É obviamente uma boa notícia para o mundo que os EUA finalmente acabaram com sua política perversa de antidiplomacia (sua essência absurda: quando há um problema realmente perigoso, não tente resolvê-lo por meio de comunicação) em relação à Rússia, a outra grande potência com o maior arsenal nuclear do planeta.
Fonte: Rússia Today – Por Tarik Cyril Amar
A nova realidade é que o “Hospício do Ocidente” pode ser parado e obrigado a negociar nos termos do seu “adversário”
Mas não vamos esquecer o quadro ainda maior: o presidente dos EUA, Donald Trump, não vai (e não pode) admitir isso — e o presidente russo, Vladimir Putin, é sábio o suficiente para não esfregar isso na cara dele dos psicopatas do hospício ocidental —, mas a lição mais importante da conversa telefônica de ontem é que a Rússia venceu uma guerra contra TODO o Ocidente.
Sim, foi uma guerra meio por procuração (isto é, por procuração para o Ocidente, muitas vezes sem entusiasmo, embora muito direta para a Rússia e a Ucrânia), mas isso faz pouca diferença geopolítica agora. O Ocidente estava pedido por essa derrota há bastante tempo. Ela poderia ter sido facilmente evitada, seja encontrando um acordo com a Rússia antes ou ficando fora da luta entre Moscou e Kiev.
Mas agora as coisas são o que são e a nova realidade é que o Ocidente pode ser parado e forçado a negociar nos termos de seu oponente (neste caso, a Rússia) – e que o mundo inteiro sabe disso agora como um fato empírico testado. Este é um ponto de virada histórico e também uma boa notícia para a humanidade. As reverberações serão sentidas por décadas.
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Ucranianos foram usados, mortos e vendidos. Aqueles poucos no Ocidente que alertaram que isso aconteceria foram sistematicamente difamados, censurados e marginalizados. Mas agora serão os falsos “amigos” da Ucrânia (e sua própria diáspora baseada nos EUA e Canadá) que devem ter um acerto de contas chegando. Assim como o regime de Kiev. A tragédia da Ucrânia é imensa, e foi absolutamente desnecessária. Na Ucrânia, isso também se tornará um ponto de virada histórico, e terá consequências duradouras.
O que vai acontecer entre os EUA e a Rússia ainda não é previsível, mas uma détente mais ampla é possível. As elites da UE perversa, autodestrutiva e traiçoeiramente obedientes, em qualquer caso, aprenderão como é ser primeiro usada e depois ignorada, assim como a Ucrânia.
A pior coisa que elas poderiam fazer — e do jeito que as coisas estão atualmente, algo que elas podem realmente fazer — é deixar os EUA “europeizarem” a guerra. O governo Biden fez um trabalho brilhante destruindo seus vassalos UE-OTAN. Trump pode completá-lo atraindo-os para a armadilha de tentar se enredar com a Rússia por conta própria — enquanto Washington e Moscou se reconciliam, como sempre deveriam.
Por Tarik Cyril Amar, um historiador da Alemanha que trabalha na Universidade Koç, em Istambul, sobre a Rússia, Ucrânia e Europa Oriental, a história da Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria cultural e a política da memória
2 respostas
TRUMPUTIN
Era certo que a Russia jamais concordaria com a Otam na Ucrania, isso significa que as centenas de milhares de mortes que o Volodymyr Zelensky provocou, mesmo sabendo, não dando opçoes para o Putin, a não ser a guerra, seu eleitores deveriam leva-lo a o tribunal!