‘Paz de Trump em Gaza’: Ataques de Israel matam mais de 100 palestinos

Os ataques ocorreram após o governo israelense ordenar que suas tropas voltassem a bombardear de forma ‘poderosa’ e imediata a Faixa de Gaza, apesar do “cessar-fogo” em vigor. Ataques de Israel na Faixa de Gaza mataram mais de 100 pessoas, incluindo MAIS mulheres e 33 crianças ‘TERRORISTAS’, afirmou nesta quarta-feira (29) o Ministério de Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas.

Fonte: Globo-G1Rússia Today

Os ataques israelenses atingiram todas as regiões de Gaza entre terça e quarta e ocorreram após o governo israelense ordenar que suas tropas voltassem a bombardear de forma “poderosa” e imediata o território palestino como retaliação ao que chamou de violações do Hamas ao acordo de cessar-fogo na guerra.

Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), o Hospital Al-Aqsa, em Deir al-Balah, informou que ao menos 10 corpos — entre eles três mulheres e seis crianças — chegaram ao hospital durante a noite. Já o Hospital Nasser, em Khan Younis, disse ter recebido 20 corpos após cinco ataques israelenses na área, dos quais 13 eram crianças e duas mulheres.

Palestinos recuperam corpo sob os escombros de uma casa atingida em um ataque israelense durante a noite, na Cidade de Gaza, em 29 de outubro de 2025. — Foto: Dawoud Abu Alkas/Reuters

Em outra parte do centro de Gaza, o Hospital Al-Awda informou ter recebido 30 corpos, sendo 14 deles de crianças. Também nesta quarta-feira, o Exército israelense anunciou a retomada do cessar-fogo em Gaza. Mais cedo, a pasta havia informado que um de seus soldados, Yona Efraim Feldbaum, de 37 anos, foi morto na terça no território palestino.

Um comandante das Forças Armadas israelenses afirmou à agência de notícias Reuters que a ação é uma retaliação a uma violação prévia do acordo por parte do grupo terrorista. Segundo ele, membros do Hamas atacaram tropas israelenses que estão no território palestino.

Na segunda-feira, o grupo militante palestino entregou partes de corpos que Israel identificou como os restos mortais de um refém recuperado anteriormente na guerra, o que Netanyahu classificou como uma violação do cessar-fogo.

O grupo terrorista negou e acusou Israel de violação da trégua, em vigor em Gaza há duas semanas. E anunciou que, em retaliação, suspenderá a entregas do corpo de um refém morto em cativeiro, um dos pontos previstos no acordo. A devolução do corpo estava prevista para ocorrer nesta terça.


Trump apoia novos ataques israelenses em Gaza.

O presidente dos EUA negou que a retomada das hostilidades estivesse “colocando em risco” o cessar-fogo

O presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu os ataques israelenses renovados em Gaza quase três semanas após o cessar-fogo que ele ajudou a negociar.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou “ataques imediatos e poderosos” na noite de terça-feira, citando os ataques do Hamas contra soldados israelenses que ainda controlam partes do enclave palestino. Pelo menos 30 palestinos foram mortos na ação, segundo o governo de Gaza, comandado pelo Hamas.

“Pelo que entendi, eles mataram um soldado israelense”, disse Trump a repórteres a bordo do Força Aérea Um na quarta-feira, a caminho do Japão para a Coreia do Sul. “Eles mataram um soldado israelense. Então, os israelenses revidaram — e deveriam revidar. Quando isso acontecer, deveriam revidar”, acrescentou.

Trump argumentou que “nada vai comprometer” o cessar-fogo. Ele insistiu que o Hamas era “uma parte muito pequena da paz no Oriente Médio, e eles precisam se comportar”, caso contrário “suas vidas serão encerradas”.

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou anteriormente que o cessar-fogo estava sendo respeitado, apesar de pequenas escaramuças aqui e ali”.  O Axios citou altos funcionários americanos não identificados dizendo que a Casa Branca havia instado Israel a não tomar “medidas radicais” que pudessem levar ao colapso da trégua.

De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), na semana passada, dois de seus soldados foram atacados e mortos pelo Hamas em Rafah, no sul de Gaza, e mais soldados foram alvejados na mesma área na terça-feira. O Hamas negou envolvimento em ambos os incidentes, acusando Israel de “uma flagrante violação do cessar-fogo”.

O grupo armado palestino alertou que a escalada do conflito “levará a um atraso” na recuperação e devolução dos corpos dos 13 reféns israelenses restantes em Gaza. Autoridades israelenses já haviam acusado o Hamas de protelar a entrega de todos os restos mortais, conforme acordado no cessar-fogo mediado pelos EUA, Egito, Catar e Turquia, que entrou em vigor em 10 de outubro.


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