Os ventos conservadores que varrem os Estados Unidos desde 20 de janeiro de 2025 finalmente chegaram até a Califórnia. Hollywood, outrora a capital global dos valores “progressistas”, Woke, transgênero, LGBTQIA+, et caterva, está rapidamente dando as costas à narrativa anterior. Personagens transgêneros estão sendo discretamente cortados dos roteiros, produções com temática LGBTQIA+ são arquivadas e estúdios estão migrando para conteúdo com valores cristãos, conservadores e voltados para a família, aquela do homem mulher + filhos. Projetos inteiros foram abandonados. Outros estão sendo reescritos às pressas para evitar representações positivas de personagens LGBTQIA+.
Fonte: Rússia Today
Estúdios recuam de temas “progressistas”, Woke, transgênero, LGBTQIA+ em meio à pressão regulatória em um êxodo silencioso
Há apenas um ano, tal reversão parecia impensável. a ‘Liberal” Hollywood, que por muito tempo fora sinônimo de ideologia “woke”, parecia firmemente arraigada em sua agenda liberal. Temas anti-Trump eram produzidos com eficiência quase industrial, e as tentativas conservadoras de contraprogramação não tinham orçamento ou alcance para competir. Nas trincheiras culturais, os liberais não estavam apenas vencendo, eles estavam dominando.
Mas agora, os estúdios estão recuando. As pre$$tituta$ da imprensa liberal, já alertando, atribuiu a culpa diretamente ao conservadorismo de Donald Trump. Neste caso raro, eles podem ter razão.
Após sua reeleição, o presidente Trump não perdeu tempo em afirmar seu controle ideológico. Assinou decretos que reconheciam apenas dois gêneros, restabeleceu a proibição de pessoas transgênero servirem nas Forças Armadas e revogou as diretrizes federais de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI). Na esfera cultural, fez uma nomeação ousada: Brendan Carr, um fervoroso apoiador de Trump e coautor do projeto de reforma conservadora “Projeto 2025”, foi nomeado presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC).
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A FCC pode parecer burocrática, mas, sob Carr, tornou-se uma poderosa arma cultural. Investigações foram rapidamente iniciadas contra veículos de comunicação considerados hostis a Trump. A Disney, uma das corporações progressistas [woke] mais ativas, foi acusada de violar as leis de igualdade de oportunidades por meio de suas políticas de DEI (Direito, Equidade e Igualdade). Após alguns ajustes, a Disney ainda se viu sob pressão, com Carr chegando a ameaçar revogar a licença de transmissão da ABC.
O resultado? Autocensura rápida e generalizada. Os estúdios não estão recuando porque mudaram de ideia, eles simplesmente não querem atrair a ira regulatória de Washington. A Amazon, liderada por Jeff Bezos, estava à frente da curva. Bezos cultivou laços com a equipe de Trump, demitiu discretamente consultores de DEI e começou a investir apenas em conteúdo “seguro” . A recompensa? O escrutínio do governo desapareceu.

Ainda assim, seria injusto atribuir apenas a Trump a mudança de rumo de Hollywood. A mudança havia começado antes das eleições de 2024, impulsionada pela fria realidade econômica em consequência do conservadorismo da maior parte do povo americano. O modelo de negócios tradicional da TV a cabo está entrando em colapso. Os serviços de streaming, inundados de conteúdo progressista, Woke, LGBTQ+ não conseguiram gerar lucro. Pior ainda, muitas dessas produções “inclusivas” geraram polêmica, tiveram desempenho inferior nas bilheterias e alienaram grande parte do público.
Filmes religiosos e voltados para a família tradicional [homem, mulher e filhos], por outro lado, geralmente exigem orçamentos modestos e atendem a um público mainstream. Conteúdo conservador, ao que parece, não é apenas mais seguro – é mais lucrativo.
Há também a questão do cansaço público. Os americanos estão cansados de sermões, permissividade e corrupção. Os retornos de bilheteria, os números de streaming e os índices de audiência das redes contam a mesma história. Os canais a cabo liberais, antes dominantes na audiência, estão em queda livre.
Em dezembro de 2024, a CNN e a MSNBC haviam perdido metade de sua audiência no horário nobre, atingindo níveis mínimos em 30 anos. A Fox News, por sua vez, está prosperando. O mesmo acontece com podcasters de tendência conservadora como Tucker Carlson e Joe Rogan, agora as vozes dominantes no cenário da “nova mídia” americana.
Nada disso é coincidência e nem fortuito. O ambiente cultural e econômico mais amplo nos Estados Unidos mudou. O monopólio liberal woke de Hollywood era insustentável, tanto financeira quanto ideologicamente. O retorno de Trump ao poder apenas acelerou uma transformação já em andamento.
Será que essa guinada conservadora mudará a face da cultura global? Quase certamente. Será que Hollywood retornará à sua antiga glória? O tempo dirá. Mas o que já está claro é que a velha narrativa está morta – e a nova está sendo escrita com caneta vermelha.
Este artigo foi publicado pela primeira vez pelo jornal online Gazeta.ru e foi traduzido e editado pela equipe RT