(Zecharia Sitchin)“Quando eles retornarão?” – Fui indagado inúmeras vezes com essa pergunta por pessoas que leram meus livros; “eles” são os Anunnakis – os (“deuses”) extraterrestres que estiveram na Terra, vindos do planeta Nibiru, e que foram reverenciados na Antiguidade na antiga Suméria [atual Iraque-Irã] como deuses [criadores do Adão/Eva de barro, a nossa humanidade atual]. Quando será que Nibiru, com sua órbita alongada, retornará às cercanias de nosso sistema solar, vindo de Sírius, e, então, o que acontecerá?
Do livro: O Fim dos Dias: Armagedom e Profecias do Retorno (dos ‘deuses’ Anunnaki) (Zecharia Sitchin)
6 – E o Vento Levou [a radioatividade de bombas nucleares]
O surto de “armas de destruição em massa” no Oriente Médio fundamenta o medo de que as profecias do Armagedom se tornem verdadeiras. O fato triste é que o crescente conflito aqui narrado – entre “deuses“, não homens – levou ao uso de armas nucleares, bem ali, há 4 mil anos atrás. E, se houve um ato mais lamentável, com as mais inesperadas conseqüências, foi esse.
É fato, e não ficção, que armas nucleares foram usadas na Terra pela primeira vez em 2.024 a.C., e não em 1.945 d.C. O evento fatal está descrito em uma variedade de textos antigos a partir dos quais o que e o como, o por quê e o quem podem ser construídos, reconstruídos e colocados em contexto. Essas fontes antigas incluem a Bíblia hebraica, do primeiro patriarca hebreu, Abraão, que foi uma testemunha dessa impressionante calamidade.
O fracasso da Guerra dos Reis em reprimir as “terras rebeldes” claramente desencorajou os enlilitas e encorajou os mardukitas, mas os eventos fizeram muito mais do que isso. Seguindo as instruções de Enlil, Ninurta se ocupou em montar uma instalação espacial alternativa do outro lado do mundo – bem longe, no local que hoje é o Peru, na América do Sul. Os textos indicam que o próprio Enlil esteve fora da Suméria por longos intervalos de tempo. As ações desses deuses fizeram com que os dois últimos reis da Suméria, Shu-Sin e Ibbi-Sin, hesitassem em suas lealdades e começassem a prestar homenagem a Enki e ao seu aliado sumério, Eridu. As ausências divinas afrouxaram também os controles sobre a “legião estrangeira” elamita e os registros falam de “sacrilégios” por parte das tropas elamitas. Deuses e homens estavam cada vez mais enojados com tudo isso.
Quem estava particularmente enfurecido era Marduk, que ficou sabendo dos saques, destruições e profanações em sua querida Babilônia. Pode-se lembrar que, da última vez em que esteve lá, foi persuadido pelo meio-irmão, Nergal, a deixar o lugar pacificamente até que o Tempo Celestial chegasse à Era de Áries. Ele saiu recebendo a palavra solene de Nergal de que nada perturbaria ou profanaria a Babilônia, mas ocorreu o oposto. Marduk ficou enfurecido ao receber o relato sobre a profanação do seu templo por elamitas “indignos”: “Matilhas de cães no templo da Babilônia se refugiaram; corvos voadores, emitindo sons agudos em altos tons, seu excremento lá deixavam cair”.
De Harran, ele clamou aos grandes deuses: “Até Quando?”. Não tendo o tempo chegado ainda, pediu em sua profética autobiografia:
O grandes deuses, conheçam meus segredos enquanto ato meu cinturão,
lembrem-se das minhas memórias. Eu sou o divino Marduk, um grande deus.
Fui exilado pelos meus pecados, às montanhas foi para onde fui.
Em muitas terras tenho sido um andarilho. Fui de onde o sol nasce até aonde ele se põe.
Ao planalto de Hatti eu vim. Na terra de Hatti eu pedi por uma profecia; nela, perguntei: “Até Quando?”
“Vinte e quatro anos em meio a Harran eu residi”, prosseguiu Marduk; “cumpri minha sentença!”. E chegada a hora, disse ele, de seguir curso rumo à sua cidade (Babilônia), e “meu templo reconstruir, minha eterna moradia estabelecer”. Visionário entusiasmado, ele falou ao ver seu templo E.SAG.ILA (“Templo cujo topo é elevado”) subindo como uma montanha sobre uma plataforma na Babilônia, chamando de “A casa da minha promissão”. Ele antevia Babilônia como estabelecida para sempre, um rei de sua escolha instaurado ali, uma cidade repleta de alegria, uma cidade abençoada por Anu. Os tempos messiânicos, profetizava Marduk, iriam “espantar o mal e a má sorte, trazendo um amor maternal à humanidade”.
O ano em que sua estadia temporária de 24 anos em Harran se concluiu foi 2.024 a.C.; foi então que se completaram 72 anos desde que Marduk havia concordado em deixar a Babilônia e aguardar o tempo celestial profetizado. O apelo “até quando?” de Marduk aos Grandes Deuses não foi em vão, pois a liderança dos anunnakis consultava constantemente os conselhos, tanto informalmente como de modo formal. Alarmado pela situação deteriorante, Enlil apressadamente retornou à Suméria, e ficou chocado ao saber que as coisas haviam dado errado, inclusive na própria Nippur. Ninurta foi intimado a explicar o péssimo comportamento dos elamitas, mas Ninurta colocou toda a culpa em Marduk e Nabu. Nabu foi intimado, e, “Diante dos deuses, o filho de seu pai se apresentou”. Seu principal acusador era Utu – Shamash que, descrevendo a horrenda situação, disse: “Nabu fez com que tudo isso acontecesse”.
Falando por seu pai, Nabu culpou Ninurta e trouxe de volta todas as antigas acusações contra Nergal relacionadas ao desaparecimento dos instrumentos de monitoramento pré-diluvianos e o fracasso em evitar os sacrilégios na Babilônia; ele se envolveu em discussões acaloradas com Nergal, e, “mostrando desrespeito… a Enlil mal ele falou: ‘Não há justiça, a destruição foi expressa, Enlil contra Babilônia fez com que o mal fosse planejado'”.
Foi uma acusação sem precedentes contra o Senhor do Comando. Enki falou, mas foi em defesa do filho, não de Enlil. Marduk e Nabu estão na realidade sendo acusados do quê? Ele perguntou. Sua irritação estava voltada especialmente para o seu filho Nergal: “Por que continuas com a oposição?”, ele perguntou. Os dois discutiram tanto que, no final, Enki gritou com Nergal para que saísse já da sua presença. Os conselhos dos deuses separaram-se em total confusão.
No entanto, todos esses debates, acusações, contra-acusações tinham ao fundo um fato cada vez mais claro, ao qual Marduk se referia como a Profecia Celestial: com a INEXORÁVEL passagem do tempo, a crucial alteração do relógio progressivo em um grau, a era do Touro, a era zodiacal de Enlil, estava chegando ao fim, e a Era de Áries, a Era de Marduk, estava se aproximando nos céus. Ninurta podia vê-la chegando de seu templo Eninnu, em Lagash (que Gudea havia construído); Ningishzidda/Thoth podia confirmá-la diante de todos os círculos de pedra que havia levantado em outro canto da Terra; e as pessoas também sabiam.
Foi então que Nergal – difamado por Marduk e Nabu, afastado por ordem de seu pai Enki – “consultando consigo mesmo”, tramou a idéia de recorrer às “Armas Incríveis”. Ele não sabia onde elas estavam escondidas, mas sabia que existiam na Terra, lacradas em algum lugar secreto subterrâneo (de acordo com um texto catalogado como CT-xvi, linhas 44-46, em algum lugar na África, nos domínios do seu irmão Gibil):
Aquelas sete, nas montanhas permanecem; em uma cavidade dentro da terra elas habitam.
Baseando-se em nosso atual nível de tecnologia, elas podem ser descritas como sendo sete dispositivos nucleares: “Revestidas com o terror, com um brilho elas se precipitam com rapidez”. Haviam sido despropositadamente trazidas de Nibiru à Terra, e escondidas em um lugar secreto seguro há muito tempo; Enki sabia onde, assim como Enlil.
Um Conselho de Guerra dos deuses, rejeitando o veredito de Enki, votou a favor da sugestão de Nergal em dar um golpe punitivo em Marduk. Havia uma comunicação constante com Anu: “Anu à Terra as palavras falava, Terra a Anu as palavras pronunciaram”. Ele deixou claro que sua aprovação para um passo sem precedentes estava limitada a privar Marduk do porto espacial do Sinai, sem que os deuses ou as pessoas fossem prejudicados: “Anu, senhor dos deuses, teve piedade da Terra”, declaram os registros antigos. Escolhendo Nergal e Ninurta para se encarregarem da missão, os deuses foram absolutamente claros ao lhes indicarem um escopo limitado e condicional.
Mas não foi isso o que aconteceu: A “Lei das Conseqüências Não Intencionais” [Carma] provou-se verdadeira em uma escala catastrófica. Após a calamidade, que resultou na morte de inúmeras pessoas e na devastação da Suméria, Nergal ditou a um escriba de confiança sua própria versão dos eventos, tentando se eximir dos fatos. O longo texto é conhecido como o Erra Epos, pois se refere a Nergal pelo epíteto de Erra (“O Aniquilador”) e a Ninurta de Ishum (“O Abrasador”). Podemos montar um verdadeiro relato acrescentando a esse texto informações de várias fontes sumérias, acadianas e bíblicas.
Logo descobrimos que, assim que a decisão foi tomada, Nergal voltou apressadamente aos domínios africanos de Gibil para encontrar e recuperar as armas nucleares, sem esperar por Ninurta. Consternado. Ninurta descobriu que Nergal estava desconsiderando os limites do objetivo, e iria usar as armas indiscriminadamente para acertar suas próprias contas pessoais: “Devo aniquilar o filho e fazer com que o pai o enterre; em seguida, devo matar o pai e fazer com que ninguém o enterre”, vangloriou-se Nergal.
Enquanto os dois discutiam, chegou até eles a palavra de que Nabu não estava parado: “Partindo de seu templo, marchando por todas suas cidades, ele deu seu passo; montou seu curso em direção ao Grande Mar; no Grande Mar ele entrou, sentou em um trono que não era o dele”. Nabu não estava apenas convertendo as cidades ocidentais, ele estava dominando as ilhas mediterrâneas e se colocando como o próprio governante delas! Nergal/Erra argumentou, então, que destruir o porto espacial não seria o suficiente: Nabu, e as cidades que se juntaram a ele, também tinham de ser punidas e destruídas!
Agora, com dois alvos, o time Nergal-Ninurta viu outro problema: seria “um ato de revolta” do porto espacial não soar o alarme para Nabu e seus seguidores pecadores para que escapassem? Revendo os alvos, eles encontraram a solução na divisão: Ninurta atacaria o porto espacial; Nergal atacaria as “cidades pecadoras” [entre elas as LGBTQ+ Sodoma e Gomorra] nas proximidades. No entanto, depois que tudo isso já havia sido concordado, Ninurta reconsiderou; ele insistiu que não apenas os anunnakis que equiparam as instalações espaciais deveriam ser prevenidos, mas que determinadas pessoas também deveriam ser avisadas de antemão: “Valente Erra”, ele disse a Nergal, “Tu destruirias uma pessoa íntegra com uma pessoa não íntegra? Tu destruirias aqueles que contra tua vontade não pecaram com aqueles que contra tua vontade pecaram?”
Nergal/Erra, declara o texto antigo, foi persuadido: “As palavras de Ishum apelaram a Erra como um fino óleo”. Assim, em uma manhã, os dois dividiram os sete explosivos nucleares entre si e partiram em sua derradeira missão:
Em seguida o herói Erra foi adiante, lembrando-se das palavras de Ishum. Ishum também foi adiante de acordo com as palavras dadas, um aperto em seu coração.
Os textos disponíveis nos contam ainda quem foi para qual alvo: “Ishum ao Monte Mais Supremo seguiu seu curso” (sabemos pelo Épico de Gilgamesh que o porto espacial estava ao lado deste monte). “Ishum levantou a mão: o Monte foi dizimado… Aquilo que foi elevado em direção a Anu para lançar foi debilitado, sua face foi desfeita, seu local, desolado”. Em um sopro nuclear, o porto espacial e suas instalações foram destruídos pela mão de Ninurta.
O texto antigo descreve em seguida o que fez Nergal: “Seguindo os passos de Ishum, Erra seguiu o Caminho do Rei; acabou com as cidades, em desolação ele as transformou”; seus alvos eram as “cidades pecadoras” cujos reis haviam formado uma aliança contra os reis do Oriente, a planície ao sul do Mar Morto.
E foi assim naquele ano de 2.024 a.C. que as armas nucleares foram liberadas na península do Sinai e na Planície próxima ao Mar Morto; e o porto espacial e as Cinco Cidades deixaram de existir. Incrivelmente, e ainda assim não é de se estranhar que Abraão e sua missão no Canaã sejam compreendidos do jeito que explicamos, é neste evento apocalíptico que o registro bíblico e os textos mesopotâmicos convergem.
Sabemos, em função dos textos mesopotâmicos que relatam os eventos, que, como foi demandado, os anunnakis que guardavam o porto espacial foram alertados: “Os dois [Nergal e Ninurta] os haviam incitado a cometer o mal, fizeram com que os guardiões saíssem de seu posto; os deuses abandonaram aquele lugar – os protetores dali foram para as alturas dos céus”. Mas, enquanto os textos mesopotâmicos reiteram que “os dois fizeram os deuses fugir, fizeram com que fugissem da destruição”, eles são ambíguos sobre se o aviso de antemão foi também estendido às pessoas nas cidades condenadas. É nesse ponto que a Bíblia fornece os detalhes que estão faltando: lemos, no Gênesis, que Abraão e seu sobrinho Ló de fato foram avisados de antemão – mas não os outros residentes das “cidades pecadoras”.
O relato bíblico, além de elucidar sobre os aspectos do “ato de revolta” dos eventos, contém detalhes que esclarecem de forma surpreendente sobre os deuses em geral e sobre seu relacionamento com Abraão em especial. A história começa no Capítulo 18 do Gênesis, quando Abraão, já com 99 anos de idade, sentado na entrada de sua tenda durante um dia muito quente, “levantou seus olhos” e, de repente, viu “três homens parados acima dele”.
Apesar de serem descritos como anashim, [anakim, anunnaki] “homens”, havia neles algo diferente ou incomum, pois ele correu para fora de sua tenda e se prostrou no chão e – referindo-se a si mesmo como sendo seu servo – lavou-lhes os pés e ofereceu-lhes comida. Como se constatou depois, os três eram “seres divinos”.
Na saída, o líder deles – agora identificado como o “Senhor deus” – decide revelar a Abraão a missão do trio: determinar se Sodoma e Gomorra são de fato cidades pecadoras cuja revolta seria justificada. Enquanto dois deles se dirigiam em direção a Sodoma, Abraão se aproxima e repreende (!) deus com palavras que são idênticas àquelas do texto mesopotâmico: Destruirás também o justo com o ímpio? (Gênesis 18:23).
O que se sucedeu foi uma incrível sessão de barganha entre homem e deus. “Se porventura houver 50 justos dentro da cidade – destruirás e não pouparás a cidade por causa dos 50 dentro dela?”, perguntou Abraão a Deus. Quando ouviu a resposta de que, bem, a cidade seria poupada se 50 homens justos residissem lá, Abraão quis saber: e se fossem 40? Ou apenas 30? E assim prosseguiu até chegar a dez… “E Yahweh [Enlil] se foi assim que terminou de falar, e Abraão retornou ao seu lugar”.
Os outros dois “seres divinos” – a continuação do conto no Capítulo 19 os chama de mal’achim, literalmente “emissários”, mas geralmente traduzidos como “anjos” – chegaram em Sodoma ao entardecer. Os acontecimentos ali confirmavam a perversidade de seu povo [que tentaram estuprar os “anjos do senhor”], e, ao amanhecer, os dois encorajavam o sobrinho de Abraão, Ló, a escapar com sua família, pois “Yahweh estava prestes a destruir a cidade”. A lenta família pedia mais tempo e um dos “anjos” concordou em atrasar a revolta o tempo suficiente para que Ló e sua família alcançassem a montanha em distância mais segura.
E Abraão se levantou mais cedo de manhã… e olhou em direção a Sodoma e Gomorra e em direção a toda a Planície, e contemplou, e, espantado – vapor subiu da terra como a fumaça de uma fornalha.”
Abraão tinha então 99 anos de idade; tendo nascido em 2.123 a.C., a época tinha de ser 2.024 a.C. A convergência dos textos mesopotâmicos com a narrativa bíblica do Gênesis relacionada a Sodoma e Gomorra é, ao mesmo tempo, uma das confirmações mais importantes da veracidade da [história narrada na] Bíblia em geral e, em particular, do status e do papel desempenhado por Abraão – e mesmo assim um dos assuntos mais evitados por teólogos, eruditos e outros estudiosos, por causa do seu relato sobre os eventos do dia precedente, o dia em que três seres divinos (“anjos” com aparência de homens) fizeram uma visita a Abraão – soa demais como uma história sobre “astronautas (extraterrestres) da Antiguidade”.
Aqueles que questionam a Bíblia ou tratam os textos mesopotâmicos como meros mitos tentam explicar a destruição de Sodoma e Gomorra como se fora algum desastre natural, apesar de a versão bíblica afirmar duas vezes que a “revolta” por meio de “fogo e enxofre” não se tratava de uma calamidade natural, mas sim de um evento premeditado pelos deuses, adiável e até cancelável: primeiro, quando Abraão barganhou com O Senhor para que poupasse as cidades e não destruísse os justos com os ímpios; depois, quando seu sobrinho Ló obteve um adiamento da destruição.
Fotografias espaciais da península do Sinai (Figura 34) ainda mostram a imensa cavidade e a fenda na superfície onde a explosão nuclear ocorreu. A própria área está coberta até hoje com pedras esmagadas, queimadas e enegrecidas (Figura 35); elas contêm uma rara quantidade elevada de isótopo de urânio 235, indicando na opinião de especialistas, a exposição a um súbito calor intenso e intensa radioatividade de origem nuclear.
A revolta das cidades na planície do Mar Morto fez com que a costa sul do mar cedesse, gerando o alagamento do que era antes uma área fértil e sua aparência, até os dias atuais, como anexo separado do mar por uma barreira chamada de “El-Lissan” (“A Língua”) (Figura 36). Tentativas feitas por arqueólogos israelenses em explorar o fundo daquele mar revelaram a existência de ruínas enigmáticas debaixo d’água, mas o Reino Hashemita da Jordânia, no qual metade das ruínas do Mar Morto se encontram, impediu explorações adicionais. O interessante é que os relevantes textos mesopotâmicos confirmam a mudança topográfica e ainda sugerem que o mar se tornou Mar Morto como resultado do bombardeio nuclear: “Erra”, dizem eles. “vasculhou o mar e sua totalidade ele dividiu; aquilo que nele vivia, incluindo crocodilos, ele fez desaparecer”.
Os dois, como se catou, fizeram muito mais do que destruir o porto espacial e as cidades pecadoras: como resultado das explosões nucleares,
Uma tempestade, o Vento do Mal, espalhou-se ao redor dos céus.
E a reação em cadeia de conseqüências não intencionais havia começado. Os registros históricos mostram que a civilização sumária sofreu um colapso no sexto ano do reino de Ibbi-Sin em Ur – 2.024 a.C. Foi no mesmo ano, o leitor se lembrará, que Abraão tinha 99 anos de idade…
No início, os estudiosos acreditavam que a capital da Suméria, Ur, fora derrotada por “invasores bárbaros”, mas não fora encontrada evidência alguma sobre tal invasão destruidora. Um texto intitulado Uma Lamentação Sobre a Destruição de Ur foi descoberto em seguida; que intrigou os estudiosos, pois o lamento não era pela destruição física de Ur, mas por causa do seu “abandono”: os deuses que ali habitavam a haviam abandonado, o povo que ali habitava se fora, seus estábulos haviam ficado vazios; os templos, as casas, os espaços das ovelhas permaneceram intactos – em pé, mas vazios.
Outros textos de lamentações foram então descobertos. Eles lamentavam não apenas por Ur, mas por toda a Suméria. De novo, falavam sobre o “abandono”: não haviam sido apenas os deuses de Ur, Nannar e Ningal a abandonar a cidade; Enlil, “o touro selvagem”, abandonara seu querido templo em Nippur; sua esposa, Ninlil, também se havia ido. Ninmah, abandonara sua cidade, Kesh; Inanna, “a rainha de Erech”, se fora de Erech; Ninurta abrira mão de seu templo Eninnu; sua esposa, Bau, também saíra de Lagash. Uma cidade suméria após outra entrava na lista de “abandonada”, sem seus deuses, povos ou animais. Os estudiosos hoje especulam que alguma “catástrofe horrível”, uma calamidade misteriosa, afetou toda a Suméria. O que poderia ter sido?
A resposta para este quebra-cabeça sempre estave bem ali naqueles textos: O vento levou. Não, isso não é um jogo de palavras baseado no título de um livro/filme famoso. Esse era o refrão nos Textos de Lamentação: Enlil abandonou seu templo, ele foi “levado pelo vento”. Ninlil do seu templo foi “levada pelo vento”. Nannar abandonou Ur – sua criação de ovelhas, “levada pelo vento”; e assim por diante. Os estudiosos supunham que esta repetição de palavras fosse uma estratégia literária, um refrão que os lamentadores repetiam constantemente para destacarem seus sofrimentos. Mas não se tratava de uma estratégia literária – era uma verdade [descrição] literal: a Suméria e suas cidades foram literalmente esvaziadas como resultado de um vento radioativo.
Um “Vento do Mal”, a lamentação (e em seguida outros textos) relata, veio soprando e causando “uma calamidade, desconhecida do homem, que assolou a terra”. Foi um Vento do Mal que “fez com que cidades caíssem na desolação, casas caíssem na desolação, estábulos caíssem na desolação, criadouros de ovelhas fossem esvaziados”. Havia desolação, mas não destruição; tudo vazio, mas não em ruínas: as cidades estavam lá, as casas estavam lá, os estábulos e os criadouros de ovelhas estavam lá – mas nada vivo permaneceu; mesmo os “rios da Suméria correm com água que é amarga, o que eram campos cultiváveis agora dão ervas daninhas, nos prados as plantas murcharam”. Toda a vida se fora. Era uma calamidade como nunca havia ocorrido antes:
Sobre a Terra da Suméria uma calamidade se abateu, algo desconhecido dos homens.
Algo que nunca fora visto antes, algo que não se podia suportar.
Carregada pelo Vento do Mal estava uma morte da qual não havia escapatória: era uma morte “que vagava pelas ruas, ia solta pelo caminho… A mais elevada muralha, a mais espessa muralha, ela atravessava como uma enchente; não havia porta que a mantivesse do lado de fora, nenhuma trava conseguia fazê-la retornar”. Aqueles que se escondiam detrás das portas eram mortos lá dentro; aqueles que corriam para os telhados morriam lá em cima. Era uma morte de causa invisível: “Ficava ao lado do homem, ainda assim ele não era capaz de vê-la; quando entrava na casa, sua aparência era desconhecida”.
Era uma morte assombrosa: “Tosse e muco enfraqueciam o peito, a boca ficava cheia de escarro, mudez e confusão se apossavam deles… uma mudez devastadora… uma dor de cabeça”. À medida que o Vento do Mal agarrava suas vítimas, “suas bocas ficavam saturadas de sangue”. Os mortos e os moribundos estavam por toda a parte.
Os textos deixam claro que o Vento do Mal, “levando trevas de cidade em cidade”, não era uma calamidade natural; era o resultado de uma decisão deliberada dos “grandes” deuses. Fora causado por “uma grande tormenta ordenada por Anu, uma [decisão] do coração de Enlil”. E resultara de um único evento – “desovado em uma única desova, em um relâmpago” -, um evento que ocorreu bem longe no ocidente: “Do meio das montanhas veio, da Planície Sem Piedade surgiu… Como um veneno amargo dos deuses, do ocidente surgiu”.
Ficou claro, quando os textos afirmam que os deuses sabiam da sua fonte e causa – um estouro, uma explosão – que o Vento do Mal originara-se da “revolta” nuclear lá atrás e próximo à península do Sinai:
Um estrondo malévolo anunciou a nociva tormenta, um estrondo malévolo foi seu precursor.
Poderosos descendentes, valentes filhos, foram os arautos da pestilência.
Os autores dos textos da lamentação, os próprios deuses, deixam-nos um registro vívido do que aconteceu. Assim que as Armas Incríveis foram lançadas dos céus por Ninurta e Nergal, “elas espalharam incríveis raios queimando tudo como fogo”. A tormenta resultante “em um flash de relâmpago foi criada”. Uma “densa nuvem que gera a escuridão” – um “cogumelo” nuclear – em seguida se elevou ao céu, seguida por “rajadas de vento… uma tempestade que abrasou os céus”. Foi um dia que jamais será esquecido:
Naquele dia, quando o céu foi esmagado e a Terra foi castigada, sua face obliterada pelo redemoinho –
Quando os céus ficaram em trevas e cobertos por uma sombra – Naquele dia nascia o Vento do Mal.
Os vários textos continuavam atribuindo o redemoinho venenoso à explosão no “lugar onde os deuses subiam e desciam” – a destruição do porto espacial em vez do extermínio das “cidades pecadoras”. Foi lá, “no meio das montanhas”, que a nuvem do cogumelo nuclear surgiu em um flash luminoso – e foi de lá que os ventos prevalecentes, vindos do Mar Mediterrâneo, carregaram a nuvem nuclear venenosa em direção ao Oriente, em direção à Suméria, sendo que lá, causaram não a destruição, mas sim uma silenciosa aniquilação, levando a morte no venenoso ar radioativo para eliminar todas aquelas vidas.
É evidente que, considerando todos os textos relevantes, com a possível exceção de Enki, que havia protestado e avisado sobre o uso das Armas Incríveis, nenhum dos deuses envolvidos esperava tais conseqüências. A maioria deles era humana, e para eles, os contos de guerras nucleares em Nibiru eram Contos dos Antigos. Será que Anu, que deveria saber melhor, pensava que as armas, escondidas há muito tempo atrás funcionariam mal ou não funcionariam de maneira alguma? Será que Enlil e Ninurta (que tinham vindo de Nibiru) ao menos supunham que os ventos soprariam a nuvem radioativa em direção aos desolados desertos que hoje compõem a Arábia e a Suméria?
Não há uma resposta satisfatória; os textos apenas afirmam que “os grandes deuses empalideceram diante da imensidade da tormenta”. Mas é claro que, assim que perceberam a direção dos ventos e a intensidade do veneno da nuvem radioativa, um alarme foi soado para aqueles que estavam no caminho do vento mortal – tanto deuses quanto pessoas – para que se salvasse quem pudesse. O pânico, o medo e a confusão que tomaram conta da Suméria e de suas cidades quando o alarme soou estão vividamente descritas em uma série de textos de lamentação, tais como a Lamentação de Ur, a Lamentação sobre a Desolação de Ur e a Suméria, a Lamentação de Nippur, a Lamentação de Uruk e outras cidades.
No que dizia respeito aos deuses, parece que, no geral, era e foi “cada um por si”; usando suas variedades de transporte, eles partiram via aérea e por água para fugirem do caminho do vento da nuvem radioativa. Quanto às pessoas, os deuses soaram o alarme antes de partirem. Como descrito na Lamentação de Uruk, “Levantai-vos! Correi-vos! Escondei-vos nas estepes!” as pessoas eram comunicadas no meio da noite. “Tomados pelo terror, os cidadãos leais de Uruk” correram para salvar suas vidas, mas foram abatidos pelo Vento do Mal assim mesmo.
O quadro catastrófico, no entanto, não foi idêntico em todo lugar. Em Ur, na capital, Nannar/Sin ficou tão incrédulo que se recusou a acreditar que o destino de Ur havia sido selado. Seu longo apelo emocional para que o pai Enlil impedisse a calamidade está registrado na Lamentação de Ur (que foi composta por Ningal, a esposa de Nannar); assim como a dura admissão de Enlil sobre a inevitabilidade:
A Ur foi concedido o reino – um reinado eterno não lhe foi concedido…
Recusando-se a aceitar o inevitável e devotos demais ao povo de Ur para abandonarem-no, Nannar e Ningal decidiram ficar ali. Já era dia quando o Vento do Mal se aproximou de Ur; “desde aquele dia ainda sinto tremor”, escreveu Ningal, “mas do cheiro asqueroso daquele dia nós não fugimos”. Quando chegou o fim dos dias, “um amargo lamento se elevou em Ur, mas de sua podridão nós não fugimos”. O casal divino passou a noite de pesadelos na “casa de térmite”, uma câmara subterrânea bem no fundo do seu templo zigurate. Pela manhã, quando o vento venenoso “havia deixado a cidade”, Ningal percebeu que Nannar tinha ficado doente. Apressadamente, ela vestiu seus trajes, e fez com que o deus fosse levado para longe de Ur, a cidade que eles tanto amavam.
Pelo menos outra divindade também sofreu danos pelo Vento do Mal: era Bau, esposa de Ninurta que estava sozinha em Lagash (tendo em vista que seu marido estava ocupado destruindo o porto espacial).
Amada pelo povo, que a chamava de “Mãe Bau”, ela fora treinada como médica-curandeira, e simplesmente não havia como forçá-la a sair. As lamentações registraram que “naquele dia, a tormenta havia chegado até a senhora Bau; como se ela fosse uma mortal, a tormenta havia chegado até ela”. Não ficou claro até que ponto ela fora atingida, mas registros posteriores da Suméria sugerem que ela não sobreviveu por muito tempo desde então.
Eridu, a cidade de Enki, situada no extremo sul, ficou aparentemente à margem do trajeto do Vento do Mal. Sabemos, por meio de O Lamento de Eridu, que Ninki, a esposa de Enki, voou da cidade para um refúgio seguro em um Abzu africano de seu marido:
“Ninki, a Grande Senhora, voando como um pássaro, deixou sua cidade”.
No entanto, o próprio Enki partiu da cidade apenas para uma distância suficientemente longe do trajeto do Vento do Mal: “O senhor de Eridu ficou fora da cidade (…) considerando o destino de sua cidade, chorou lágrimas amargas”. Muitos dos cidadãos de Eridu o seguiram, acampando nos campos a uma distância segura, enquanto observaram – por um dia e meio – a tormenta “colocando suas garras em Eridu”.
De maneira incrível, a menos afetada de todos os principais centros da Terra foi a Babilônia, considerando que se situava além da margem norte da tormenta. Quando o alerta foi soado, Marduk contatou o pai para pedir conselho: o que deve fazer o povo da Babilônia? Perguntou ele. Aqueles que conseguirem escapar devem seguir para o norte, Enki lhe respondeu; e, do mesmo jeito que os dois “anjos” que haviam aconselhado Ló e sua família para que não olhassem para trás quando fugiram de Sodoma, Enki também instruiu Marduk para que dissesse aos seus seguidores “não se voltem e nem olhem para trás”.
Se não for possível escapar, o povo deve buscar abrigo subterrâneo: “Faça-os entrar em uma câmara abaixo da terra, bem na escuridão”, foi o conselho de Enki. Seguindo este conselho, e graças à direção do vento, a Babilônia e o seu povo escaparam ilesos. Quando o Vento do Mal passou e soprou para longe (depois soubemos que seus últimos vestígios alcançaram as Montanhas Zagros, na parte mais extrema do oriente), deixou a Suméria desolada e prostrada. “A tormenta desolou as cidades, desolou as casas”. Os mortos, deitados onde haviam caído, permaneceram sem ser enterrados: “Os mortos, como gordura posta ao Sol, foram se derretendo”.
Nos campos de pastagem, “o gado maior e menor se tornara escasso, todas as criaturas vivas haviam chegado ao fim”. Os criadouros de ovelhas “haviam sido entregues ao Vento”. Os campos cultiváveis secaram; “nas margens do Tigre e do Eufrates cresciam apenas ervas daninhas, nos pântanos os juncos apodreceram com fedor”. “Ninguém põe os pés nas estradas, ninguém busca as estradas.” “Ó Templo de Nannar em Ur, amarga é tua desolação!”, pranteavam os poemas de lamentação: “O, Ningal, cuja terra pereceu, faz teu coração como a água!”
A cidade se tornou uma cidade estranha, como alguém consegue existir?
A casa se tornou a casa das lágrimas, faz meu coração ficar como água.
Ur e seus templos já foram entregues ao Vento.
Depois de 2 mil anos, o vento levou a grande civilização suméria. Nos últimos anos, arqueólogos juntaram-se com geólogos, climatologistas e outros especialistas em ciências geológicas em esforços multidisciplinares para atacar o enigma sobre o abrupto colapso da Suméria e Acádia no final do terceiro milênio a.C.
Um estudo inovador foi o realizado por um grupo internacional de sete cientistas de diferentes disciplinas, intitulado “Mudança Climática e o Colapso do Império Acadiano: Evidência do Fundo do Mar”, publicado no jornal científico Geology, edição de abril de 2000. Sua pesquisa utilizou análise radiológica e química de camadas de poeira antiga daquele período obtidas de vários lugares no Oriente Próximo, mais precisamente do fundo do Golfo de Omã; sua conclusão foi de que uma mudança climática rara nas áreas adjacentes do Mar Morto deu origem a tempestades de poeira, e que a poeira – uma “poeira mineral atmosférica” rara – foi carregada por ventos predominantes sobre o sul da Mesopotâmia indo além do Golfo Pérsico – o mesmo padrão do Vento do Mal da Suméria!
Datação por carbono da rara “poeira de partículas radioativas” levou à conclusão de que foi devido a um “evento dramático excepcional ocorrido a aproximadamente 4.025 anos antes do presente”. Isso, em outras palavras, significa “aproximadamente 2.025 a.C.” – o mesmo 2.024 a.C. indicado por nós! Curiosamente, os cientistas envolvidos nesse estudo observaram em seus relatórios que “o nível do Mar Morto caiu abruptamente cem metros naquela época”. Eles deixam o ponto sem explicação – mas, obviamente, a ruptura da barreira do sul do Mar Morto e a enchente da planície, como descrita por nós, explica o que havia acontecido.
O jornal científico, Science, dedicou sua edição de 27 de abril de 2001 ao paleoclima mundial. Na seção que lida com os eventos na Mesopotâmia, ele se refere à evidência de Iraque, Kuwait e Síria de que o “abandono generalizado da planície aluvial” entre os rios Tigres e Eufrates [Mesopotâmia] foi decorrente das tempestades de poeira “iniciadas em 4.025 A.P.” (“Antes do Presente”). O estudo não explica a causa da “mudança climática” abrupta, mas adota a mesma data para ela: 4.025 antes de 2.001 d.C.
O ano fatal, a ciência moderna confirma, foi 2.024 a.C.
“A sabedoria (Sophia) clama lá fora; pelas ruas levanta a sua voz. Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas cidades profere as suas palavras: “Até quando vocês, inexperientes, irão contentar-se com a sua inexperiência? Vocês, zombadores, até quando terão prazer na zombaria? E vocês, tolos [ignorantes], até quando desprezarão o conhecimento? Atentai para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei saber as minhas palavras [o conhecimento]”. – Provérbios 1:20-23