Triângulo das Bermudas e seus mistérios (ecos de Atlântida?)

Definido geralmente como uma área triangular cujos vértices se assentam sobre a costa da Flórida-EUA, Puerto Rico e Ilhas Bermudas, respectivamente. O Triângulo das Bermudas é um dos mitos modernos mais populares e é tido como um dos mais insondáveis mistérios do nosso planeta ou, pelo menos, assim nos querem fazer crer, havendo também quem o ligue e aos seus fenômenos com o mito da Atlântida, o continente perdido. Publicado em Maio 2014.

O Triângulo das Bermudas e os seus Mistérios. Definido geralmente como uma área triangular cujos vértices se assentam sobre a costa da Flórida-EUA, Puerto Rico e Ilhas Bermudas, respectivamente.

Fonte: https://www.electronicfog.com/

Diz-se que, neste triângulo, ocorreram fenômenos inexplicáveis, entre os quais o desaparecimento de vários navios e aviões após terem relatado “anomalias no horizonte e no céu e avaria nos seus instrumentos de navegação”.

A região do Triângulo demarcada no mapa, entre Fort Lauderdale, Porto Rico e Bermuda, (Bimini fica dentro dessa área) onde ocorreu a maior incidência de desaparecimentos de pessoas, barcos, navios e aviões com seus tripulantes e cargas.

O início do mistério: desaparecimento de vários navios e de uma esquadrilha de 5 aviões bombardeiros Avenger, o famoso Vôo 19

Foi em 1950 que num artigo da autoria de E.V.W. Jones, o Mundo tinha pela primeira vez conhecimento de que estranhos fenómenos ocorriam naquela zona do Oceano.

Dois anos depois, George Sand, num artigo para a revista Fate, usa pela primeira vez a expressão “Triângulo das Bermudas” para relatar o estranho desaparecimento de vários navios e de uma esquadrilha de 5 aviões bombardeiros Avenger, o Vôo 19, semelhantes ao da foto do lado. Estes aviões teriam desaparecido após uma última comunicação do líder da esquadrilha via rádio com a sua base em terra: “Estamos entrando em águas brancas. Nada parece normal. Não sabemos onde estamos. A água está verde. Não! Branca.” Destes homens nunca mais se voltou a ser encontrado o menor vestígio.

Explicações sobrenaturais

O Triângulo das Bermudas (também conhecido como Triângulo do Diabo) é uma área que varia de tamanho, aproximadamente de 1,1 milhão de km² até 3,95 milhões de km². Essa variação ocorre em virtude de fatores climáticos, geográficos e geofísicos da região, que influem decisivamente no cálculo de sua área, situada no Oceano Atlântico, acima de Cuba, entre as ilhas Bermudas, Porto Rico e Fort Lauderdale (Flórida-EUA). A região notabilizou-se como palco de diversos desaparecimentos de aviões, barcos de passeio e navios, alguns com a tripulação completa também desaparecendo, para os quais se popularizaram explicações extrafísicas e/ou sobrenaturais.

Uma das possíveis explicações para estes fenômenos de desaparecimento são os distúrbios no campo eletromagnético da Terra que esta região sofreria. Um dos casos de desaparecimentos mais famosos é o chamado voo 19 da USAF. Muito embora existam diversos eventos anteriores, os primeiros relatos mais sistemáticos começam a ocorrer entre 1945 e 1950 (n.T. – coincide com o começo das pesquisas do Projeto Philadelphia, da Marinha dos EUA). Alguns traçam o mistério até Colombo. Mesmo assim, os incidentes vão de 200 a não mais de 1000 nos últimos 500 anos. Howard Rosenberg afirma que em 1973 a Guarda Costeira dos EUA respondeu a mais de 8.000 pedidos de ajuda na área e que mais de 50 navios e 20 aviões se perderam na zona, durante o último século.

Muitas teorias foram dadas para explicar o extraordinário mistério dos aviões e navios desaparecidos. Extraterrestres, resíduos de cristais da Atlântida, humanos com armas antigravidade ou outras tecnologias esquisitas, vórtices da quarta dimensão, estão entre os favoritos dos escritores de fantasias. Campos magnéticos estranhos, flatulências oceânicas (gás metano do fundo do oceano) são os favoritos dos mais técnicos. O clima no local (tempestades, furacões, tsunamis, terremotos, ondas, correntes marítimas), e outras causas naturais e humanas são as favoritas entre os investigadores céticos.

A Corrente do Golfo, uma área com clima instável (conhecida por seus furacões), também passa pelo triângulo ao sair do Mar do Caribe em direção ao norte. A combinação de um intenso tráfego marítimo e o clima instável pode ter feito com que alguns barcos entrassem em tempestades e se perdessem sem deixar pistas, principalmente antes do desenvolvimento das telecomunicações, do radar e dos satélites no final do século XX.

História e evolução

Desde a era das Grandes Navegações, nos séculos XV e XVI, as naus que viajavam da Europa para as Américas passavam continuamente por esta área para aproveitar os ventos da Corrente do Golfo. Depois, com o desenvolvimento das máquinas a vapor e dos barcos com motores de combustão interna, grande parte do tráfego do Atlântico Norte já não passava mais por esta área. 

A primeira obra documentada sobre os desaparecimentos nesta área foi lançada em 1950, por E. V. W. Jones, jornalista da Associated Press, que escreveu algumas matérias sobre o sistemático desaparecimentos de barcos no triângulo. Jones disse que os desaparecimentos de barcos, aviões e pequenos botes eram “misteriosos”. E deu a esta área o nome de “Triângulo do Diabo”. Em 1952, George X. Sand afirmou em um artigo da Revista do Destino que nesta área aconteciam “estranhos desaparecimentos marinhos”. 

Em 1964, o escritor sensacionalista Vincent Gaddis criou o termo “Triângulo das Bermudas” em um artigo da revista Argosy. Um ano depois publicou o livro Invisible Horizons: True Mysteries of the Sea (“Horizontes Invisíveis: os Verdadeiros Mistérios do Mar”), onde incluía um capítulo chamado “O Mortal Triângulo das Bermudas”. Geralmente, Gaddis é considerado o “inventor” do nome Triângulo das Bermudas. 

Mas foram dez anos depois, em 1974, que o mistério tornou-se um mito, através de Charles Berlitz e seu livro “O Triângulo das Bermudas”, onde ele pegou alguns textos de Gaddis e recompilou alguns casos de desaparecimentos. Foi depois da publicação desse livro que os eventos foram conhecidos através da imprensa de uma forma mais abrangente. Após acharem a cabeça de um homem no mar todos afirmaram que havia coisas sobrenaturais. Recentemente um canal de TV americano, especializado em ficção científica, produziu uma mini-série com o nome de The Bermuda Triangle: Startling new secrets…(2005). 

Possíveis explicações “naturais”

Note que algumas não são ”cientificamente” aceitas. 

– Anomalias no campo eletromagnético do planeta Terra; restos de cristais ainda ativos geradores de energia em Atlântida, o continente perdido, que teria afundado naquela região, que ainda poderiam estar ativos; a teoria conspiratória forjada para desenvolver reações no mundo da Guerra Fria EUAxURSS;  Alienígenas extraterrestres; monstros marinhos; redemoinhos gigantes no oceano, etc.

Nesta região o fenômeno UFO também é muito testemunhado, inclusive com grandes espaçonaves entrando, navegando sob as águas do oceano e alçando voo desde o fundo do mar.

Alguns escritores têm usado alguns conceitos sobrenaturais para explicar os eventos no triângulo. Uma explicação é de uma suposta tecnologia do continente perdido de Atlântida. Às vezes conecta-se esta história à formação rochosa submersa conhecida como Bimini Road (“Estrada de Bimini”), perto da ilha de Bimini, nas Bahamas, que está inserida dentro da área do triângulo em alguns casos. Seguidores do médium psíquico Edgar Cayce (o Profeta Adormecido) tiveram a previsão de que a evidência de Atlântida seria encontrada em 1968, referindo-se à descoberta de Bimini Road. Alguns descrevem a formação como uma estrada, uma parede, ou outra estrutura, apesar dos geólogos considerarem isso como sendo de origem natural.

Outros escritores atribuíram os eventos aos OVNIs. Esta ideia foi usada por Steven Spielberg em seu filme de ficção científica Contatos Imediatos de Terceiro Grau, que mostra os tripulantes do voo 19 como alienígenas abduzidos. Charles Berlitz, neto de um ilustre poliglota e autor de vários livros de fenômenos anormais, tem deixado em linha com sua extraordinária explicação, e atribuiu os desaparecimentos no triângulo como uma anomalia ou forças inexplicáveis. 

Também tem sido pensado que o triângulo é um buraco de minhoca (Wormhole-uma anomalia eletromagnética que criaria um buraco em nosso espaço/tempo) 

Variações e defeitos nas bússolas

Os problemas com bússolas são um dos mais citados em vários incidentes no triângulo. Enquanto alguns têm teorizado que anomalias magnéticas locais incomuns podem existir nesta área, tais anomalias não têm sido reveladas como existentes. Também deve ser lembrado que as bússolas têm variações magnéticas naturais em relação aos pólos magnéticos. Por exemplo, nos Estados Unidos os únicos lugares onde o pólo norte magnético e o pólo geográfico são exatamente os mesmos estão em uma linha passando do estado do Wisconsin até o Golfo do México. Navegadores têm sabido disso por séculos. Mas o público pode não estar informado, e as pessoas pensam que lá existe alguma coisa misteriosa sobre a “mudança” na bússola sobre uma área tão larga quanto o triângulo, o que naturalmente pode acontecer. 

Listagem de eventos

– 1840 – Rosalie – embarcação francesa encontrada meses após o seu desaparecimento, na área do Triângulo das Bermudas, navegando com as velas recolhidas, a carga intacta, porém sem vestígios de sua tripulação.

– 1872 – Mary Celeste – Apesar do navio ter sido abandonado na costa de Portugal, ele teria antes supostamente batido em um recife perto da costa de Bermuda.

– 1880 – Atlanta – Fragata britânica, desapareceu em Janeiro, com 290 pessoas a bordo.

– 1902 – Freya – embarcação alemã, ficou um dia desaparecida. Saiu de Manzanillo, em Cuba no dia 3 de outubro. Foi encontrada no dia seguinte, no mesmo local de onde havia saído, porém sem nenhuma pessoa a bordo: todos os tripulantes desapareceram.

– 1909 – The Spray – pequeno iate do aventureiro canadense Joshua Slocum, que desapareceu nesta área.

– 1917 – SS Timandra – embarcação que iria para Buenos Aires que tinha partido de Norfolk (Virgínia) com uma carga de carvão, e uma tripulação de 21 passageiros. Não emitiu nenhum sinal de rádio.

– 1918 – Cyclops – embarcação carregada com 19.000 toneladas de aprovisionamentos para a Marinha Norte-americana, com 309 pessoas a bordo. Desapareceu com tripulantes e carga a 4 de março em mar calmo, sem emitir aviso, mesmo dispondo de rádio. Ele partiu do Rio de Janeiro em 16 de fevereiro e, após uma rápida parada em Barbados, entre 3 e 4 de março, nunca mais foi visto. Todos as 306 pessoas, entre passageiros e tripulação, desapareceram sem deixar rastro.

O USS Cyclops ancorado no rio Hudson em 3 de outubro de 1911 Imagem cedida pelo New York Navy Yard/Navy Historical Center

– 1921 – Carroll. A. Deering – cargueiro que afundou no cabo Hatteras, cerca de 1000 km a oeste das ilhas Bermudas.

– 1925 – Raifuku Maru – embarcação que afundou em uma tempestade a cerca de 1000 km ao norte das ilhas Bermudas.

– 1925 – Cotopaxi – embarcação desaparecida próximo a Cuba.

– 1926 – SS Suduffco – embarcação que afundou em um furacão no triângulo.

– 1931 – Stavenger – cargueiro desaparecido com 43 homens a bordo.

– 1932 – John and Mary – embarcação desaparecida em Abril. Foi encontrada posteriormente à deriva, a cerca de 80 quilômetros das ilhas Bermudas.

– 1938 – Anglo-Australian – embarcação desaparecida em Março, com uma tripulação de 39 homens. Pediu socorro quando estava próxima ao Arquipélago dos Açores.

– 1940 – Gloria Colite – embarcação desaparecida em Fevereiro. Foi encontrada com tudo intacto, mas sem a tripulação.

– 1942 – Surcouf – submarino francês que foi atacado pelo cargueiro norte-americano Thompson Lykes perto do Canal do Panamá, cerca de 1800 km do triângulo

– 1944 – Rubicon – cargueiro cubano desaparecido em 22 de outubro. Foi encontrado mais tarde pela Guarda Costeira Norte-americana próximo à costa da Flórida.

– 1945 – Super Constellation – aeronave da Marinha Norte-americana desaparecida em 30 de Outubro, com 42 pessoas a bordo.

– 1945 – Voo 19 ou Missão 19 (“Flight 19”) – esquadrilha de cinco aviões TBF Avenger, desaparecida em 5 de Dezembro.

– 1945 – Martin Mariner – hidroavião enviado na busca do Vôo 19, também desapareceu em 5 de dezembro, após 20 minutos de vôo, com 13 tripulantes a bordo.

– 1947 – C-54 – aeronave do Exército dos Estados Unidos, jamais foi encontrado.

– 1948 – DC-3 – aeronave comercial, desaparecida em 28 de dezembro, com 32 passageiros.

Um Douglas DC-3, o mesmo modelo do avião que desapareceu sobre o Triângulo das Bermudas em 1948

– 1948 – Tudor IV Star Tiger – aeronave que desapareceu com 31 passageiros.

– 1948 – SS Samkey – embarcação que afundou a 4200 km a nordeste do triângulo e a 200 km a nordeste dos Açores.

– 1949 – Tudor IV Star Ariel – aeronave que desapareceu no triângulo.

– 1950 – Sandra – cargueiro transportando inseticida, desapareceu em Junho e jamais foi encontrado.

– 1950 – GLOBEMASTER – Avião desaparecido em março. Era um avião comercial dos Estados Unidos.

– 1952 – YORK – Avião de transporte britânico. Desaparecido em 2 de fevereiro. Tinha 33 passageiros a bordo fora a tripulação. Sumiu ao norte do Triângulo das Bermudas.

– 1954 – Lockheed Constelation – aeronave militar com 42 passageiros a bordo que desapareceu no triângulo.

– 1955 – CONNEMARA IV – Desapareceu em setembro e apareceu 640km distante das bermudas, também sem tripulação.

– 1956 – MARTIN P-5M – Hidroavião desaparecido em 9 de novembro. Fazia a patrulha da costa dos Estados Unidos. Sumiu com 10 tripulantes a bordo nas proximidades do Triângulo das Bermudas.

– 1957 – CHASE YC-122 – Desaparecido em 11 de janeiro. Era um avião cargueiro com 4 passageiros a bordo.

– 1962 – Um avião KB-50 desapareceu em 8 de janeiro. Tratava-se de um avião tanque das Forças Aéreas dos Estados Unidos. Desapareceu quando cruzava o Triângulo.

– 1963 – MARINE SULPHUR QUEEN – Cargueiro que desapareceu em fevereiro sem emitir nenhum pedido de socorro.

– 1963 – SNO’BOY – Desaparecido em 1º de Julho. Era um pesqueiro com 20 homens a bordo. Nunca foi encontrado.

– 1963 – 2 STRATOTANKERS KC-135 desapareceram em 28 de agosto. Eram 2 aviões de quatro motores cada, novos, a serviço das forças aéreas americanas. Iam em missão secreta para uma base no Atlântico, mas nunca chegaram no local. 

Um avião KC-135 Stratotanker, avião de reabastecimento igual aos que desapareceram no Triângulo das Bermudas

– 1963 – CARGOMASTER C-132 – Desaparecido em 22 de setembro perto das ilhas Açores.

– 1965 – FLYNG BOXCAR C-119 – Desaparecido em 5 de junho. Era um avião comercial com 10 passageiros a bordo.

– 1967 – WITCHCRAFT – Desaparecido em 24 de dezembro. Considerado um dos casos mais extraordinários do Triângulo. Tratava-se de uma embarcação que realizava cruzeiros marítimos. Estava amarrado a uma bóia em frente ao porto de Miami, Flórida, a cerca de 1600 metros do solo. Simplesmente desapareceu com sua equipe e um passageiro a bordo para nunca mais ser visto assim como as pessoas.

– 1970 – Milton Latrides – cargueiro francês que partiu de Nova Orleans em direção à Cidade do Cabo. Levava uma carga de azeite vegetal e refrigerante. Afundou no triângulo em Abril.

– 1973 – ANITA – Desaparecido em março. Era um cargueiro de 20.000 toneladas que estava circulando próximo ao Triângulo com 32 tripulantes a bordo.

– 1976 – Grand Zenith – petroleiro, afundou com pessoas e bens a bordo. Deixou uma grande mancha de petróleo que, pouco depois, também desapareceu.

– 1976 – SS Sylvia L. Ossa – embarcação que afundou em um furacão a oeste das ilhas Bermudas.

– 1978 – SS Hawarden Bridge – embarcação que foi encontrada abandonada no triângulo.

– 1980 – SS Poet – embarcação que afundou em um furacão no triângulo. Transportava grãos para o Egito.

– 1995 – Jamanic K – cargueiro que afundou no triângulo, depois de sair de Cap-Haïtien.

– 1997 – Iate – É encontrado um iate alemão abandonado.

– 1999 – Genesis – cargueiro que afundou depois de sair do porto de São Vicente; sua carga incluía 465 toneladas de tanques de água, tábuas, concreto e tijolos; informou de problemas com uma bomba um pouco antes de perder o contato. Foi realizada uma busca sem sucesso em uma área de 85.000 km² (33.000 milhas quadradas).Outros eventos: 

Um Cessna 172 é “caçado” por uma nuvem, que o persegue o que resulta em funcionamento defeituoso de seus instrumentos, com conseqüente perda de posição e morte do piloto, como informaram os passageiros sobreviventes da queda do avião. 

Um 727 da National Airlines fica sem radar durante dez minutos, tempo em que o piloto informa estar voando através de um leve nevoeiro. Na hora de aterrissar, descobre-se que todos os relógios a bordo e o cronômetro do avião perderam exatamente dez minutos, apesar de uma verificação da hora cerca de trinta minutos antes da aterrissagem. 

Casos de desaparecimentos mais recentes:

  • Avião DC-3 N407D, sumiu em 21 de setembro de 1978
  • Aeronave Fighting Tiger 524, sumiu em 22 de fevereiro de 1978
  • Avião Beechcraft N9027Q, desaparecido em 11 de fevereiro de 1980
  • Avião Ercoupe N3808H, sumiu em 28 de junho de 1980
  • Um Beech Bonanza, sumiu em 5 de janeiro de 1981
  • Avião Piper Cherokee N3527E, desaparecido em 26 de março de 1986
  • Avião Grumman Cougar Jet, último contato realizado em 31 de outubro de 1991
  • Um barco a motor Jamanic K, desaparecido quando ia de Cape Haitian para Miami, em 20 de março de 1995
  • Um barco a motor Genesis, que sumiu no caminho de Port of Spain, em Trinidad, para St. Vincent, em 21 de abril de 1999
  • Avião Cessna 210, desapareceu do radar quando ia de Freeport a Nassau, em 14 de junho de 1999.

O incrível Caso Gernon

Um avião monomotor Beechcraft Bonanza voa para dentro de uma monstruosa nuvem cúmulos nimbus ao largo de Andros, perde o contato pelo rádio e logo recupera-o, quatro minutos depois, mas descobre que agora está sobre Miami, com mais vinte e cinco galões de gasolina do que deveria ter-quase exatamente a quantidade de gasolina que seria gasta pelo aparelho numa viagem Andros-Miami. Foi em 4 de dezembro de 1970, Bruce Gernon e seu pai decolaram a bordo de um monomotor Beechcraft Bonanza modelo A 36 do aeroporto da cidade de Andros, Bahamas e voavam para Bimini, uma ilha das Bermudas, mais próxima do continente. 

O céu estava claro quando viram uma nuvem estranha com extremidades quase que perfeitamente arredondadas pairando sobre o mar. E conforme voavam em direção a ela, a nuvem começou a se espalhar. A 3.505 metros de altura, notou que ela havia formado um túnel, e a única possibilidade de fuga parecia ser passar por esse túnel. E quando estavam lá dentro, viram linhas nas paredes que giravam no sentido anti-horário, os instrumentos de navegação ficaram descontrolados e a bússola também passou a girar no sentido anti-horário. 

Como a nuvem lenticular surgiu a partir do ponto de vista do Gernon enquanto voava sobre Andros Island. Courtesy of Bruce Gernon . 

Gernon disse que havia “percebido a ocorrência de algo muito estranho. Em vez do céu azul e limpo que esperávamos no final do túnel, tudo parecia branco-acinzentado.

Além disso, a visibilidade parecia ser de 3 quilômetros, mas não havia absolutamente nada para ver. Não havia oceano, horizonte ou mesmo céu, somente um nevoeiro cinza”, disse ele. 

Quando Gernon conseguiu entrar em contato com o controle de tráfego aéreo de Miami para obter uma identificação de radar e saber sua posição, o controlador disse não haver aviões aparecendo no radar entre as regiões de Miami, Bimini e Andros. Após mais alguns instantes, Gernon ouviu o controlador dizer que um avião havia acabado de aparecer diretamente sobre Miami.

Gernon não achou que poderia já estar sobre Miami Beach, já que o tempo normal de viagem é de 75 minutos usando velocidade máxima de seu avião, 300 km/h, para chegar até lá e só tinham se passado uns poucos minutos desde o início do incidente e da decolagem.

Nesse mesmo momento, a névoa cinza começou a se desfazer, os instrumentos começaram a operar normalmente e logo viram Miami Beach abaixo deles. E foi essa passagem de tempo confirmada por seus relógios e pelos instrumentos do avião. 

Depois de pousarem em Palm Beach, Gernon conferiu novamente seus instrumentos e constatou que havia gasto menos de 45 minutos numa viagem que levaria quase uma hora e meia e que havia consumido 12 galões a menos de combustível do que seriam necessários para aquele trajeto.

O ” nevoeiro eletrônico” se dissipa e Miami Beach vem à vista. Courtesy of Bruce Gernon 

Detalhe interessante é que o pequeno monomotor de Gernon não tinha potência de motor nem resistência estrutural para se deslocar a uma velocidade de mais de 3.000km/h (quase 3 vezes a velocidade do som e mais rápido que a velocidade de cruzeiro de um Concorde). Bruce Gernon talves seja o único sobrevivente do Triângulo das Bermudas.

Explicações científicas para tal fato??? Mais de 40 anos depois do acontecido, continuamos sem elas. O que há são especulações das mais variadas. O fato aconteceu?

Sim…os registros do momento da decolagem de Gernon feitos pelo aeroporto de Andros, até o momento em que surgiu nos céus de Miami comprovam esse vôo impossível. 

Veja o vídeo: Bermuda Triangle, The Bruce Gernon Story, Time Travel ?

Mais informações sobre esse caso ver em: https://www.bermuda-triangle.org/html/bruce_gernon.html


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