Histórias da Terra, do Sistema Solar e a Explosão de Maldek – Petrimmor de Cartress (4)

“Quando nós conseguimos os meios para analisar os caminhos da Terra, mais uma vez, encontramos aqueles da antiga humanidade que sobreviveram as inúmeras calamidades e catástrofes geológicas, somente por causa dos instintos primários da maternidade, sobrevivência e outros traços nobres de amor que foram capazes de prevalecer em meio a loucura e insanidade total.”  Eu Sou Sycorant de Omuray (a lua Titã) o maior dos planetoides do Radiar Summer, que voces conhecem como o planeta Saturno.

Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”,  escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da Federação Galáctica, páginas 389 a 436. 

PETRIMMOR DE CARTRESS, PARTE 4 

CARK BEN-ZOBEY E UM ANO EM PANKAMERRY

Cark Ben-Zobey era uma pessoa generosa e amável. Onde quer que ele fosse ele era seguido pela sua esposa que mantinha seu rosto escondido por trás de um véu. Seguindo-a havia uma jovem sem o rosto coberto por véu e vários rapazes adolescentes. Eram todos seus filhos.  Ele e sua família nos acompanharam até uma casa espaçosa e construída de madeira. Quando começavam a ir embora eu despreocupadamente estendi minha mão como um gesto de despedida.

O homem da Terra deu um passo atrás dizendo, “Não, obrigado. Eu não preciso saber o que eu já sei sobre minha vida, e talvez o meu futuro reserve coisas que eu não gostaria de saber.” Após tocar seus lábios com dois dedos como uma saudação, ele e os seus filhos e esposa partiram. Mesmo quando eles já estavam a alguma distância nós podíamos ouvir o bando de Cark Ben-Zobey conversando uns com os outros. 

Naquele momento eu pensei, se estas pessoas da Terra temem os meus dons, que chance eu teria com um dos seus perspicazes mestres maldequianos em fazê-los curiosos o bastante para algum deles me solicitar uma leitura de sua vida ao demonstrar os meus poderes? A nossa estada em Pankamerry foi calma nos primeiros momentos. Nós não recebíamos visitas, exceto as do filho mais velho de Cark Ben-Zobey, Arcdent Ben-Cark, que de tempos em tempos gentilmente vinha nos perguntar se precisávamos de algo.

Para quebrar com a monotonia, em uma manhã nós fizemos um passeio em nosso carro aéreo, primeiro ao acampamento dos gracianos e depois para o sul, seguindo o curso do Rio. O acampamento dos gracianos cresceu em tamanho, no mínimo, em dez vezes desde a última vez que ali havíamos estado. A área estava coberta com equipamentos de construção. Mais tarde soubemos que as residências novas adicionadas ao acampamento ainda não estavam ocupadas até aquele momento, mas estavam esperando pelos seu novos moradores que deveriam chegar de diferentes planetas a qualquer instante. 

Nós viajamos logo acima do topo das arvores por várias milhas na direção sul acompanhando o curso do grande rio. Durante este voo nós aprendemos que as terras que os habitantes locais chamavam de MIR (hoje o Egito) era o lar de uma abundante e variada vida animal. Nós ficamos muito impressionados pelos animais que vocês chamam de elefantes. Quando comparados com os elefantes que vivem hoje na Terra, eu estimaria o tamanho daqueles que viviam há milhões de anos atrás (n.t. quando as pirâmides foram construídas, há 251 milhões de anos, acredite você ou não isto não faz a menor diferença) em cerca de duas vezes maiores. 

Após um determinado ponto percebemos que havia começado a surgir numerosas pessoas da Terra acampadas às margens do grande rio enquanto passávamos voando por cima deles. Após se recuperarem da surpresa eles gritavam e acenavam para nós amigavelmente. Minha esposa Varbreen pensava que eles estavam nos convidando para aterrissarmos para visitá-los. Nós fizemos uma volta sobre eles mais uma vez e jogamos pacotes de charutos gracianos e vários pacotes grandes de pipoca de Gracyea. Eles continuavam a nos acenar quando tomamos o rumo norte e de volta para nossa casa em Pankamerry. 

Poucos dias mais tarde a Vila de Pankamerry começou a se encher com pessoas nativas da Terra, que abriam suas barracas para vender seus produtos no mercado central do povoado. Estes mercadores eram proibidos de visitar o local onde as grandes REMs (Rem=Pirâmide) estavam sendo erguidas. Um pequeno grupo de gracianos e um grande grupo dos pequenos reltianos (do Radiar Relt–Júpiter) também vieram para a Vila para montarem armazéns pré-fabricados e nivelar uma grande área de terreno onde carros aéreos e grandes espaçonaves gracianas aterrissariam.

As pessoas oriundas do Radiar Relt (Júpiter), os reltianos, eram pequenos seres humanos de pele negra e cabelo encarapitado (seus descendentes são os pigmeus africanos). Os gracianos nos avisaram para mantermos os olhos abertos para as nossas posses onde quer que um reltiano estivesse  por perto. Eles não tinham nenhuma idéia do que significava a palavra propriedade. Nós nunca tivemos uma experiência ruim com um reltiano, principalmente porque eles normalmente disparavam correndo para longe de nós quando eles nos viam nos aproximando. 

Acima: A Pirâmide da Lua à esquerda e a Pirâmide do Sol à direita,em Teotihuacan,construídas segundo a geometria sagrada usada pelos gracianos, do planeta Gracyea.

Por mais de um ano nós vivemos na Vila de Pankamerry, nós nos ocupávamos lendo mãos e dando uma leitura da vida para qualquer Graciano que viesse até nossa porta e pedisse por uma leitura. Os negócios normalmente começavam imediatamente depois que eu recusava um pedido feito quase diariamente por Orbaltreek para usar o carro aéreo para voar sobre MIR para praticar o controle do carro aéreo em vôo. A primeira vez que ele me pediu para assim fazê-lo eu concordei e permiti.

Ele retornou cerca de dois dias depois, junto com três mulheres da Terra vestindo joalheria Graciana que uma vez fizera parte de nosso tesouro. Além disso, a presença de mulheres de tribos muito mais ao sul do rio e sem usar véu na Vila trouxe uma série de reclamações dos moradores locais contra o fato. Para deixar as coisas piores ainda, ele levou mais dois dias para retornar quando foi levar as suas mulheres amigas de volta para suas tribos. 

Na medida em que os dias passavam em Pankamerry eu comecei a me preocupar com o fato de que nenhum maldequiano jamais freqüentasse a Vila. Eu decidi fazer uma viagem até Miradol (Teotihuacan, hoje México) onde eu poderia ter melhor possibilidade de encontrar um maldequiano (a) que estivesse curioso(a) a respeito de suas vidas passadas e sobre seu futuro. Após colocarmos no carro aéreo as coisas de que precisávamos para a viagem e com cinco por cento de nosso tesouro (nós não podíamos levar mais), deixando o restante dele aos cuidados de Cark Ben-Zobey, nós decolamos rumo à cidade de Miradol. 

Antes de rumarmos direto para o oeste, nós demos uma olhadinha no progresso na construção das três grandes pirâmides. Pela boca de terceiros nós sabíamos que elas estavam crescendo em tamanho e realmente seriam extremamente grandes. Este sobrevoo sobre a área nos permitiu perceber milhares de trabalhadores reltianos se movendo pela área e blocos de rochas sendo transportados por carros em trilhos.

O rio Nilo estava coberto com barcaças preenchidas com blocos de rocha calcária lapidadas, que estavam sendo rebocadas por carros aéreos para estações de recebimento localizadas na margem oeste do rio. A água do rio neste local repleto de atividade já não era mais da cor azul profundo que originalmente observáramos. Agora a cor da água estava de um marrom escuro devido a lama que as barcaças carregadas com blocos de rocha liberavam quando eram forçadas a atracarem na margem do rio. 

FAZENDO UMA LEITURA DE MÃOS EM MIRADOL, FINALMENTE

Um dia depois que nós chegamos em Miradol (um dia e meio mais rápido do que da vez em que fomos de Miradol para MIR). Nós realmente aterrissamos próximo ao quartel general de Itocot-Talan e encontramos o local repleto de maldequianos. Várias novos recursos foram adicionados na área do local, como modelos em escala da cidade de Miradol, das três pirâmides em MIR (Egito),  e das construções gracianas em MARTE (na planície de Cydonia). Na medida em que caminhávamos através do enorme acampamento nós vimos gracianos e maldequianos caminhando por entre os modelos, parando de vez em quando para apontar algo e conversar a respeito.

Itocot-Talan e seu neto, Tixer-Chock, nos receberam. Eu não disse a nenhum dos dois qual o motivo de nossa visita a Miradol. Eles me ajudaram espalhando a notícia de que eles tinham um hóspede com o poder para fazer a leitura sobre o passado e o futuro da vida de qualquer pessoa. Não demorou muito e havia filas de gracianos na porta da minha casa em Miradol diariamente. Gracianos, gracianos e mais gracianos, mas, nenhum maldequiano.

Eu finalmente encontrei prazer em perambular pela cidade em expansão de Miradol. Na realidade era um descanso do meu trabalho porque nenhum Graciano iria largar com o seu sagrado ofício de construção e me pedir para fazer uma leitura em sua mão sobre a sua vida. Orbaltreek começou a ficar enjoado de Miradol e queria retornar para MIR e aos seus amigos (melhor seria dizer das mulheres) que viviam às margens  do rio Nilo abaixo. Uma noite ele sugeriu seriamente que ele poderia raptar um maldequiano  e forçar a sua vítima a segurar em minha mão para uma leitura de sua vida.

Verdadeiramente eu considerei o seu plano, mas eu falhei em como conseguir um modo de lidar com as terríveis implicações que poderiam se suceder ao perpetrar esse tipo de atitude. Eu arquivei o plano de Orbaltreek  em minha mente em seu recesso mais  profundo como um último recurso. A idéia perdeu o seu apelo inicial quando me lembrei de que jamais eu vira um maldequiano sozinho, eles pareciam sempre viajar e estar em pares ou em grupos maiores. 

 Dell não precisou de muito tempo para me dizer que todos os gracianos que nós havíamos lido suas vidas durante um dia em particular iriam em breve morrer. Ele apenas acenou com a cabeça antes de ir para um quarto tirar uma soneca. Já era o final da primavera quando Tixer-Chock nos informou que um considerável número de altos dignitários maldequianos iriam se encontrar em MIR dentro de três semanas para testemunhar a colocação da Pedra de Topo da Grande Pirâmide.

Ele pensava que esses novos recém chegados poderiam apresentar um humor mais festivo porque eles estavam fazendo preparativos para abrigar e entreter crianças maldequianas. Talvez eu e Dell pudéssemos nos apresentar como inofensivos artistas. Após enterrarmos o novo tesouro que reunimos em Miradol, nós partimos dois dias depois para MIR. Em nossa chegada nos encontramos imediatamente com o alto sacerdote Stolfa Liferex-Algro para falar-lhe sobre o nosso plano. 

A GRANDE PIRÂMIDE 

Nós nos encontramos de novo e sentamos por um tempo banhados pelas tochas de luz dispostas várias centenas de pés desde a Grande Pirâmide. Sua beleza e poder que emanava espiritualidade me deixaram tonto. Liferex-Algro se levantou e pediu para mim acompanhá-lo em uma caminhada até a base da imensa estrutura. Na medida em que caminhávamos nenhum dos dois disse uma palavra sequer.

Com as pontas dos meus sapatos tocando a parte de baixo do revestimento (de Ônix) branco de pedra  na base da linha Apotema da face sul da grande pirâmide, eu me inclinei para a frente e coloquei as palmas de minhas mãos abertas e meu corpo nas pedras inclinadas do lado sul, porque todos os corpos humanos eram e ainda são hoje, proporcionados com o número Phi(*). O sagrado número Phi (1,618033989) é o mais sagrado dos números para os Elohim (os deuses criadores do universo material).

{(*) Phi ? na Geometria Sagrada:  proporção áureanúmero de ouronúmero áureo ou proporção de ouro é uma  constante real algébrica irracional denotada pela letra grega ? (Phi), em homenagem ao escultor Phideas (Fídias), que a teria utilizado para conceber o Parthenon, e com o valor  arredondado a três casas decimais de 1,618. Também é chamada de seção áurea  (do latim  sectio áurea), razão áurearazão de ouroproporção áurea, média e extrema razão  (Euclides), divina proporçãodivina seção (do latim sectio divina), proporção em extrema razãodivisão de extrema razão ou áurea excelência. O número de ouro é ainda frequentemente chamado razão de Phidias.

Desde a Antiguidade, a proporção áurea é usada na arte. É frequente a sua utilização em  pinturas renascentistas, como as do mestre Giotto. Este número está envolvido com a natureza do crescimento. Phi (não confundir com o número Pi (?), como é chamado o número de ouro, pode ser encontrado na proporção dos seres humanos (o tamanho das falanges, ossos dos dedos, por exemplo) e nas colméias, entre inúmeros outros exemplos que envolvem a ordem do crescimento.

Justamente por estar envolvido no crescimento (desde a mais minúscula partícula até o universo inteiro), este número se torna tão frequente. E justamente por haver essa frequência, o número de ouro ganhou um status de “quase mágico”, sendo alvo de pesquisadores, artistas e escritores. Apesar desse status, o número de ouro é apenas o que é devido aos contextos em que está inserido: está envolvido em crescimentos biológicos, por exemplo. O fato de ser encontrado através de desenvolvimento matemático é que o torna fascinante.}

Com o meu corpo colado na pirâmide do modo que descrevi antes, eu estava exatamente em ângulo de 51 graus, 51 minutos e 14 segundos em relação ao solo, que era então o ângulo de inclinação das paredes da Grande Pirâmide. Nesta posição eu me sentia sem peso e completamente eufórico. O meu êxtase foi interrompido pela voz de Liferex-Algro, que perguntou “Esta tudo bem com este local, Petrimmor de Cartress?” 

Eu estava quase lhe respondendo que sim quando um negro sentimento passou profundamente pela minha alma. Quando eu novamente recuperei meus sentidos estava deitado em posição fetal e sentindo muito frio. Liferex-Algro me cobriu com a sua capa enfeitada com pequenas penas e segurou minha cabeça em suas mãos e apertou a minha fronte. Ele suavemente perguntou: “O que você descobriu?”

Eu pedi que Dell fosse chamado para fazer a interpretação do que eu havia visto, mas Liferex objetou o meu pedido dizendo, “Voce não precisará da ajuda dele, a menos que queira que ele passe pela mesma experiência.” Após uns poucos minutos de silêncio, eu traduzi e coloquei em palavras aquilo que havia visto e sentido ao fazer uma “leitura” da Grande Pirâmide de MIR. Eu comecei declarando que: 

“Não esta tudo bem com este lugar, Liferex-Algro de Gracyea. Alguém cometeu uma grande blasfêmia, pois em lugares dentro da estrutura sagrada, a argamassa que une os blocos de rocha foi feita com SANGUE HUMANO. E por causa desta grave violação do Plano Mestre do Criador de Tudo que Foi, É e Será, o próprio Criador no futuro distante terá que nascer como um ser humano e morrer derramando o seu próprio sangue”. 

Depois disso nós choramos amargamente e nossas lágrimas queimavam as nossas faces como se elas fossem feitas de puro ácido. Liferex-Algro se levantou e gritou, “Os Cryberants, (n.t. Que construíram a Esfinge) os Cryberants foram os que adicionaram o sangue à argamassa para os malditos maldequianos!! “ Na medida em que ele saiu correndo, se voltou em minha direção gritando, “Eu não posso deixar os maldequianos assentarem a Pedra de Topo na Grande Pirâmide, eu devo ir e impedi-los de fazê-lo.” 

Durante dias os gracianos procuraram o seu maior sacerdote, mas ele nunca mais foi visto, vivo ou morto. Agora somente eu sabia o terrível segredo da argamassa feita com sangue humano usada na pirâmide. Para dizer o mínimo eu estava completamente perdido e atordoado. Eu estava certo de que os maldequianos haviam assassinado Liferex-Algro, e procurei não fazer nada que me levasse a ter o mesmo destino.

Eu tinha esperança de que Tixer-Chock ou o seu avô Itocot-Talan viessem à MIR antes do tempo da colocação da Pedra de Topo em seu local no cimo da Grande Pirâmide e então eu poderia compartilhar o meu segredo com um deles. (n.t. A pedra de Topo É uma réplica idêntica e perfeita em miniatura da Grande Pirâmide de Gizé – e um amplificador do seu poder – , feita com o material mais duro encontrado no Universo, o Cristal de Astrastone, que só pode ser lapidado se utilizando a energia psíquica de um ser humano que tenha tal poder psíquico) 

Eu sentia que se contasse a qualquer Graciano que estava trabalhando na construção das pirâmides em MIR aquilo que eu sabia poderia lhe causar um grande prejuízo. Este pensamento foi confirmado mais ainda pelo fato de que em ambas as margens do rio, tão longe quando a vista alcançava, foram cobertas por brancas tendas dos maldequianos , a maioria delas ocupadas pelos seus soldados. De vez em quando nós abandonávamos o local das pirâmides e retornávamos para nossa casa em Pankamerry, onde mais uma vez reduzíamos o número de nossos amigos apenas em Cark Ben-Zobey e a sua família.

Ele nos apresentou para um homem nativo da Terra Jaffer Ben-Robb e sua esposa, Alfora. Alfora era do povo das margens do rio, mas por consideração e cortesia aos moradores locais da Vila ela usava um véu encobrindo seu rosto, pregado com um alfinete com a forma de um triângulo com dois lados esquerdos sobrepostos. Ela também carregava uma criança em uma sacola de tecido pendurada às suas costas. 

Na medida que desenvolvemos confiança mútua, Jaffer me confidenciou que atualmente ele estava procurando por esconderijo em Pankamerry e que anteriormente esteve encarregado de fornecer o que for que os Cryberants necessitassem. Eles eram os mesmos que esculpiram a Grande Esfinge olhando para o Leste, à frente das três grandes pirâmides, mas que ele havia sido proibido de se juntar com aqueles que fabricavam a argamassa especial para a Grande REM (Pirâmide).

Ele nos contou como havia sido contratado como acompanhante de um garoto maldequiano e gastou certo tempo vivendo em um condomínio para habitantes estrangeiros no planeta MALDEK. Finalmente ele nos contou sobre o seu encontro numa noite às escondidas com o Senhor Opatel Cre’Ator do planeta Nodia (n.t. Que orbita a estrela SOST, por nós conhecida como Polaris, estrela alfa da constelação da Ursa Menor e que marca o Pólo Norte celeste na Terra) nas margens do rio Nilo. 

Ele apontou o alfinete em formato triangular com duplo lado esquerdo usado por sua esposa para prender o véu que cobria a sua face e o descreveu como um símbolo de uma Grande Casa de Mercadores a quem Opatel Cre’Ator pertencia como um de seus principais membros. Ele presumiu que o dia em que Liferex-Algro desapareceu foi o mesmo dia em que os Cryberants foram postos em marcha rumo norte margeando rio acima até um local onde todos foram sumariamente assassinados e os seus corpos eliminados. Mesmo depois de sermos amigos muito próximos eu nunca falei nada para ele sobre a argamassa feita com sangue humano. 

Na medida em que o dia (n.t. um dia de equinócio de primavera, em Março) para se colocar a Pedra de Topo na Grande Pirâmide se aproximava, nós deixamos para trás o nosso carro aéreo e caminhamos cerca de quinze milhas até o local onde estavam as três grandes pirâmides. Nós realmente chegamos apenas uma hora antes que o evento acontecesse.

Na medida em que nos aproximávamos da clareira, nós fomos apresentados e surpreendidos pela vista de uma gigantesca, negra e brilhante espaçonave que possuía um triângulo com o lado esquerdo duplo gravado em seu casco, exatamente como o alfinete que Alfora estava usando para prender seu véu que escondia a sua face. Nós assistimos quando um certo número de homens altos de cabelos brancos saíram para fora da espaçonave negra e brilhante. Eles foram recebidos por um único Stolfa Graciano que os conduziu para as pirâmides por entre a multidão de pessoas que ali estavam para assistir ao evento. 

Apesar de eu não saber naquele momento, dois dos cerca de doze nodianos que acompanhavam o Stolfa Graciano eram o Senhor Opatel Cre’Ator e Rendowlan. Eu tive um sentimento de horror terrível e quase indescritível quando um carro aéreo maldequiano  começou a baixar a Pedra de Topo em direção ao seu local em cima do topo da Grande Pirâmide. Eu não conseguia retirar o pensamento de minha mente de que a argamassa que uniria a Pedra de Topo com a Grande Pirâmide teria em sua composição a carne, os ossos e o sangue de meu amigo e grande sacerdote de Gracyea, Liferex-Algro. 

Fim da quarta parte. Continua …


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