A China difere do Ocidente porque seu autoritarismo tecnológico brutal é exposto, em vez de ser disfarçado no discurso neoliberal suave e maternal ao qual estamos acostumados aqui. Quando o PCC institui seus programas distópicos de controle social na China, há muito menos pretensão de respeito pelos “direitos humanos” ou outras bobagens com as quais os líderes ocidentais “fingem” se importar.
Fonte: PJMédia.com
Tecnocratas europeus e oligarcas bilionários americanos chamam seus projetos de “cidades inteligentes”; seus colegas chineses os chamam pelo nome que declara claramente a intenção: “Skynet” — como na grade de controle tecnotrônica “fictícia” da franquia de filmes O Exterminador do Futuro.
A GÊNESIS DO SKYNET:
A vida SEMPRE imita a arte, especialmente em relação às agendas ocultas e mais nefastas.
A Skynet da China é uma das várias iniciativas para vigiar literalmente todos os seres vivos sob o domínio do Partido Comunista Chinês, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano :
Projetos como o Golden Shield Project, Safe Cities, SkyNet, Smart Cities e agora Sharp Eyes significam que existem mais de 200 milhões de câmeras de segurança públicas e privadas instaladas em toda a China … Os dados da SkyNet são usados em complexos de edifícios que usam reconhecimento facial para abrir portões de segurança. As fotos desses portões de segurança são então compartilhadas com a polícia local para construir um banco de dados da população local. A mídia estatal chinesa afirmou que a SkyNet chinesa já pode escanear toda a população chinesa em um segundo com 99,8% de precisão.
Assim como no contexto da Guerra ao Terror dos EUA, a justificativa inicial para a implantação do programa era combater o “terrorismo” — no caso chinês, os “terroristas” não eram os tecnocratas sociopatas no governo, mas sim os grupos étnicos rebeldes minoritários na região ocidental do país.
E, assim como a atual “guerra ao terror doméstico” do governo americano, o aparato de vigilância foi inevitavelmente voltado para uso contra a população doméstica em geral.
Além de facilitar a intrusão injustificada do governo na vida pessoal das pessoas (o que não é proibido na China, mas é proibido pela Quarta Emenda da Constituição Americana), a Skynet também permite a aplicação do draconiano sistema de pontuação de crédito social chinês :
O Partido Comunista Chinês vem construindo há anos um sistema de classificação moral que monitora o comportamento de sua enorme população – e os classifica com base em seu “crédito social” … Assim como as pontuações de crédito privado, a pontuação social de uma pessoa pode subir e descer dependendo de seu comportamento… As punições podem vir de várias formas, como proibições de viagens, internet lenta e banimento do ensino superior. A China já começou a punir pessoas restringindo suas viagens, incluindo a proibição de voos, ônibus e trens.
O resultado final pretendido é o controle social total do indivíduo e de toda a população. Tudo o que o servo chinês faz na plantação comunista é monitorado e julgado. A obediência é recompensada com maior prestígio e acesso a recursos; a dissidência é punida com pobreza e ostracismo social.
Nada é trivial demais para merecer a punição do estado — nem mesmo atravessar fora da faixa de pedestres.
Tecnocratas neoliberais e invejosos no Ocidente buscam inspiração na China. O único obstáculo real para alcançar o controle social ao nível do PCC é a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU — aberta e reconhecidamente em frangalhos, mas ainda nominalmente em vigor (por enquanto).
Infelizmente, ambos os principais partidos políticos nos EUA são culpados de perpetuar o estado de vigilância sob o pretexto de “segurança nacional”, embora nos últimos anos a direita tenha se tornado mais cética em relação a isso, à medida que o governo tem como alvo “extremistas domésticos” (ou seja, qualquer um que não queira levar as crianças para o esquecimento).
