Putin ‘Remove’ as máscaras do cessar-fogo de Teatro Kabuki

O “Cessar-Fogo” na Ucrânia anunciado com a pompa característica da Equipe Trump 2.0 deve ser visto como um teatro kabuki de mau gosto dentro de uma boneca matryoshka russa barata. À medida que retiramos as máscaras sucessivas, a última pessoa de pé dentro da matryoshka é uma pequena dançarina travesti transgênero woke: uma Minsk 3 travestida.

Fonte: Zero Hedge

Agora, a deixa para um redux de “cessar-fogo”: o presidente Putin uniformizado militarmente apenas pela segunda vez desde o início do SMO da Rússia, muito sério, visitando a linha de frente em Kursk. Por fim, vamos à operação de retirada propriamente dita: a coletiva de imprensa de Putin após seu encontro com Lukashenko em Moscou.

Cessar-fogo? Claro. “Nós apoiamos”. E então, metodica e, diplomaticamente, o presidente russo puxou um Caravaggio, e foi com tudo claro-escuro em cada detalhe geopolítico e militar do ‘gambito’ norte americano. Uma desconstrução consumada e artística.

Resultado final: a bola está agora de volta na quadra de Donald Trump. Aliás, o líder do Império do Caos em processo de renovação que TAMBÉM não tem (itálico meu) nenhuma carta.

A arte da nuance diplomática

É assim que a diplomacia de mais alto nível funciona — algo fora do alcance dos caipiras americanos do tipo Rubio. Putin foi gentil o suficiente para agradecer “ao Presidente dos Estados Unidos, Sr. Trump, por dar tanta atenção à resolução do conflito”.

Afinal, os americanos também parecem estar envolvidos em “cumprir uma missão nobre, uma missão para pôr fim às hostilidades e à perda de vidas humanas”. Então ele foi direto ao ponto: “Este cessar-fogo deve levar a uma paz de longo prazo e eliminar as causas iniciais desta guerra.”

Como em todos os principais imperativos russos – amplamente conhecidos desde pelo menos junho de 2024 – terão que ser satisfeitos. Afinal, é a Rússia que está vencendo a guerra no campo de batalha, não os EUA, a – já fragmentada – OTAN e muito menos a Ucrânia.

Putin foi inflexível sobre o cessar-fogo: “Nós somos a favor”.

Mas há nuances; mais uma vez, também é chamado de diplomacia. Começando com a verificação – sem dúvida o ponto crucial do raciocínio de Putin:

  • “Esses 30 dias — como eles serão usados?
  • Para continuar a mobilização forçada na Ucrânia?
  • Para receber mais suprimentos de armas?
  • Para treinar unidades recém-mobilizadas?
  • Ou nada disso vai acontecer?
  • Como as questões de controle e verificação serão resolvidas?
  • Como podemos ter certeza de que nada disso vai acontecer?
  • Como o controle será organizado?

Espero que todos entendam isso no nível do senso comum. Essas são todas questões sérias.”

Não: a EUrocracia coletiva, atolada na russofobia demente, não entende o “senso comum”.

Mais uma vez Putin adiou, diplomaticamente, para a “necessidade de trabalhar com nossos parceiros americanos. Talvez eu fale com o presidente Trump.” Então, em breve faremos outro telefonema. Trump, por sua vez, flutuando perenemente nas nuvens da grandiloquência, já aplicou “alavancagem” nas negociações – mesmo antes da resposta detalhada de Putin ao kabuki do cessar-fogo.

Ele intensificou as sanções ao petróleo, gás e serviços bancários da Rússia, permitindo que a isenção nas vendas de petróleo russo expirasse esta semana. Isso significa, na prática, que os vassalos da UE e outros “aliados” diversos não podem mais comprar petróleo russo sem escapar das sanções dos EUA.

Mesmo antes disso, elementos da gangue criminosa de Kiev estavam implorando por mais sanções à Rússia como parte de um plano de “paz”. Trump obviamente concordou ao ignorar a diplomacia básica mais uma vez. Somente aqueles com um QI menor que zero podem acreditar que Moscou apoiará um cessar-fogo/”processo de paz” onde a Rússia é sancionada por tentar acabar com uma guerra que está realmente vencendo no campo de batalha – de Donbass a Kursk.

As sanções terão que estar no cerne das possíveis negociações EUA-Rússia. Pelo menos alguns desses milhares terão que ir direto desde o início. O mesmo para os US$ 300 bilhões ou mais em ativos russos “apreendidos” – roubados –, a maioria deles estacionados em Bruxelas.

Anexo, logo existo

A pintura de cessar-fogo de Caravaggio feita por Putin revela que ele não tem absolutamente nenhum interesse em antagonizar o notoriamente vulcânico Trump, ou em colocar em risco a possibilidade de uma détente entre EUA e Rússia. Quanto a Kiev e os minúsculos países bálticos, Estônia, Letônia, Lituânia eles permanecem no menu, e não na mesa.

Como era de se esperar, a grande mídia ocidental, como uma onda de detritos tóxicos atingindo uma costa intocada, está dizendo que Putin disse “Nyet” à jogada de cessar-fogo como um prelúdio para frustrar quaisquer negociações sobre o assunto.

Esses espécimes pre$$tituta$ não entenderiam o significado de “diplomacia”, mesmo que fosse um cometa atravessando os céus. Quanto à versão de que os britânicos “ajudaram” os americanos e os ucranianos a tramar o cessar-fogo, isso nem se qualifica como um esquete ruim do Monty Python.

As classes dominantes britânicas, o MI6, sua mídia e think tanks, simplesmente abominam qualquer negociação. Eles estão em guerra direta e frontal com a Rússia, e seu plano A – sem plano B – continua o mesmo: infligir uma “derrota estratégica” a Moscou, como o SVR sabe de cabo a rabo.

O cerne da questão é o Mar Negro. A análise de Vladimir Karasev, conforme explicada à TASS, é precisa: “Os britânicos já entraram na cidade de Odessa, que eles veem como um local-chave. Seus serviços especiais estão fortemente envolvidos lá. Os britânicos não escondem seu desejo de estabelecer uma base naval em Odessa.”

Odessa faz parte do extenso menu de recursos da Ucrânia que, em tese, já foram entregues aos britânicos sob o obscuro – e completamente ilegal – acordo de 100 anos assinado entre Starmer e o suado palhaço judeu khazar de moletom de Kiev.

De acordo com o acordo duvidoso e suas notas de rodapé ocultas, Zelensky já havia cedido aos britânicos todo tipo de controle sobre minerais, usinas nucleares, instalações subterrâneas de armazenamento de gás, portos importantes (incluindo Odessa) e usinas hidrelétricas.

Sobre a saga atual de minerais/terras raras na Ucrânia – ou no que restará dela – os britânicos estão em competição direta e cruel com os americanos. A CIA está obviamente por dentro. Essa coisa toda vai ficar muito feia em pouco tempo.

Uma discussão séria que está ocorrendo em círculos informados em Moscou é que Putin, de forma alguma, sacrificará as demandas de “indivisibilidade da segurança” da Rússia apresentadas a Washington em dezembro de 2021 – e que não receberam resposta. A OTAN, é claro, nunca concordará com isso. A decisão final terá que vir doe Trump.

E isso nos leva ao papel, em última análise, patético da OTAN, ilustrado graficamente por Trump, no Salão Oval, expandindo alegremente sua iniciativa de anexar o Canadá e a Groenlândia — ambos parte da OTAN — bem na frente do lamentável bode expiatório holandês Rutte, o Secretário-Geral da OTAN.

Aquele pedaço amorfo de queijo gouda holandês velho não só não emitiu um pio sobre as anexações: ele estava brilhando como um bebê na frente de Trump.

Essa foi a OTAN despojada: a Voz do seu Mestre governa do jeito que ele quer, e o que quer que ele decida, até mesmo a “segurança” e a integridade territorial dos estados-membros podem estar em perigo. Então volte a brincar na sua caixa de areia. Avante para o próximo telefonema Putin-Trump.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nosso conteúdo

Junte-se a 4.280 outros assinantes

compartilhe

Últimas Publicações

Indicações Thoth