Histórias da Terra, do Sistema Solar e a Explosão de Maldek – Jaffer Ben-Rob da Terra (2)

 “Antes que o povo de meu mundo (Maldek) os apunhalasse com o garfo da ilusão, os Elohim tocaram suas harpas de fogo e cantaram a beleza de seu mundo e de sua devoção ao plano divino do Criador de Tudo Aquilo Que É. Que o véu que fizemos cair sobre suas mentes seja em breve erguido e tirado de vocês para sempre pelo vento que está agora se elevando das profundezas da eternidade”.  –  Eu Sou Tob-Vennit de Maldek.”

ANTIGAS HISTÓRIAS DA TERRA, da Explosão de Maldek e do sistema solar. Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”, escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da FEDERAÇÃO GALÁCTICA, páginas 155 a 194.


JAFFER BEN-ROB DA TERRA – Parte II 

Orbeleen apresentou-nos à nossa equipe de três criados simms, duas jovens e um homem bem mais velho. Levou algum tempo para Alfora entender o que um criado realmente era. Foi uma revelação para uma menina que, há menos de duas semanas, vivia num casebre às margens de um rio a cozinhar peixe numa fogueira. Os armários estavam repletos de todos os tipos de roupas guardadas em envoltórios transparentes. Algumas eram chamadas de roupas formais por Orbeleen, que disse que nos avisaria quando nos vestir com esses trajes. Antes de nos deixar naquele dia, disse-nos que qualquer pedido que tivéssemos deveria ser transmitido a ela por intermédio do velho simm, Tarnbero.

As outras casas e apartamentos dessa área especial estavam ocupados exclusivamente por pessoas de outros mundos. Gradualmente, conhecemos muitos dos habitantes do complexo em Maldek. Nós os visitávamos em suas residências e descobrimos que também eram servidos por simms que respondiam dire­tamente a Orbeleen. O local em que residiam, como o nosso, tinha apenas uma saída e entrada comuns.

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Interior de uma Nave Mãe da Federação Galáctica, que orbita a Terra em nível de consciência superior ao da terceira dimensão. Desenho pelo artista que a visitou sem seu corpo físico…

Durante os três anos terrestres que passamos em Maldek, nunca saímos do complexo residencial. Nossa vida social girava em torno de reuniões com grupos de outros mundos nas quais partilhávamos informações sobre nossas culturas de origem. Ficamos sabendo da existência de rádio, televisão, fotografia, procedimentos médicos avançados e práticas religiosas diferentes. Eu ficava pensando porque os maldequianos não tinham, ou não utilizavam, o conhecimento desses sábios de outros mundos. De fato, nenhum maldequiano jamais compareceu a qualquer um desses encontros. Para nós, era como se não existissem maldequianos vivendo em Maldek.

Minha interação com os vários tipos de pessoas de outros mundos no complexo proporcionou-me uma cultura em línguas que eu não poderia ter adquirido em outra parte. A necessidade de saber sobre o que nós, dos diferentes mundos, falávamos tornava necessário aprender rapidamente a linguagem uns dos outros. Minhas habilidades adquiridas em línguas acabaram por ser utilizadas na fase seguinte de minha vida, que se iniciou quando voltei à Terra.  Durante nossa permanência em Maldek, vi apenas três maldequianos. Escoltavam pelo complexo o novo embaixador nodiano designado para Maldek e a Terra, Opatel Cre’ator. Naquele dia, ele estava acompanhado por seis homens de sua raça vestidos de uniformes negros e por seu criado gigante, Corbalslate. O maldequiano conhecido apenas pelo nome simples de Sant foi designado seu intérprete.

Descobri que naquele dia estavam mostrando as acomodações a Opatel e sua equipe. Descobri também que ele recusara o mais opulento palácio do complexo destinado a pessoas de outros mundos. Recusou também vários outros palácios grandiosos fora do complexo. (Sei agora que ele não era o tipo de homem que gostava de entrar e sair por apenas uma única porta.) Providenciaram para ele uma clareira na montanha próxima ao complexo. Na montanha, ele estacionou uma grande espaçonave circular negra. Em sua fuselagem havia a insígnia da Casa de Comércio de Cre’ator, um triângulo prateado com um duplo lado esquerdo. Opatel e seus nodianos se abrigaram dentro da nave, a partir da qual também conduziam seus assuntos diplomáticos. Quando as obrigações diplomáticas de Opatel o levavam para a Terra, lá se ia ele com espaçonave, armas e bagagens, por assim dizer.

No período em que permaneci em Maldek, vi duas vezes a nave de Opatel partir e voltar à sua base na montanha próxima. Nunca pus os olhos em Opatel outra vez enquanto permaneci em Maldek. Cerca de três anos e meio depois, vi-o novamente duas vezes, uma vez em suas funções oficiais na colocação do cume de cristal astrastone na Grande Pirâmide de Mir/Egito e outra vez quando conversamos em particular certa noite às margens do Nilo.

No período em que permaneci em Maldek, desfrutamos encontros, conversas e o compartilhamento de conhecimentos com várias pessoas de outros mundos no complexo. Cheguei mesmo a gostar e a admirar os cryberantes, grupo de pessoas que, a princípio, era muito reservado, tentando impressionar todos com o fato de saberem as respostas aos maiores segredos do universo. Por alguma razão que ainda tenho de descobrir, os maldequianos tinham um pouco mais de respeito pelos cryberantes (que eram ótimos telepatas) do que por qualquer outra raça do universo.

Os cryberiantes eram de um planeta que orbitava um sistema solar/estelar localizado na Constelação de Lira cuja principal estrela/sol é VEGA. Com o passar do tempo, um número considerável de cryberantes foram levados à Terra e empregados pelos maldequianos para esculpir a estátua atualmente chamada como a Esfinge, na planície de Gizé, em MIR/Egito, sob a qual havia várias câmaras secretas (as últimas descobertas recentemente em 2009). Sei agora que quando as câmaras foram concluídas, os cryberantes que as construíram foram mortos para impedir que revelassem as localizações das câmaras e suas vias de acesso. Havia outras câmaras não ocultas sob a Esfinge, e foi em algumas delas que Ruke de Parn e sua família se esconderam quando os krates massacraram todos os envolvidos na construção das pirâmides.  (Como sabem, os krates culparam os construtores das pirâmides pela destruição de seu planeta natal, Maldek.)

Alfora passava grande parte de seu tempo cuidando do jardim, e suas flores eram abundantes e belíssimas. Durante nossa permanência em Maldek, Alfora ficou grávida. Descobri depois que sua condição apressou nossa partida do planeta, pois os maldequianos não desejavam o nascimento de nenhum filho de pessoas de outros mundos em seu mundo natal, se pudessem evitá-lo. Na verdade, durante minha primeira vida, nunca vi uma criança maldequiana com menos de cerca de 12 anos.

O planeta Maldek tinha quatro estações como a Terra, mas cada estação era mais longa pelo fato de Maldek descrever sua órbita (que se localizava entre às órbitas de Marte e Júpiter, onde hoje vemos os fragmentos da explosão de Maldek, o Cinturão de Asteroides) maior ao redor do Sol. Mesmo assim, as atividades de jardinagem de Alfora se estendiam pelo ano todo, pois o clima do complexo era controlado. Durante o inverno, toda a área do complexo era coberta por um campo de força de projeto graciano. Eu gostava dos invernos maldequianos, pois eram uma experiência visual muito bonita. Quando a neve branca que caia entrava em contato com o campo de força, tornava-se num azul luminoso, e então verde. Os fios verdes d’água desciam pela superfície externa do campo em forma de domo, aquecendo-se no percurso. Depois de atingir certa temperatura perto da parte inferior do campo, a água se evaporava formando um jorro de luz amarela e vermelha.

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A Esfinge, na Planície de Gizé, no Egito

Fomos avisados com dois dias de antecedência por Orbeleen que sairíamos de Maldek para a Terra. Chegamos a nosso ponto de partida à noite e encontramos esperando uma grande espaçonave triângular que não era um veículo graciano, e sim de modelo maldequiano. Os operadores da nave e passageiros eram maldequianos, exceto por Alfora e eu. A bordo, encontramo-nos novamente com Sou-Dalf que não víamos há três anos. Ele agora vestia o uniforme dos oficiais krates. Sou-Dalf deu pouca atenção a Alfora e a mim, sendo visto na maioria das vezes em companhia de outro oficial krate de posto igual ao seu, cujo nome era Serp-Ponder. (Sou forçado a dizer que, se já houve um maldequiano que passei a admirar, foi Serp-Ponder.

Se não fosse por ele, eu teria sido morto naquela primeira vida e meu corpo jogado na montanha de corpos dos cryberantes mortos para guardar os segredos da Esfinge.) Quando saímos de Maldek, a única coisa que levamos foi o que trouxéramos e cerca de cem pacotes de sementes de flores. Essas sementes se perderam durante o vôo e nunca mais foram encontradas.

DE VOLTA À TERRA

Nosso voo de Maldek para a Terra foi bem sossegado. Alfora e eu nos afastamos dos outros e preparávamos a nossa própria comida em nossa área de convivência de um cômodo. Quando aterrissamos fomos deixa­dos a cerca de 4,8 quilômetros de meu povoado natal de Tigrillet sem nem mesmo um até logo. Ficamos no campo aberto com nossos per­tences enquanto a nave maldequiana se ergueu, saindo da nossa vista. Confuso, fiquei pensando se deveria ir para a casa dos meus pais ou para a vila dos maldequianos Cro-Swain e Debettine. Decidi ir para a casa de minha família e apresentar minha mulher. Começamos a andar em direção do povoado quando o Sol descia no poente. À medida que andávamos, escutávamos os sons dos pássaros noturnos. Os sons das matas a nosso redor fizeram sentir-nos bem por voltar uma vez mais à Terra.

Quando entramos no povoado, encontramo-lo às escuras, embora a vila maldequiana na montanha estivesse feericamente iluminada, estando agora circundada por diversos outros edifícios de vários andares. Enquanto andávamos pelas ruas desertas, ouvimos alguém cantando e dedilhando um violão. A melodia era uma antiga canção folclórica da Terra, mas a letra fora mudada e traduzida para o idioma de Maldek. Chegando à porta da casa de minha família, encontrei uma bolsa de bolotas (fruto do carvalho) pendurada na aldrava da porta. Era sinal de que os donos da casa não estavam. Alfora e eu passamos a noite ali. Pelo número de velas queimadas, consegui deduzir que a força elétrica para o povoado estava desligada há bastante tempo.

Na manhã seguinte, andamos em direção à praça do povoado e encontramos as pessoas às voltas com seus afazeres como se tudo estivesse perfeitamente normal. A prefeitura estava vazia exceto por dois krates entretidos num jogo semelhante ao xadrez. Não dissemos nada a eles. Depois de nos informarmos um pouco, descobrimos que minha família agora morava com o irmão mais velho de meu pai, Kanius. A fazenda de tio Kanius ficava a cerca de 19 quilômetros do povoado. A medida que andávamos em direção à fazenda, passamos pela pequena usina de força. A estrada de acesso à usina estava guardada por dois jovens terráqueos sem uniforme que pareciam tão ignóbeis quanto os krates. Lançaram-nos um olhar frio, mas conseguiram dar um sorrisinho quando eu disse olá em maldequiano.

Mais ou menos na metade de nossa viagem, passou por nós uma carruagem puxada por seis cavalos. Seu único passageiro era Deybal Ben-Volar, que já fora chefe de polícia de nosso povoado (meu pai fora seu chefe suplente). Reconheceu-me e pediu-nos para ir com ele, pois estava a caminho de um encontro com meu pai e tio Ka­nius. Durante a viagem para a fazenda, fez-me perguntas intermináveis sobre minha visita a Maldek. Ficou muito decepcionado ao saber que, durante nossa permanência, ficáramos isolados no complexo destinado às pessoas de outros mundos, pois eu pouco lhe podia contar sobre Maldek ou seu povo nativo. Senti que o amigo de meu pai queria dizer-me algo, mas se conteve, pois ainda não tinha certeza se podia confiar em mim.

Alfora e eu fomos alegremente recebidos por minha família. Estavam nos esperando, pois naquela manhã uma arca com moedas de ouro fora entregue para mim ali por um simm. O dinheiro fora mandado por Cro-Swain em pagamento por meus serviços de acompanhante de Sou-Dalf. Tio Kanius estava espumando de raiva e me aconselhou a guardar um pouco do que ganhara para pagar o imposto que os maldequianos estavam cobrando sobre crianças recém-nascidas. Apenas as crianças cujos pais pagassem tal imposto seriam ensinadas a ler e escrever e teriam permissão de freqüentar a escola. O imposto poderia ser pago a qualquer tempo da vida da criança (juntamente com os juros acumulados).

O PLANO MALDEQUIANO DE CONTROLE TOTAL DO SISTEMA SOLAR (n.t. E a origem dos problemas que ainda hoje enfrentamos em nosso planeta. Percebam a semelhança na forma de implantar um sistema de controle GLOBAL tirânico). 

Descobri que durante minha ausência as coisas haviam mudado drasticamente na Terra. Alegando que os nodianos representavam um grande perigo para a Terra e seu povo, os maldequianos declararam lei marcial em todo o planeta. Suspenderam as atividades do Governo do Conselho de Anciãos da Terra (não existiam países naquele tempo) e dizia-se que os templos seriam fechados aos que não pudessem comprar um passe. Centenas de milhares de krates e mercenários de outros mundos tinham sido trazidos para a Terra. Os assim chamados novos impostos seriam usados para sustentar os “protetores”. Apenas as instalações maldequianas dispunham de energia elétrica.

Fallen-Angel-horns
A rebelião do El de Maldek, Baal, Lúcifer, Bel, Marduk, é o começo da rebelião entre os deuses criadores que deu início a luta entre TREVAS e LUZ em nosso sistema solar. Isto começou a cerca de 252 milhões de anos …

Qualquer pessoa da Terra que entrasse em contato ou tratasse com alguém de outro mundo que não constasse da lista maldequiana de amigos seria imediatamente preso, e depois, publicamente executado. Uma das coisas que realmente enfureciam meu tio era que os maldequianos queriam que ele tocasse sua fazenda com trabalho escravo. Os escravos eram gente que havia violado alguma regra maldequiana ou que não tinha meios de pagar alguma multa ou imposto ridículo. Meu pai me disse que mais da metade das pessoas que ele conhecera desde menino eram agora escravas dos maldequianos. Dizia-se também que quando a “ameaça nodiana”  passasse, essa gente estaria livre para seguir com suas vidas como antes. Os maldequianos proclamavam que eram medidas de emergência implementadas apenas para fazer frente ao perigo incerto.

Sei agora que esses atos cruéis eram, na verdade, um programa de 315 anos maldequiano para controlar totalmente a Terra (e mais tarde os demais planetas do sistema solar) e escravizar os seus habitantes nativos. A presença de nodianos no sistema solar fez com que desistissem de seu plano original em favor de um controle gradual, acelerando-o antes que os nodianos tivessem chance de descobrir e contar o segredo a nós ou a outros povos deste sistema solar, que os maldequianos planejavam derrotar no futuro.

Uma semana depois de minha chegada à fazenda de meu tio, aterrissou um carro aéreo trazendo o simm Rubdus. Trouxe-me uma mensagem de Cro-Swain, que era agora o ditador militar maldequiano da região. A mensagem, escrita no alfabeto maldequiano (que ele sabia que eu podia entender agora) oferecia-me um emprego de tradutor na terra de Mir (Egito). Eu seria muito bem pago por meus serviços e seria dispensado do pagamento de qualquer imposto sobre meu filho que estava para nascer. A oferta de Cro-Swain foi um dos assuntos tratados na reunião mais tarde naquela noite.

LUTADORES PELA LIBERDADE DA TERRA 

Naquela reunião estavam Deybal Ben-Volar, tio Kanius, meu pai, dois homens que já tinham sido chefes de polícia do povoado e eu. Ninguém no grupo estava engolindo a história forjada maldequiana de que os nodianos iriam invadir a Terra. Sabia-se que a usina de força era operacional, embora os maldequianos afirmassem haver sido sabotada por “agentes nodianos”. Também discutimos o fato de que a escassez de certos tipos de alimentos, remédios e outros materiais era também coisa dos maldequianos.

cinturao_asteroides(restos de Maldek)
O Cinturão de Asteroides, o que restou da explosão ocupa a posição orbital original do planeta MALDEK (cujo tamanho era de 4,2 vezes o tamanho da Terra) e são fragmentos do planeta de quando esse explodiu há cerca de 252 milhões de anos. Os seus dois maiores pedaços são as duas atuais luas de Marte, Phobos (Medo) e Deimos (Terror), nomes bem apropriados. Os anéis de Saturno são fragmentos de poeira capturados durante a explosão de Maldek.

Tínhamos certeza de que esses “problemas” haviam sido inventados para manter a população do planeta desnorteada, com medo, confusa e apreensiva à medida que os maldequianos secretamente apertavam o laço em volta do nosso pescoço. No encerramento da reunião, todos concordaram que devíamos resistir aos maldequianos mesmo que fosse à força. Esperávamos que ainda houvesse tempo para espalhar as notícias em todo o mundo e descobrir algum meio de mais uma vez nos governar a nós mesmos. Meu pai sugeriu que tentássemos entrar em contato com os nodianos e pedíssemos seu auxílio para derrotar nossos governantes maldequianos. Todos sabíamos que quem fosse pego fazendo tal contato seria morto, mas concordamos que se devia correr o risco.

      Eu era o único do grupo que já vira um nodiano e, como eu poderia entrar em contato com nodianos na terra de Mir e confidencialmente relatar nossa situação a eles, decidiu-se que eu aceitaria a oferta de emprego de Cro-Swain. A única coisa que consegui pensar na hora foi que Alfora poderia visitar sua terra de nascimento e estar com as pessoas que foram seus amigos de infância. Ela estava feliz porque nosso filho nasceria em Mir (Egito).

Tio Kanius enviou um mensageiro a Cro-Swain com minha aceitação de sua oferta de emprego. Na tarde seguinte, o simm Rubdus chegou de carro aéreo para apanhar Alfora e eu. Fomos levados ao campo onde fôramos deixados pela espaçonave maldequiana vários dias antes. Lá encontramos esperando um carro aéreo maior. O operador dessa nave era maldequiano e seus passageiros eram uma combinação de gente da Terra e de construtores cryberantes (uma raça de extraterrestres de Vega que construiu a Grande Esfinge)

Durante o tempo em que passamos com Rubdus, ele mencionou que ainda tinha cerca de dois anos para cumprir de seu contrato de serviço de dez anos com Cro-Swain, e estava achando muito difícil tolerar a presença e as atitudes cruéis de milhares de krates que agora ocupavam os novos edifícios ao redor da vila. Foi a última vez que vi Rubdus. Fiquei sabendo depois que, ao retornar à vila depois de concluir uma tarefa para Cro-Swain, ele se matara, mergulhando com seu carro aéreo carregado de bombas em um dos quartéis dos krates.

Seu ato matou várias centenas de krates, mas em represália todos os simms num raio de 160 quilômetros foram publicamente crucificados (o modo preferido dos maldequianos de executarem seus opositores …). Descobri também que a carga de explosivos que Rubdus descarregou nos krates naquele dia foi secretamente feita e embarcada em seu carro aéreo por meu pai e meu tio Kanius.

Quando chegamos a Mir, fomos abrigados ao noroeste da planície (agora chamada Planície de Gizé) em meio a um grupo de cerca de 200 cryberantes e 100 pessoas da Terra. A área de moradia graciana e simm ficava a norte de nós e os trabalhadores negróides dos planetóides  (luas) de Relt/Júpiter e de outros locais moravam a leste da planície, próximo do rio Nilo. Os maldequianos, quando afinal chegaram em grandes números, moravam bem ao norte nas praias do Mar Mediterrâneo (naquela época bem menor do que hoje em dia). Um grupo de cerca de 30 krates acabou por ocupar moradias construídas próximo a um afloramento rochoso que mais tarde seria esculpido pelos cryberantes na forma da  Esfinge original, hoje desfigurada. 

Cerca de 24 quilômetros a leste da planície havia um grande povoado de povo nativo da Terra. Era chamado Pankamerry, e seu líder era Cark Ben-Zobey. Todos os negócios que os gracianos tinham com fornecedores de alimentos e outros mercadores eram conduzidos nesse povoado, pois os mercadores eram proibidos de entrar na área de construção das pirâmides. Todas as espaçonaves gracianas tinham o povoado de Pankamerry como local de aterrissagem e de saída da Terra de onde quer que viessem ou para onde fossem. Como eu e dois assistentes simms fomos incumbidos de prover as necessidades dos cryberantes, de tempos em tempos eu ia aos depósitos de alimentos e visitava minha própria gente.

Eu sabia que se visse um nodiano nunca deveria ser visto falando com ele, então idealizei um plano para recrutar a ajuda de um graciano ou de um cryberante para que notificassem telepaticamente qualquer nodiano de que eu desejava encontra-lo secretamente. O difícil era encontrar um graciano ou cryberante que eu tivesse certeza que não me entregaria aos krates. Das duas culturas telepáticas, provavelmente um graciano seria mais confiável. Passei muitas noites escutando os gracianos a matraquear números uns com os outros, fingindo entender o que diziam e gostar de seus charutos. Meu verdadeiro objetivo era escolher entre eles um graciano que pudesse, em meu nome, entrar telepaticamente em contato com qualquer nodiano que pudesse ou não aparecer na área. 

Ao final de um período de cerca de um mês, minha procura por um conspirador telepático chegou ao fim quando fui abordado por um graciano idoso chamado Ponalix. Perguntou-me sem rodeios o que eu queria. Disse que se tornara óbvio a ele e a muitos de sua espécie que eu estava sempre num estado de muita agitação sempre que ia ver suas reuniões noturnas.

Por amizade, ele pensou em me dizer que eu estava sem saber irradiando um sinal emocional de perigo que poderia ser detectado pelos krates. Contei a Ponalix meu plano de entrar em contato com quaisquer nodianos que viessem para a área. Sem hesitação, concordou em ajudar-me se eu me acalmasse e não entrasse em contato com ele até que me enviasse uma mensagem. Concordei e fui para casa dormir. 

Certa tarde, Alfora e eu embarcamos numa barcaça vazia que deveria ser rebocada por carro aéreo rio acima até uma pedreira, onde seria carregada com pedras cortadas para as pirâmides. Alfora tinha certeza de que daria à luz ao nosso filho muito em breve e queria ficar com as mulheres de sua própria tribo. Da barcaça, podíamos esquadrinhar as margens do rio à procura de sua gente, nômades que subiam e desciam o rio pescando e caçando. O carro aéreo deslocou-se lentamente até que perdemos de vista a planície, depois do que o cabo se afrouxou à medida que o carro se deslocava sobre a barca, abaixando-se a cerca de 90 centímetros de nossas cabeças. 

A porta da nave se abriu e Ponalix pulou na barcaça. O carro aéreo retomou então sua operação de reboque. Ponalix nos disse que encontraríamos o povo de Alfora a cerca de 18 quilômetros mais ao sul e que deveríamos ficar com ele até que entrassem novamente em contato conosco. Ele me disse que providenciara que meu supervisor graciano imediato me concedesse uma licença por tempo indeterminado (mais longa do que a licença de quatro dias que eu arranjara). 

O povo de Alfora nos acolheu calorosamente. Mill, o homem que tomara Alfora aos cuidados e proteção de sua família depois dela ficar órfã, estava exultante em nos ver e ficou encantado quando lhe contamos de nossa viagem a Maldek. Ele se lembrou de que já fazia mais de três anos desde que nos vira pela última vez, e ficou pensando, agora que a construção (das pirâmides e da esfinge) na planície havia afinal se iniciado, quanto tempo levaria para a conclusão. Eu disse a ele que eu tinha ouvido dizer que levaria cerca de dois anos e quatro meses. 

Três dias depois de se reunir à sua gente, Alfora deu à luz a uma menina que chamou de Barla. Na noite seguinte, enquanto eu estava sentado conversando com Mill, um adolescente veio ter comigo e deu-me um charuto. Disse-me que o tinha recebido de um homem rio abaixo. Disse-me que o homem falara com ele com um sotaque estranho e lhe dissera para me dizer para encontrá-lo às margens do rio. A noite estava escura quando segui o menino ao local para onde o instruíram a me levar.

Primeiro, vi um pequeno barco ancorado perto da praia.  Continha quatro pessoas, e eu conseguia apenas distinguir suas silhuetas. Então, sobressaltei-me com a voz baixa de um homem que se dirigiu a mim chamando-me pelo nome. Voltei-me e me deparei com um homem alto vestido de negro, seu capuz adornado com um cordão prateado. Ele disse: É um prazer conhecê-lo, Jaffer. Sou Opatel Cre’ator. Creio que você tem um sério problema maldequiano. Como posso ajudá-lo?” 

Opatel pacientemente escutou-me descrever como nós, da Terra, estávamos sendo metodicamente derrotados e escravizados pelos maldequianos. Depois que pedi auxílio militar dos nodianos para derrotar os maldequianos, ele começou a falar:

“Jaffer, você é, na verdade, um representante de um grupo entre muitos do povo da Terra que secretamente vieram a nós com o mesmo pedido. Acredite-me, se estivesse em seu lugar, estaria fazendo exatamente a mesma coisa. Antes de mais nada, nossa opinião é que seu povo não está sendo derrotado, e sim de fato já está derrotado“.

Em segundo lugar, nossa tecnologia deu a vocês a falsa impressão de que somos capazes de fornecer a vocês auxílio militar superior. Vocês devem entender que nossas espaçonaves, em razão de seu número esmagador, poderiam destruir a pequena frota espacial maldequiana, mas o que se conseguiria com isso? Ainda restariam milhões de maldequianos na Terra. O que querem que façamos? Conduzir uma guerra terrestre em escala planetária contra eles quando mais de 95% de seu próprio povo não se opõe a seu governo maldequiano?” 

Além disso, seria impossível convencer os que controlam os vários poderes militares de Nodia a intervir violentamente de forma individual ou coletiva nos assuntos políticos de um planeta de outro sistema solar. Afinal, os maldequianos não lhes causaram problemas.”  

(n.t. – Uma situação muito semelhante à que vivemos hoje no planeta, em pleno século XXI – em que a maioria da população terrestre continua ignorante em relação à escravidão imposta por seus governantes que trabalham para uma Elite que realmente controla o Planeta, em nome de LÚCIFER/BAAL/MARDUK, a CONSCIÊNCIA (El) de MALDEK, sendo muitos desses seres humanos maldequianos em sua essência psíquica, em suas almas)

À medida que escutava Opatel falar, rolavam-me lágrimas pelo rosto. Minhas esperanças e expectativas foram totalmente destruídas. Ele colocou a mão em meu ombro e continuou:

“Nem tudo está perdido, meu amigo. Meu meio-irmão mais novo, Rayatis, é o principal diretor de uma Casa de Comércio nodiana em franca expansão, e discuti com ele os costumes e métodos dos maldequianos várias vezes. Rayatis acredita que, embora os maldequianos não sejam atualmente uma ameaça para nós de Nodia, eles acabarão por se tornar. Portanto, idealizamos um plano de grande alcance para lidar com eles. Primeiro, enviamos um emissário ao mundo natal graciano para estabelecer relações diplomáticas. Usaremos todos os meios que temos disponíveis para convencer os gracianos a não fornecer nem vender mais sua tecnologia avançada aos maldequianos. 

Temos esperança de que iremos conseguir esse acordo. Rayatis não se oporá aos esforços das outras duas grandes casas de comércio nodianas para estabelecer bases em Marte, Vênus ou quaisquer  planetoides (as luas) dos quatro radiares (os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Netuno). É a atitude mais sensata a se tomar, pois se a guerra acabar irrompendo entre nodianos e maldequianos, essas casas de comércio, que em outras circunstâncias competem entre si, se reunirão à casa de comércio de Rayatis para coletivamente proteger seus próprios interesses. A primeira fase do plano é manter os maldequianos sob controle e contidos em seu sistema solar natal aqui da Terra e reduzir seu poder”. 

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Opatel não acalentava falsas idéias de que os maldequianos se submeteriam a essas medidas nodianas. A questão era quanto tempo levaria para eles contra-atacarem? Só o tempo diria. Enquanto isso, ele concordou em secretamente fornecer a qualquer grupo da Terra o que pudesse para ajudá-los a minar o governo maldequiano. Avisou que caberia a esses grupos convencer os outros nativos do planeta a rejeitar os costumes dos maldequianos e se juntar ao movimento de resistência, que tinha como meta suprema restituir seus direitos e sua liberdade.

Havia muitíssimos elementos complexos relativos ao plano que Opatel e eu discutimos naquela noite às margens do Nilo, demais para esta narrativa. Mesmo assim, contarei duas informações que recebi naquela noite, pois sei que descrevê-las colocará uma melhor perspectiva para o leitor sobre a situação como um todo daquela época. 

CONSTRUÇÕES EM MARTE-NOTÍCIAS DE OUTROS POVOS CONQUISTADORES 

Opatel me disse que enquanto conversávamos, uma equipe graciana de construção, com o apoio de trabalhadores dos planetoides que orbitavam Relt/Júpiter, estava construindo uma grande pirâmide e outras estruturas também no planeta Marte (n.t. As ruínas desses monumentos estão localizados na hoje chamada Planície de Cydonia, em MARTE e foram fotografados pela sonda Viking da NASA). Não se sabia quem estava financiando essa construção, mas ele desconfiava que os maldequianos estivessem por trás delas. Ele me disse ter sido informado que as pirâmides de Mir (Egito) e de Marte estavam sendo construídas com as finalidades de curar enfermidades humanas físicas e prolongar a vida.  

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Acima: As ruínas das construções feitas na Planície de Cydonia, em Marte, pelos gracianos a pedido dos maldequianos.(NASA/Viking). A Cidade, a Face de Marte e as Pirâmides, a de 5 lados e a chamada de D & M.

Opatel Cre’ator estava convencido de que as estruturas não estavam sendo construídas com esse fim, mas admitiu ainda não ter descoberto o verdadeiro propósito dos maldequianos. Os gracianos, por outro lado, também pareciam estar no escuro, mas foram invadidos por um tipo de euforia espiritual por eles experimentada sempre que estavam construindo algo [com geometria sagrada] cuja forma expressasse os números sagrados que descreviam toda a realidade existente no universo. 

Opatel Cre’ator também me informou que as explorações espaciais nodianas os colocaram em contato com muitas raças de outros mundos que apresentavam a mesma atitude superior e arrogante dos maldequianos em relação a pessoas não nativas de seus mundos. Algumas dessas “raças superiores” tinham de um modo ou de outro assumido o controle de sistemas solares inteiros, governando com rudeza e crueldade os seus habitantes humanos.

Opatel explicou que atualmente estava além dos recursos físicos dos nodianos e de seus aliados encarregar-se diretamente da defesa dessas culturas. Acrescentou saber também que chegaria o dia em que algo teria de ser feito por alguém para impedir a união dos povos do lado NEGRO numa força conquistadora única que no futuro poderia se espalhar como uma doença e possivelmente dominar todo o universo. Disse também que se fosse verdade que nós, como almas humanas, reencarnaríamos depois da morte e viveríamos varias vezes em épocas futuras, seria muito desagradável nascer numa vida futura como escravos dos seres do lado sombrio em um planeta ou sistema solar inteiro por eles controlados. Tomou fôlego e disse:

“Poderia prosseguir sem parar com todas as formas de especulação sobre o futuro e sobre o que se pode e não se pode fazer e o que acabará sendo necessário fazer em relação aos seres do lado sombrio como os maldequianos. Mas tais especulações não ajudarão a tirar você e seu povo de sua atual situação. Lidemos com o que sabemos e descubramos o que pudermos sobre os planos reais dos maldequianos, a seguir façamos o que for preciso para impedi-los de fazer coisas ainda piores ao seu mundo e ao seu povo”. 

Antes de ir embora, Opatel Cre’ator  me disse para esperar ser procurado por um homem que seria reconhecido por sua capacidade de impedir a seu bel prazer que sua forma física projetasse sombra. Perguntei a Opatel como o homem conseguia fazer isso. Ele replicou: “Não sei mesmo com certeza, mas acho que ele absorve a energia da luz solar para sua essência interpsíquica”. Opatel então entrou na água e foi até o barco que o esperava. Escutei o ronronar baixo do motor elétrico e observei o barco deslocando-se corrente acima e desaparecendo da vista dentro da escuridão. 

Quando a Esfinge foi concluída, tomaram-se providencias para que os cryberantes e os que trabalhavam de perto com eles saíssem da terra de Mir. Como eu era um dos que trabalharam com os cryberantes, minha família e eu estávamos na lista dos que deveriam partir. Reunimo-nos certa manhã para começar a nossa viagem a pé para o norte até a costa do Mediterrâneo, onde, nos disseram, seríamos transportados para nossos respectivos lares em outras regiões da Terra ou levados a espaço portos onde as pessoas do grupo vindas de outros mundos seriam transportadas a seus mundos natais de espaçonave. Fiquei surpreso ao descobrir que Sou-Dalf e Serp-Ponder, juntamente com cerca de 50 krates de postos inferiores, iriam nos escoltar. CONTINUA ….


“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.  João 8:32


“Quando o conhecimento científico e a tecnologia aplicada  [a I.A., a Besta] atingirem um nível crítico de avanço, sem estarem informados por verdades espirituais e guiados pela autoridade moral, esta civilização planetária deixará de existir [em bases falsas]. Uma vez que certos limites sejam ultrapassados em áreas proibidas de perigosas pesquisas científicas e desenvolvimento tecnológico, o destino da raça humana será abruptamente e para sempre alterado”. – Grupo de Pesquisa de Convergência Cósmica (Fonte: HUGE Changes Coming To Planet Earth )


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