Banqueiros (HSBC) Gangsteres: muito grandes para serem presos, (Parte I)

Banqueiros Gangsters (banksters): eles são muito grandes (ou eles sabem muito também) para serem presos?Como o banco britânico HSBC faz negócios e lucrou com dinheiro de terroristas, traficantes de drogas, negociou com países com sanções da ONU e EUA, como IRÃ, Sudão e Coreia do Norte e seus dirigentes conseguiram escapar da cadeia, ilesos, e sem nenhuma condenação. Eles violaram todas as malditas leis  que constam no livro, Eles fizeram todas as formas imagináveis e possíveis de negócios ilegais e ilícitos“. disse Jack Blum, advogado e ex-investigador do Senado dos EUA.

Gangsteres como banqueiros: ou eles são muito grandes (ou eles sabem muito também) para serem presos? Parte 1

Fontewww.rollingstone.com ou (web.archive.org)

Por Matt Taibbi, Revista Rolling Stone 

O acordo foi anunciado em silêncio, um pouco antes do período das férias, quase como se o governo estivesse esperando uma oportunidade para que as pessoas estivessem muito ocupadas pendurando as meias na lareira para notar algo (era natal). Políticos, advogados e investigadores de todo o mundo, o Departamento de Justiça dos EUA concedeu um passeio completo aos executivos do banco britânico HSBC  para o maior caso de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas internacional e do terrorismo mundial que jamais acontecera antes.

Sim, eles emitiram uma multa contra o HSBC – de US$ 1,9 bilhões de dólares, o equivalente ao lucro de cerca de cinco semanas do banco – mas não conseguiram mais nada, nem um dólar ou um dia na cadeia para qualquer executivo do banco, apesar de uma década fazendo lavagem ilegal de dinheiro para narcotraficantes e terroristas (??) e de abusos estonteantes e constantes das leis.

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As pessoas podem ter se cansado de indignar-se sobre (a podridão de) Wall Street [e da “City de Londres“], e mais histórias sobre banqueiros bilionários gananciosos fugindo com mais dinheiro roubado, na maioria da vezes já deixaram de surpreender alguém. Mas o caso do HSBC passou milhas além do habitual empurrar a venda de papel e seguros aos clientes em operações casadas, e demais tipos de crimes financeiros, cometido por banksters nerds com fortes laços normalmente associados com Wall Street. Neste caso, o banco literalmente se envolveu com assassinato – assim como com cumplicidade, de qualquer maneira.

Por pelo menos meia década, o poder bancário colonial britânico ajudou a lavar centenas de milhões de dólares para traficantes de drogas, incluindo o cartel de drogas Sinaloa do México, suspeito de milhares de assassinatos apenas nos últimos 10 anos – são pessoas completamente más, declarou o ex procurador-geral de New York Eliot Spitzer, que “fazem os caras em Wall Street parecerem bonzinhos.” O banco também lavou dinheiro para organizações terroristas ligadas à Al-Qaeda e ao grupo Hezbollah, e para gângsteres russos; lavou dinheiro para países como o Irã, Sudão e a Coréia do Norte que sofrem sanções da ONU, e também foram ajudados e, além de ajudar assassinos, traficantes de drogas, terroristas e estados desonestos, auxiliando em inúmeras fraudes fiscais comuns para esconder o seu dinheiro.

“Eles violaram todas as malditas leis que constam no livro”, diz Jack Blum, advogado e ex-investigador do Senado dos EUA que chefiou uma investigação de suborno importante contra a empresa Lockheed em 1970 que levaram à aprovação pelo congresso da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior.  “Eles fizeram todas as formas imagináveis e possíveis de negócios ilegais e ilícitos.”

Que ninguém, que nenhum executivo do banco foi para a cadeia ou pagou um dólar sequer em multas individuais não é nada de novo nesta época de crise financeira. O que é diferente sobre este acordo é que o Departamento de Justiça dos EUA, pela primeira vez, admitiu que decidiu ir mais suave sobre esse tipo específico de criminoso. O departamento estava preocupado que uma punição do tipo algo mais do que um “tapa no pulso” para o HSBC pudesse contaminar a economia mundial. “Se as autoridades americanas decidissem fazer acusações criminais contra o banco HSBC”, disse o procurador-geral adjunto Lanny Breuer em uma conferência de imprensa para anunciar o acordo:

“O HSBC quase certamente teria perdido a sua licença bancária nos EUA, e o futuro da instituição teria ficado sob ameaça e todo o sistema bancário teria sido desestabilizado “.

Esse caso foi o início de uma nova era. Nos anos pós ataque de 11 de setembro ao W.T.C em N. York, mesmo voce sendo apenas um suspeito de terrorismo poderia ser trancafiado em detenção extralegal para o resto de sua vida. Mas agora, quando você é grande demais para ir para a cadeia, você pode ser pego por lavagem de dinheiro terrorista e do tráfico de drogas e violar todas as leis do Trading With the Enemy Act fazendo negociações com o inimigo dos EUA (ou com foras da Lei), e não apenas você não vai ser processado por isso, mas o (des)governo dos EUA vai sair do seu caminho para voce ter certeza de que não vai perder a sua licença caso seja um grande banco. Alguns no congresso colocaram a questão para mim desta maneira:

OK, tudo bem, não há tempo para prisões, mas eles podem mesmo perder a sua carta de licença? Você está brincando?

Mas o Departamento de Justiça não terminou o caso distribuindo guloseimas de Natal. Um pouco mais de uma semana depois, Breuer estava de volta na frente da imprensa, dando um acordo confortável para outra empresa internacional enorme, desta vez foi o banco suíço UBS, que acabara de admitir um papel fundamental no, talvez, o maior antitrust/caso de fixação de preços da história, o chamado escândalo da taxa LIBOR, uma conspiração de manipulação maciça das taxas de juros LIBOR envolvendo centenas de $ trilhões (“trilhões”, com um “t”) de dólares em produtos financeiros. Enquanto dois jogadores menores (HSBC e UBS) enfrentaram as acusações, Breuer e o Departamento de Justiça dos EUA estão preocupados sobre a estabilidade mundial e o dizem em voz alta, dado que explicaram por que nenhuma acusação criminal estava sendo movida contra a empresa-mãe do banco no exterior.

“Nosso objetivo aqui”, disse Breuer candidamente, “não é destruir uma grande instituição financeira”.

Um repórter presente à entrevista sobre o UBS apontou a Breuer que o UBS já havia sido preso em 2009, em um caso de evasão fiscal maior, e fez uma pergunta sensata. “Este é um banco que já quebrou a lei antes”, disse o repórter. “Então, por que não ser mais duro com eles?”

“Eu não sei o que seria ser mais duro”, respondeu o procurador-geral assistente.

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Também conhecido como o Hong Kong and Shanghai Banking Corporation, o HSBC sempre esteve associada com tráfico de drogas. Fundado em 1865, o HSBC tornou-se o grande banco comercial na colonial China após a conclusão da Segunda Guerra do Ópio. Se você estiver enferrujado sobre a história das várias guerras estilo estupro imperial da Inglaterra, a Segunda Guerra do Ópio foi aquele conflito onde a Grã-Bretanha e “outras potências” europeias basicamente abateram lotes de chineses até que a China concordasse em legalizar o comércio da droga, o ópio (tal como tinham feito em Primeira Guerra do Ópio, que terminou em 1842).

Um século e meio depois, parece que não mudou muita coisa, se alguma coisa mudou. Com a sua presença on-the-ground forte em muitos dos vários  territórios ex-coloniais na Ásia e na África, e a sua rica história de flexibilidade moral intercultural, o HSBC tem uma pegada ( e “expertise”) internacional muito diferente do que outros  bancos Too Big to Fail como Wells Fargo ou Bank of America. Enquanto os gigantes bancários norte americanos, principalmente se fartaram (como se estivessem em um cassino) no comércio residencial hipotecário tóxico que causou a bolha financeira de 2008, o HSBC tomou um caminho um pouco diferente, transformando-se no banco de destino para canalhas nacionais e internacionais de todos os níveis e interesses possível.

Os perdedores que levam a vida nas prisões da Califórnia por crimes de rua podem se surpreender ao saber que o acordo de não-cárcere que Lanny Breuer trabalhou para o HSBC já era a terceira condenação do banco. Na verdade, com um humilhante relatório de 334 páginas, emitido pela Subcomissão Permanente de Investigações do Senado no último verão deixou claro, o HSBC simplesmente ignorou uma quantidade verdadeiramente impressionante de advertências oficiais.

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Esta fotografia mostra dois fumantes viciados em ópio na ilha de Java em 1857, uma fonte de renda para a fundação do HSBC e a “Famiglia” real britânica

Em abril de 2003, com o atentado de 11 de setembro ainda fresco na mente dos reguladores americanos, a Reserva [FeD] Federal enviou à subsidiária norte americana do HSBC uma carta para que cessasse e desistisse, ordenando-lhe que limpasse seu comportamento e fizesse um maior esforço para manter criminosos e terroristas longe da possibilidade de abertura de contas e de negócios em seu banco. Um dos maiores clientes do banco, por exemplo, era da Arábia Saudita, o banco Al Rajhi, que havia sido ligado pela CIA e outras agências do governo com o terrorismo. 

De acordo com um documento citado em um relatório do Senado, um dos fundadores do banco, Sulaiman bin Abdul Aziz Al Rajhi, estava entre os 20 primeiros financiadores da Al Qaeda, um membro daquilo que Osama bin Laden aparentemente chamava de “corrente de ouro.” Em 2003, a CIA escreveu um relatório confidencial sobre o banco, descrevendo o Al Rajhi como um “canal de financiamento extremista”. 

No relatório, cujos detalhes vazaram para o público em 2007, a agência observou que Sulaiman Al Rajhi conscientemente trabalhou para ajudar “instituições de caridade” islâmicas para esconder a sua verdadeira natureza, ordenando que a diretoria do banco “explorasse todos os instrumentos financeiros que permitissem contribuições de caridade do banco para evitar o escrutínio oficial” (O banco negou qualquer papel de financiamento a extremistas).     

Em janeiro de 2005, quando sob a nuvem de seu acordo de duplo segredo de liberdade condicional de primeira com os EUA, o HSBC decidiu parcialmente cortar os laços com Al Rajhi. Note a palavra “parcialmente”: A decisão só se aplicaria ao ramo bancário da Al Rajhi e não à sua empresa de comércio (Trading Company) associada, uma distinção que fez cócegas aos executivos dentro do banco. Em março de 2005, Alan Ketley, um responsável da subsidiária americana do HSBC, alegremente disse a Paul Plesser, o chefe de seu banco no Departamento Global de Câmbio, que era legal fazer negócio com Al Rajhi Trading. “Parece que você está bem para continuar a lidar com a Al Rajhi”, escreveu ele. “É melhor você estar fazendo muito dinheiro!”

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Mas esse arranjo tipo “porta dos fundos” com suspeita do banqueiro de participar na “Golden Chain” de Bin Laden, não era direta o suficiente para que os muitos executivos do HSBC ainda quizessem que a coisa toda fosse restaurada. Em um notável e-mail enviado em maio de 2005, Christopher Lok, chefe do HSBC da área de global bank notes, perguntava a um colega se poderiam talvez voltar para a plena realização de negócios com o Banco Al Rajhi apesar de um dos principais reguladores do sistema bancário da América, o Office of the Comptroller of the Currency-OCC (Escritório de Controladoria da Moeda), levantasse o fim da ordem cessar-e-desistir de 2003:

“Após o fechamento desse capítulo pela OCC, que espero esteja terminando, nós poderíamos visitar o Banco Al Rajhi novamente? A complacência de Londres tomou uma visão mais suave?”.

Depois de ser golpeado com a ordem em 2003, o HSBC começou desdenhando seus requisitos, tanto na letra assim como no espírito – e em grande escala, também. Em vez de punir o banco, no entanto, a resposta do governo dos EUA foi a de enviar cartas mais irritadas. Normalmente, daquele tipo sob a forma da chamada “MRA” (Matters Requiring Attention – assuntos que requeiram atenção) em cartas enviadas pelo OCC. 

A maioria destas cartas abordavam o mesmo tema, ou seja, o HSBC não fazer a devida diligência sobre os personagens obscuros que podiam estar depositando dinheiro nas suas contas ou através das suas filiais. O HSBC acumulou essas comunicações “Vocês ainda estão fazendo e nós sabemos disto” ordens às dezenas da OCC, que em apenas um breve período, entre 2005 e 2006, o HSBC recebeu 30 diferentes avisos formais.

No entanto, em fevereiro de 2006, a OCC sob George W. Bush, de repente decidiu liberar o HSBC da ordem de 2.003 de cessar-e-desistir. Em outras palavras, o HSBC basicamente violou sua condicional 30 vezes em pouco mais de um ano e saiu limpo de qualquer maneira. O banco operou, para usar o termo da rua, “à margem da lei” – e ficou livre para deixar os Al Rajhis do mundo virem correndo de volta.

Após o HSBC ter restaurado completamente a sua relação com o aparente e completamente amigável Rajhi Bank na Arábia Saudita, que forneceu ao banco HSBC com quase $ 1 bilhão de dólares. Quando perguntado pelo HSBC para o que precisava de todo esse dinheiro norte americano para a sua conta, o banco Al Rajhi explicou que as pessoas na Arábia Saudita precisavam de dólares por todos os tipos de razões. “Durante o tempo de verão”, escreveu o banco, “temos uma alta demanda de turistas que viajam para desfrutar as suas férias.”

O Departamento do Tesouro mantém uma lista elaborada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, ou OFAC, e os bancos americanos não deveriam fazer negócios com qualquer pessoa constando na lista OFAC. Mas o banco HSBC contribuiu conscientemente para que indivíduos proibidos iludissem o processo de sanções. Uma dessas pessoas era o poderoso empresário sírio Rami Makhlouf, um confidente próximo da família do ditador sírio Assad.

Quando Makhlouf apareceu na lista OFAC, em 2008, o HSBC não respondeu cortando os laços com ele, mas, tentando descobrir o que fazer com as contas do corretor do poder sírio tinha em seus escritórios de Genebra e nas Ilhas Cayman.”Nós determinamos que as contas mantidas nas Ilhas Cayman não estão na jurisdição dos EUA, e não estão registradas em qualquer sistema nos Estados Unidos”, escreveu um responsável pela conformidade. “Portanto, não estaremos relatando esta relação à OFAC”.

Tradução: Nós sabemos que o cara está em uma lista de terroristas, mas as suas contas estão em um lugar seguro em que os americanos não podem procurar, para nos pressionar.

Lembre-se, isso foi em 2008 – cinco anos após o HSBC já ter sido primeiro pego fazendo esse tipo de coisa. E mesmo quatro anos depois, ao ser interrogado pelo senador do Michigan, Carl Levin em julho de 2012, um executivo do HSBC se recusou a dizer absolutamente que o banco iria informar o governo se Makhlouf ou outro nome listado pela OFAC apareceu em seu sistema – dizendo apenas que iria “fazer tudo o que pudesse.”

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A lavagem do dinheiro sujo das drogas não parece causar nenhum remorso aos dirigentes do banco HSBC.

A audiência no Senado destacou um ponto extremamente frustrante que os investigadores do governo tiveram que enfrentar com os mega bancos “Too Big to Jail” (muito grandes para serem presos): A mesma coisa que os torna tão atraentes para os clientes obscuros – a sua capacidade de movimentar dinheiro instantaneamente ao redor do mundo para lugares como as Ilhas Cayman e a Suíça – isso torna mais fácil para eles fazerem de bobo os reguladores de qualquer estado, escondendo-se atrás de brechas nas leis sobre sigilo.

Quando não foram pegos operando com e para obscuros personagens do Terceiro Mundo, o HSBC estava treinando seu poder de fogo mental sobre o problema de encontrar formas criativas que lhe permitissem fazer negócios com países sob a sanção dos EUA e da ONU, particularmente o Irã. Em um memorando da subsidiária do HSBC no Oriente Médio (HBME), o banco nota que poderia fazer um monte de dinheiro com negócios com o IRÃ, desde que fossem tratados com o que ele chamou de “dificuldades” – você sabe, essas leis idiotas …

“Prevê-se que o Irã se torne uma fonte de renda cada vez maior para o grupo (HSBC) daqui para frente”, diz o memorando, “e, se quisermos alcançar este objetivo, devemos adotar uma postura positiva quando nos depararmos com dificuldades.”

A “postura positiva” incluiu uma técnica chamada de “stripping”, em que as subsidiárias estrangeiras como a HSBC Oriente Médio ou  HSBC Europa iria remover as referências ao Irã, em operações de cabo de e para os Estados Unidos, muitas vezes colocando-se (a sigla HSBC) no lugar do nome do cliente (cliente do IRÃ) real para evitar desencadear alertas junto ao OFAC. (Por outras palavras, a operação citaria o nome HBME, em vez de um cliente iraniano.)

Por mais de meia década, um gritante volume de US$ 19 bilhões em transações envolvendo o IRÃ foi feito através do sistema financeiro norte-americano, com a conexão iraniana mantida escondida em 75 a 90 por cento dessas operações. O HSBC esta sediado na Inglaterra por mais de duas décadas – é o maior banco da Europa, na verdade – mas tem grandes operações subsidiárias em todos os cantos do mundo. O que sai nesta investigação é que os chefes na empresa-mãe em Londres, muitas vezes sabiam sobre as transações obscuras quando a subsidiária regional não tinha conhecimento. No caso das operações iranianas proibidas, por exemplo, existem vários e-mails do chefe do HSBC, David Bagley, em que ele admite que a subsidiária norte americana do HSBC provavelmente não tem nenhum indício que o HSBC Europa estava lhe enviando recursos de dinheiro iraniano banido pelo governo dos EUA .

“Eu não estou certo de que o HSBC-USA estão cientes do fato de que o HSBC-EU já estão fornecendo sistemas de compensação para quatro bancos iranianos”, escreveu ele em 2003. No ano seguinte, ele fez a mesma observação. “Eu suspeito que o HSBC-USA não estão cientes de que os [iranianos]  pagamentos podem estar passando por eles”, escreveu ele.

Qual é a vantagem para um banco como o HSBC para fazer negócios com indivíduos proibidos, bandidos e assim por diante? A resposta é simples: “Se você tem clientes que estão interessados em “serviços especiais” – que é o eufemismo para as coisas ruins e fora da lei – você pode cobrar-lhes o que você quiser”, diz Blum, um ex-investigador do Senado. “A margem de lucro em dinheiro sujo lavado por anos tem sido de cerca de (exorbitantes) 20 por cento.”

Esses custos podem ser cobrados de várias formas, a partir de taxas iniciais de promessas de manter depósitos no banco por determinados períodos de tempo. No entanto, você vai estruturá-la, e as possibilidades de lucro são enormes, desde que você esteja disposto a aceitar o dinheiro de quase qualquer lugar e de qualquer um. O HSBC, com suas raízes (sem ética) no capitalismo de campo de batalha (por um mercado vendedor de drogas, o ópio) das antigas colônias britânicas e sua forte presença na Ásia, África e Oriente Médio, teve mais acesso a clientes que necessitavam desses “serviços especiais” do que talvez qualquer outro banco.

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O HSBC (Hong Kong & Shanghai Banking Corporation).foi fundado com o dinheiro do tráfico de ópio na Ásia, (Hong Kong e China). A trajetória dessa empresa de compradores [comerciantes] na China, com sede em Londres, Inglaterra, com vista para o Rio Tâmisa, começa com uma história de TRÁFICO DE ÓPIO.

Sobre o envolvimento do HSBC com o tráfico de ÓPIO SAIBA MAIS EM

  1. https://thoth3126.com.br/h-s-b-c-opio-e-drogas-a-origem-do-banco-ingles/

E trabalharam duro para satisfazer os seus clientes. No talvez o que foi o auge da “inovação” na história das práticas bancárias vulgares e ilegais, o HSBC funcionou com uma operação absurda offshore no México, que permitia a qualquer um entrar em qualquer agência do HSBC no México e abrir uma conta em dólares norte americanos (contas correntes no HSBC do México legalmente tinham que ser em pesos) por meio de uma chamada “agência nas Ilhas Cayman” do HSBC México. As evidências sugerem mesmo que os clientes sequer precisavam apresentar um nome e endereço real, e muito menos explicar as origens legítimas de seus depósitos.

Se você puder imaginar um drive-thru de comida fast food instalado em uma clínica de transplante de coração, uma companhia aérea que mantenha um mini-bar totalmente abastecido na cabine do comandante em cada avião, você está no estágio de compreender o absurdo regulamentar do HSBC “agência nas Ilhas Cayman” do México. A coisa toda era uma empresa de fachada pura, dirigida por mexicanos em agências bancárias mexicanas.

Em um ponto, este “produto” da imaginação corporativa do banco tinha 50.000 clientes, mantendo um total de US$ 2,1 bilhões em ativos. Em 2002, uma auditoria interna descobriu que 41 por cento das contas do banco tinha informações do cliente incompletas. Seis anos depois, um e-mail de um funcionário de alto escalão do HSBC observou que 15 por cento dos clientes (no México) não tinha sequer um arquivo. “Como você localizará clientes quando você não tem sequer um arquivo sobre ele?” reclamou o executivo.

Não houve mudança até que se descobriu que estas contas (sem registros) estavam sendo usadas para pagar uma empresa dos EUA, alegadamente fornecendo aviões para traficantes de drogas mexicanos que o HSBC tomou medidas, e até então fechando apenas algumas contas daquelas da “Filial das Ilhas Cayman”. Ainda em 2012, quando os executivos do HSBC estavam sendo arrastados perante o Senado dos EUA, o banco ainda tinha 20.000 dessas contas no valor de cerca US$ 670 milhões de dólares – e, sob juramento, disseram apenas que o banco estava “em processo” de fechá-las.

Enquanto isso, ao longo de todo este tempo, os agentes reguladores do mercado financeiro dos EUA mantiveram uma lupa examinando o HSBC. Em um padrão absurdo que continuaria através da primeira década dos anos 2000, os fiscais examinadores da OCC iriam realizar revisões anuais, encontrando sempre a mesma merda perturbadora das irregularidades que tinham encontrado durante anos anteriores, e depois anotariam sobre os problemas do banco como se eles estivessem sendo descobertos pela primeira vez. 

A partir de 2006 o comentário anual da OCC foi: “Durante o ano, identificamos uma série de áreas sem aderência, sem uma consistente vigilância para políticas do BSA/AML…. A Gestão do banco respondeu positivamente que tomarão medidas para corrigir as deficiências apontadas e melhorar a conformidade legal com a política para o setor bancário. Nós vamos validar a ação corretiva  no próximo ciclo de fiscalização. “

Tradução: Esses caras são uns idiotas (quebram as regras), mas eles admitiram isso, por isso esta tudo ok e não vamos fazer nada.

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Um ano depois, em 24 de julho de 2007, a OCC tinha que dizer isto: “Durante o ano passado, os fiscais examinadores identificaram uma série de temas comuns, em que as empresas não tinham (novamente) aderência consistente e vigilantes para BSA / AML políticas de práticas bancárias aceitáveis ….. Administração continua a responder positivamente e iniciou medidas para melhorar a conformidade com a política das práticas bancárias dos EUA. “

Tradução: Eles ainda são uns idiotas, mas nós temos alertado para o problema e tudo vai ficar legal.

Parece que existe uma classe de pessoas, as “comuns” que vivem sujeitas às leis e à prisão e uma classe INTOCÁVEL (os banqueiros nos EUA e no mundo). Nós sempre suspeitávamos sobre isto, mas agora isto foi claramente admitido. Então, o que vamos fazer? [Continua…]


“Precisamos URGENTEMENTE do seu apoio para continuar nosso trabalho baseado em pesquisa independente e investigativa sobre as ameaças do Estado [Deep State] Profundo, et caterva, que a humanidade enfrenta. Sua contribuição, por menor que seja, nos ajuda a nos mantermos à tona. Considere apoiar o nosso trabalho. Disponibilizamos o mecanismo Pay Pal, nossa conta na Caixa Econômica Federal   AGENCIA: 1803 – CONTA: 000780744759-2, Operação 1288, pelo PIX-CPF 211.365.990-53 (Caixa)” para remessas do exterior via IBAN código: BR23 0036 0305 0180 3780 7447 592P 1


Parece duvidoso se, de fato, a política de “Botas no rosto” pode continuar indefinidamente. Minha própria convicção é que a oligarquia governante encontrará maneiras menos árduas e perdulárias de governar e de satisfazer sua ânsia de poder, e essas formas serão semelhantes às que descrevi em Admirável Mundo Novo [uma verdadeira profecia publicada em 1932]. Na próxima geração, acredito que os governantes do mundo descobrirão que o condicionamento INFANTIL e a narco-hipnose são mais eficientes, como instrumentos de governo, do que prisões e campos de concentração, e que o desejo de poder pode ser completamente satisfeito “SUGERINDO” às pessoas para que “AMEM A SUA SERVIDÃO” ao invés de açoita-los e chuta-los até obter sua obediência“. – Carta de Aldous Huxley  EM 1949 para George Orwell autor do livro “1984”


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