Fontes ocidentais teriam vazado planos russos elaborados entre 2008 e 2014 para “uma série de ataques esmagadores em toda a Europa Ocidental”, informou o Financial Times. Citando documentos de fontes de segurança ocidentais, Putin alegadamente procurou permitir que a marinha russa executasse ataques nucleares dentro do território da NATO caso surgisse um conflito com a aliança.
Fontes: Remix News
Os alvos para ataques com bombas nucleares não seriam apenas alvos militares. De acordo com William Alberque, um antigo funcionário da OTAN, “podem haver centenas, senão milhares, de alvos mapeados em toda a Europa, incluindo alvos militares e de infraestruturas”.
A Rússia também é evidentemente ainda capaz de transportar armas nucleares em submarinos e navios de superfície, o que, segundo os especialistas, acarreta um risco significativo de escalada ou acidente.
O Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START I), assinado pelos EUA e pela Rússia em 1991, deveria ter eliminado esta possibilidade, embora muitos tenham frequentemente questionado a adesão de Moscou ao mesmo.
Os possíveis alvos apresentados pelo FT incluíam a costa oeste da França, instalações militares na Noruega, Alemanha e Estônia, bem como a cidade portuária britânica de Barrow-in-Furness, conhecida pela sua produção de submarinos nucleares.
“Eles vêem (as ogivas nucleares táticas) como armas potencialmente vencedoras de guerra”, diz Jeffrey Lewis, professor do Instituto Middlebury de Estudos Internacionais, em Monterey, e especialista em controle de armas. “Eles vão querer usá-las e vão querer usá-las muito rapidamente.”
Anton Bendarzsevszkij, diretor da Fundação de Pesquisa Econômica Oeconomus, disse que “há uma nova corrida armamentista global que se assemelha à Guerra Fria das décadas de 1950 e 1960”, segundo Mandiner .
Diz-se que a Rússia tem mais de 5.500 ogivas nucleares no seu arsenal, enquanto os Estados Unidos têm pouco mais de 5.000, o que significa que os dois países controlam hoje cerca de 90% dessas armas.
