O Fim dos Dias: Armagedom e Profecias do Retorno (dos ‘deuses’ Anunnaki) (1a)

(Zecharia Sitchin)“Quando eles retornarão?” – Fui indagado inúmeras vezes com essa pergunta por pessoas que leram meus livros; “eles” são os Anunnakis – os (“deuses”) extraterrestres que estiveram na Terra, vindos do planeta Nibiru, e que foram reverenciados na Antiguidade na antiga Suméria [atual Iraque-Irã] como deuses [criadores do Adão/Eva de barro, a nossa humanidade atual]. Quando será que Nibiru, com sua órbita alongada, retornará às cercanias de nosso sistema solar, vindo de Sírius, e, então, o que acontecerá?

Do livro: O Fim dos Dias: Armagedom e Profecias do Retorno (dos ‘deuses’ Anunnaki) (Zecharia Sitchin)

1 – O Relógio Messiânico

À medida que o tempo gira, a humanidade sempre se vê dominada por temores apocalípticos, fervores messiânicos e inquietações quanto ao “Final dos Tempos”. O fanatismo religioso se manifesta nas guerras, nas rebeliões e nos massacres de “infiéis”. Exércitos reunidos pelos Reis do Ocidente guerreiam contra exércitos dos Reis do Oriente. O choque das civilizações abala as estruturas dos modos tradicionais de vida. A carnificina inunda povoados e cidades; os “superiores e poderosos” se refugiam entre paredes protegidas. Calamidades naturais e catástrofes cada vez mais intensas fazem com que as pessoas se perguntem:

  • A humanidade pecou e está testemunhando a Ira Divina?
  • Está prestes a enfrentar outro Dilúvio avassalador?
  • Isto é o Apocalipse?
  • Já é o Armagedom?
  • Há, ou haverá, salvação?
  • Os tempos messiânicos entraram em ação?
  • A época crucial é agora – no século XXI d.C. – ou já foi no século XXI a.C.?

A resposta correta é Sim e Sim, em ambos períodos de tempo, tanto no nosso tempo como naqueles tempos remotos. Está na condição da época presente, bem como no período de mais de quatro milênios
atrás, sendo que uma incrível similaridade remonta aos eventos que ocorreram na metade do período entre essas épocas: aquele associado ao fervor messiânico no tempo de Jesus, o Cristo.

Esses três períodos cataclísmicos para a humanidade e seu planeta – dois deles já gravados no passado (cerca de 2.100 a.C. e quando o a.C. mudou para d.C.) e o outro em um futuro muito próximo – estão interligados; um levou ao outro, um pode ser compreendido apenas ao se compreender o outro. O Presente brota do Passado, e o Passado é o Futuro. Essencial para todos eles é a Expectativa Messiânica; e ligando todos os três, está a Profecia.

Para entender como terminará o período atual de preocupações e inquietações (o que o Futuro anuncia), é preciso que entremos na esfera da profecia. Nossa previsão não será uma mescla de previsões modernas, cujo magnetismo principal é o medo da maldição e do Fim, e sim uma crença nos registros antigos e únicos que documentaram o Passado, influenciaram e previram o Futuro e registraram as previsões messiânicas anteriores. Esses registros profetizaram o futuro ainda na Antiguidade, e, acredita-se, o próprio Futuro que está por vir.

Em todos os três momentos apocalípticos – os dois que ocorreram e aquele que está por vir – o relacionamento físico e espiritual entre o Céu e a Terra era e permanece essencial para os eventos. Os aspectos físicos foram expressos pela existência na Terra de locais concretos ligando-a aos céus – locais
considerados cruciais, e que foram os focos dos eventos; os aspectos espirituais foram expressos naquilo que chamamos de Religião. Em todos esses três momentos, era natural que houvesse uma alteração no relacionamento entre Homem e Deus, exceto quando, ao redor de 2.100 a.C., a humanidade teve de enfrentar a primeira dessas três insurreições de época

  • nesse momento, o relacionamento era entre homens e deuses, no plural. Se esse relacionamento sofreu realmente uma modificação, é algo que o leitor irá logo descobrir. A história dos deuses, os Anunnakis (“Aqueles que do céu vieram à Terra”, há 432 mil anos atrás), como os sumérios os chamavam, começa com suas vindas de Nibiru à Terra em busca de ouro. A história do seu planeta foi contada na Antiguidade no Épico da Criação (O Épico de Atrahasis: a criação do homem, o grande dilúvio), um longo texto em sete blocos; é frequentemente considerado um mito alegórico, um produto de “mentes primitivas” que falava sobre planetas [corretamente] como se fossem deuses vivos combatendo uns aos outros. No entanto, como mostrei no meu livro, O Décimo Segundo Planeta, o texto antigo é, de fato, uma cosmogonia sofisticada contando como um planeta errante, passando pelo nosso sistema solar, colidiu com um planeta chamado Tiamat; a colisão resultou na criação da Terra e de sua Lua, no cinturão de asteroides e cometas e na captura do
    próprio invasor em uma grande órbita elíptica, que leva cerca de 3.600 anos-Terra para completar o ciclo (Figura 1). Dizem os textos sumérios que se passaram 120 de tais órbitas [Shars]- 432 mil anos – da Terra – antes do Dilúvio (o “Grande Dilúvio”) até que os anunnakis viessem à Terra. Como e quando eles vieram, suas primeiras cidades em E.DIN (o Éden bíblico), como criaram Adapa (Adão) e os motivos que os levaram a isso, além dos eventos do Dilúvio catastrófico – tudo isso foi contado na minha série de livros As Crônicas da Terra, e não repetirei aqui. Entretanto, antes de viajarmos no tempo ao século-chave de XXI a.C., alguns eventos pré-diluvianos e pós-diluvianos precisam ser
    relembrados.

O conto bíblico do Dilúvio, começando no capítulo 6 do Gênesis, relaciona seus aspectos conflitantes a uma única divindade, Yahweh [ o Anunnaki Enlil ], que inicialmente estava decidida a varrer a humanidade da face da Terra, mas que, em seguida, busca salvá-la por intermédio de Noé e a Arca. As primeiras fontes sumérias sobre o conto descrevem o deus Enlil como desafeto da humanidade, e o esforço contrário do deus Enki-Ea em salvar a humanidade.

O que a Bíblia encobriu para o bem do monoteísmo não foi apenas a diferença entre Enlil e Enki, mas
a rivalidade e o conflito entre os dois clãs de deuses anunnakis que dominaram o curso dos eventos subseqüentes na Terra. Esse conflito entre os dois e suas descendências, junto às regiões da Terra a eles determinadas após o Dilúvio, precisam ser mantidos em mente para que, assim, possamos compreender tudo o que aconteceu depois.

Os dois eram meio-irmãos, filhos de Anu, governante de Nibiru; seu conflito na Terra tinha raiz em Nibiru, planeta de origem deles. Enki – que era chamado de E.A. (“Aquele cuja casa é água”) – era o primogênito de Anu, mas não pela esposa oficial, Antu. Quando Enlil nasceu de Antu para Anu – uma meia-irmã de Anu – Enlil se tornou o herdeiro legítimo ao trono de Nibiru, apesar de não ser o primogênito.

Um ressentimento inevitável, por parte de Enki e de sua família maternal, foi exacerbado pelo fato de que a ascensão ao trono de Anu já era algo problemático desde o início: derrotado em uma série de lutas por um rival chamado Alalu, Anu posteriormente usurpou o trono de Nibiru com um golpe de Estado, forçando Alalu a fugir de Nibiru para salvar sua vida. Aquilo não apenas estendeu o ressentimento de Enki/Ea aos dias de seus ancestrais, como também gerou outros desafios à liderança de Enlil, como foi
contado no épico O Conto de Anzu. (Para saber mais. sobre as conturbadas relações entre as famílias reais de Nibiru e os ancestrais de Anu e Antu, Enlil e Ea, veja O Livro Perdido de Enki.)

A chave para desvendar o mistério das leis de sucessão (e de matrimônio) dos deuses foi a minha percepção de que essas leis eram também aplicadas às pessoas escolhidas por eles para servirem à humanidade como seus mandatários. Foi o conto bíblico do patriarca Abraão que explicou (Gênesis 20:12) que ele não mentiu quando apresentou sua esposa Sara como sendo sua irmã: “Realmente, ela é minha irmã, filha de meu pai, mas não filha de minha mãe, e assim ela se tornou minha esposa”.

Não só era permitido casar-se com uma meia-irmã de mãe diferente, como também um filho gerado por ela – neste caso, Isaac – poderia se tornar o herdeiro legítimo e o sucessor dinástico, em vez do primogênito Ismael, filho da criada Agar (a forma como tais leis de sucessão geraram a amarga contenda
entre os descendentes divinos de Rá no Egito, os meio-irmãos Osíris e Set, que se casaram com as meias-irmãs Isis e Néftis, é explicada em As Guerras de Deuses e Homens).

Apesar de essas leis de sucessão parecerem complexas, elas eram baseadas em algo que se escreve sobre realezas e dinastias, chamado de “árvore genealógica” – o que hoje reconhecemos como sofisticadas genealogias de DNA, que também se distinguem entre o DNA geral herdado dos pais e o DNA mitocondrial (mtDNA), herdado somente de mãe para a filha.

A lei básica, apesar de complexa, era esta: as linhagens dinásticas continuam por intermédio da linhagem masculina; o filho primogênito é o próximo na linha de sucessão; uma meia irmã poderia ser recebida como esposa se tivesse uma mãe diferente; e, se um filho gerado pela meia-irmã viesse a nascer, esse filho – apesar de não ser o primogênito – torna-se-ia o herdeiro legítimo e o sucessor dinástico.

A rivalidade entre os dois meio-irmãos, Ea/Enki e Enlil, em termos de trono, tornou-se mais complicada ainda por causa da rivalidade pessoal por motivos do coração. Ambos cobiçavam sua meia-irmã, Ninmah, cuja mãe era outra concubina de Anu. Ela era o verdadeiro amor de Enki-Ea, mas não foi permitido que ele se casasse com ela. Enlil, por sua vez, assumiu o comando e teve um filho com ela – Ninurta. Apesar de nascido fora do casamento, as leis de sucessão fizeram de Ninurta o herdeiro incontestável por dois motivos: ser seu filho primogênito e ter sido gerado pela meia-irmã da realeza.

Ea, como foi relatado na série As Crônicas da Terra, foi o líder do primeiro grupo de 50 anunnakis que vieram à Terra para obter o ouro necessário para proteger a debilitada atmosfera de Nibiru. Quando os planos iniciais falharam, seu meio-irmão, Enlil, foi enviado à Terra com mais anunnakis para uma missão
mais prolongada ao planeta. Se isso não bastasse para gerar um clima hostil, Ninmah também chegou à Terra para servir como médica-chefe oficial…

Um texto extenso, de deuses e homens na Terra, começando com a visita de Anu à Terra para resolver de uma vez por todas (é o que ele esperava) a rivalidade entre seus dois filhos e seus aliados, que estava arruinando a missão vital; ele ainda propôs ficar na Terra e deixar que um dos dois meio-irmãos assumisse o reinado em Nibiru. Com isso em mente, o antigo texto nos conta que muitos foram convocados para determinar quem deveria ficar na Terra e quem deveria ocupar o trono de Nibiru:

Os deuses fecharam suas mãos junto ao peito,
a sorte fora lançada e compartilhada:
Anu subiu [retornando] aos céus,
[A Enlil] a Terra foi oferecida;
Os mares, envoltos como em círculo,
ao príncipe Enki-Ea foram ofertados.

O resultado de lançar a sorte ao ar fora, então, que Anu retornasse a Nibiru como rei. Ea, a quem fora ofertado o domínio sobre os mares e as águas (tempos depois ele foi chamado “Poseidon” para os gregos e “Netuno” pelos romanos), recebeu o epíteto EN.KI (“Senhor da Terra”) para amenizar seus sentimentos; mas foi EN.LIL (“Senhor no Comando”) quem recebeu a responsabilidade total: “A ele, a
Terra foi submetida”.

Ressentido ou não, Ea/Enki não tinha como desacatar as leis de sucessão ou os resultados da sorte
lançada; e o ressentimento, a ira contra a justiça negada e uma determinação incessante de vingar as injustiças cometidas com seu pai, seus antepassados e com ele mesmo, fizeram com que o filho de Enki, Marduk, declarasse guerra.

Vários textos descrevem como os anunnakis iniciaram seus assentamentos em E.DIN (Suméria pós-diluviana), cada qual com uma função específica e tudo esboçado com um plano mestre. Uma conexão espacial crucial – a capacidade de estar constantemente em contato com o planeta de origem e com o
ônibus espacial e a nave espacial – foi mantida no posto de comando de Enlil em Nippur, o coração em que se encontrava uma câmara de luz turva, chamada DUR.AN.KI, “A Ligação Céu-Terra”.

Outra instalação vital era o porto espacial, localizado em Sippar (“Cidade dos Pássaros”). Nippur fica no centro dos círculos concêntricos, onde outras “cidades de deuses” estavam localizadas; juntas, elas eram moldadas para a chegada de naves espaciais em um corredor de aterrissagem, cujo ponto focal era a característica topográfica mais visível do Oriente Médio: os picos gêmeos do Monte Ararat (Figura 2).

E, então, o Dilúvio “varreu a terra”, destruiu todas as cidades dos deuses, com seu Centro de Controle da Missão e o Porto Espacial, enterrando Edin sob milhões de toneladas de lama e entulho. Tudo teria de ser reconstruído novamente – mas muita coisa não seria mais a mesma. Em primeiro lugar, era necessário construir uma nova instalação portuária espacial, com um novo Centro de Controle da Missão e novos Refletores de Luz para o Corredor de Aterrissagem.

O novo trajeto de aterrissagem foi novamente ancorado no relevado nos picos gêmeos do Ararat; os outros componentes eram todos novos: o atual porto espacial na Península do Sinai, no paralelo 30
norte, os picos gêmeos artificiais como refletores de luz, as pirâmides de Gizé e um novo Centro de Controle da Missão, em um local chamado Jerusalém (Figura 3). Foi um esboço que desempenhou um papel importante durante os eventos pós diluvianos.

O Dilúvio foi um divisor de águas (tanto literal como figurativamente) nos assuntos entre deuses e os homens e no relacionamento entre ambos: os terráqueos, que haviam sido moldados para servir aos deuses e para eles trabalharem, eram, a partir deste momento, tratados como novos parceiros em um
planeta devastado. Esse novo relacionamento entre homens e deuses foi formulado, santificado e codificado quando à humanidade foi concedida sua primeira elevada civilização, na Mesopotâmia, em
cerca de 3.800 a.C.

O evento mais importante veio com a visita de Estado de Anu à Terra, não apenas como o regente de
Nibiru, mas também como o chefe do panteão, na Terra, dos antigos deuses. Outro motivo (e provavelmente o principal) para sua visita foram o estabelecimento e a afirmação de paz entre os próprios deuses na forma de um acordo do tipo viva e deixe viver, que dividia as terras do Velho Mundo entre os dois clãs principais de anunnakis: o de Enlil e o de Enki. Considerou-se que as novas circunstâncias pós-diluvianas e uma nova localização para as instalações espaciais exigiam nova divisão
territorial entre os deuses.

Era uma divisão que foi refletida na bíblica Tabela das Nações (Gênesis, capítulo 10), em que a propagação da humanidade após o Dilúvio [com foco no Oriente Médio-Mesopotâmia], emanando dos três filhos de Noé, Sem, Cam e Jafé, foi marcada por nacionalidade e geografia: Ásia para as nações/terras de Sem, Europa aos descendentes de Jafé, África para as nações/terras de Cam. Os registros mostram que uma divisão paralela entre os deuses destinou as duas primeiras aos enlilitas e uma terceira parte a Enki e seus filhos. A ligação com a península do Sinai, onde agora o porto espacial pós-diluvio estava localizado, foi deixada de lado como sendo uma Região Sagrada neutra.

Enquanto a Bíblia simplesmente indica as terras e as nações de acordo com sua divisão noelita, os primeiros textos sumérios registravam o fato de que a divisão em regiões foi um ato deliberado, resultado de determinações feitas pela liderança dos anunnakis. Um texto conhecido como o Épico de Etana nos conta que:

O grande Anunnaki que decreta os destinos
Incumbiu a troca de seus conselheiros quanto à Terra.
Eles criaram as quatro regiões,
montaram os seus assentamentos.

E sobre a divisão da Terra em diferentes áreas de influência Anunnaki, na Bíblia temos:

²¹E a Sem nasceram filhos, e ele é o pai de todos os filhos de Éber, o irmão mais velho de Jafé. ²²Os filhos de Sem são: Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arã. ²³E os filhos de Arã são: Uz, Hul, Geter e Más. ²⁴E Arfaxade
gerou a Selá; e Selá gerou a Éber. ²⁵E a Éber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra, e o nome do seu irmão era Joctã.
Gênesis 10:21-25

Continua . . .


“A sabedoria (Sophia) clama lá fora; pelas ruas levanta a sua voz. Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas cidades profere as suas palavras:  “Até quando vocês, inexperientes, irão contentar-se com a sua inexperiência? Vocês, zombadores, até quando terão prazer na zombaria? E vocês, tolos [ignorantes], até quando desprezarão o conhecimento?  Atentai para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei saber as minhas palavras [o conhecimento]”. – Provérbios 1:20-23


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