Histórias da Terra, do Sistema Solar e a Explosão de Maldek – Petrimmor de Cartress (9)

Testemunhei os atos de seus santos magos, que eles chamam de Skates. Meus sentidos foram todas as vezes subjugados por suas poderosas ilu­sões. Os seres do grande radiar Trake (planeta Netuno) aceleram o espírito por meio de sua apa­rência física, sabedoria, coragem e fortaleza. Certamente, qualquer um per­deria tempo debatendo com eles uma questão sobre a qual eles tivessem uma visão contrária. Caso vocês ousem empreender tarefa tão insensata, aviso-os, não olhem em seus olhos”.  Eu Sou Hazvder de (Planeta) Delk.

Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”,  escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da Federação Galáctica, páginas 389 a 436. 

NARRATIVA de PETRIMMOR DE CARTRESS, PARTE 9 – FINAL:

A sala para a qual fomos conduzidos era muito grande. Ela parecia ser maior ainda porque continha poucos móveis e estava ocupada por um pequeno número de pessoas. O governador maldequiano não nos saudou, mas ficou nos observando com olhares furtivos. Eu nunca havia visto um maldequiano em tal estado de desorientação mental e em estado físico deplorável. Rendowlan me sussurrou no ouvido: “Seja cuidadoso. Ele ainda tem a última palavra.”

Em pé ao lado do governador estava um ancião maldequiano  que obviamente estava muito excitado. Ele se movia de um lado a outro e continuamente estalava a ponta de sua língua sobre o seu lábio superior (como uma serpente). O seu nome, que jamais irei esquecer, era Kamer-Ostsen. Foi ele quem primeiro falou conosco, dizendo: “Chegou até a atenção do governador de que existe alguém entre voces que pode fazer leituras do passado e do futuro de uma pessoa, e ele deseja ser entretido por uma demonstração destes talentos maravilhosos”. Eu pensei comigo mesmo, “Orbaltreek nunca podia manter seus lábios fechados”.

Lord Opatel respondeu dizendo: “Eu tenho certeza de que meus colegas estão com vontade de mostrar seus talentos únicos para o governador, mas primeiro vamos resolver o problema do homem preso chamado Orbaltreek”. Esta resposta claramente irritou o governador e Kamer-Ostsen. Depois de receber vários sinais feitos pela mão do governador, um soldado krate deixou a sala apressadamente. Dentro de minutos ele retornou com um sorridente e aliviado Orbaltreek. O ancião Kamer-Ostsen então nos disse que Orbaltreek agora estava livre. 

Dell e eu ficamos várias horas fazendo leitura de vidas passadas e sobre o futuro de pessoas nativas da Terra chamadas ao grande salão para este propósito. Nenhum maldequiano demonstraria interesse em saber sobre o seu passado e futuro, simplesmente porque para obter uma leitura de sua vida ele teria que apertar a minha mão e a de Dell, dois seres de fora da Terra considerados muito baixos para este gesto dos nobres maldequianos.

A cada vez que Dell reportava um evento específico da vida de uma pessoa nativa da Terra, a pessoa reagia com excitamento e exclamava em alta voz, “Foi exatamente assim que aconteceu”. Estes pronunciamentos colocavam um sorriso na face do governador. O suprimento de Her-Rood de pessoas nativas da Terra  para fazermos leituras parecia não ter fim. Fui eu que solicitei uma pausa para que Dell pudesse descansar um pouco, pois ele já aparentava esgotamento.

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Kamer-Ostsen apontou que Dell não tinha feito nenhuma menção ao futuro daqueles a quem nós havíamos feito a leitura de suas vidas. Eu então disse a ele que não sentimos que a leitura do sombrio futuro do povo da Terra iria ter algum valor para entreter o ilustre governador. Ele então caminhou até Dell e disse: “Eu vou fazer uma leitura do futuro deste pequeno rapaz”. Ele então procurou pela mão de Dell e a agarrou dizendo: “Este homem vai morrer logo”. Em um instante um dispositivo com a forma de uma serpente surgiu de baixo de seu punho e mordeu a mão de Dell com suas presas de metal. Dell imediatamente morreu sem emitir um som sequer e caiu ao chão. Kamer-Ostsen então se virou e olhou dentro de meus olhos e disse, “Se voce quiser predizer o futuro, crie o futuro voce mesmo”!

Nossa primeira reação foi a de ficarmos congelados em estado de choque. Foi Varbreen que foi até onde estava o corpo de Dell e acariciou a sua cabeça e fechou os seus olhos agora vazios. Lord Opatel Cre’Ator se conteve e gritou: “Por que?” O maldequiano se virou e respondeu, “O governador não vai tolerar ninguém que tenha um poder que ele não possa controlar!” Her-Rood agora já estava aborrecido e completamente desinteressado, ele nos dispensou com apenas um aceno de mãos. 

Quando nós deixamos o grande salão, Orbaltreek estava carregando o corpo de Dell, os nodianos estavam furiosos. Assim que estávamos prestes a entrar na área externa dos jardins do palácio, encontramos com o maldequiano príncipe Sant. Ele estava muito bem informado sobre o que havia acontecido. Ele começou a sua conversa com Opatel Cre’Ator dizendo:

“Provavelmente eu sou a única pessoa de minha raça que ainda tem o poder da razão. Eu não vou perguntar a voce o que voces estão planejando. Eu sei que nada do que eu diga irá evitar um ataque de seu povo contra a nossa raça. A única coisa que peço a voce é que quando deixarem a Terra me leve junto consigo. Eu posso ser de um imenso valor para voces como uma espécie de consultor. Deste modo eu posso ajudar voce no futuro conflito que haverá entre nossas raças”.

Opatel abraçou o príncipe maldequiano lhe dizendo,  “Esteja pronto para partir conosco dentro dos próximos seis dias”.

A HISTÓRIA DE ORBALTREEK

Nós retornamos para a espaçonave quartel general de Opatel, onde Orbaltreek reencontrou a sua esposa Cimiss. Esta foi a primeira vez em muitos anos que ouvi eles falarem abertamente sobre as suas crianças perdidas, agora crescidas,  que foram deixadas para trás, há muitos anos, nas terras mais ao leste, para viverem entre os sumerianos (Mesopotâmia). Naquela noite distante eu e Orbaltreek nos sentamos e começamos a relembrar do nosso passado juntos. Enquanto assim o fazíamos ele começou a fumar um enorme charuto graciano. Durante esta nossa conversa veio a minha mente a ideia de lhe perguntar se ele se lembrava dos motivos por que foi ou ainda estava sendo procurado em nosso planeta natal de Cartress, se ele havia cometido algum crime grande antes que nos conhecêssemos. Ele pensou por um minuto e então respondeu a minha pergunta dizendo que sim. Orbaltreek então começou a falar:

“Em um estado de completa embriaguez, meu irmão gêmeo e eu soltamos todos os animais do zoológico, inclusive àqueles que eram selvagens e muito perigosos. Então muitas pessoas foram mortas e mesmo devoradas pelos animais, inclusive o meu próprio irmão. Quando eu fiquei sóbrio, eu tentei me enforcar após não haver encontrado nenhum animal que quisesse me atacar e comer. Eu estava prestes a cometer suicídio quando a Shyrel (Uma poderosa figura feminina de Cartress, uma sacerdotisa muito respeitada) veio até mim e me fez parar. Eu falei para ela que não poderia continuar vivendo depois daquela atitude estúpida que havia cometido.

A Shyrel então me disse que poderia me tocar  e então eu esqueceria o que havia feito e suas consequências, assim como todas as pessoas que eu encontrasse em contato que soubessem do ocorrido não conseguiriam se lembrar do que eu havia feito. A Shyrel me disse que ela estava apagando as minhas memórias porque os Elohim apreciaram o fato de que eu e meu irmão havíamos libertado os animais de seu confinamento não natural e desejavam que eu também permanecesse livre para usufruir de uma vida útil. A próxima coisa de que me lembro após ela tocar a minha testa foi localizar voce sentado na piscina na cidade sagrada de Worg em nosso planeta natal de Cartress.”

Eu agradeci a ele por ter me contado a sua história e o seu passado e tentei desanuviar um pouco o ambiente fazendo uma brincadeira com ele de que eu o estava colocando sobre prisão. Ele me deu um vago sorriso por conta do meu fraco senso de humor. Eu então perguntei se ele se importaria se eu contasse a Varbreen a sua história. Desta vez ele me pareceu meio aborrecido ao dizer, “Vá em frente e conte a ela, mas eu tenho certeza que Cimiss ou Dell já devem ter feito isto anos atrás.” Eu lhe respondi dizendo, “Por que voce nunca me falou nada?” E ele me respondeu: “Esta é a primeira vez que voce me perguntou!!”

NOSSA TENTATIVA FATAL DE DEIXAR A TERRA.

Na medida em que o dia de nossa partida da Terra se aproximava, nós preferimos permanecer e ficar confinados dentro da segurança da espaçonave nodiana de Opatel Cre’Ator. Nós ocupávamos o tempo conversando sobre o retorno ao nosso planeta natal em Cartress. Nós descrevíamos o nosso mundo natal tanto quanto podíamos nos relembrar dele para Cimiss, que sendo nativa da Terra, nunca havia estado em nosso distante mundo natal. Durante o curso de nossas descrições de Cartress me veio a mente de que talvez Varbreen já tivesse lhe falado bastante de nosso planeta natal assim como eu mesmo ao lhe contar sobre o seu esposo Orbaltreek, em muitas conversas durante os últimos anos. Eu também percebi que isso não tinha importância para ela, porque as nossas histórias mantinham sua mente alerta sobre o que acontecera com nosso amigo Dell, cujo corpo agora descansava em paz na área destinada para carga da espaçonave nodiana.

Em uma ocasião nos sentamos frente a uma seção transparente do casco da espaçonave e assistimos aos técnicos nodianos inspecionarem o trem de pouso e vários elementos do casco assim como de outros equipamentos que faziam parte da espaçonave. Alguns destes dispositivos emergiam do casco na nave e após serem revisados se recolhiam ao seu nicho com o casco assumindo sua forma original sem que ficasse qualquer vestígio ou algum tipo de saliência do dispositivo embutido no casco. Eu e Orbaltreek ficamos surpresos e ambos pensamos, “Como eles conseguiam fazer aquilo?”

Em uma tarde, enquanto um técnico estava trabalhando, Cimiss chamou a nossa atenção para o fato de que os céus acima estavam ficando muito escuros rapidamente. Logo uma chuva torrencial começou a cair com tamanha força que nós não conseguíamos mais enxergar através da janela da espaçonave pelo enorme volume de água que caia. Orbaltreek ativou um dispositivo que disparava uma rajada de ar comprimido de tempos em tempos projetado para limpar o vidro desde o lado de fora. O dispositivo funcionou apenas alguns minutos antes que parasse de funcionar definitivamente pelo volume de água que caia.

Várias horas depois Rendowlan veio até nós com um pedido. Ele nos informou que todos os carros aéreos nodianos, menos um, estavam engajados na procura da  senhora Lady Aranella e o seu guarda costas marciano o gigante Sharmarie, para trazê-los de volta para a espaçonave. Ele pediu para que Orbaltreek pegasse o último carro aéreo e se juntasse na procura pelos dois, e claro Orbaltreek concordou imediatamente. Cimiss não queria se separar novamente de seu marido e insistiu para ser levada junto na busca. Varbreen e eu sugerimos então que nós dois deveríamos acompanhá-los porque eles poderiam precisar de dois pares de olhos adicionais para ajudá-los na busca.

Levou cerca de uma hora para que Orbaltreek descobrisse e aprendesse como manobrar o carro aéreo nodiano. Os seus controles eram diferentes do carro aéreo graciano que nos acompanhou durante tantos anos na Terra. Nós sentamos em silêncio enquanto ele se familiarizava com os controles do veículo e ficasse mais confiante na sua condução. Qualquer tentativa de conversar era superada pelo som dos relâmpagos, dos raios e da chuva que caia atacando furiosamente a cúpula do carro aéreo, o barulho era ensurdecedor. Varbreen disse, “Não será possível encontrar ninguém por causa das atuais  condições climáticas tão violentas. Vamos retornar para a espaçonave”. Mas eu disse a ela que nós deveríamos ao menos tentar. 

Hoje eu sei que aquela foi a última espaçonave a deixar a Terra durante aqueles momentos terríveis. Se eu tivesse ouvido os seus apelos, os nossos espíritos, pelo poder da Lei Universal, não teriam que viver como seres humanos nativos da Terra, dentro do confinamento da Barreira de Frequência do planeta Terra. Nós estávamos apenas cerca de vinte minutos voando em nosso veículo quando fomos atingidos  por um raio. Eu tentei assumir os controles do carro aéreo no lugar de um inconsciente Orbaltreek enquanto o veículo aéreo começou a cair rapidamente em espiral em direção ao solo. Enquanto eu tentava mover  Orbaltreek, eu senti Varbreen puxar minha camisa e dizer, “Qual a utilidade? Venha aqui e me abrace”. Eu tropecei de volta ao meu assento e abracei ambas, Varbreen e Cimiss contra meu peito. Aquele foi o último gesto de que me lembro naquela primeira vida.

Eu irei retornar com voce assim que voce quiser que eu relate outras vidas que eu tenha vivenciado no planeta Terra. Até lá estarei esperando pela sua presença e contato mental mais uma vez. Eu Sou Petrimmor de Cartress.

MINHA VIDA COMO UM SOLDADO PRUSSIANO 

“Os britânicos vestiam vermelho, os franceses usavam azul, e nós prussianos estávamos trajados de negro.”

Aqueles antes de mim que narraram suas vidas na Terra começaram seus relatos e histórias pela vida mais antiga até as suas vidas mais recentes que eles experienciaram ai na Terra. Eu gostaria de fazer o contrário, relatando a minha última existência no planeta de que posso me lembrar. Durante esta minha última existência eu era conhecido como Ralph Karl LontEu nasci no ano de 1789 em Berlim (então a capital do reino da Prússia) durante o reinado de Frederico, o Grande (Frederico Guilherme II). Durante o seu reinado o meu pai, Karl Rinehart Lont alcançou o posto de um oficial menor no exército prussiano. As suas obrigações eram o treinamento, cuidados veterinários e compras para a cavalaria do exército da Prússia. 

Por causa da posição militar de meu pai, eu tive permissão para frequentar a escola com a idade de oito anos para aprender o que então era chamado de comércio de suprimentos militares. Nesta escola eu aprendi a ler, escrever e a fazer contas simples. Durante aqueles quatro anos de escola eu morei com os meus pais e minha irmã mais nova, chamada de Marie. Meu pai ficou muito feliz quando soube que eu fui aceito pela escola porque ele sabia que eventualmente, mais tarde eu assumiria um posto dentro do exército da Prússia, na área de suprimentos para os soldados e o exército, o que me manteria atrás das linhas de combate durante as batalhas a maior parte do tempo. 

Com a idade de doze anos eu fui levado para servir ao exército para consertar arreios, freios e selas dos cavalos. Mais tarde com a idade de dezesseis anos eu também me tornei um oficial menor, e minhas obrigações foram expandidas para incluir compras e a confecção de novos pregos, bem como supervisionar um grupo de ferreiros. Manter os cavalos da cavalaria do exército em boa forma e equipada era muito importante, e a minha eficiência nesta área chamou a atenção do staff de um general prussiano.

Um dia um general fez a pergunta, “Quem é este Ralph Lont  para quem nós estamos confiando tanto dinheiro?” Então eu fui chamado na presença do stafff do general para lhes fazer um relatório completo de minhas atividades. Após eles tomarem consciência de como eu e minha pequena equipe tinha gasto frugalmente todos os nossos recursos, sem nenhuma evidência de qualquer tipo de corrupção, eles me transferiram e meu pessoal para dentro do espaço do quartel geral do general. Dentro de um ano meu próprio pai veio fazer parte da minha própria equipe. 

vonBlucher
Gebhard Leberecht von Blücher (Rostock, 16 de dezembro de 1742 — Krieblowitz, 12 de setembro de 1819) foi um marechal-de-campo prussiano que liderou seu exército contra as forças de Napoleão na Batalha das Nações em 1813 e na Batalha de Waterloo em 1815.

Quando eu tinha vinte e três anos eu me casei com uma garota da hoje Polônia chamada Salla e comecei a engordar muito rapidamente até atingir peso considerável. A minha próxima promoção foi ir trabalhar no staff pessoal do general Gebhard Leberect von Blucher em 1814, um ano depois ele se aposentou. O general dos Hussardos ficou realmente afeiçoado a mim porque, como ele, eu tinha educação formal e cresci até o alto escalão do exército basicamente usando a minha inteligência e trabalhando muito duro.

Após tomar alguns drinques, o general von Blucher poderia ficar instado a imitar o seu amigo general von Scharhorst, que quando excitado, poderia gaguejar. Von Blucher, após a sua imitação, sempre pedia desculpas ao seu amigo ausente pela brincadeira e propunha um brinde em sua homenagem.

Em 1814 eu era um dos assessores militares de von Blucher  quando ele marchou em Paris. Pelos seus esforços militares ele foi elevado a categoria real de Príncipe. Então veio o dia 16 de junho de 1815, que foi o dia na Bélgica quando nos prussianos nos encontramos no campo de batalha com o exército francês comandado  pelo Marechal Michel Ney. Durante esta batalha, que foi depois chamada de Batalha de Quartes Bras, o general von Blucher foi ferido. Na realidade, os franceses haviam nos derrotado, mas por causa da pesada chuva que caia, eles não tentaram nos aniquilar. Acreditando que eles haviam conseguido evitar a nossa reunião com as forças inglesas do Duque de Wellington próximo a Waterloo, o Marechal Ney ordenou que várias unidades de seu exército comandadas por Emmanuel Grouchy nos atacassem para nos manter presos e nos ultrapassassem se nós tentássemos nos reunir com as forças de Wellington.

Então von Blucher ordenou que não nos retirássemos, mas para que marchássemos à velocidade máxima possível na direção de Waterloo. No momento em que o exército francês percebeu que nós estávamos fazendo este movimento  de mudança de nossas posições, mais da metade de nossas forças já estavam várias horas à frente deles. O exército francês então tentou nos cortar em dois, mas o solo que eles deveriam atravessar estava completamente encharcado com muita lama. Na medida em que nós marchávamos para Waterloo, as forças de Grouchy estavam sempre uma hora ou mais atrás de nossas linhas.

cinturao_asteroides(restos de Maldek)

Nós alcançamos Waterloo no final da tarde do dia 18 de junho de 1815, e mais uma vez enfrentamos as forças do Marechal Ney. Desta vez foi ele que nos cedeu terreno e nós finalmente superamos o flanco direito do exército de Napoleão Bonaparte. Eu estava montado a cavalo ao lado do general von Blucher e estava muito cansado. De nosso ponto de vista mais elevado nós assistimos quando Wellington lançou o ataque final contra as forças francesas que varreu seus soldados do campo de batalha. O general von Blucher chamou a minha atenção para o que ele pensou ser um soldado francês que estava vagando sem rumo. Este soldado demente de tempos em tempos parava e enfiava a sua baioneta em soldados e cavalos mortos. Vários dos corpos que ele estava trespassando eram o que eu pensei ser de soldados do próprio exército francês. Von Blucher me disse, “Vá até la embaixo Ralph e diga para aquele homem parar. Diga a ele que a batalha já terminou”.

Eu cerquei o soldado desvairado, que me saudou. Foi quando eu percebi que este homem não estava vestindo uniforme de qualquer um dos exércitos que lutaram neste dia em Waterloo. O seu uniforme era da cor mostarda escuro retocado com azul claro. Na medida em que ele  levantava seu rifle, eu pensava comigo mesmo, Os ingleses vestem vermelho, os franceses em azul e nós prussianos vestíamos uniformes na cor preta. Quem é este homem? Então eu senti uma bala atingir a minha garganta e tudo ficou muito escuro rapidamente. Mais tarde eu percebi que havia sido morto com um tiro de um membro do nosso contingente holandês.

Quando eu mais uma vez retomei uma nova vida em terceira dimensão foi como um novo bebê em meu mundo nativo de Cartress. Eu Sou Petrimmor de Cartress.

Fim da narrativa de Petrimmor de Cartress!


“Conhece-te a ti mesmo e conheceras todo o universo e os deuses, porque se o que tu procuras não encontrares primeiro dentro de ti mesmo, tu não encontrarás em lugar nenhum”.  –  Frase escrita no pórtico do Templo do Oráculo de Delphos, na antiga Grécia.


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