Brasil ultrapassa EUA pela 1ª vez e se torna Maior Produtor e Exportador mundial de Algodão

Diante de uma colheita recorde na safra de 2023-2024, o Brasil ultrapassou pela primeira vez os Estados Unidos e tornou-se o maior produtor e exportador mundial de algodão, conforme anúncio nesta segunda-feira (1º).

Fonte: Sputnik

No período, foram colhidos das fazendas brasileiras mais de 3,7 milhões de toneladas de algodão e exportados 2,6 milhões de toneladas.

O anúncio ocorreu durante o 75º Encontro da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados, promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) em Comandatuba (BA). A previsão anterior era de que o país se tornasse líder mundial no segmento apenas em 2030, marca que foi alcançada seis anos antes.

Os resultados foram comemorados durante o evento, que também anunciou a comercialização de 60% da safra.

“Liderar mundialmente no fornecimento de fibra de algodão é um marco histórico, mas não é um objetivo em si e não foi planejado para tão cedo. Antes, trabalhamos continuamente para aperfeiçoar nossos processos, aumentando nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade todos os dias e, consequentemente, a nossa eficiência”, ressaltou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, à agência Xinhua.

Conforme a entidade, o bom desempenho do setor ocorre por conta da maior conexão entre os produtores e a indústria têxtil nacional.

Mesmo com a forte concorrência internacional, a cadeia industrial do país prevê que o consumo interno de fio e algodão vai saltar de 750 mil toneladas para um milhão de toneladas anunciadas.

Recuperação das exportações brasileiras

As exportações brasileiras registraram uma boa recuperação neste ano por conta da maior demanda de países como Bangladesh e Paquistão, que em 2023 realizaram menos compras por conta de dificuldades financeiras. Além dos dois países, os principais consumidores do algodão brasileiro são a China, Turquia e o Vietnã.

Exportações do Brasil alcançam US$ 153 bi até 2ª semana de junho; superávit da balança é US$ 1,9 bi

A balança comercial brasileira registrou, até a segunda semana de junho, um saldo positivo de US$ 3,3 bilhões (RS$ 17,8 bilhões), resultado de um total de US$ 14,2 bilhões (R$ 76,9 bilhões) nas exportações e US$ 10,9 bilhões (R$ 59 bilhões) nas importações.

No ano, as exportações totalizam US$ 153 bilhões (R$ 828,2 bilhões) e as importações US$ 113,8 bilhões (R$ 616,7 bilhões), com saldo positivo de US$ 39,2 bilhões (R$ 212,4 bilhões) e corrente de comércio de US$ 266,8 bilhões (R$ 1,45 trilhão).

Os resultados foram divulgados na segunda-feira (17) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A corrente de comércio no período foi de US$ 25 bilhões (R$ 135,5 bilhões).

Na segunda semana, o Brasil alcançou US$ 6,9 bilhões (R$ 37,3 bilhões) de exportações e US$ 4,9 bilhões (R$ 26,5 bilhões) de importações, resultando em um superávit de US$ 1,9 bilhão (R$ 10,3 bilhões), com corrente de comércio de US$ 11,8 bilhões (R$ 64 bilhões).

Exportações do agronegócio brasileiro chegam a US$ 15 bilhões em maio

As exportações brasileiras de produtos do agronegócio do Brasil atingiram US$ 15,05 bilhões (cerca de R$ 80 bilhões) em maio e corresponderam a 49,6% do volume total do Brasil.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, o valor em maio foi 10,2% inferior na comparação com a exportação de US$ 16,76 bilhões (cerca de R$ 88,72 bilhões) no mesmo mês de 2023.

Em termos absolutos, houve queda de US$ 1,71 bilhão (cerca de R$ 9,2 bilhões) nas vendas externas.

A pasta justificou a diminuição pelos menores preços médios de exportação e, também, devido à redução do volume global exportado.

Os produtos que mais contribuíram para abrandar a queda das exportações no mês foram café verde, algodão não cardado nem penteado, celulose e açúcar de cana em bruto.

Um dos destaques das exportações brasileiras do agronegócio, o complexo sucroalcooleiro continua a registrar recordes de exportação. O setor elevou as exportações de US$ 1,24 bilhão (cerca de R$ 6,67 bilhões) em maio de 2023 pra US$ 1,43 bilhão (cerca de R$ 8 bilhões) em maio de 2024 (+15,3%).

O volume recorde de açúcar exportado para os meses de maio foi o fator responsável por esse bom desempenho. Com essa produção recorde, o Brasil exportou 2,81 milhões de toneladas em maio (+16,7%).

As carnes também estão entre os principais setores exportadores do agronegócio brasileiro, sendo responsáveis por 14,2% de todas as vendas externas do agronegócio. Foram registrados US$ 2,13 bilhões (cerca de R$ 11,45 bilhões) em maio de 2024, valor 2% superior na comparação com os US$ 2,09 bilhões (cerca de 11,24 bilhões) exportados no mesmo período de 2023.

Os produtos florestais ficaram na terceira posição entre os principais setores exportadores do agronegócio, registrando US$ 1,55 bilhão (cerca de R$ 8,33 bilhões) em vendas externas (+25,5%). Ao contrário do complexo soja e das carnes, houve elevação nos preços médios de exportação nos produtos florestais.

O principal motivo dessa alta ocorreu devido ao incremento do preço internacional da celulose, que passou de US$ 403 (cerca de R$ 2 mil) por tonelada em maio de 2023 para US$ 551 (cerca de 3 mil) por tonelada em maio de 2024 (+36,8%). A China é o principal importador desse produto brasileiro.


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