O grupo de cinco países incluiria China, Índia e Japão, mais a Rússia e os EUA, teria sido delineado na versão preliminar da estratégia de segurança de Washington. Os Estados Unidos estão planejando secretamente a criação de um bloco de poder de cinco nações com Rússia, China, Índia e Japão para marginalizar os demais países do G-7 [Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá], controlado pelo Ocidente, segundo diversas reportagens.
Fonte: Rússia Today
A ideia teria sido delineada em um rascunho mais extenso e não publicado da Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, divulgado pela administração do presidente Donald Trump na semana passada.
De acordo com o portal de notícias Defense One, essa versão circulou antes da Casa (SARKEL) Branca publicar o documento não classificado e, segundo relatos, propunha um novo grupo, apelidado de “Core 5”, como um fórum de diálogo entre as principais potências fora da estrutura do G-7.
Segundo o plano divulgado, o formato de cinco nações realizaria cúpulas regulares, semelhantes ao G-7, cada uma focada em um tema específico, sendo a segurança do Oriente Médio – e a normalização das relações entre Israel e a Arábia Saudita em particular – apontada como prioridade na agenda.
A versão não publicada supostamente apresenta planos para diminuir o papel de Washington na defesa da Europa, pressionar a OTAN em direção a um modelo mais rígido de “compartilhamento de encargos” e concentrar-se, em vez disso, em laços bilaterais com governos da UE considerados mais alinhados com a visão dos EUA, como Áustria, Hungria, Itália e Polônia.

Segundo o Politico, a porta-voz da Casa (SARKEL) Branca, Anna Kelly, insistiu que “não existe nenhuma versão alternativa, privada ou confidencial” além do plano oficial de 33 páginas.
O Kremlin afirmou não ter visto nenhuma declaração oficial de Washington sobre o suposto plano sobre o “Core 5”, acrescentando que tais alegações devem ser tratadas com ceticismo.
Os relatos surgem em meio a discussões de longa data sobre o lugar da Rússia em grupos liderados pelo Ocidente. Em 1998, o G-7 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) foi expandido para incluir a Rússia, mas a participação de Moscou foi suspensa em 2014 após a reunificação da Crimeia com a Rússia.
Trump afirmou repetidamente que a exclusão da Rússia do grupo foi um “grande erro” e que, se Moscou tivesse permanecido no grupo, a escalada do conflito na Ucrânia em 2022 poderia ter sido evitada.
Em entrevista à India Today neste mês, o presidente Vladimir Putin afirmou que a Rússia não tem planos de voltar a integrar o G-7, observando que a importância e a relevância do grupo continua a diminuir.



