O campo magnético da Terra está se comportando de maneira imprevista, cientistas em alerta

Uma movimentação com características inesperadas no magnetismo do campo eletromagnético da Terra está intrigando cientistas do mundo todo e fazendo com que os modelos existentes de descrição do campo magnético precisem ser atualizados. Por causa de seu núcleo feito de metal líquido, a Terra funciona como um enorme ímã com pólos positivo (norte) e negativo (sul). O campo magnético (que protege a vida na Terra contra os raios cósmicos e plasma solar) é uma “camada” de forças ao redor do planeta entre esses dois pólos.

Edição e imagens:  Thoth3126@protonmail.ch

O campo magnético da Terra está se comportando de maneira imprevista – e intrigando cientistas

Letícia Mori – Fonte: https://www.bbc.com/

Conhecida como magnetosfera, essa grande camada é extremamente importante para a proteção da vida terrestre. “É o campo magnético que nos protege das partículas que vêm de fora, especialmente do vento solar (que pode ser muito nocivo)”, explica o geólogo Ricardo Ferreira Trindade, pesquisador do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (USP).

A maior parte do campo magnético é gerada pela movimentação dos metais líquidos que compõem o centro do planeta. Conforme o fluxo varia, o campo se modifica. A questão, segundo Trindade, é que nos últimos dez anos ele tem “variado numa velocidade muito maior do que variava antigamente”.

“É o campo magnético que nos protege das partículas que vêm de fora, especialmente do vento solar (que pode ser muito nocivo)”, explica o geólogo Ricardo Ferreira Trindade

O pólo norte muda magnético constantemente de posição, mas sempre dentro de um limite. Embora a direção dessas mudanças seja imprevisível, a velocidade costumava ser constante. No entanto, nos últimos anos o norte magnético está se movendo do Canadá para a Sibéria (Rússia) em uma velocidade muito maior do que a projetada pelos cientistas.

Modelo de campo

A mudança está forçando os especialistas em geomagnetismo a atualizarem o Modelo Magnético Mundial, espécie de mapa que descreve o campo magnético no espaço e no tempo. “Ele é criado a partir de um conjunto de observações feitas no mundo inteiro ao longo de 5 anos, a partir dos quais se monta um modelo global que muda no tempo e no espaço, mostrando a variabilidade do campo”, explica Trindade. “É uma espécie de mapa 4D.”

O modelo é importante porque é a base para centenas de tecnologias de navegação modernas – dos controles de rotas de navios ao Google Maps. “Ele é fundamental para geolocalização e até para o posicionamento de satélites”, afirma o geólogo.

A versão mais recente do modelo foi feita em 2015 e deveria durar até 2020, mas a velocidade com o que a magnetosfera tem mudado está forçando os cientistas a atualizarem o modelo antes do previsto. Além da mudança do pólo, um pulso eletromagnético detectado sob a América do Sul em 2016 gerou uma mudança logo após a atualização do modelo em 2015. As muitas mudanças imprevistas têm aumentando o número de erros no modelo atual o tempo todo.

Segundo a Nature, pesquisadores do NOAA (centro de administração oceânica e atmosférica), nos EUA, e do Centro de Pesquisa Geológica Britânica perceberam que o modelo estava tão defasado que estava quase excedendo o limite aceitável – e prestes a gerar possíveis erros de navegação. A nova atualização deveria sair dia 30 de janeiro de 2019, segundo a Nature, uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo.

A maior anomalia no campo magnético do planeta se encontra exatamente sobre o Brasil

Segurança espacial

O modelo é essencial também para a segurança espacial. Como distribuição do campo não é homogênea, onde ele é mais fraco (nota Thoth: e esta região fica exatamente sobre o Brasil e é chamada de SAA-South Atlantic Anomaly, Anomalia – do campo magnético – do Atlântico Sul), a proteção que oferece é menor – isso faz que com que essas regiões, principalmente a altíssimas altitudes, sejam um pouco mais vulneráveis aos efeitos dos  ventos solares.

“Temos regiões onde ele é maior e outras onde o campo magnético muito baixo. Aqui (na América do Sul) temos uma anomalia grande que faz o campo magnético ser de baixa intensidade”, explica Ernesto. “Equipamentos atmosféricos, satélites e telescópios, principalmente, têm maior probabilidade de sofrerem danos se estiverem sobre essas regiões”, explica.



As causas

A bússola aponta para o norte magnético, que se movimenta bastante e é próximo – mas não coincidente – com o polo norte geográfico

Os cientistas estão trabalhando para entender por que o campo magnético está se modificando com tanta velocidade. “O campo é todo variável e muito imprevisível”, afirma a geóloga Marcia Ernesto, também pesquisadora do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (USP).

A movimentação do polo norte pode estar ligada um jato de ferro líquido se mexendo sob a superfície da crosta terrestre na região sob o Canadá, segundo um estudo de pesquisadores da Universidade de Leeds publicado na Nature Geoscience em 2017.

Segundo Philip W. Livermore, um dos autores do estudo, esse jato poderia estar enfraquecendo o campo magnético no Canadá, enquanto o da Sibéria se mantém forte, o que estaria “puxando” o norte magnético em direção à Rússia.  O campo é tão variável que o polo norte e o polo sul magnéticos já se inverteram muitas vezes desde a formação do planeta.

A sua atual configuração é a mesma há 700 mil anos, mas pode começar a se inverter a qualquer momento. Segundo Ernesto, essa inversão demoraria cerca de mil anos. “Pode ser que (a aceleração nas mudanças no campo) signifique que ele está caminhando para uma inversão, mas não é certeza. Pode ser que seja apenas uma aceleração momentânea”, diz Márcia Ernesto.


{Nota de Thoth: O que é uma ejeção de massa coronal ou CME-Coronal Mass Ejection? A ANATOMIA DE UM FLARE SOLAR GIGANTE

Os choques resultantes ondulam através do sistema solar e podem interromper satélites e derrubar e destruir redes elétricas na Terra. Durante um FLARE SOLAR (CME-Coronal Mass Ejection, Ejeção de Massa Coronal do sol), enormes bolhas de gás superaquecido – chamado plasma – são ejetadas do sol. Ao longo de várias horas, bilhões de toneladas de material carregado energeticamente são levantadas da superfície do sol e aceleradas a velocidades superiores a um milhão de milhas por hora.

Isso pode acontecer várias vezes ao dia quando o sol está mais ativo. Durante os períodos mais calmos, as CMEs FLARE SOLAR (CME-Coronal Mass Ejection, Ejeção de Massa Coronal do sol) ocorrem apenas uma vez a cerca de cada cinco dias. O próprio plasma solar é uma nuvem carregada energeticamente de prótons e elétrons levados pelo vento solar.  SAIBA MAIS:

Viajando a um milhão de milhas por hora, a ejeção pode atravessar a distância de 93 milhões de milhas para a Terra em apenas alguns dias. Uma aeronave à jato movendo-se tão rápido poderia levá-lo de Los Angeles a Nova York em 18 segundos. Fim de citação}


A Matrix (o SISTEMA de CONTROLE): “A Matrix é um sistema de controle, NEO. Esse sistema é o nosso inimigo. Mas quando você está dentro dele, olha em volta, e o que você vê? Empresários, professores, advogados, políticos, carpinteiros, sacerdotes, homens e mulheres… As mesmas mentes das pessoas que estamos tentando despertar.
Mas até que nós consigamos despertá-los, essas pessoas ainda serão parte desse sistema de controle e isso as transformam em nossos inimigos. Você precisa entender, a maioria dessas pessoas não está preparada para ser desconectada da Matrix de Controle. E muitos deles estão tão habituados, tão profunda e desesperadamente dependentes do sistema, que eles vão lutar contra você para proteger o próprio sistema de controle que aprisiona suas mentes …”

Mais informações, leitura adicional:

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