Hoje, o Axios, o Financial Times, o NY Times e a mídia regional ucraniana afirmaram que o novo plano de paz que está sendo “secretamente” impulsionado pelo governo Trump contém concessões territoriais da Ucrânia significativas. Além disso, há relatos de estipulações que levariam a Ucrânia a reduzir suas forças armadas, interromper o recebimento de algumas armas ocidentais e deixar de abrigar tropas estrangeiras .
Fonte: Zero Hedge
Uma fonte também informou à RBC-Ucrânia que uma cláusula fundamental é o compromisso do governo ucraniano em recusar formalmente a adesão futura à OTAN. A mesma reportagem afirmou que as medidas vão além, prevendo anistia para todos os crimes de guerra cometidos por autoridades e tropas russas.
Além disso, as sanções internacionais impostas e lideradas pelos EUA contra Moscou seriam supostamente suspensas, abrindo caminho para o retorno da Rússia à economia global.
O plano de paz de 28 pontos proposto pelos EUA cederia o controle do leste de Donbas à Rússia, mas outros territórios parcialmente controlados, como as regiões ocupadas de Zaporizhzhia e Kherson, também seriam concessões por parte da Rússia.
Como já mencionamos anteriormente , autoridades do Kremlin finalmente afirmaram que sua posição finalmente está sendo “ouvida” – especialmente considerando que esta é a primeira vez que Washington parece estar levando a sério a busca por concessões territoriais pela Ucrânia.
O plano parece ter sido elaborado principalmente pelo enviado do presidente Donald Trump, Steve Witkoff, e pelo enviado especial russo, Kirill Dmitriev, mas até agora o governo Zelensky expressou consternação por estar sendo excluído do processo.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, escreveu posteriormente no X que alcançar uma “paz duradoura exigirá que ambos os lados concordem com concessões difíceis, mas necessárias”. Ele reconheceu que as conversas atuais visam consultar ambos os lados a fim de “desenvolver uma lista de ideias potenciais para pôr fim a esta guerra”.
#BREAKING Bloomberg, citando uma fonte familiarizada com o assunto: Zelensky recebeu sinais dos Estados Unidos de que ele deve aceitar o acordo alcançado em consulta com Moscou.
Na quinta-feira, representantes do Exército dos EUA e do Pentágono estiveram na capital ucraniana numa tentativa de pressionar o governo Zelensky a iniciar negociações sobre o plano de paz EUA-Moscou .
Altos funcionários do Pentágono chegaram à Ucrânia para “discutir os esforços para pôr fim à guerra” com a Rússia, informou o Exército dos EUA. A equipe, liderada pelo Secretário do Exército dos EUA, Dan Driscoll, manteve conversas com a Primeira-Ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, na manhã de quinta-feira . A expectativa é de que se encontrem com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ainda hoje.
Mas o fato é que Zelensky rejeitou consistentemente, ao longo de toda a guerra, qualquer proposta que incluísse concessões territoriais. Ele conta com o apoio, sobretudo, dos linha-dura ucranianos, tanto nas forças armadas quanto no parlamento.
No entanto, novas notícias indicam que Zelensky expressou “abertura” para trabalhar dentro dessa estrutura:
- ZELENSKY: A UCRÂNIA ESTÁ PRONTA PARA TRABALHAR CONOSCO, A EUROPA, PELA PAZ
- Zelensky afirma ter concordado em trabalhar em um plano preliminar dos EUA para acabar com a guerra.
- Petróleo cai para valor negativo após Zelensky sinalizar abertura para negociações de paz.
Mas, como era de se esperar, os falcões europeus já estão se manifestando negativamente, instando Kiev contra qualquer “compromisso” com Moscou . “A chefe da diplomacia da UE, a ignorante Kaja Kallas, alertou que, para qualquer plano funcionar, seria necessário o apoio dos ucranianos e de seus aliados europeus”, escreve a BBC.
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, corroborou esse ponto de vista, afirmando que “os ucranianos não querem nenhum tipo de capitulação”.
