(Zecharia Sitchin)“Quando eles retornarão?” – Fui indagado inúmeras vezes com essa pergunta por pessoas que leram meus livros; “eles” são os Anunnakis – os (“deuses”) extraterrestres que estiveram na Terra, vindos do planeta Nibiru, e que foram reverenciados na Antiguidade na antiga Suméria [atual Iraque-Irã] como deuses [criadores do Adão/Eva de barro, a nossa humanidade atual]. Quando será que Nibiru, com sua órbita alongada, retornará às cercanias de nosso sistema solar, vindo de Sírius, e, então, o que acontecerá?
Do livro: O Fim dos Dias: Armagedom e Profecias do Retorno (dos ‘deuses’ Anunnaki) (Zecharia Sitchin)
8 – Em Nome de Deus
Se as profecias e as expectativas messiânicas que se encarregavam da “Nova Era” [de Áries] do século XXI a.C. parecem algo familiar para nós nos dias atuais, os clamores de guerra nos subsequentes séculos também não soariam de forma estranha. Se, no terceiro milênio a.C., deus combateu deus usando exércitos de homens [seus escravos], no segundo milênio a.C., os homens combateram homens “em nome de deus”.
Levou apenas alguns séculos, depois do início da Nova Era de Áries de Marduk, para se entender que a realização de suas grandiosas profecias não seria tão fácil. De forma significativa, a resistência veio não tanto por parte dos deuses anunnakis dispersos, mas sim do povo, das massas de seus leais veneradores!
Mais de um século se passou depois do feito nuclear até que a Babilônia (a cidade) emergisse na etapa da história como Babilônia (o Estado) sob sua Primeira Dinastia.
Durante esse intervalo, o sul da Mesopotâmia – a Suméria de antigamente – foi deixado para ser restaurado nas mãos de governantes temporários alocados em Isin e, em seguida, em Larsa; seus nomes teofóricos – Lipit-Mtar, Ur-Ninurta, Rim-Sin, Enlil-Bani – exibiam suas lealdades enlilitas. O feito de suas coroações foi a restauração do templo de Nippur exatamente 72 anos depois da devastação nuclear – outra indicação de onde se encontravam suas lealdades e da aderência à contagem da passagem do tempo zodiacal.
Aqueles governantes não babilônios, que falavam o idioma semita, eram descendentes de membros da realeza da cidade-Estado chamada Mari. Ao observar o mapa que mostra as Nações estado da primeira metade do segundo milênio a.C. (Figura 50), torna-se claro que os estados não mardukitas formavam uma formidável região ao redor da Grande Babilônia, começando com Elam e Gutium no sudeste e no leste; Assíria e Hatti no norte; e como a âncora ocidental na corrente, Mari, no meio do curso do rio Eufrates.
De todas elas, Mari era a mais “suméria”, mesmo tendo servido no passado como a capital da Suméria, a décima cumprindo aquela função rotativa entre as principais cidades da Suméria. Antiga cidade portuária no Rio Eufrates, servia como o principal ponto de travessia de pessoas, bens de consumo e culturas entre a Mesopotâmia ao leste, as terras mediterrâneas a oeste e a Anatólia, a noroeste. Seus monumentos exibiam os mais finos exemplos da escrita suméria, e seu enorme palácio central era decorado com murais, com um impressionante talento artístico, venerando Ishtar. (Um capítulo sobre Mari e a visita que eu fiz às suas ruínas pode ser lido em The Earth Chronicles Expeditions [Expedições das Crônicas da Terra].)
O seu arquivo real, com centenas de tábuas de argila, revela como a riqueza e as conexões internacionais de Mari com muitas outras cidades-estados foram usadas pela primeira vez e, em seguida, desviadas para a emergente Babilônia. Depois da primeira conquista, a restauração do sul da Mesopotâmia pelos nobres de Mari, os reis da Babilônia (fingindo paz e sem provocação) passaram a tratar a cidade como uma inimiga. Em 1.760 a.C., o rei babilônico Hammurabi atacou, saqueou e destruiu Mari, seus templos e seus palácios. Mari foi destruída, vangloriou-se Hammurabi em seus anais, “pela força poderosa de Marduk”.
Depois da queda de Mari, líderes vindos das “Terras do Mar” – as áreas pantanosas da Suméria que faziam fronteira com o Mar Baixo (Golfo Persico) – conduziram incursões pelo norte e, pouco a pouco, passaram a controlar a cidade sagrada de Nippur. No entanto, essas vitórias eram temporárias, e Hammurabi estava certo de que sua conquista de Mari poria fim ao domínio político e religioso da Babilônia da antiga Suméria e Acádia. A dinastia a que ele pertencia, nomeada por estudiosos como a Primeira Dinastia da Babilônia, começara um século antes dele, continuando com seus descendentes por mais dois séculos. Naqueles períodos turbulentos, isso foi uma realização e tanto.
Historiadores e teólogos concordam que, em 1.760 a.C., Hammurabi, que se auto-intitulava o “Rei dos Quatro Cantos”, “pôs a Babilônia no mapa mundial” e lançou a distinta Religião da Estrela de Marduk.
Quando a supremacia política e militar da Babilônia foi estabelecida, foi chegada a hora de afirmar e intensificar seu domínio religioso. Em uma cidade cujo esplendor foi exaltado na Bíblia e cujos jardins foram considerados uma das maravilhas do mundo antigo, o distrito sagrado, com o templo zigurate de Esagil ao centro, foi protegido por suas próprias muralhas e portões de proteção; dentro, os caminhos para as procissões eram planejados de modo a acomodar as cerimônias religiosas, sendo que os santuários haviam sido construídos para os outros deuses (os quais Marduk esperava receber, ainda que eles se negassem a ir). Quando os arqueólogos escavaram a Babilônia, eles não encontraram apenas as ruínas da cidade, mas também as “tábuas arquitetônicas” que a descreviam e a mapeavam; apesar de muitas das estruturas terem sido resquícios de tempos posteriores, esta concepção artística do centro sagrado do distrito (Figura 52) nos dá uma idéia do magnífico centro de comando de Marduk.
Compatível com um “Vaticano”, o distrito sagrado estava também repleto de uma impressionante quantidade de sacerdotes cujas tarefas religiosas, cerimoniais, administrativas, políticas e subalternas podiam ser organizadas em uma variedade de agrupamentos, classificações e designações. Na parte inferior da hierarquia estava o pessoal de serviço, os abalu (“encarregados”); eles limpavam o templo e os prédios adjacentes, forneciam as ferramentas e os utensílios que os outros sacerdotes exigiam e atuavam como encarregados do fornecimento geral e do estoque – exceto para as fiações de lã, que eram confiadas apenas aos sacerdotes shu’uru.
Sacerdotes especiais, como mushshipu e mulillu, eram encarregados dos serviços do ritual de purificação, exceto pela exigência de que fosse um mushlahhu o responsável pelas infestações de cobras. Os umannu, os artesãos mestres, trabalhavam em oficinas para a criação de objetos religiosos artísticos; os zabbu eram um grupo de sacerdotisas, chefes de cozinha e cozinheiras que preparavam as refeições. Outras sacerdotisas atuavam como carpideiras profissionais em funerais; as bakate sabiam como derramar lágrimas profundamente tristes. E, em seguida, havia os shangu – simplesmente “os sacerdotes” – que monitoravam as funções gerais do templo, cuidando para que os rituais tivessem um andamento suave, além de receberem e manusearem oferendas e serem os responsáveis pelas vestimentas dos deuses; e assim por diante.
A provisão de serviços de “mordomo” pessoal aos deuses residentes era realizada por um pequeno e bem selecionado grupo de elite de sacerdotes. Havia o ramaqu, que cuidava dos rituais de purificação com água (honrado por banhar o deus) e o nisaku, que jogava fora a água usada. A unção do deus com o “Óleo Sagrado” – uma delicada mistura de óleos aromáticos específicos – era feita por mãos especializadas, começando com a abaraku, que misturava os óleos, e incluía o pashishu, que realizava a unção (no caso de uma deusa, os sacerdotes eram todos eunucos). E havia, no geral, outros sacerdotes e sacerdotisas, incluindo o Coro Sagrado – os naru, que cantavam, os lallaru, que eram cantores e músicos, e os munabu, cuja especialidade eram as lamentações. Em cada grupo havia o rabu – o chefe, aquele que comandava.
Como foi contemplado por Marduk, assim que seu templo-zigurate Esagil foi erguido em direção ao céu, sua função principal era observar constantemente os céus; de fato, o segmento sacerdotal mais importante do templo era aquele que tinha como tarefa observar os céus, acompanhar o movimento das estrelas e dos planetas, registrar fenômenos especiais (tais como uma conjunção planetária, cometas ou um eclipse) e verificar se os céus indicavam profecias e, se fosse o caso, interpretar o que elas anunciavam.
Os sacerdotes astrônomos, geralmente chamados mashmashu, incluíam diversas especialidades; um sacerdote kalu, por exemplo, era especialista em observar a Constelação de Touro. Era tarefa do lagaru manter um registro diário detalhado sobre as observações celestiais e transmitir a informação a um grupo de sacerdotes intérpretes. Estes – que compunham o topo da hierarquia sacerdotal – incluíam os ashippu, especialistas em Profecias, os Mahhu, “que conseguiam ler os sinais”, e os baru – “adivinhos” – que “entendiam os sinais divinos e misteriosos”. Um sacerdote especial, o zaqiqu, era responsável por transmitir as palavras divinas ao rei. Em seguida, liderando os sacerdotes astrônomos astrólogos, estava o urigallu, o Grande Sacerdote, que era um homem sagrado, um mago, um médico, um cientista cujas vestimentas brancas apresentavam adornos coloridos nas bainhas de forma bem elaborada.
A descoberta de quase 70 tábuas de argila cozida, que formavam uma série contínua de observações e seus significados, nomeados com base na frase inicial, Enuma Anu Enlil, revelou tanto a transição da astronomia suméria como a existência de fórmulas proféticas que ditavam o que significavam os fenômenos astronômicos. No tempo apropriado, uma gama de adivinhadores, intérpretes de sonhos, cartomantes e outros haviam se juntado à hierarquia, mas estavam a serviço do rei em vez de servirem aos deuses. Em um determinado momento, as observações celestiais se degradaram em profecias astrológicas para o rei e para o país – prevendo guerra, tranquilidade, queda de governos, vida longa ou morte, abundância ou pestes, bênçãos divinas ou a ira de algum deus. Porém, no início, as observações celestiais eram puramente astronômicas, e eram de grande importância ao interesse principal do deus (Marduk), sendo de importância apenas secundária ao rei e ao povo.
Não era por acaso que o sacerdote Kalu era especializado em observar a Constelação de Touro de Enlil e quaisquer fenômenos progressivos, pois o objetivo principal do templo-zigurate-observatório Esagil- era rastrear os céus zodiacalmente e manter atenção ao Tempo Celestial. O fato de que os eventos importantes antes da explosão nuclear aconteciam em intervalos de 72 anos, e continuaram inalterados posteriormente (veja os capítulos anteriores), sugere que o relógio zodiacal, no qual levou 72 anos para que ocorresse a mudança progressiva de um grau na abóbada celeste para a precessão dos equinócios, continuava a ser observado e acompanhado de perto.
Está claro que, partindo de todos os textos astronômicos (e astrológicos) da Babilônia, seus sacerdotes astrônomos mantinham a divisão suméria dos céus em três caminhos ou trajetórias, cada um ocupando 60 graus do arco celestial: o Caminho de Enlil nos céus do norte, o Caminho de Enki-Ea nos céus do sul, e o Caminho de Anu, como sendo a banda central [a Eclíptica]. Foi neste último que as constelações zodiacais foram localizadas e se moviam pelos céus pelo caminho do sol, e era ali que a “Terra se encontrava com o Céu” – no horizonte celeste.
Marduk havia obtido a supremacia de acordo com o Tempo Celestial, o Relógio Zodiacal, e talvez fosse por isso que seus sacerdotes astrônomos continuavam a vasculhar os céus no horizonte, o AN.UR sumério, a “Base do Céu”. Não havia porque observar o AN.PA sumério, o “Topo do Céu”, o zénite, pois Nibiru, que era Marduk em forma de “estrela”, já havia desaparecido [em 3.760 a.C., “coincidentemente o início do calendário dos Hebreus] e não podia mais ser visto. Era, porém, um planeta em órbita, e, apesar de agora estar invisível, estava prestes a retornar.
Expressando o equivalente do tema Marduk é Nibiru, a versão egípcia da Religião Estrela de Marduk prometia abertamente ser fiel ao original, de que o tempo viria quando seu deus Estrela ou estrela deus reaparecesse como o ATEN. Era esse aspecto da Religião da Estrela de Marduk – o eventual Retorno – que desafiou diretamente os adversários enlilitas da Babilônia, e mudou o foco do conflito para renovadas expectativas messiânicas.
Dos atores pós-sumérios no palco do Antigo Mundo, quatro que se ergueram ao status imperial deixaram a mais profunda das impressões na história: Egito e Babilônia, Assíria e Hatti (a terra dos hititas); e cada um deles tinha seu próprio “deus nacional”.
Os dois primeiros pertenciam ao campo de Enki-Marduk-Nabu; os outros dois eram de Enlil, Ninurta e Adad. Seus deuses nacionais eram chamados de Rá-Amon e Bel/Marduk, Ashur e Teshub, e foi em nome desses deuses que guerras contínuas, prolongadas e cruéis haviam sido travadas. As guerras, como os historiadores podem explicar, eram causadas pelos motivos comuns de uma guerra: recursos, território, necessidade ou ambição; mas os anais reais que as detalhavam e as expedições militares apresentavam-nas como guerras religiosas, nas quais um deus era glorificado e a divindade oposta humilhada.
Entretanto, as crescentes expectativas quanto ao Retorno [de Nibiru] transformavam essas guerras em campanhas territoriais que tinham locais específicos como alvos. De acordo com os anais reais de todas aquelas terras, as guerras eram iniciadas pelo rei “sob o comando do meu deus” e assim por diante; a campanha era conduzida “de acordo com uma profecia” deste ou daquele deus; e a vitória era frequentemente obtida com a ajuda de armas sem oposição ou outra ajuda direta proporcionada por um deus. Um rei egípcio escreveu nos seus registros de guerra que haviam sido “Rá que me ama, Amon que me favorece” que o haviam instruído para que marchasse “contra aqueles inimigos a quem Rá abominava”. Um rei assírio, registrando a derrota de um rei -inimigo, vangloriou-se por ter substituído, no templo da cidade, as imagens dos deuses da cidade “com imagens dos meus deuses, e declaro-os os deuses do país daqui por diante”.
Um claro exemplo do aspecto religioso daquelas guerras – e da deliberada escolha dos alvos – pode ser encontrado na Bíblia hebraica, em II Reis, Capítulos 18-19, no qual está descrito o cerco a Jerusalém pelo exército do rei assírio, Senaqueribe. Tendo cercado e isolado a cidade, o comandante assírio deu início a uma guerra psicológica para fazer com que os defensores da cidade se rendessem. Falando em hebraico, para que todos os muros da cidade compreendessem, ele gritou a eles as palavras do rei da Assíria:
Não sejam enganados pelos seus líderes que dizem que o seu deus Yahweh [Enlil] os protegerá; “Alguns deuses de nações já conseguiram alguma vez resgatar suas terras das mãos do rei de Ashur? Onde estão os deuses de Hamath e de Arpad? Onde estão os deuses de Sepharvaim, Hena e Awa? Onde estão os deuses da Samaria? Quais dos deuses de todas essas terras já conseguiram resgatá-las de minhas mãos? Irá, então, Yahweh resgatar Jerusalém das minhas mãos?” (Yahweh [Enlil], os registros históricos mostram, conseguiu.)
Quais eram os motivos daquelas guerras religiosas? As guerras, e os deuses nacionais em cujo nome elas eram travadas, não fazem sentido algum, exceto quando notamos que, no centro dos conflitos, encontrava-se aquilo que os sumérios haviam denominado de DUR.AN.KI – “Ligação Céu Terra”. Repetidamente, os textos antigos falavam da catástrofe “quando a Terra foi separada do Céu” – quando o porto espacial que as ligava foi destruído. A pergunta decisiva no rastro da calamidade nuclear era esta: Quem – que deus e sua nação – reivindicaria ser aquele na Terra que agora possuía a ligação com os Céus?
Para os deuses, a destruição do porto espacial na península do Sinai fora a perda material de uma instalação que precisava ser substituída. Mas poderia alguém imaginar o impacto – espiritual e religioso – na humanidade? De repente, os deuses venerados do Céu e da Terra haviam sido separados do Céu…
Com o porto espacial na Península do Sinai agora destruído, apenas três locais relacionados ao espaço permaneceram no Antigo Mundo: o Local de Aterrissagem [Baalbek] nas montanhas de cedro [Líbano], o Centro de Controle da Missão pós diluviana que substituiu Nippur, e as Grandes Pirâmides no Egito que ancoravam o Corredor de Aterrissagem. Com a destruição do porto espacial, teriam esses outros locais uma função celestial útil, e, consequentemente, algum significado religioso?
Até certo ponto nós sabemos a resposta, porque todos os três locais ainda permanecem na Terra, desafiando a humanidade com seus mistérios e deuses voltados para os céus. O mais familiar dos três é a Grande Pirâmide e suas parceiras em Gize; seu tamanho colossal, precisão geométrica, complexidade interna, alinhamentos astronômicos e outros impressionantes aspectos por muito tempo puseram em dúvida a atribuição de sua construção a um faraó chamado Quéops – uma atribuição apoiada exclusivamente na descoberta de um hieróglifo com seu nome, dentro da pirâmide. Em A Escada para o Céu, eu apresento provas de que aquelas marcas não passam de uma falsificação moderna [mais uma], e aquele livro, bem como outras volumosas evidências textuais e ilustradas, proporciona uma explicação de como e por que os anunnakis desenvolveram e construíram aquelas pirâmides.
Tendo sido desprovida dos seus equipamentos de direcionamento radiante durante as guerras dos deuses, a Grande Pirâmide e suas parceiras continuaram servindo como faróis físicos para o Corredor de Aterrissagem. Sem o porto espacial, elas simplesmente permaneceram como testemunhas silenciosas de um passado que desapareceu junto com um bando de “deuses”; não há indício algum de que elas jamais serviram como objetos religiosos sagrados ou de túmulos.
O Local de Aterrissagem na Floresta de Cedro apresenta um registro diferente. Gilgamesh, que havia ido até lá quase um milênio antes da calamidade nuclear, testemunhou ali o lançamento de um foguete espacial; e os fenícios da cidade vizinha de Biblos, na costa do Mediterrâneo, descreveram o evento em uma moeda (Figura 55): um foguete espacial posicionado em base especial dentro de uma área cercada exatamente no mesmo local – quase mil anos depois do evento nuclear. Portanto, com ou sem o porto espacial, o Local de Aterrissagem continuou a ser operacional.
O local, Ba’albek (“O vale fissurado de Ba’al”), no Líbano, consistia na Antiguidade em uma vasta plataforma (cerca de cinco milhões de pés quadrados) de gigantescas pedras pavimentadas na extremidade noroeste da qual uma enorme estrutura de pedra se erguia em direção ao céu. Construída com blocos maciços de pedra perfeitamente moldados, pesando entre 600 a 900 toneladas cada um, sua parede ocidental era especialmente fortificada com os blocos de pedra mais pesados já encontrados na Terra, especialmente três que pesavam incríveis 1.100 toneladas cada um e que são conhecidos como Trilithon . Um espantoso fato sobre esses blocos colossais de pedra é que eles foram escavados a umas duas milhas de distância no vale, onde um bloco, cuja escavação não foi concluída, ainda se destaca do solo .
Os gregos veneravam o lugar desde o tempo de Alexandre como Heliópolis (Cidade do deus Sol); os romanos construíram ali o maior templo para Zeus. Os bizantinos o converteram em uma grande igreja; depois deles, os muçulmanos construíram uma mesquita; nos dias atuais, os cristãos maronitas reverenciam o lugar como uma relíquia dos Tempos dos Gigantes. (Uma visita a este lugar e suas ruínas, e como funcionava a torre de lançamento, estão descritas em The Earth Chronicles Expeditions [Expedições das Crônicas da Terra].)
Mais sagrado e glorificado até os dias de hoje tem sido o local que serviu como o Centro de Controle da Missão – Ur-Shalem (“Cidade do Deus Compreensivo”), Jerusalém. Lá também, como em Baalbek, mas em escala reduzida, uma plataforma com uma grande pedra repousa em uma fundação de pedra e pedras cortadas, incluindo a sólida muralha ocidental com três blocos colossais que pesam aproximadamente 600 toneladas cada um. Foi sobre esta plataforma preexistente que o Templo para Yahweh [Enlil] foi construído pelo rei Salomão, o Santo dos Santos, com a Arca da Aliança repousando sobre uma pedra sagrada acima de uma câmara subterrânea. Os romanos, que construíram o maior templo jamais visto para Júpiter em Baalbek, planejavam também construir um para Júpiter em Jerusalém, em vez de construir um para Yahweh. O Monte do Templo é hoje dominado pela mesquita da Cúpula da Rocha [Al Aqsa] de construção muçulmana; sua cúpula dourada originalmente superava o antigo santuário muçulmano em Baalbek evidência de que a ligação entre os dois locais relacionados ao espaço é frequentemente notada.
Durante os difíceis tempos após a calamidade nuclear, poderia o Bab’Ili de Marduk, seu “Portal dos Deuses”, substituir os antigos locais de Ligação Céu Terra? Poderia a nova Religião da Estrela de Marduk oferecer uma resposta às massas perplexas?
A antiga busca por uma resposta, ao que tudo indica, continua até a nossa própria época. O mais persistente adversário da Babilônia foram os assírios. Sua província, na região superior do Rio Tigre, era chamada de Subar-tu nos tempos sumérios, e se estendia pelo extremo norte da Suméria e Acádia. No idioma e nas origens raciais, eles aparentavam parentesco com Sargão da Acádia, a tal ponto que, quando a Assíria se tornou um reino e uma potência imperial, alguns de seus reis mais famosos adotaram o nome de Sharru-kin – Sargão – com seus nomes reais.
Tudo isso, em conjunto com as descobertas arqueológicas nos últimos dois séculos, corroboram as sucintas declarações da Bíblia (Gênesis, Capítulo 10) que incluem os assírios entre os descendentes de Shem, e a capital da Assíria, Nínive, e outras cidades principais, como “tendo saído de” – uma consequência natural, uma extensão de – Shine’ar (Suméria). Seu panteão era o panteão sumério – seus deuses eram os anunnakis da Suméria e Acádia; e os nomes teóforos dos reis assírios e dos oficiais de alto escalão indicavam reverência aos deuses Ashur, Enlil, Ninurta, Sin, Adad e Shamash. Havia templos para eles, assim como para a deusa Inanna/Ishtar, que também era muito venerada; uma das suas melhores descrições, como um capacete de piloto, foi encontrada em seu templo em Ashur (a cidade).
Documentos históricos da época indicam que foram os assírios do norte que primeiro desafiaram militarmente a Babilônia de Marduk. O primeiro registro do rei assírio, Ilushuma, mostra-o liderando, em cerca de 1.900 a.C., uma bem-sucedida expedição militar descendo todo o trajeto do Rio Tigre até chegar ao sul na fronteira com Elam. Suas inscrições declaram que o seu objetivo era “libertar Ur e Nippur”, e que ele havia tido sucesso em tirar das mãos de Marduk essas cidades, por algum tempo.
Essa foi apenas a primeira batalha entre Assíria e Babilônia em um conflito que se prolongou por mais de mil anos e durou até que ambas chegassem ao fim. Era um conflito no qual os reis assírios eram geralmente os agressores. Vizinhos um do outro, falando o mesmo idioma acadiano, e ambos herdando a fundação suméria, os assírios e os babilônios eram distinguíveis apenas por uma diferença chave: os seus deuses nacionais.
A Assíria se autodenominava a “Terra do Deus Ashur”, ou simplesmente ASHUR, seguindo o nome do seu deus nacional, tendo em vista que seus reis e o povo consideravam este aspecto religioso como aquilo que realmente importava. A sua primeira capital era também chamada de a “Cidade de Ashur”, ou simplesmente Ashur.
O nome significava “Aquele Que Vê” ou “Aquele Que é Visto”. Ainda assim, com todos os incontáveis hinos, orações e outras referências ao deus Ashur, ainda é incerto quem exatamente, no panteão sumério acadiano, ele era. Nas listas dos deuses, era o equivalente a Enlil; outras referências às vezes sugerem que era Ninurta, o filho e herdeiro de Enlil: porém, sempre que a esposa era listada ou mencionada, ela sempre era chamada de Ninlil, a conclusão tende a levar que o “Ashur” assírio era o próprio Enlil.
O registro histórico da Assíria é aquele de conquistas e agressões contra muitas outras nações e seus respectivos deuses. Suas incontáveis campanhas militares iam longe e eram abrangentes, alem de levadas a cabo, é claro, “em nome de deus” – o deus deles, Ashur: “Sob o comando do meu deus Ashur, o grande senhor”, era geralmente a declaração inicial dos registros dos reis assírios sobre uma campanha militar. Porém, quando veio a guerra com a Babilônia, um aspecto impressionante sobre os ataques da Assíria era o seu objetivo principal: não era apenas abater a influência da Babilônia – mas sim a remoção real e física do próprio Marduk de seu templo na Babilônia!
A façanha de capturar a Babilônia e levar Marduk para o cativeiro foi primeiramente alcançada não pelos assírios, mas sim pelos seus vizinhos do norte – os hititas. Em cerca de 1.900 a.C., os hititas começaram a se espalhar de suas fortalezas na parte norte-central da Anatólia (hoje Turquia), tornaram-se uma grande potência militar e juntaram-se à corrente de estados nação enlilitas que se opunham à Babilônia de Marduk. Em um curto período, relativamente, eles alcançaram status imperial e seus domínios se estenderam até o sul, incluindo grande parte da Canaã bíblica.
A descoberta arqueológica dos hititas, de suas cidades, registros, idioma e história é um conto impressionante e excitante de trazer à vida e corroborar com a existência de um povo e lugares até então conhecidos apenas por intermédio dos escritos hebraicos. Os hititas são repetidamente mencionados na Bíblia; porém, sem o desdém ou o desprezo reservados aos adoradores de deuses pagãos. Refere-se à sua presença por todas as terras onde a narração e história dos Patriarcas Hebreus se desenrolaram. Eles eram vizinhos de Abraão em Harran, e foram proprietários de terra hititas em Hebron, sul de Jerusalém, que ele comprou a caverna funerária de Machpelá. Bethsheba, a que o rei Davi cobiçou em Jerusalém, era a esposa de um capitão hitita em seu exército; e foi dos agricultores hititas (que usavam o local para a sova do trigo) que Davi comprou a plataforma para o Templo no Monte Moriah. O rei Salomão comprou cavalos de carruagens dos príncipes hititas, e foi com uma de suas filhas que ele se casou.
A Bíblia considerava os hititas como pertencentes, genealógica e historicamente, aos povos da Ásia Ocidental; estudiosos contemporâneos acreditam que eles migraram à Ásia Menor vindos de outros lugares – provavelmente além das montanhas do Cáucaso. O fato de acharem que o idioma hitita, assim que foi decifrado, pertencesse ao grupo indo-europeu (como o grego de um lado e o sânscrito do outro), eles foram considerados como sendo “indo-europeus” não semitas. Apesar disso, depois que se assentaram, eles adicionaram a escrita cuneiforme suméria ao seu distinto alfabeto, incluíram palavras “emprestadas” do sumério em suas terminologias e estudaram e copiaram os “mitos” e contos épicos sumérios, além de adotarem o panteão sumério – incluindo a contagem de 12 “olímpicos”.
De fato, alguns dos primeiros contos dos deuses de Nibiru, e deuses vindos de Nibiru, foram descobertos apenas nas suas versões hititas. Os deuses hititas eram, sem dúvida, os deuses anunnakis sumérios, sendo que os monumentos e os selos reais invariavelmente os mostravam acompanhados pelo símbolo que encontramos em todos os lugares do Disco Alado (veja figura 46), o símbolo de Nibiru. Estes deuses eram às vezes chamados nos textos hititas por seus nomes sumérios ou nomes acadianos – encontramos Anu, Enlil, Ea, Ninurta, Inanna/Ishtar e Utu/Shamash repetidamente mencionados. Em outras instâncias, os deuses eram chamados pelos nomes hititas; liderando-os, estava o deus nacional hitita Teshub – “o Soprador do Vento” ou o “Deus das Tempestades”. Ele era ninguém menos que o filho caçula de Enlil, ISHKUR/ Adad. Suas descrições o mostravam segurando um relâmpago como arma, geralmente sentado em um touro – o símbolo da constelação celestial de seu pai.
As referências bíblicas quanto ao extenso poder de alcance e proeza militar dos hititas foram confirmadas pelas descobertas arqueológicas, tanto nos locais hititas como em registros de outras nações. De modo significativo, o alcance dos hititas em direção ao sul envolveu os dois locais relacionados ao espaço do Local de Aterrissagem (hoje Baalbek) e o Centro de Controle da Missão pós diluviana (Jerusalém); isso também colocava os hititas enlilitas a uma curta distância do Egito, a terra de Rá/Marduk. Os dois lados, no entanto, tinham tudo o que precisavam para se enfrentar em um conflito armado. De fato, as guerras entre os dois incluíam algumas das mais famosas batalhas do mundo antigo, combatidas “em nome de deus”.
Entretanto, em vez de atacarem o Egito, os hititas lançaram uma surpresa. Na primeira, em 1.595 a.C., talvez com o objetivo de introduzir carruagens movidas a cavalo nas campanhas militares, o exército hitita desceu de forma totalmente inesperada o Rio Eufrates, capturou a Babilônia e levou Marduk para o cativeiro. Embora fossem necessários registros mais detalhados daquela época e do evento, o que sabemos indica que os agressores hititas não tinham a intenção de tomar o controle e governar a Babilônia; eles se retiraram assim que haviam rompido com as defesas da cidade e entraram em seu distrito sagrado, levando Marduk consigo sem causar-lhe nenhum dano. Ao que parece, mantiveram-no sob guarda em uma cidade chamada Hana (ainda a ser escavada), que fica no distrito de Terka, junto ao Rio Eufrates.
A ausência humilhante de Marduk na Babilônia durou 24 anos – exatamente o mesmo tempo em que Marduk ficara exilado em Harran, cinco séculos antes. Depois de vários anos de confusão e desordem, os reis que pertenciam à dinastia chamada Dinastia Cassita tomaram controle da Babilônia, restauraram o santuário de Marduk, “pegaram a mão de Marduk” e o levaram de volta à Babilônia. Do mesmo modo, o saque hitita na Babilônia é considerado pelos historiadores como o marco do final da gloriosa Primeira Dinastia da Babilônia e do Antigo Período Babilônico.
A inesperada investida hitita na Babilônia e a remoção temporária de Marduk permanecem como um mistério histórico, político e religioso ainda não desvendado. A intenção do ataque era apenas humilhar e diminuir Marduk (esvaziar seu ego, confundir seus seguidores) ou haveria um objetivo de maior alcance, ou causa, por trás disso tudo?
Seria possível que Marduk houvesse sido vítima do provérbio “provou do próprio veneno”?
“A sabedoria (Sophia) clama lá fora; pelas ruas levanta a sua voz. Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas cidades profere as suas palavras: “Até quando vocês, inexperientes, irão contentar-se com a sua inexperiência? Vocês, zombadores, até quando terão prazer na zombaria? E vocês, tolos [ignorantes], até quando desprezarão o conhecimento? Atentai para a minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do meu espírito e vos farei saber as minhas palavras [o conhecimento]”. – Provérbios 1:20-23