Homem Internacional: Recentemente, o Banco Estatal do Vietnã desativou mais de 86 milhões de contas bancárias como parte de sua mudança para um novo sistema nacional de ID-Identidades Digitais. As autoridades chamaram isso de ‘atualização de segurança’, mas isso efetivamente cortou o acesso de milhões de cidadãos vietnamitas ao seu próprio dinheiro da noite para o dia.

Fonte: International Man – por Doug Casey

Homem Internacional: Na Tailândia, vimos um esforço semelhante para vincular atividades financeiras e online a ID-Identidades Digitais emitidas pelo estado. Isso é parte de um impulso global coordenado em direção ao controle centralizado por meio de sistemas de ID-Identidades Digitais?

Doug Casey: Sem dúvida.

O dinheiro é uma manifestação primária da liberdade pessoal. O dinheiro não é apenas um bem econômico; é um bem moral. Representa as horas da sua vida que você gastou para ganhá-lo honestamente e tudo o que você espera proporcionar para si mesmo e para os outros no futuro. É, na verdade, vida congelada ou cristalizada.

Aqueles que querem controlar outras pessoas —coletivistas, estatistas, marxistas, os Woke, socialistas e afins— naturalmente querem limitar os usos e o valor do dinheiro. Aplicar o uso de moedas fiduciárias emitidas por bancos centrais é a maneira ideal de fazer isso. Isso equivale a uma fraude gigantesca. Mas a pessoa comum aceita isso estupidamente como parte do firmamento cósmico.

Disseram às pessoas que, numa “democracia”, elas são os governantes. Na realidade, a democracia no mundo de hoje é apenas [uma farsa chamada de] o governo da multidão vestida com casaco e gravata. Equivale a uma religião secular, onde o Estado é um deus e os políticos [corrompidos] são os seus sacerdotes. Quando se trata de questões financeiras, o público [a multidão de zumbis] se acostumou a fazer o que lhe mandam bovinamente.

Isso não é nenhuma novidade. Poucos se lembram de que quando Roosevelt confiscou ouro em 1933, ele usou uma Ordem Executiva — o mesmo veículo que Trump usa para tantas coisas hoje. Você pensaria que, quase cem anos atrás, os americanos teriam resistido ao roubo em massa do presidente do país. Mas já estavam habituados a que a Reserva [Rothschild] Federal emitisse moeda e a que o governo cobrasse imposto de renda sobre os seus rendimentos. Quando todos receberam “ordens de entregar seu ouro”, eles agiram como cordeirinhos obedientes.

O americano médio está ainda mais em decúbito dorsal e doutrinado agora do que estava naquela época. Portanto, espero pouca resistência à moeda digital, que será um último prego no caixão da liberdade econômica [e o fim de nossas liberdades pessoais].

Não sou uma pessoa religiosa, mas ainda pode acontecer que o Novo Testamento, Apocalipse 13, esteja correto quando diz: “Ele faz com que todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, recebam uma marca na mão direita ou na testa, e que ninguém pode comprar ou vender, exceto aquele que tem a marca ou o nome da BESTA, ou o número do seu nome.”

Esse versículo é bastante preditivo.

Homem Internacional: No Reino Unido, o primeiro-ministro Keir Starmer disse recentemente que as pessoas não poderão trabalhar sem um documento de identificação digital.

O que isso lhe diz quando o acesso ao emprego se torna o ponto de alavancagem para forçar a adoção da identidade digital —e poderíamos ver a mesma tática usada nos EUA?

Doug Casey: Absolutamente. Os governos prefeririam que todos fossem funcionários. Eles não gostam de empreendedores porque têm uma mentalidade muito independente. Os empresários e as pessoas trabalhando de forma independente estão numa posição muito melhor para evitar ou fugir a impostos e regulamentos totalitários. Os trabalhadores têm impostos extraídos de seus contracheques antes mesmo de vê-los. Então, quando eles apresentam sua declaração de imposto de renda e recebem um reembolso por pagamento indevido, eles estupidamente veem isso como um presente do governo.

Além disso, o grande governo gosta de grandes corporações, em parte porque os funcionários públicos podem facilmente se mudar lateralmente para uma grande corporação para lucrar com os favores feitos às mesmas grandes corporações. Isso não acontece com pequenas corporações empreendedoras. Somente grandes corporações podem agir efetivamente em um ambiente altamente politizado, porque somente elas podem pagar advogados e contadores para interpretar os regulamentos e subornar sutilmente os políticos [e juízes] para que leis sejam aprovadas a seu favor.

Fazer com que cada indivíduo use uma identidade digital ajuda a classificá-los, tornando-os menos independentes e mais fáceis de controlar. Em um mundo burocrático onde tudo é informatizado, se você não tem um número [o da Besta], você não existe.

Homem Internacional: Nos EUA, também estamos vendo passos iniciais—coisas como carteiras de motorista digitais, programas biométricos de aeroportos e propostas vinculadas às moedas digitais do banco central {CBDCs]. Quão perto estamos de um sistema abrangente de identificação digital? Como isso pôde acontecer?

Doug Casey: Todo mundo já usa o iPhone para tudo— escaneando suas passagens aéreas, digitalizando seus cartões de crédito, mantendo seus registros bancários e assim por diante. As pessoas estão bastante acostumadas a serem totalmente “digitalizadas”.

Tenho uma pergunta. Será esta simplesmente uma progressão natural porque a tecnologia pode tornar as coisas mais suaves, baratas e precisas? Ou é uma conspiração da elite para controlar melhor os seus súditos [escravos obedientes]? São as duas coisas. Não tenho certeza se podemos evitar essa tendência, especialmente porque os computadores estão cada vez mais potentes, as câmeras estão por toda parte e todos têm seus iPhones pessoais consigo em todos os lugares. A capacidade de armazenamento está se aproximando de níveis quase infinitos, e o computador quântico em desenvolvimento acelerará a tendência. Parece imparável agora.

Em um livro distópico de ficção científica, “This Perfect Day”, de Ira Levin escrito em 1969, todos os cidadãos eram obrigados —para sua “própria segurança”, é claro— a exibir suas tatuagens sempre que passassem por vários quiosques de identificação. O governo sempre saberia onde todos estavam. O iPhone faz isso e também funciona como um dispositivo de escuta.

A tecnologia tem sido muito menos amiga e muito mais inimiga da pessoa comum desde o primeiro dia. O problema é que os “poderes constituídos ”— QUEM controla o Estado — sempre recebem a tecnologia primeiro. A pólvora é o exemplo perfeito disso. A elite do século XIV obteve-a primeiro e usou-a para controlar a plebe. Mas não demorou muito para que a tecnologia se infiltrasse, para que a plebe pudesse usar pólvora para derrubar cavaleiros blindados de seus cavalos e destruir seus castelos.

Esperamos que todos esses desenvolvimentos digitais distópicos tenham mais lados positivos do que cadeias não mais sutis. Mas é provável que as coisas piorem antes de melhorarem. Muito pior, à medida que a Grande Depressão se torna mais evidente, e a plebe estupidamente implora ao Estado para controlar tudo e torná-lo “melhor”

Homem Internacional: Qual é a sua opinião sobre se os IDs digitais serão necessários para acesso financeiro, viagens ou até mesmo uso da Internet?

Doug Casey: Para o “bem da sociedade” e para o seu próprio bem, você terá que se identificar digitalmente. Para combater o crime, as drogas, as mudanças climáticas, o racismo ou qualquer que seja o sabor do dia. Mas a questão é: com os controles se tornando mais onerosos, como você se isola?

Provavelmente a coisa mais importante que você pode fazer é aumentar sua riqueza pessoal. Em todas as áreas da vida, busque o equivalente a voar em voos privados em vez de voos comerciais —quem quer ser pastoreado como um bovino e inspecionado pela TSA?

O dinheiro não pode isolá-lo completamente do governo, mas há pontos positivos surgindo, como os países BRICS, que estão despejando o dólar porque podem ver que é algo que o governo dos EUA usa para controlá-los. Outros países estão a seguir o exemplo, uma vez que o dólar e o sistema bancário comercial internacional são as formas mais fáceis e simples de a elite [de judeus khazares, os donos dos grandes bancos, como os Rothschild] controlar-nos, os plebeus. A morte contínua do dólar pode ser uma coisa boa.

Coisas que acontecem em lugares como El Salvador —onde o Bitcoin é uma moeda nacional— me dão esperança. Espero que outros países surjam no futuro para substituir o que a Suíça costumava ser: um refúgio para a liberdade financeira. A Suíça perdeu em grande parte o seu antigo estatuto. Mas com alguma sorte, outros locais surgirão, especialmente à medida que a Terceira Guerra Mundial se desenvolve.

Espero que muitos dos atuais Estados nação se dividam em Estados mais pequenos e que muitos governos atualmente opressivos desapareçam e, pelo menos durante algum tempo, sejam substituídos por governos mais pequenos. Quando se trata de transferir dinheiro, odeio usar o sistema SWIFT, o dólar ou o sistema bancário convencional. Talvez o sistema Hawala que o mundo islâmico usa — ou o equivalentes a ele— surja para movimentar dinheiro de forma privada e fora do sistema convencional. Ouro ou Bitcoin — não o dólar— serão as ferramentas.

Com alguma sorte, surgirão bancos privados não regulamentados que não são membros do Sistema da Reserva Federal e não dependem de crédito ou dólares convencionais. No século XIX, quando pessoas ricas viajavam, se você tivesse uma conta em um banco importante, correspondentes nas principais cidades do mundo lhe ofereciam uma carta de crédito. Era estritamente entre você e o banco, sem intermediários e sem interferência do governo.

Não havia necessidade de Visa ou MasterCard, ambos os quais costumavam ser seus amigos, mas, como a maioria das coisas no sistema bancário comercial, agora são apenas braços do Estado de Controle. Esperançosamente, o mercado apresentará soluções informais, especialmente porque a maioria dos bancos comerciais atuais, bem como os governos, estão realmente falidos [especialmente o dólar e os EUA] . À medida que eles se desintegram, haverá um vazio no mercado, e coisas novas podem crescer.

Homem Internacional: O que uma pessoa comum pode fazer sobre essa tendência crescente?

Doug Casey: Uma coisa importante é se tornar competente em criptomoedas e Bitcoin, para que você não precise usar o sistema convencional corrupto e controlado e o dólar.

Além disso, possua muitas moedas de ouro e prata por dinheiro —não ouro fake de papel ou prata fake de papel, mas as moedas reais em sua posse. Você também deve possuí-los no exterior, como com SWP nas Ilhas Cayman, a Casa da Moeda de Perth ou outras organizações semelhantes.

Mas o mais importante de tudo é garantir que você tenha o máximo de habilidades e capacidades possível, para que possa prosperar não importa o que aconteça no mundo. A riqueza intelectual e moral supera a riqueza física.

Nota do editor: governos ao redor do mundo estão correndo para implementar sistemas de identificação digital —geralmente vendidos como “convenientes”, “eficazes” e/ou “seguros” [lembram as “vacinas mRNA] Mas, como alerta Doug Casey, eles também podem se tornar as ferramentas distópicas e definitivas de controle total. A mudança em direção ao dinheiro programável e aos sistemas de identidade digital centralizados não está apenas chegando — já está aqui.

Para ajudá-lo a se preparar, montamos um relatório especial gratuito: Como sobreviver e prosperar na era do controle digital—revelando etapas práticas para proteger sua privacidade, riqueza e liberdade em um mundo totalmente digitalizado.

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