O reino saudita rico em petróleo e gás ainda está avaliando se deve aderir ao bloco, disse o ministro da economia do país. A Arábia Saudita ainda está avaliando uma possível adesão ao BRICS, disse o ministro da Economia e Planejamento do país do Golfo, Faisal Al-Ibrahim, à Bloomberg em uma entrevista nessa segunda-feira durante o fórum de Davos do WEF.
Fonte: Rússia Today
O bloco econômico foi estabelecido em 2009 pelo Brasil, Rússia, Índia e China, com a África do Sul se juntando dois anos depois. Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos se tornaram membros plenos em 1º de janeiro de 2024 e a Indonésia se juntou como membro pleno em janeiro de 2025.
“Fomos convidados para o BRICS, similar a como fomos convidados para muitas outras plataformas multilaterais no passado historicamente”, disse o ministro da economia saudita à agência de notícias nos bastidores do Fórum Econômico Mundial [WEF] em Davos, Suíça. “Avaliamos muitos aspectos diferentes antes que uma decisão seja tomada e, agora, estamos no meio disso.”
Al-Ibrahim enfatizou que Riad está “sempre focada em promover um diálogo mais global”.
O reino, junto com outras cinco nações, foi convidado a se tornar membro do grupo durante a 15ª cúpula do BRICS, realizada em Joanesburgo em agosto de 2023. A Argentina, no entanto, recusou o convite depois que o presidente Javier Milei se opôs à medida, revertendo a posição de seu antecessor, Alberto Fernandez.
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No mês passado, o assessor presidencial russo Yuri Ushakov anunciou que o grupo havia aprovado o status de “estado parceiro” para mais oito países, a Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia e Uzbequistão — que entrou em vigor no início deste ano.
O status de parceiro foi estabelecido na última cúpula do BRICS, sediada pela Rússia em Kazan em outubro de 2024. Ele tem como objetivo servir como uma alternativa à filiação, depois que mais de 30 países se candidataram para ingressar no grupo.
Os detentores desse status podem participar permanentemente de sessões especiais de cúpulas do BRICS, reuniões ministeriais e outros eventos de alto nível. Os parceiros também podem contribuir para os documentos de resultados do grupo, mas não participam da aprovação de documentos ou da votação.
Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países originais representou 65% da expansão do produto interno bruto (PIB) mundial. Em paridade de poder de compra, os BRICs respondiam em 2003 por 9% do PIB mundial. Em 2009, a participação do grupo passou para 14%. Em 2010, o PIB somado dos cinco países do BRICs totalizou US$ 11 trilhões ou 18% da economia mundial.
Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice foi ainda maior: 19 trilhões de dólares ou 25%. O PIB dos BRICS em 2013 já superava o dos Estados Unidos ou o da União Europeia. Em 2017 foi de 23%, correspondente a 50% do crescimento econômico mundial. Com a entrada dos novos países, o BRICS passou a corresponder a 27% da economia mundial e 43% da população do planeta.