Eclipse solar anular amanhã; Sul, Sudeste e Centro-Oeste verão fenômeno como parcial

Segundo o Observatório Nacional (ON), eclipse será visível próximo ao pôr do sol na parte sul das regiões Sudeste e Centro-oeste e em toda a região Sul. Quanto mais ao sul, maior será a área eclipsada (mordida pela Lua). Na próxima quarta-feira (2), espectadores sortudos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país terão a chance de observar um eclipse solar que acontecerá ao entardecer, próximo ao pôr do sol.

Fonte: GloboG1

QUAL A HORA? O horário exato vai variar conforme a localização do espectador. Veja lista para os estados dessas regiões ao final desse texto.

Embora ele NÃO seja visível no Brasil como anular, o famoso “anel de fogo”(entenda diferença e veja mapa de visibilidade também abaixo), esse fenômeno será bastante especial.

Isso porque na parte sul das regiões Sudeste e Centro-oeste e em toda a região Sul, o eclipse poderá ser visto como parcial.

E quanto mais ao sul, maior será a área eclipsada (encoberta pela Lua). No extremo sul da América do Sul, por exemplo, numa faixa que inclue o Chile e a Argentina, o eclipse poderá ser observado como anular.

Eclipse solar anular do dia 2 de outubro — Foto: Arte/g1
Eclipse solar anular do dia 2 de outubro — Foto: Arte/g1

Assim, nessa próxima quarta, dependendo da localização, moradores desses países irão presenciar ou um eclipse solar parcial ou um eclipse solar anular e um parcial.

Mas o que isso quer dizer? Primeiro, precisamos entender que um eclipse solar ocorre quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra de uma maneira que ela acaba lançando uma sombra sobre a Terra.

A Lua então bloqueia a entrada de luz solar que chega à Terra. Às vezes, a Lua bloqueia apenas parte da luz do Sol, no chamado eclipse solar parcial ou anular. Já quando a Lua bloqueia toda a luz do Sol, temos um eclipse solar total.

Por que o ‘anel de fogo’?

Um eclipse anular é um tipo especial de eclipse solar. Nesses casos, a sombra da Lua não cobre totalmente o Sol, mas se alinha entre a Terra e a nossa estrela no formato caractéristico de “anel de fogo”.

“Esse tipo de eclipse ocorre quando a Lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, ou próxima deste ponto, fazendo com que pareça menor do que o Sol no céu”, diz Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON).

E como a Lua está mais distante da Terra e parece menor que o Sol, ela não chegará a cobrir completamente o nosso astro. Como resultado disso, a Lua surge como um “disco escuro” em cima de um disco maior e brilhante (o Sol), criando o que parece ser um anel ao redor do nosso satélite natural.

Um eclipse solar total, a Terra, a Lua e o Sol se alinham de tal forma e em uma posição tão exata que toda a estrela do nosso sistema é “tampada” da perspectiva da Terra – é possível ver apenas a coroa, a atmosfera do Sol.

Já no eclipse solar anular, a Lua também se alinha entre a Terra e o Sol, bloqueando a maior parte da luz do astro.

E no caso do eclipse solar parcial, não há esse alinhamento entre os três corpos celestes. Ele ocorre quando a Lua passa entre o Sol e a Terra, mas o Sol, a Lua e a Terra não estão perfeitamente alinhados.

Quem vai ver o eclipse?

O fenômeno dessa próxima quarta será visível em partes da América do Sul (como o Brasil), Antártida, América do Norte e dos Oceanos Atlântico e Pacífico, incluindo o Havaí.

Segundo a NASA, a agência espacial norte-americana, se as condições climáticas permitirem, o primeiro local habitado a ver o eclipse será a Ilha de Páscoa, localizada no Oceano Pacífico (perto das 16h no horário de Brasília). A região está na trajetória da sombra da Lua, onde a observação da anularidade será possível, assim como em partes do Chile e da Argentina.

Depois disso, o eclipse anular seguirá pelo Oceano Pacífico, entrando no Chile e passando pela Argentina até chegar ao Atlântico.

Veja onde o eclipse solar parcial será visível no Brasil. — Foto: Arte/g1

Com ver do Brasil?

O Observatório Nacional lembra a importância de escolher um local com uma visão desobstruída para o oeste, já que o fenômeno ocorrerá perto do pôr do sol.

O horário específico do evento pode variar conforme a localização do observador. No caso do Rio de Janeiro, o eclipse parcial terá início às 17h01, atingirá seu pico às 17h42 e o sol se porá às 17h52.

Abaixo estão os horários para os estados brasileiros onde o eclipse poderá ser visualizado (de forma parcial).

ATENÇÃO: os números estão no horário de Brasília.

  • Espírito Santo (eclipse parcial do sol) – Início do eclipse: 17:07. Fim do eclipse: 17:45.
  • Goiás (eclipse parcial do sol) – Início do eclipse: 17:08. Fim do eclipse: 18:10.
  • Mato Grosso (eclipse parcial do sol) – Início do eclipse: 17:07. Fim do eclipse: 18:00.
  • Mato Grosso do Sul (eclipse parcial do sol) – Início do eclipse: 17:46. Fim do eclipse: 17:26.
  • Minas Gerais (eclipse parcial do sol) – Início do eclipse: 16:59. Fim do eclipse: 18:15.
  • Paraná (eclipse parcial do sol) – Início do eclipse: 17:43. Fim do eclipse: 18:32.
  • Rio Grande do Sul (eclipse parcial do sol) – Início do eclipse: 17:30. Fim do eclipse: 18:41.
  • Rio de Janeiro (eclipse parcial do sol) – Início do eclipse: 17:59. Fim do eclipse: 17:59.
  • Santa Catarina (eclipse parcial do sol) – Início do eclipse: 17:41. Fim do eclipse: 18:34.
  • São Paulo (eclipse parcial do sol) – Início do eclipse: 17:51. Fim do eclipse: 18:23.

No restante do país, esse eclipse de outubro não será visível.

O Observatório Nacional e a agência espacial norte-americana, porém, irão fazer transmissões ao vivo do evento. Para acompanhar a transmissão do ON, basta acessar o canal do observatório em: youtube.com/observatorionacional.

E ATENÇÃO: Nunca olhe diretamente para o Sol. Um eclipse solar só pode ser observado com óculos específicos para a visualização do fenômeno, filtro especial ou olhando para o reflexo do Sol. Nada de usar placas de raio X, filmes fotográficos, celulares ou outros artefatos.


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