No seu segundo encontro pessoal em poucos meses, o presidente russo, Vladimir Putin, disse ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, que “as relações russo-chinesas de parceria abrangente e cooperação estratégica estão no melhor período da sua história”. A mídia estatal russa posteriormente comparou o período a uma época de ouro nas relações entre Rússia e China.

Fonte: Zero Hedge

Os dois reuniram-se mais uma vez na sessão anual da Organização de Cooperação de Shangai (OCS), que decorre de quarta a quinta-feira na capital do Cazaquistão, Astana. “As relações Rússia-China estão ao mais alto nível na história e não são dirigidas contra ninguém, não criamos blocos ou sindicatos, apenas agimos no interesse das nossas nações”, sublinhou Putin.

E Xi disse a Putin, num breve discurso de abertura: “Diante da turbulenta situação internacional e do ambiente externo, os dois lados devem continuar a defender a aspiração original de amizade para as gerações vindouras”.

Ainda assim, a realidade é que os dois estão a aproximar-se com base, em última análise, na luta contra [o Deep State] os EUA, ao mesmo tempo que competem pela influência entre outros países do bloco da Ásia Central da OCS, que inclui as ex repúblicas soviéticas do Cazaquistão, Quirguizistão, Tadjiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão. Estes estão entre os membros fundadores da OCS, ao lado da Rússia e da China, enquanto a Índia e o Paquistão aderiram em 2017, e o Irã foi recebido como o mais recente membro no ano passado.

Coletivamente, os países da OCS representam cerca de 20% do PIB global e, o que é mais importante, muitos deles permaneceram não cooperantes com as sanções lideradas pelos EUA relacionadas com a punição de Moscou pela guerra na Ucrânia.

“Gostaria de recordar que os nossos países estiveram por trás da criação da Organização de Cooperação de Shangai”, continuou Putin nas suas observações a Xi. Ele disse que a OCS “fortalece o seu papel como um dos principais pilares de uma ordem mundial multipolar justa”.

O bloco pretende expandir-se nos próximos anos e décadas, uma vez que atualmente mais de uma dúzia de países detêm o estatuto de parceiro de diálogo da OCS, o que lhes permite também serem observadores na reunião de cúpula. A Bielorrússia é um notável aliado próximo da Rússia, que deverá aderir em breve. Também está sob sanções dos EUA e da UE relacionadas com a guerra na Ucrânia, dada a sua estreita cooperação de defesa com Moscou.

Alguns comentaristas das redes sociais sublinharam que o mundo está rindo dos EUA em meio ao caos e à controvérsia sobre as capacidades físicas e mentais de (‘Dementia’ Joe) Biden …

“Nosso ‘Comandante-em-Chefe’ é um vegetal, sendo aconselhado por um viciado em crack e prestes a ser substituído por [Kamala Harris] uma contratado pela diversidade {DEI}. ENQUANTO, Putin e Xi estão na Cimeira da OCS no Cazaquistão, a planejar como “reforçar a segurança e combater os EUA”. Eles estão lambendo os beiços enquanto nós implodimos”.

Entretanto, há relatos de que Xi disse na conferência que a China está do “lado certo da história” na crise da Ucrânia. Esta não é a primeira vez que ele diz esta frase (por exemplo, ele também a disse em Março de 2023), mas surge num momento em que o Presidente Zelensky da Ucrânia tem instado a que a China assuma um papel de liderança na obtenção do cessar-fogo e da paz.

O gabinete de Zelensky reiterou esta semana, no entanto, que “o valor de qualquer plano reside nas nuances e na tomada em consideração da situação real no terreno”. A China há muito que publica a sua própria fórmula de paz para a Ucrânia, mas afirma que qualquer cimeira de paz internacional legítima deve incluir a representação russa para ter impacto (a recente cimeira organizada pela Suíça não convidou a Rússia).