O Líbano já passou por muita coisa: guerras, crises como a atual que destruiu o sistema financeiro, catástrofes, etc. Mas o que aconteceu na terça-feira (04/08) no porto de Beirute supera tudo o que os libaneses poderiam imaginar e suportar. A imensa explosão no porto de Beirute, o maior e mais importante do pais, que matou mais de 150 libaneses e feriu mais de 5 mil, deixou boa parte da cidade em ruínas, desalojou cerca de 300 mil pessoas e tirou delas a esperança de viver num país melhor. Uma esperança que era compartilhada sobretudo pelos jovens libaneses.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
O maior inimigo do Líbano [e demais países] e do seu povo é seu [des]governo
Fonte: https://p.dw.com/p/3gfRV
Observações entre [ ] são de Thoth.
A “Elite Governante” [composta de meros ladrões] corrupta nunca esteve interessada no sucesso do país, mas apenas no seu próprio lucro. Uma investigação internacional deve esclarecer quem são os responsáveis pela mega explosão em Beirute, afirma a jornalista Diana Hodali.
O Líbano já passou por muita coisa: guerra, crises, catástrofes. Mas o que aconteceu na terça-feira (04/08) no porto de Beirute superou tudo [até aqui] o que os libaneses poderiam imaginar. A imensa explosão, que matou mais de 150 libaneses e feriu mais de 5 mil, deixou boa parte da cidade em ruínas, desalojou cerca de 300 mil pessoas e tirou delas a esperança de viver num país melhor. Uma esperança que era compartilhada sobretudo pelos jovens libaneses.
Apesar de tudo o que país já vivera até então, ninguém poderia imaginar até que ponto a incompetência, despreparo e incapacidade do governo libanês pode ser fatal e até onde vai o fracasso do Estado.
Desde então prosseguem as buscas por desaparecidos, muitas pessoas reviram elas mesmas os escombros nas suas ruas – tudo na ausência de um Estado que não merece esse nome. Nenhum pedido de desculpas por parte da elite política corrupta, ninguém renunciou até agora. Em vez disso, eles elogiam a “resistência” dos [ovelhas] libaneses.
Pelo jeito ninguém se sente responsável pelo armazenamento do produto, durante seis anos, do altamente explosivo nitrato de amônio no porto de Beirute, e isso em galpões deteriorados, próximos da população, ao lado de um depósito de explosivos, no meio da cidade. Em vez disso, prenderam alguns funcionários do porto.
Como é comum nessa cidade do Mar Mediterrâneo, quando alguma coisa dá errado, ninguém é culpado. Mas, por mais voltas que se dê, o fato é que essa explosão violenta é resultado da corrupção mesquinha e generalizada de sucessivos governos libaneses. Ao longo de anos, políticos de todas as bancadas saquearam o país de rica história e cultura e finalmente o levaram à ruína.
Mesmo políticos adversários apoiaram uns aos outros nesse sistema corrupto e farsante com o propósito de enriquecer. Quando se tratava do próprio bem-estar, eles sempre estavam de acordo para saquear o pais. Essa catástrofe é o exemplo mais recente e mais terrível de que um governo depois do outro simplesmente ignorou sua tarefa mais básica de cuidar das necessidades e do bem-estar da população.
Há anos que falta luz por horas todos os dias – por quê? Porque a assim chamada máfia dos geradores – empresários ricos que ou estão eles mesmos na política ou têm ligações próximas com políticos – lucram quando a população repentinamente precisa comprar mais energia elétrica.
Ou as montanhas de lixo: há anos que se acumulam enormes lixões nas proximidades do aeroporto, nas praias há plástico por todos os lados, resíduos químicos não são corretamente tratados e oferecem riscos para a população. A isso soma-se o comércio, já há décadas, com lixo importado ilegalmente e que não é corretamente eliminado.
Quando, em outubro de 2019, os piores incêndios florestais em décadas se alastraram pelo pais, o governo não tinha nenhum avião disponível para apagar as chamas: esqueceram de fazer a manutenção e de reabastecê-los. Dizer o que disso?
A crise econômica, a depreciação da moeda com o seu fim ? Todos esses problemas foram criados domesticamente. Pois, no fim das contas, a Elite governante nunca esteve interessada no país, mas apenas no próprio lucro às custas da população. E nunca um único deles teve que temer consequências.
Além de uma guerra civil, muitos libaneses tiveram que vivenciar, por anos, uma ocupação síria, duas guerras com Israel, várias crises econômicas, um enorme desemprego e atentados políticos. Desde outubro que manifestantes exigem a renúncia da classe política corrupta. “Todos, mas realmente todos” devem renunciar, exigem.
Em várias regiões do país, quem continua no poder são os mesmos senhores da guerra que conduziram a guerra civil, ao final selaram a paz, desde então enriquecem e insuflam os conflitos entre as confissões religiosas contrárias. O trauma dos libaneses é profundo. “Se não são os nossos corpos que morreram, então são os nossos corações” [e almas], escrevem muitos deles nas redes sociais. Quantas vezes um povo pode reconstruir seu país?
Enquanto o problema não for atacado na raiz, enquanto os mesmos fanáticos e corruptos senhores da guerra continuarem nos cargos, o risco de que o Líbano venha a passar de novo por uma situação tão ruim vai continuar. Com certeza ainda não se sabe tudo sobre a catástrofe de terça-feira passada. Mas uma coisa deveria estar clara: aqueles que permitiram que uma quantidade enorme de material altamente explosivo ficasse durante anos armazenada no porto não podem agora ser os que vão esclarecer como isso se deu.
Isso deve ser o trabalho de uma investigação internacional, que deve expor toda a vergonhosa cadeia de responsabilidades de um [des]governo absolutamente corrupto e incompetente. Este é o momento em que a impunidade deve finalmente acabar no Líbano. Este é o momento da justiça.
Manifestantes invadem ministério no Líbano
Protestos de cidadãos indignados com seu governo tomam as ruas de Beirute e deixam mais de uma centena de feridos. Manifestantes exibem guilhotinas e pedem “vingança” contra a corrupta elite política do país após explosão que devastou grande parte da capital. Premiê propõe antecipar eleições [mais uma farsa].
Manifestantes invadiram neste sábado a sede do Ministério das Relações Exteriores do Líbano, em Beirute. Pelo menos 130 pessoas ficaram feridas em confrontos com a polícia em diversos pontos da cidade. Um policial morreu. Os manifestantes responsabilizam as autoridades do país pelas explosões que arrasaram a região portuária da cidade na terça-feira, que são encaradas como resultado de décadas de corrupção e ineficiência por parte da elite política libanesa.
A invasão da sede do ministério, que foi proclamada pelos manifestantes como um “quartel-general da revolução”, foi exibida ao vivo em direto pela TV, e ocorreu quando a atenção das forças de segurança se concentrava nos milhares de manifestantes reunidos no centro da capital do Líbano. Segundo a Cruz Vermelha libanesa, 130 pessoas ficaram feridas em confrontos entre a polícia e os manifestantes no centro de Beirute, 28 das quais tiveram de ser levadas para o hospital.
As explosões, que as autoridades libanesas têm atribuído a um incêndio num depósito no porto onde se encontravam armazenadas de maneira irregular cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio, provocaram 158 mortes até o momento e deixaram mais de 6.000 feridos. O desastre deu novo ímpeto à revolta de uma população que já estava mobilizada desde o outono de 2019 contra os líderes libaneses, acusados de corrupção e incompetência.
“Tomamos o Ministério das Relações Exteriores para quartel-general da Revolução”, anunciou o general reformado Sami Rammah, diante de cerca de 200 pessoas que gritavam “Revolução!”. Já os manifestantes que se concentraram no centro de Beirute pediram vingança contra os governantes e alguns tinham cordas, para simbolizar o seu enforcamento.
Guilhotinas em madeira foram instaladas na praça dos Mártires em Beirute, epicentro dos protestos iniciados em outubro de 2019. Muitos manifestantes gritaram “vingança, vingança, até à queda do regime”. Perto sede do parlamento, grupos de jovens lançaram pedras e a polícia respondeu com gás lacrimogêneo.
Em meio aos protestos, o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, disse neste sábado que a saída para a atual crise política e econômica no país deve ocorrer por meio da “antecipação” das eleições. “Convido as partes a chegarem a um acordo sobre o próximo passo (…) Proporei na segunda-feira (a reunião do) no governo a convocação de eleições antecipadas”, disse Diab em discurso transmitido pela televisão.
Diab se disse disposto a liderar um processo visando essa antecipação “por dois meses, desde que sejam empreendidas reformas estruturais para salvar o país”. “Estamos em estado de emergência quanto ao destino e ao futuro do país”, ressaltou. O premiê também enfatizou que “todos os responsáveis pelo desastre no porto serão responsabilizados. Investigar o desastre da explosão de Beirute não vai levar muito tempo. Não estamos nos agarrando aos cargos e queremos uma solução nacional que salve o país”, declarou.
[O que esta acontecendo no Líbano é um claro exemplo do que TAMBÉM esta ocorrendo nos demais países do globo, em um grau maior ou menor de intensidade, todos os povos estão sendo postos à prova em relação ao sistema político de controle de políticos corruptos sobre o qual sobrevivem> Cabe a estes mesmos povos de todas as nações DETERMINAR até quando este estado de coisas vai perdurar …]
“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá FOMES, PESTES e TERREMOTOS, em vários lugares. Mas todas estas coisas são [APENAS] o princípio de dores. – Mateus 24:6-8
“E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da BESTA; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis[666]“. – Apocalipse 13:16-18
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