Armagedom da moeda fiduciária: cada vez mais Bancos Centrais têm trocado dólares por Ouro

As participações dos bancos centrais em ativos denominados em dólares atingiram uma baixa histórica, impulsionadas pelas tentativas de [judeus khazares em] Washington e dos seus lacaios europeus, de bloquear o acesso da Rússia, rica em recursos, ao sistema financeiro global.

Fonte: Sputnik

O presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed), Jerome Powell, repetiu seu antigo aviso sobre os níveis de dívida [na casa dos US$ 35 trilhões] dos EUA serem “insustentáveis” em um fórum europeu sobre bancos centrais no mês passado.

Em fevereiro, o presidente salvadorenho Nayib Bukele [que adotou o Bitcoin como moeda legal em El Salvador em novembro de 2021] alertou que a estratégia do Fed de “imprimir dinheiro do nada” equivale a “uma bolha que inevitavelmente estourará”.

A partir de então, cada vez mais bancos centrais, especialmente dos países em desenvolvimento, têm buscado refúgio no ouro como um ativo cujo valor e conversibilidade universais não estão vinculados aos caprichos de nenhuma nação e, portanto, não podem ser tão facilmente transformados em armas.

Estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) da primavera (Hemisfério Norte) citadas pelo jornal financeiro japonês Nikkei em uma matéria recente mostram que as reservas estrangeiras denominadas em dólar e títulos do Tesouro dos EUA atingiram 58,9% em 2024, bem abaixo dos cerca de 70% de duas décadas atrás.

As reservas denominadas em yuan da China também caíram, de cerca de 3% do total de reservas estrangeiras no início de 2022 para cerca de 2% hoje, com Ucrânia, Noruega, Brasil, Suíça e Israel liderando o caminho na redução de suas reservas em yuan.

Uma pesquisa do World Gold Council publicada em junho calculou que a compra do metal precioso pelos bancos centrais ultrapassou 1.037 toneladas em 2023 — a segunda maior compra anual da história depois das compras em 2022, que totalizaram 1.082 toneladas.

China liderou a compra de ouro em barrasadicionando ouro às suas reservas por 18 meses consecutivos de novembro de 2022 em diante, aumentando-as em 16,3%, para cerca de 2.264 toneladas no total em junho, ao mesmo tempo que vem reduzindo a participação do dólar em suas reservas.

A Índia também acumulou rapidamente ativos denominados em ouro, que atualmente valem US$ 57,6 bilhões (cerca de R$ 317,3 bilhões), ou 30% a mais do que no mesmo período em 2023. Nova Delhi comprou cerca de 19 toneladas de ouro somente no primeiro trimestre de 2024, atingindo um total de 841 toneladas. Aparentemente tendo aprendido as lições com as experiências amargas da Venezuela, Rússia e Líbia relacionadas aos riscos de armazenar ativos do banco central em países estrangeiros, a Índia recentemente moveu cerca de 100 toneladas de suas reservas de ouro do Reino Unido de volta para os seus cofres domésticos.

A mídia japonesa cita os conflitos em andamento na Ucrânia e no Oriente Médio, que não mostram sinais de parar tão cedo, e o “risco geopolítico” de um segundo mandato de Donald Trump como presidente e uma potencial escalada das tensões EUA-China como fatores que provavelmente levarão os bancos centrais a continuar se livrando dos dólares e outras moedas fiduciárias e acumulando suas reservas de ouro.

“Nem mesmo esses altos impostos, mais altos do que em muitos lugares do mundo […] estão realmente financiando o governo [dos EUA]“, disse o presidente salvadorenho Nayib Bukele em um fórum em Washington em fevereiro.

“Então, quem está financiando o governo dos EUA? O governo americano é financiado por emissão de títulos do Tesouro dos EUA, papel. E quem compra os títulos do Tesouro? Principalmente o Fed que repassa aos mercados. E como o Fed os compra? Imprimindo dinheiro. Mas que suporte o Fed tem para que esse dinheiro seja impresso? Os próprios títulos do Tesouro. Então, basicamente, você financia o governo imprimindo dinheiro do nada. Papel apoiado em papel. Uma bolha que inevitavelmente estourará. A situação é ainda pior do que parece porque, se a maioria dos norte-americanos e o resto do mundo tomassem conhecimento dessa farsa, a confiança em sua moeda se perderia”, alertou.


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