Embora a operação militar especial na Ucrânia ainda não tenha terminado, a Rússia já infligiu uma derrota esmagadora aos países europeus [e aos EUA], que só têm de aceitar sua posição lamentável, escreve o jornal italiano L’Antidiplomatico. De acordo com o jornal, não só a Europa falhou em alcançar qualquer um dos seus objetivos em uma ânsia cega de derrotar a Rússia, como também não percebeu que deixou de jogar pelas suas próprias regras.
“Arrastando os países e as nações da Europa para uma guerra suicida por mãos alheias, em que a Europa poderia perder tudo, desde a importância geopolítica à importação de recursos estratégicos, do comércio exterior às conquistas democráticas mais elementares e ilusões liberais, os líderes políticos marionetes europeus estão espantados: perderam em todas as frentes”, aponta o artigo.
De acordo com o jornal italiano, não só a Europa falhou em alcançar qualquer um dos seus objetivos em uma ânsia cega de derrotar a Rússia, como também não percebeu que deixou de jogar pelas suas próprias regras.
“Não está claro se eles [os países da UE] choram mais por causa da derrota ou devido à perda do seu patrono [os EUA]”, diz o artigo.
Numa sexta-feira (14), o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, fez um discurso na Conferência de Segurança de Munique criticando os países europeus. Segundo ele, a principal ameaça para a Europa não vem da Rússia ou da China, mas de dentro da própria Europa.
O conflito na Ucrânia se tornou real através de coalizão, declarou o analista britânico Alexander Mercouris em seu canal no YouTube.
“No conflito na Ucrânia está envolvida uma coalizão de países ocidentais, não são poucos os exemplos semelhantes na história: no ano de 1812 [Guerra Patriótica de 1812] e a invasão da Alemanha nazista […] Desta vez o chefe da coalizão foi a administração Biden”, disse ele.
O analista explicou que o planejamento estratégico e tático não foi realizado pelos oficiais do Exército da Ucrânia, mas por representantes da coalizão. Os ucranianos apenas seguiram ordens.
“Por que eles exigiam armas específicas? Isso foi exigido pelos planos de oficiais da coalizão. Para que mísseis Himars? Atacar armazéns e quartéis-generais. Mais tarde, quando a Rússia se adaptou, o Exército ucraniano começou a exigir misseis ATACMS porque o novo plano exigia maior poder de fogo […]. Mas os russos estavam sempre um passo à frente […]. Todas as suas operações falharam, completamente todas”, acrescentou ele.
E agora, observa Mercouris, tentam jogar a culpa pelos planos fracassados para a Ucrânia. Kiev não ouvia conselhos e agia da sua maneira, ou os militares tentavam se envolver em uma luta política”, concluiu o especialista.
Moscou tem repetidamente advertido os países ocidentais que as entregas de armas a Kiev não mudam nada e apenas prolongam o conflito.
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