Elevação global nos preços dos alimentos: Os alimentos há anos estão sendo vendidos a mínimos históricos. Ao analisar a tendência desde 1902 até agora, os preços em termos reais —ou seja, descontando o efeito da inflação— estariam 45% abaixo da média dos últimos 120 anos. Mas algo está mudando nos mercados mundiais de alimentos. Uma mistura de tendências de fundo e de causas conjunturais [ligados ao clima] aquece o mercado, até alcançar em novembro último seu maior nível em dois anos, impulsionado pela carne (afetada pela peste suína na China) e o óleo de cozinha. Mas o fenômeno do aumento de preços não acaba aqui.
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Alta demanda chinesa faz disparar preço dos alimentos em todo o mundo, não só no Brasil. Após vários anos de queda, especialistas preveem que a tendência global de alta, já sentida pelos brasileiros, irá se acelerar no futuro próximo
Por Luis Doncel
O mundo se acostumou a pagar barato para se alimentar. Após anos de comida barata, o índice de preços alimentícios da FAO (órgão da ONU para a alimentação e agricultura) alcançou em novembro seu auge dos dois últimos anos, impulsionado pela carne (afetada pela peste suína na China) e o óleo de cozinha. Mas o fenômeno não acaba aqui.
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Um relatório do banco Nomura alerta que a era dos alimentos a preços baixos poderia chegar ao fim por causa da forte elevação da demanda e de restrições à oferta que impulsionarão os custos nos próximos anos. “Parece que se chegou a um ponto em que os preços já não são sustentáveis para os produtores”, resume Denis Drechsler, da FAO.
Os alimentos há anos estão sendo vendidos a mínimos históricos. Ao analisar a tendência desde 1902 até agora, os preços em termos reais —ou seja, descontando o efeito da inflação— estariam 45% abaixo da média dos últimos 120 anos. Mas algo está mudando nos mercados mundiais de alimentos. Uma mistura de tendências de fundo e de causas conjunturais [ligados ao clima] aquece o mercado, até alcançar em novembro passado seu maior nível em dois anos.
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A carne está especialmente cara, com uma oferta em queda por causa da peste africana que assola o rebanho suíno chinês tendo eliminado mais da metade do rebanho. No Brasil, conforme noticiou o EL PAÍS, o fenômeno transformou a carne em produto de luxo. Segundo a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço da carne teve alta de 8,09% em novembro, o maior impacto individual na inflação geral (de 0,51%).
De acordo com o índice da FAO, é preciso remontar a 2014 para encontrar a carne custando tão caro no mundo. Também sobem os óleos vegetais, especialmente o de palma. Os analistas advertem que esse coquetel ameaça provocar uma espiral de aumento de preços.
Denis Drechsler, responsável pela Divisão de Comércio e Mercados da FAO, aponta as incertezas nos mercados como um dos fatores que explicam a alta. Por um lado, influi o maior apetite por proteínas em países em vias de desenvolvimento. A demanda cresce não só na China, mas também na África e América Latina.
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Enquanto os pedidos sobem, a oferta se retrai. O surto de peste africana na criação de porcos, a carne mais consumida na china, decretado pela pais no ano passado atingiu o mercado com força: obrigou a sacrificar milhões de animais e fez disparar a demanda por carne de porco no resto do mundo. O impacto vai além, porque também impulsionou a demanda por outros produtos de origem animal. “Os consumidores chineses querem carne. E se não houver porco, procurarão alternativas como o frango, [outras] aves e a carne bovina”, explica Drechsler.
Além desse fator conjuntural, os analistas detectam tendências de mais longa duração. “Preparem-se para a próxima alta nos preços da comida”, diz o título de um relatório publicado há um mês pelo departamento de análise do Nomura. “Desde 2010, os preços vinham numa tendência de baixa. Mas há riscos, aos quais por enquanto não se deu a devida atenção, de um viés de alta nos preços que poderia se prolongar por vários anos”, diz Rob Subbaraman, autor do relatório, falando por telefone de Cingapura.
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Além da maior demanda, os analistas do banco de investimento japonês apontam a mudança climática como uma das grandes perturbações no mercado internacional dos alimentos. “O aquecimento global gera episódios climáticos cada vez mais extremos. Até agora tivemos a sorte de que os desastres naturais não tiveram um grande impacto na agricultura, mas há um risco crescente de que estes desastres afetem os países produtores”, continua Subbaraman, chefe de Pesquisa Global no Nomura.
Outros fatores que explicam as tensões pelo lado da oferta são a falta de investimentos no setor agrícola nos últimos anos —por causa justamente dos preços baixos dos últimos anos— e a crescente demanda por carne, um setor que exige grandes extensões de terra e quantidades de água —a qual é retirada, portanto, do cultivo de outros produtos. A guerra comercial iniciada pelo Governo de Donald Trump joga mais lenha na fogueira das incertezas.
“Vemos pistas de que os preços globais dos alimentos poderiam começar a subir em breve: da peste suína africana na China aos incêndios catastróficos na Austrália, ao excesso de chuvas no meio oeste dos EUA, passando pelo aumento do preço da cebola na Índia”, resume o relatório do banco japonês.
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A FAO prefere não fazer previsões, mas admite os riscos da situação atual. Frente ao alarmismo, o especialista Denis Drechsler insiste em contextualizar a atual elevação dos preços: “Alcançar o nível máximo nos dois últimos anos pode assustar, mas é preciso recordar que estamos em preços mínimos do ponto de vista histórico. Não vemos uma crise iminente”.
As mudanças climáticas que o planeta esta enfrentando não inevitáveis, causarão grandes mudanças e tem como causa FATORES EXTERNOS, algo que muitos cientistas já descobriram. Saiba mais em:
“Haverá muitas mudanças dramáticas no clima do planeta, muitas mudanças nas condições meteorológicas na medida em que o tempo da grande colheita se aproxima muito rapidamente ao longo dos próximos anos. Você vai ver a velocidade do vento em tempestades ultrapassando 300 milhas (480 quilômetros) por hora, às vezes. Deverão acontecer fortes tsunamis e devastação generalizada NAS REGIÕES COSTEIRAS, e emissão de energia solar (CME-Ejeção de Massa Coronal do Sol) que fará importante fusão e derretimento das calotas de gelo nos polos, e subseqüente aumento drástico no nível do mar, deixando muitas áreas metropolitanas submersas em todo o planeta“. SAIBA MAIS no LINK
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