Ao longo de janeiro e fevereiro de 2025, astrônomos amadores puderam observar do solo, com a ajuda de binóculos ou pequenos telescópios, algumas conjunções planetárias no céu. Osso significa que planetas vizinhos da Terra puderam ser vistos aparentemente próximos, em um fenômeno conhecido como “alinhamento” ou “parada”[desfile].
Fonte: Galileu
No dia 28, com sorte e técnica, observadores da Terra poderão visualizar todos os planetas num alinhamento celeste que compõem o Sistema Solar em um fenômeno conhecido como “parada”.
Em certas ocasiões, por exemplo, como no dia 25 de janeiro, Vênus, Júpiter, Saturno e Marte puderam ser facilmente identificados juntos noite adentro. Assim, como destaca a Agência Gov, por mais que sejam incomuns, esses eventos não são tão raros, principalmente quando o número de planetas envolvidos é reduzido, e tendem a acontecer algumas vezes ao ano.
Mas algo particularmente especial é previsto pelos cientistas para acontecer no próximo dia 28 de fevereiro: um “desfile” formado por todos os planetas do Sistema Solar deve ser visível para boa parte da Terra. Uma ocorrência como essa é bem mais difícil de presenciar e, como destaca o portal StarWalk, só deve voltar a ser registrado em 19 de maio de 2161.
“Superalinhamento” de fevereiro
O “superalinhamento planetário de fevereiro”, como tem sido chamado, será visível em quase todo o mundo nas noites próximas de 28 de fevereiro de 2025. O dia A noite é considerado a data mediana do evento, estabelecida com base em quando ele estará melhor visível para a maioria dos locais.
Mercúrio, Vênus, Júpiter e Marte serão facilmente visíveis a olho nu. No entanto, Urano e Netuno exigirão o uso de equipamentos para serem observados. Saturno, por sua vez, será o alvo mais difícil de vislumbrar, pois o planeta vai aparentar estar bem perto do Sol – será necessário saber a hora certa e o seu posicionamento preciso para vê-lo.
Idealmente, para melhorar as condições da observação, recomenda-se ir a uma região mais elevada, com condições climáticas favoráveis (sem tantas nuvens) e longe das zonas urbanas, onde a poluição luminosa se concentra.
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Alinhamento ou parada?
De acordo com o portal Space Today, o conceito de “alinhamento planetário” frequentemente evoca imagens de planetas ordenados em uma linha reta perfeita no céu, uma configuração que, na prática, é quase impossível de acontecer.
Na realidade, o fenômeno que mais se aproxima dessa descrição é conhecido como “parada de planetas”, um termo comum entre astrônomos amadores que descreve a visão de múltiplos planetas no céu noturno ao mesmo tempo.
Isso acontece porque, como explica o The Conversation, os planetas não podem se alinhar perfeitamente em três dimensões. Mesmo uma coincidência mais ampla, dentro de um quadrante (uma região de 90 graus da eclíptica), é altamente incomum. Desta forma, o “alinhamento” de 28 de fevereiro trata-se de um pseudoalinhamento ou apenas uma “parada planetária”.
Diferentemente de um “alinhamento”, uma “parada de planetas” refere-se essencialmente a uma perspectiva visual decorrente da posição de observação da Terra dos percursos orbitais simultâneos dos planetas. Ao orbitarem o Sol em trajetórias quase circulares, os corpos celestes podem ser observados distribuídos ao longo de uma linha imaginária no céu, e, por vezes, dão a impressão de estarem alinhados.