O Jejum Ativa o Mecanismo de Reparação Celular e Reverte Doenças

O jejum ajuda na perda de peso e ativa a autofagia do corpo, permitindo o reparo celular profundo e melhorando a saúde celular. Como resultado, descobriu-se que o jejum ajuda a prevenir várias doenças, retardar o envelhecimento e tratar efetivamente algumas doenças. Um estudo  publicado no Ageing Research Reviews descobriu que com a autofagia normal em vigor, o corpo é capaz de resistir a doenças de forma eficaz e pode até mesmo atrasar o envelhecimento.

Fonte: De autoria de Jingduan Yang, MD, via The Epoch Times 

O que é autofagia?

Autofagia é uma função importante que toda célula possui. Como o nome sugere, significa autoengolfar e é um processo essencial de autolimpeza celular.

Cada célula contém várias partes que a mantêm funcionando continuamente. Com o tempo, essas partes podem se tornar defeituosas ou parar de funcionar e se tornar resíduos dentro de uma célula saudável.

Por exemplo, quando proteínas danificadas, organelas descartadas ou outros resíduos aparecem dentro de nossas células, a eficiência da operação normal da célula é reduzida.

Autofagia é equivalente ao sistema de reciclagem celular do corpo que decompõe e recicla partes celulares e resíduos. Ao mesmo tempo, ele reaproveita os pedaços e partes recuperáveis ​​em partes celulares novas e utilizáveis ​​para gerar energia e reparar as células, mantendo-as saudáveis ​​e ajudando a prevenir a incidência de doenças.

Um estudo de 2013 publicado no Ageing Research Reviews descobriu que com a autofagia normal em vigor, o corpo é capaz de resistir a doenças de forma eficaz e pode até mesmo atrasar o envelhecimento.

Quando a autofagia desacelera, o processo de remoção de resíduos das células se torna menos confiável, o que pode levar a vários problemas de saúde, culminando em doenças neurodegenerativas, distúrbios metabólicos e até mesmo câncer.

Jejum e Autofagia

Como o jejum e a autofagia estão relacionados? Quando jejuamos, nossas células sentem uma diminuição no suprimento de energia, sinalizando que elas precisam começar a limpar seu “inventário” interno, iniciando a autofagia para reciclar e utilizar os recursos já presentes na célula.

Estudos têm mostrado que a autofagia é um processo catabólico dinâmico que é estritamente regulado. A proteína quinase ativada por adenosina monofosfato (AMPK), conhecida como o “regulador de energia celular”, atua como um interruptor para o modo de economia de energia na organela celular. Ela é ativada sempre que detecta uma condição de baixa energia, e a célula então reduzirá a síntese de novas proteínas e iniciará a autofagia.

O jejum ativa o processo de autofagia, e as células entrarão automaticamente no modo de autorreparo. Isso ajuda a remover resíduos de nossos corpos e melhora a saúde das células.

Pesquisas descobriram que o jejum regular pode reduzir o peso e melhorar problemas de saúde relacionados ao envelhecimento, incluindo resultados cardiometabólicos, de câncer e neurocognitivos. Outro estudo descobriu que perfis metabólicos relacionados ao risco de câncer de pulmão e colorretal foram reduzidos após o jejum durante o Ramadã, tradicional feriado dos muçulmanos.

Pesquisas descobriram que o jejum e a restrição calórica podem estimular a autofagia em camundongos diabéticos, melhorando assim a saúde vascular. Julia Mikhaylova/Shutterstock

Compartilhamento de casos da minha prática médica

1. Um homem mais velho com doença de Alzheimer: Depois de tentar várias opções de tratamento, a família do homem decidiu que ele deveria tentar um programa de jejum intermitente de 14 a 16 horas por dia, comendo apenas entre 8 e 10 horas. Após quatro meses, sua função cognitiva melhorou significativamente. Exames de seu cérebro mostraram uma diminuição no acúmulo de proteínas associadas à doença de Alzheimer. Essa melhora pode estar intimamente relacionada ao processo de autofagia ativado durante o jejum, que ajuda a limpar proteínas prejudiciais do cérebro.

2. Uma paciente com câncer de mama: Esta paciente jejuou por 48 horas antes da quimioterapia. Os efeitos colaterais da quimioterapia foram significativamente reduzidos, ao mesmo tempo em que produziu um efeito muito melhor do tratamento quimioterápico. Isso ocorre porque, durante o jejum, o processo de autofagia ajuda a limpar estruturas celulares danificadas e promove a regeneração do sistema imunológico, aumentando assim a eficácia do tratamento. No entanto, alguns pacientes com câncer sofrem de caquexia ou não conseguem comer nada. Nesses casos, o jejum não é apropriado.

3. Uma mulher de meia-idade com lúpus eritematoso (doença autoimune crônica): Esta paciente descobriu que seus sintomas melhoraram significativamente após o jejum intermitente, e sua dependência de medicamentos hormonais foi significativamente reduzida. Isso ocorre porque a autofagia limpa efetivamente os resíduos do corpo e reduz a resposta inflamatória.

Esses casos demonstram que o jejum pode afetar profundamente a saúde de nossas células e até mesmo ajudar a tratar doenças.

No entanto, o jejum não é para todos. Pessoas com doenças crônicas ou necessidades especiais de saúde são aconselhadas a consultar um médico ou nutricionista especializado nesta área antes de começar qualquer programa de jejum.

Duas rotinas populares de jejum

Adultos saudáveis ​​que desejam experimentar o jejum podem começar com o jejum intermitente ou de curto prazo.

Jejum 16:8 : Um dos métodos de jejum intermitente mais populares. Jejue por 16 horas por dia e coma nas oito horas restantes. Por exemplo, restrinja-se a comer apenas entre 10h e 18h.

Jejum 5:20: Coma normalmente por cinco dias da semana e limite sua ingestão calórica diária para 500 a 600 calorias nos dois dias restantes. Essa abordagem também é eficaz para dar o pontapé inicial na autofagia, ao mesmo tempo em que torna mais fácil para você mantê-la.

Jejum não é sobre passar fome, mas sim administrar sua dieta de forma mais inteligente para que seu corpo tenha tempo de se reparar. Durante o período de jejum, beba bastante água e mantenha o equilíbrio nutricional escolhendo os alimentos certos em suas refeições para garantir uma ingestão nutricional adequada.

As opiniões expressas neste artigo são as do autor e não refletem necessariamente as opiniões do The Epoch Times


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