Dezenas de pessoas morreram, incluindo quatro policiais, após uma grande operação do estado contra o narcoterrorismo, contra o crime organizado no Rio de Janeiro. A operação do governo acontece menos de duas semanas antes da reunião dos globalistas para a conferência sobre aquecimento global COP30, em Belém, no norte do Brasil, bem distante do Rio de Janeiro.
Fonte: Zero Hedge – GloboG1
“Estamos firmes no enfrentamento ao narcoterrorismo“, escreveu o governador Cláudio Castro no X. Ele disse que 2.500 agentes de segurança e 32 caminhões blindados fizeram parte da operação nas favelas do Alemão e da Penha.
As emissoras GloboNews e CNN Brasil informaram que até o momento pelo menos 64 pessoas morreram, incluindo policiais, durante operações contra os cartéis de drogas.
O Rio de Janeiro parece estar em estado de guerra urbana.
O Rio de Janeiro está sob um estado de terror. O Comando Vermelho (CV) impôs um lockdown em toda a cidade em retaliação às operações policiais contra o crime no estado.
O governador Castro descreveu a operação:
- SEGURANÇA : O Governo do Estado do Rio deflagra, nesta terça-feira (28/10), a “Operação Contenção”. A ação conjunta das forças de segurança do estado mobiliza 2.500 policiais civis e militares nos Complexos do Alemão e da Penha.
- OBJETIVO : A operação visa combater a expansão territorial do Comando Vermelho e capturar lideranças criminosas do Rio de Janeiro e de outros estados. A ação também conta com a participação de procuradores do Ministério Público Estadual.
- INVESTIGAÇÃO : A “Operação Contenção” foi deflagrada após mais de um ano de investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão ao Narcóticos (DRE). Ao longo do dia, serão cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário.
- FORÇAS MOBILIZADAS : A @PMERJ participa com o Comando de Operações Especiais (COE) e unidades operacionais da capital e Região Metropolitana. A @PCERJ mobilizou agentes do CORE, delegacias especializadas, delegacias distritais, Delegacia de Combate à Lavagem de Dinheiro e Subsecretaria de Inteligência.
- ESTRUTURA : A operação conta com um forte aparato tecnológico e logístico, incluindo drones, 2 helicópteros, 32 veículos terrestres blindados e 12 viaturas de demolição da Unidade de Apoio a Operações Especiais da PM, além de ambulâncias do Grupo de Resgate e Salvamento.
A data dos ataques ocorre uma semana antes da cúpula C-40 de prefeitos globais e do Prêmio Earthshot, prêmio ambiental global do Príncipe William, que contará com a presença de celebridades, segundo a Reuters .
Além disso, os globalistas realizarão sua cúpula sobre aquecimento global, a COP30, em Belém, no norte do Brasil, de 10 a 21 de novembro.
Essas operações em larga escala em favelas para combater cartéis de drogas foram vistas antes de eventos internacionais anteriores no Rio, incluindo as Olimpíadas de 2016, a cúpula do G-20 de 2024 e a recente cúpula do BRICS.
No início da tarde, o tráfico orquestrou represálias em várias partes da cidade, que vive horas de tensão em um cenário de guerra. Barricadas, com veículos tomados ou entulho, foram feitas na Linha Amarela, na Grajaú-Jacarepaguá e na Rua Dias da Cruz, no Méier, entre muitos outros locais. Até a última atualização desta reportagem, a ação ainda estava em andamento, com relatos de mais baleados.
Em função dos múltiplos bloqueios, o Centro de Operações e Resiliência (COR) do Rio elevou o estágio operacional da cidade para o nível 2, de uma escala de 5. A PM mandou colocar todo o efetivo na rua — para tal, suspendeu as atividades administrativas.
Como tudo começou
Trata-se de mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente do governo do estado de combate ao avanço do CV por territórios fluminenses.
Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ saíram para cumprir 100 mandados de prisão. Na chegada das equipes, ainda no fim da madrugada, traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas. Um vídeo mostra quase 200 disparos em 1 minuto, em meio a colunas de fumaça (assista aqui).
A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com drones. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à disparada de bandidos em 2010, quando da ocupação do Alemão.
Operador do CV preso
Entre os mais de 80 presos está Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, um dos chefes do Comando Vermelho da região. Outro capturado é Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro de um dos altos chefes do CV, Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi desenhada com antecedência e não contou com apoio do governo federal.
