Os membros da Ordem dos Cavaleiros Templários foram associados com todos os tipos de atividades incríveis, incluindo a posse da Arca da Aliança, do Santo Graal, também foram acusados de serem heréticos, de terem construído em segredo uma frota de navios que navegaram os oceanos desde o discreto porto de La Rochelle, na costa atlântica da França. Teriam navegado até o novo mundo, talvez até o Canadá e o México, de onde extraíram prata em abundância, muito antes de Colombo ter (re)descoberto às Américas . . .
UMA BREVE HISTÓRIA DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
Fonte: https://greyfalcon.us/The%20Knights%20Templar.htm – Por David Hatcher Childress
O Império Naval dos Cavaleiros Templários
Durante os quase 200 anos das Cruzadas, a riqueza da Ordem dos Cavaleiros Templários cresceu e se tornou uma vasta fortuna. Eles possuíam mais de nove mil solares e castelos distribuídos por vários países por toda a Europa, todos isentos de impostos. Cada propriedade ´[Comendas] era cultivada e produzia animais de corte gerando receitas que eram usadas para apoiar o maior sistema bancário e a maior cavalaria militar da Europa criados pela Ordem. A riqueza e o poder da Ordem dos Cavaleiros Templários causaram muita inveja e muito ciúme entre alguns membros da nobreza europeia. Boatos caluniosos foram espalhados sobre rituais secretos e adoração ao diabo.
O falido rei Filipe IV, o Belo, de França foi o responsável por disseminar muitos desses rumores. Filipe IV durante uma revolta popular contra medidas adotadas pelo seu governo, buscou refugio de uma multidão enfurecida em Paris, no quartel-general dos templários. Os Templários haviam mudado seu quartel-general principal de Jerusalém para Paris após a derrota dos Cruzados no Mediterrâneo Oriental e a perda do controle de Jerusalém. A Marinha otomana havia conquistado a maior parte do Mediterrâneo e estava ocupada sitiando os Cavaleiros Hospitalários em Malta.

Os Templários deram refúgio da turba a Filipe IV, o Belo, mas dizem que o falido Rei viu a magnificência do tesouro dos Templários e o quis para si mesmo. Seu governo estava falido, ele era um rei fraco e impopular entre o povo e sabia que os Templários eram mais poderosos e ricos do que ele e qualquer outro rei da Europa.
O rei Filipe IV foi a Roma em 1305 e convenceu o papa Clemente V de que os Cavaleiros Templários não eram os santos defensores da fé, mas estavam tentando destruí-la. O papa ordenou que o rei Filipe prendesse todos os cavaleiros Templários da França e iniciasse uma inquisição. Quando os homens do Rei foram aos castelos dos Templários, para prendê-los eles encontraram muitos deles abandonados e a grande frota naval que estava ancorada no porto privado dos Templários em La Rochelle havia sumido.
Os homens de Felipe o Belo não encontraram uma moeda sequer do vasto tesouro templário que os mesmos depositavam no local, tudo havia sido evacuado dias antes do início da perseguição aos membros da Ordem, visto que os Cavaleiros Templários também possuíam um eficiente serviço de “inteligência” que havia descoberto antecipadamente as intenções do rei e evacuaram o imenso tesouro sem serem percebidos e sem deixarem uma pista sequer de seu destino. Aqueles que foram presos foram julgados e considerados culpados de pecados contra Deus, através de inúmeras falsas acusações, desde sodomia até heresia. Jaques de Molay, o último grão-mestre dos Cavaleiros Templários, foi queimado na fogueira em Paris em 1314.
Um poema inglês contemporâneo fez a pergunta que muitos fazem hoje, para onde foram todos os Templários e a sua imensa riqueza acumulada? Os irmãos, os Mestres do Templo, que eram bem abastecidos e fartos, com ouro, prata e riquezas, onde estão eles? Como eles fizeram para desaparecerem? Eles tiveram tal poder uma vez que ninguém ousou tirá-los dos demais países da Europa, ninguém foi tão ousado em seu tempo; Para sempre eles sumiram e nunca mais foram encontrados …

Esta questão tem atormentado historiadores e caçadores de tesouros por séculos. Por centenas de anos, houve rumores de que os Cavaleiros Templários não eram apenas os defensores da fé, mas também os guardiões do Santo Graal e de muitos mistérios sagrados. O Santo Graal é considerado o mais sagrado dos míticos artefatos religiosos [em realidade, o Santo Graal é a “antiga sabedoria” que os Templários possuíam e mantinham longe dos olhares profanos].
Existem diferentes versões da lenda, com as duas mais proeminentes afirmando que o Santo Graal é uma taça ou o cálice usado por Cristo na Última Ceia ou um pedaço da cruz em que ele foi crucificado [como sempre, os ignorantes e profanos, mesmo “eruditos” valorizam apenas BENS MATERIAIS… em qualquer tempo..ç]. A versão do cálice do Santo Graal mostra São José de Arimatéia trazendo para a Inglaterra a taça usada na Última Ceia que tinha sido usada para coletar o sangue que escorria das feridas de Cristo [o que realmente José de Arimateia fez foi acompanhar Maria Madalena e os filhos da mesma que ela teve com Jesus para uma região específica do sul da França, o santo graal na realidade é o “sangue real” da descendência de Cristo…].
Uma versão galesa da história do Graal diz que José de Arimatéia trouxe o Graal para a Inglaterra com a palavra de Cristo e deixou a relíquia sagrada em Glastonbury; lá muito mais tarde alcançou o Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda. Diz-se que o Graal assumiu muitas formas e o Rei Arthur o viu em sua quinta e última forma enquanto recebia a comunhão com os eremitas, uma lança sangrenta, também conhecida como Lança de Longinus, descoberta pelos Cruzados em Antioquia. Esta última versão colocaria os Templários e a lança no Oriente Médio ao mesmo tempo. Antes de deixar a lenda do Santo Graal, pare e pense no significado religioso de que tal “relíquia” teria.
Os misteriosos Cavaleiros Templários tinham uma extensa rede marítima e uma enorme frota de navios mercantes e podem ter herdado alguns dos mapas e outros segredos dos antigos fenícios [descobertos nos subterrâneos do monte do Templo, durantes os dez primeiros anos da ordem, quando os nove cavaleiros originais escavaram as ruínas à procura de um “tesouro”]. Quando os Templários foram proscritos e presos em 1307 pelo Rei Filipe IV da França, a enorme frota Templária em La Rochelle, França, desapareceu e muitos Cavaleiros Templários buscaram refúgio em terras fora da França. Portugal [pais criado pelos próprios Templários] foi um dos poucos locais onde puderam encontrar asilo, e é provável que a frota Templaria tenha feito escala no castelo de Almourol antes de seguir para o seu destino final.

Deve-se notar que muitos exploradores navegadores e da realeza portugueses eram Cavaleiros Templários, com um provável português como sendo membro do grupo inicial de nove cavaleiros fundadores da ordem, Muitos acreditam que os Cavaleiros Templários portugueses foram fundamentais para que Portugal (re)descobrisse a sua enorme colônia transatlântica, o Brasil.
Embora Portugal fosse um importante refúgio para os Cavaleiros Templários, sua principal base de operações, até serem proscritos, foi o sul da França e a Catalunha, a área dos cátaros e dos reis merovíngios. Barcelona, ??a capital da Catalunha, era originalmente um porto fenício e esta área ao longo da fronteira com a Espanha e a França há muito se considera Catalunha, um estado, povo e cultura separados do resto da Espanha. A população fala sua própria língua, o catalão, uma língua que pode ter se originado com os antigos fenícios.
Fora de Barcelona está o Mosteiro de Montserrat, local de peregrinação religiosa por muito tempo, provavelmente antes da era cristã. É uma montanha que se eleva a 4.054 pés [1.232 metros] acima da planície costeira, que eventualmente se tornou o local de um famoso mosteiro beneditino. Foi em Montserrat que Santo Inácio de Loyola jurou dedicar-se à vida religiosa. O mosteiro fica a meio caminho da montanha íngreme e estéril. Apenas ruínas podem ser encontradas do mosteiro beneditino do século XI e o novo mosteiro no local foi construído no século XIX.

De acordo com a Columbia Viking Desk Encyclopedia (versão de 1968), Montserrat foi considerado na Idade Média como o local do castelo que continha o Santo Graal. Diz a enciclopédia:
“A igreja renascentista contém uma imagem de uma Virgem Negra, esculpida, segundo a tradição, pelo apóstolo Lucas. Na Idade Média, a montanha, também chamada de Monsalvat, era considerada o local do castelo do Santo Graal.”
Curiosamente, Barcelona é a cidade onde Colombo primeiro aportou ao retornar do Novo Mundo à Europa. Por que Colombo veio até Barcelona depois de sair de Cádiz, porto que teve de passar a caminho de Barcelona? Talvez Barcelona fosse um porto mais seguro para pousar do que Cádiz? É bem possível que Colombo fosse um Cavaleiro Templário. Ele sempre assinava seu nome com um curioso triângulo e letras codificadas, algo que os Cavaleiros Templários costumavam fazer. Todos os judeus foram banidos da Espanha no mesmo dia em que Colombo partiu para o Novo Mundo. Alguns historiadores afirmaram que Colombo era na verdade um judeu espanhol e não um italiano de Gênova, como historiadores posteriores afirmariam. Se Colombo fosse judeu, talvez Barcelona e a área da Catalunha fossem um porto seguro para ele e a sua tripulação aom regressarem de sua [re]descoberta da América do Norte.
O escocês Henry Saint Clair
Um dos personagens escoceses mais interessantes e misteriosos foi o príncipe Henry Saint Clair, o último rei das Ilhas Orkney. Henry, como muitos outros nobres da Idade Média, detinha muitos títulos e era muitas coisas. Ele era o rei das Ilhas Orkney, embora fossem oficialmente um condado concedido ao príncipe Henry Saint Clair pelo rei da Noruega. Ao mesmo tempo, o príncipe Henry Saint Clair manteve outros territórios como vassalo do rei escocês. O príncipe Henry também foi um grão-mestre dos Cavaleiros Templários, um veterano das cruzadas e, de acordo com algumas fontes, o possuidor do Santo Graal.
No ano de 1.391 DC, o Príncipe Henry Saint Clair encontrou-se com os famosos exploradores e cartógrafos venezianos Nicolos e Antonio Zeno na Ilha Fer, que está localizada entre as Ilhas Orkney e as Shetlands. Os irmãos Zeno eram bem conhecidos por seus mapas da Islândia e do Ártico. O príncipe Henry Saint Clair os contrataria para enviar uma frota exploratória ao Novo Mundo, no que mais tarde seria o Canadá, cerca de cem anos antes de Colombo ter (re)descoberto “oficialmente” a América do Norte.
Com a ajuda de fundos dos Cavaleiros Templários, que agora haviam sido banidos pelo Papa, o templário Henry Saint Clair reuniu uma frota de doze navios para uma viagem a fim de estabelecer um porto seguro para a Ordem dos Cavaleiros Templários e seu tesouro em novas terras. A empreitada secreta foi liderada pelo Príncipe Henry Saint Clair sob a orientação de Antonio Zeno, o cartógrafo de Veneza.
A frota de doze navios [provavelmente pertencentes aos navios templários “desparecidos de La Rochelle] deixou as Ilhas Orkneys em 1.398 e desembarcou na Nova Scotia [Alba Nuadh, em gaélico escocês], onde passou o inverno e mais tarde explorou a costa leste da América do Norte, dirigindo-se para o sul. Diz-se que a efígie de um dos companheiros próximos de Henry Saint Clair, Sir James Gunn, que morreu na expedição, pode ser encontrada esculpida em uma rocha em Westford, no atual estado de Massachusetts, nos EUA.

O grupo teria construído um castelo e deixado parte de sua marinha na nova terra chamada de Nova Scotia. Como veremos, a famosa Oak Island, situada em direção as novas terras do continente da Nova Escócia, se tornará parte do mistério que cerca o príncipe Henry Saint Clair.
O príncipe Henry e sua frota voltaram às Orkneys, mas logo depois o príncipe Henry Saint Clair foi assassinado na Escócia. O ano era 1400 e se passaram mais 92 anos antes que Cristobal Colon, conhecido por nós como Cristovão Colombo, usasse seu conhecimento da Islândia e dos mapas dos irmãos Zeno para fazer sua famosa viagem através do Atlântico.

Em seu livro Holy Grail Across the Atlantic , Michael Bradley tenta mostrar que o material do antigo tesouro do Templo de Salomão encontrado pelos nove cavaleiros templários originais foi guardado na fortaleza Templaria de Montségur, nos Pirenéus franceses, a região cátara da França. Esta fortaleza na montanha foi sitiada pelas forças de Simon de Montfort e da Inquisição em 16 de março de 1244, mas acredita-se que o tesouro secreto tenha escapado.
O tesouro provavelmente incluía tesouros de CONHECIMENTO E SABEDORIA antigos do Oriente Médio, mas também ouro, prata e joias de manufatura mais moderna. Os Cavaleiros Templários eram bem financiados em segredo por várias casas da realeza europeia; afinal, os reis merovíngios eram descendentes do Santo Sangue de Jesus com Maria Madalena – ou assim era afirmado secretamente em tempos medievais.
Bradley afirma que o Príncipe Henry conquistou até 300 colonos para o Novo Mundo e um “Castelo do Graal” literal foi construído na Nova Scotia – o atual estado da Nova Escócia no atual Canadá.
Tão forte é a evidência da viagem do Príncipe Henry Saint Clair ao “novo mundo” através das águas do Atlântico Norte com os Cavaleiros Templários que seu parente distante Andrew Saint Clair escreveu um livro intitulado A Espada e o Graal no qual ele reivindicou o mesmo que Bradley no livro Santo Graal do outro lado do Atlântico .
Os templários também podem ter adquirido alguns mapas altamente precisos e antiguíssimos feitos pelos antigos fenícios, cartagineses, mais tarde os mouros e turcos e, ao fazê-lo, herdaram o conhecimento secreto do mar e das terras à oeste e sul do Atlântico outrora guardado com tanto cuidado pelos antigos fenícios [que estiveram no Brasil em torno do ano mil a.C.], seus descendentes cartagineses e os seus aliados.
Bradley e Sinclair afirmam que um castelo especial do Graal foi construído em uma área central da Nova Scotia chamado de “A Cruz”. Este local pode ser alcançado através de um rio de qualquer lado da península da Nova Scotia e na foz de ambos os rios havia uma ilha chamada “Ilha Oak”. Curiosamente, uma dessas Oak Islands tem o famoso “Money Pit”, que é um poço feito pelo homem com centenas de metros de profundidade com túneis laterais.

Acredita-se que haja um tesouro neste poço e milhões de dólares foram gastos durante décadas na tentativa de chegar ao fundo submerso da mesma sem nenhum resultado prático em relação a tesouro em ouro e prata.
Tradicionalmente, acredita-se que o Oak Island Money Pit foi construído por piratas para esconder um tesouro, mas Bradley e Sinclair afirmam que foi construído por Henry Saint Clair e os Cavaleiros Templários quando lá eles estiveram em sua expedição de 1.398.

Além disso, afirmam eles, o Canadá foi resolvido como resultado direto da posse do Santo Graal para lá. Henry Saint Clair e os Templários estavam tentando criar a profetizada “Nova Jerusalém” no Novo Mundo. (Continua)
Mentes questionadoras devem consultar a lista de referências abaixo para este artigo e ler muito mais.
- Holy Blood, Holy Grail, Michael Baigent, Richard Leigh & Henry Lincoln, 1982, Johnathan Cape, London (published in the U.K. as The Holy Blood and the Holy Grail).
- The Messianic Legacy, Michael Baigent, Richard Leigh & Henry Lincoln, 1985, Johnathan Cape, London.
- The Temple and the Lodge, Michael Baigent & Richard Leigh, 1989, Johnathan Cape, London.
- Emerald Cup – Ark of Gold, Col. Howard Buechner, 1991, Thunderbird Press, Metairie, LA.
- The Secrets of Rennes-le-Chateau, Lionel & Patricia Fanthorpe, 1991, Bellevue Books, London.
- The History of the Knights Templars, Charles G. Addison, 1842, London.
- A History of Secret Societies, Arkon Daraul, 1962, Citadel Press, NY.
- The Mysteries of Chartres Cathedral, Louis Charpentier, 1975, Avon Books, New York, 1966, Robert Lafont, Paris.
- Holy Grail Across the Atlantic, Michael Bradley, 1988, Hounslow Press, Willowdale, Ontario.
- The Morning of the Magicians, Jacques Bergier & Louis Pauwels, 1960, Stein & Day Publishers, New York.
- Prince Henry Sinclair, Frederick Pohl, 1974, Clarkson Potter Publishers, New York.
- The Sword and the Grail, Andrew Sinclair, 1992, Crown, New York.
- The Templar Legacy & the Masonic Inheritance Within Rosslyn Chapel, Tim Wallace-Murphy, 1993, Friends of Rosslyn, Rosslyn, Scotland.
- The Glastonbury Legends, R.F. Treharne, 1967, Sphere Books, London.
- St. Joseph of Arimathea at Glastonbury, Lionel Smithett Lewis, 1922, James Clark & Co., Cambridge.
- GENISIS, David Wood, 1986, Tunbridge Wells, U.K.
- The Templars, Knights of God, Edward Burman, 1986, Destiny Books, Rochester, Vermont.
- The Druids, Stuart Piggott, 1967, Thames and Hudson, London.
- Atlantis to the Latter Days, H.C. Randall-Stevens, 1957, The Knights Templar of Aquarius, London.
- The Search For the Stone of Destiny, Pat Gerber, 1992, Canongate Press, Edinburgh.