Em resposta ao ataque no Porto de Hodeida, que matou três pessoas e feriu 80, o porta-voz rebelde dos Houthis Mohammed Abdulsalam disse à TV Al Jazeera do Catar, citada pelo Times of Israel e pela equipe da Reuters, dizendo que “não haverá linhas vermelhas” no próximo ataque Houthi sobre Israel.
Fonte: Zero Hedge
“Todas as instituições sensíveis, em todos os seus níveis, serão um alvo para nós”, disse Abdulsalam à Al Jazeera.
srael confirmou no domingo que as suas forças militares lançaram um ataque aéreo retaliatório no Porto de Hodeida, um importante porto iemenita no Mar Vermelho e o segundo maior do país.
“O porto de Al Hudaydah, no Iêmen, continua em chamas e todas as suas reservas de petróleo estão em chamas, mais de 24 horas após o bombardeio de Israel. Eles não deveriam ter enviado aquele maldito drone para Tel Aviv”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o porto de Hodeida era o “ponto de entrada para armas que o Irã fornece aos seus representantes terroristas Houthis. Os Houthis usaram essas armas para atacar Israel, para atacar estados árabes na região, para atacar muitos outros.”
Emanuel Fabian , correspondente militar do The Times of Israel, postou no X imagens de satélite da empresa de inteligência e imagens israelense do ImageSat que mostram grandes danos no porto de Hodeida.
O ataque israelense ocorreu um dia depois que os houthis apoiados pelo Irã atingiram Tel Aviv com um drone pela primeira vez, matando uma pessoa e ferindo várias outras. O primeiro-ministro Netanyahu descreveu a contra-ofensiva contra os Houthis como uma “resposta direta” ao ataque de drones kamikaze contra civis em Tel Aviv.
Desde o início da guerra, deixei claro que Israel agirá contra todos os atacantes, razão pela qual ontem atingimos alvos Houthi no Iémen, em resposta ao ataque mortal de drones perto do Consulado dos EUA em Tel Aviv. O porto visado é utilizado para o contrabando de armas do Irã para os Houthis, que atacaram Israel e outras nações. A comunidade internacional deve apoiar as ações de Israel para se defender contra este eixo terrorista iraniano e garantir que os agressores paguem um preço elevado”.
Separadamente, o porta-voz militar Houthi, Yahya Saree, alertou que “a resposta do grupo de rebeldes Houthis à agressão israelense contra o nosso país está inevitavelmente chegando e será enorme“.
Nos últimos nove meses, as forças rebeldes dispararam mais de 220 mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e drones contra Israel em apoio a Gaza, onde Israel tem lutado contra os terroristas do Hamas.
Os Houthis também têm como alvo navios ligados à Israel e de países do Ocidente que apoam os judeus, incluindo navios porta-contêiner e petroleiros, no crítico ponto de estrangulamento marítimo do sul do Mar Vermelho, no estreito de Bab el-Mandeb e do Golfo de Aden.
O que está claro é que a cobertura de ameaças dos Houthi está expandindo-se, algo que dissemos aos nossos leitores que isso era possível de acontecer, no início de Maio.
Uma nota recente de David Asher, investigador sénior do Instituto Hudson e antigo funcionário do Departamento de Estado na administração Trump, alertou que o próximo choque financeiro poderia potencialmente ter origem no [barril de pólvora do] Oriente Médio através da transformação do petróleo bruto em armamento pelo Irã.
No slide 29 do relatório, Asher destacou que os rebeldes Houthi do Iémen poderiam começar a atacar instalações petrolíferas de alto valor na Arábia Saudita. Isto faria com que o petróleo Brent ultrapassasse rapidamente o nível de US$ 100/barril se Abqaiq fosse atingido.
O ataque israelense ao porto de Hodeida é uma ‘mensagem’ ao Irã . Agora, a tempestade perfeita de escalada possivelmente está à nossa frente. Todos os olhos também estão voltados para os preços do petróleo Brent.
