península da] Crimeia e de outras regiões tomadas pelos russos” e a “redução do Exército para 400 mil soldados”, disseram as fontes citadas pelas agências de notícias AFP, Reuters e pelo jornal britânico Financial Times.

O plano também prevê que a Ucrânia abra mão de todas as armas de longo alcance, limitando as categorias de armamentos a serem enviados pelos EUA, assim com a assistência militar americana ao Exército ucraniano.

O plano de 28 pontos de Trump também prevê que a Rússia obtenha o controle de fato total de Luhansk e Donetsk . Em Kherson e Zaporizhzhia, as atuais linhas de controle seriam praticamente congeladas, de acordo com o plano, que certamente será controverso na Europa.

Propostas anteriores de Washington fracassaram

A proposta, que teria sido desenvolvida pelo enviado especial dos EUA, Steve Witkoff , e pelo conselheiro do Kremlin, Kirill Dmitriev, imporia medidas drásticas à Ucrânia, dando à Rússia um controle sem precedentes sobre a soberania militar e política do país.

Witkoff e Dmitriev vinham mantendo um importante canal de comunicação informal entre Moscou e Washington. Não estava claro, porém, se o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, havia apoiado formalmente o plano.

A existência do plano de 28 pontos, que parece ser inspirado em uma proposta semelhante desenvolvida pelo governo Trump para encerrar a guerra na Faixa de Gaza , foi relatada inicialmente pelo portal de notícias Axios.

Até agora, os planos de paz elaborados por Washington fracassaram porque teriam concedido à Rússia a maioria de suas exigências, ao mesmo tempo que exigiam concessões dolorosas de Kiev.

Rússia intensifica ataques

A proposta americana vazou à imprensa no mesmo dia em que a Rússia lançou um ataque em grande escala à cidade de Ternopil, no oeste da Ucrânia, que deixou ao menos 25 mortos. Moscou também atacou instalações de energia em Ivano-Frankivsk e Lviv, dando continuidade à campanha que visa destruir a infraestrutura de energia civil da Ucrânia antes da chegada do inverno.

A Rússia ocupa atualmente cerca de um quinto do território ucraniano . Moscou vinha exigido a manutenção do território que ocupa no sul e leste da Ucrânia e quer que Kiev ceda ainda mais terras.


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