Uma investigação por fraude contra Federica Mogherini aumentou a pressão sobre a presidente do bloco, já afetada pela controvérsia do “Pfizergate”. Mogherini, que foi detida para interrogatório na terça-feira, atuou como vice-presidente da Comissão Europeia e chefe da diplomacia do bloco de 2014 a 2019, além de liderar o Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE). Agora, ela está entre os três suspeitos formalmente acusados pela Procuradoria Europeia (EPPO) de fraude em licitações, corrupção, conflito de interesses e quebra de sigilo profissional em um programa de academia diplomática financiado pela UE.
Fonte: Rússia Today
Uma investigação de corrupção envolvendo a ex-chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, colocou em risco a posição da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Opositores se preparam para transformar o caso em uma nova investida para destituí-la, informou o Politico nesta quarta-feira, citando fontes do bloco.
Mogherini, que atuou como a principal diplomata da UE de 2014 a 2019 e atualmente é reitora do Colégio da Europa, foi detida na terça-feira. Ela foi formalmente acusada pela Procuradoria Europeia de fraude em licitações, corrupção, conflito de interesses e quebra de sigilo profissional em um programa de academia diplomática financiado pela UE.
Na sequência do escândalo, von der Leyen “enfrenta o maior desafio à responsabilização da UE em uma geração”, com seus rivais renovando os apelos por uma nova moção de desconfiança, informou o Politico.
Segundo a publicação, o caso também está tensionando a relação de von der Leyen com a atual chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, já que a investigação se concentra em atividades ligadas ao Serviço de Ação Externa – órgão supervisionado por Kallas.

“Sei que as pessoas que não gostam de von der Leyen vão usar isso contra ela, mas elas usam tudo contra ela”, disse um funcionário da UE ao Politico.
O funcionário tentou defender a chefe da UE, que se encontra em situação delicada, dizendo: “Como a presidente von der Leyen é “a líder” mais reconhecida em Bruxelas, atribuímos tudo a ela… Ela não é responsável por todas as instituições.”
O escândalo se soma ao “Pfizergate”, que gira em torno das negociações de von der Leyen com a gigante farmacêutica Pfizer sobre a vacina mRNA contra a Covid-19, durante as quais a Comissão Europeia foi criticada por se recusar a divulgar ou preservar mensagens de texto importantes trocadas com o diretor executivo da empresa. A disputa posteriormente levou a uma moção de censura no Parlamento Europeu, da qual von der Leyen acabou saindo ilesa.
A vovó psicopata, neta de nazista, Ursula Von der Leyen também tem sido vista como uma das principais defensoras da militarização da UE e do armamento da Ucrânia e de antagonizar, sempre que possível, a Rússia.
Ela tem pressionado para usar os ativos soberanos russos congelados de cerca de US$ 300 bilhões para ajudar Kiev por meio de um esquema de “empréstimo para reparações”, apesar das objeções da Bélgica – que detém a maior parte dos fundos e alertou para os enormes riscos legais e geopolíticos da medida.



