Funcionários da Casa Branca estão preocupados com a destrutividade e as políticas regionais do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, escreve o portal Axios. O portal destaca que na administração dos EUA, Netanyahu é visto como muito agressivo, especialmente por causa dos ataques israelenses agora à Síria, que causam descontentamento até mesmo entre os aliados dos EUA.
Fonte: Sputnik
Além disso, um grupo de funcionários norte-americanos chamaram Netanyahu de “louco” em uma conversa com a mídia.
“Esta semana terminou com a Casa Branca significativamente mais alarmada com Netanyahu e suas políticas regionais”, ressalta a publicação.
Os mesmos interlocutores do portal expressaram preocupações de que as ações de Israel na região possam minar os esforços de Trump.
A publicação também aponta que, a longo prazo, as ações de Netanyahu se transformarão em um grande problema para ele e Israel. Há preocupação de que os israelenses não percebam quanto dano estão causando à sua reputação nos olhos da Casa Branca e, principalmente aos demais países do planeta.
“Netanyahu às vezes é como uma criança [assassina] que simplesmente não se comporta”, sublinha o artigo, citando um oficial norte-americano.
Assim, finaliza o portal, a atual política de Israel de atacar a Síria levará à desestabilização da região, o que prejudicará o próprio Israel, apesar da aposta de Netanyahu em manter a estabilidade e apoiar Trump, cuja boa vontade pode se esgotar com o governo de Bibi.
Ataques israelenses perto de centros de ajuda humanitária em Gaza deixam pelo menos 73 mortos
Autoridades do enclave afirmam que desde maio já são quase mil palestinos famintos mortos em ataques israelenses a centros de distribuição de ajuda humanitária. Ataques israelenses mataram pelo menos 73 pessoas que tentavam obter ajuda humanitária na Faixa de Gaza apenas neste domingo (20), informou o Ministério da Saúde palestino.
Anteriormente, foi reportado à mídia um total de 59 mortos, mas o número foi revisado horas depois. Além dos mortos, outras 150 pessoas ficaram feridas nos ataques. Segundo o órgão, 63 pessoas foram mortas no norte de Gaza, e outras seis em Khan Younis, no Sul do enclave.

Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que as tropas israelenses “dispararam tiros de advertência” após detectarem “uma ameaça imediata que lhes era imposta” depois que “uma reunião de milhares de moradores de Gaza foi identificada no norte da Faixa de Gaza”.
“As FDI estão cientes das alegações sobre baixas na área, e os detalhes do incidente ainda estão sendo examinados”, diz o comunicado.
O ataque deste sábado é considerado um dos mais letais já realizados próximo a centros de distribuição de ajuda humanitária em Gaza desde o início da ofensiva israelense no enclave.
Taybeh é uma pacata vila cristã palestina ao sul de Jerusalém, com muitos cidadãos americanos, que foi vandalizada, incluindo incêndios em uma igreja antiga. Visitei o local hoje. Profanar uma igreja, mesquita ou sinagoga é um crime contra a humanidade e contra Deus.
Taybeh is a quiet Palestinian Christian village south of Jerusalem w/ a lot of American citizens that has been vandalized-including fires set at ancient church. I visited there today. Desecrating a church,mosque or synagogue is a crime against humanity & God. pic.twitter.com/fGI6tCLQuC
— Ambassador Mike Huckabee (@GovMikeHuckabee) July 19, 2025
Neste domingo, o gabinete de imprensa do governo de Gaza informou que o número de mortos em ataques israelenses a centros de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza aumentou para quase 1.000 pessoas desde 27 de maio.
“O número de pessoas que aguardavam distribuição de ajuda humanitária nas chamadas armadilhas mortais aumentou para 995, outras 6.011 pessoas ficaram feridas e 45 estão desaparecidas”, disse o gabinete.
As autoridades em Gaza chamam os centros de distribuição de ajuda humanitária administrados pela Fundação Humanitária de Gaza de “armadilhas mortais” devido aos múltiplos incidentes de ataques israelenses mortais contra pessoas que esperavam em filas para receber alimentos.
No início do dia, o Ministério da Saúde de Gaza afirmou que prevê um aumento acentuado nas mortes entre palestinos em meio à desnutrição e à incapacidade de obter assistência médica. Segundo o ministério, 60.000 bebês sofrem de desnutrição, enquanto 600.000 crianças menores de 10 anos correm risco de morte devido à falta de alimentos e 60.000 mulheres grávidas não recebem alimentação suficiente.
Em junho, o jornal israelense Haaretz noticiou, citando soldados israelenses anônimos que lutavam na Faixa de Gaza, que oficiais das FDI haviam recebido ordens para atirar deliberadamente contra palestinos famintos desarmados perto de locais de distribuição de ajuda humanitária durante o mês anterior. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, rejeitaram a alegação.