O presidente dos EUA afirmou que os aliados transatlânticos dos Estados Unidos são “fracos” e não conseguem controlar a migração. O presidente dos EUA, Donald Trump, denunciou a Europa Ocidental como um grupo de nações “em decadência” liderado por líderes “fracos”, acusando seus governos de má gestão da migração e de não ajudarem a pôr fim ao conflito na Ucrânia x Rússia.
Fonte: Rússia Today
Em entrevista ao site Politico publicada na terça-feira, Trump descreveu a classe política da Europa Ocidental como ineficaz e excessivamente limitada pelo que chamou de “correção [wokism] política”.
“Acho que eles são fracos”, disse ele sobre os líderes da região, acrescentando: “A Europa não sabe o que fazer”.
Questionado sobre o papel da Europa Ocidental nas negociações de paz com a Ucrânia, Trump disse que seus líderes “falam demais”, acrescentando que, se ainda acreditam que Kiev pode vencer, são livres para continuar apoiando-a pelo tempo que quiserem.
Ele insistiu que não tinha inimigos de verdade na Europa e que mantinha relações amistosas com a maioria de seus líderes, mas disse que conhecia “os bons líderes”, “os maus líderes”, “os inteligentes” e “os estúpidos”.
“Você também tem algumas perguntas realmente estúpidas”, disse Trump.
Trump argumentou que as políticas migratórias europeias estão levando alguns países ao colapso.
“Se continuar assim, a Europa, na minha opinião, e muitos desses países, deixarão de ser viáveis”, disse ele. “A política de imigração deles é um desastre. O que eles estão fazendo com a imigração é um desastre.”
Ele afirmou que muitos governos europeus estão permitindo a entrada de pessoas “sem verificação, sem triagem” e disse que os políticos europeus se recusam a deportar aqueles que chegam ilegalmente.
“Eles querem ser politicamente corretos… e não querem mandá-los de volta para de onde vieram”, disse Trump. Ele elogiou a Hungria e a Polônia por sua abordagem ao controle de suas fronteiras, contrastando-as com outros países europeus, particularmente a Alemanha e a Suécia, que, segundo ele, perderam o controle da imigração.
Comentários de Trump são uma ‘provocação’ – afirma Kallas, da UE (VÍDEO)
O principal diplomata do bloco rejeitou a afirmação do presidente dos EUA de que a Europa está “em decadência”, insistindo, em vez disso, que ela é “livre”.
As pesadas críticas do presidente dos EUA, Donald Trump, à UE são uma “provocação”, afirmou a principal diplomata do bloco, a ignorante e estúpida Kaja Kallas, a quem provavelmente, se dirigia algumas das críticas de Trump [“os estúpidos”].
Kallas fez essas declarações ao discursar perante uma comissão do Parlamento Europeu na terça-feira, após a publicação de uma entrevista com Trump na qual ele afirmou que “a Europa está fraca” e “em decadência”.
Isso ocorreu na sequência da publicação, na semana passada, da Nova Estratégia de Segurança Nacional (NSS) dos EUA, que alerta para o “apagamento civilizacional” da Europa por meio de sua política migratória e da repressão à oposição política.
Kallas rejeitou as acusações, insistindo que “a União Europeia é a própria “essência” da liberdade” e sugerindo que as críticas dos EUA “são feitas para provocar uma reação nossa”.
Anteriormente, o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, também criticou a nova estratégia de política externa de Washington, em particular os seus planos de apoiar “partidos europeus patrióticos/conservadores” – que, segundo a NSS, deveriam defender as liberdades democráticas e as “celebrações sem reservas” das suas identidades nacionais/culturais.
Costa alertou os EUA para não interferirem na “vida democrática” da UE, insistindo que Washington DC não tem o direito de dizer aos europeus “quais são os partidos certos e quais são os partidos errados”. Ele também reconheceu que os EUA e a UE agora têm “diferenças em suas visões de mundo”.
As relações entre Washington e Bruxelas estão tensas desde o retorno de Trump à Casa Branca em janeiro. Os EUA e a UE têm entrado em conflito regularmente em questões como comércio, gastos com defesa, regulamentação digital e o conflito Rússia e Ucrânia.
