Após dois meses de esforços performáticos pela paz, o último cessar-fogo entre Israel e Gaza terminou com um estrondo literal há alguns momentos, quando Israel lançou “ataques extensivos” contra alvos “terroristas” pertencentes ao Hamas e prometeu “aumentar a força militar” depois que as negociações sobre novas libertações de reféns foram paralisadas.

Fonte: Rússia Today – Zero Hedge

Israel retomou os ataques aéreos na Faixa de Gaza após o colapso das negociações com o Hamas sobre a libertação dos reféns restantes e a implementação do cessar-fogo.

Em uma declaração nas primeiras horas de terça-feira [hora local], as Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram que estavam “conduzindo ataques extensivos contra alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza”.

O gabinete do primeiro-ministro açougueiro Benjamin Netanyahu disse que os ataques são uma resposta à “repetida recusa do Hamas em libertar nossos reféns, bem como à rejeição de todas as propostas que recebeu do enviado presidencial dos EUA, Steve Witkoff, e dos mediadores. Israel, a partir de agora, agirá contra o Hamas com força militar crescente”, disse o gabinete do primeiro-ministro.

Pelo menos 100 palestinos foram mortos, informou a Reuters, citando autoridades de saúde de Gaza. A agência de notícias palestina Wafa relatou ataques nas partes central e sul do enclave densamente povoado.

A Reuters citou um alto funcionário do Hamas dizendo que Israel encerrou “unilateralmente” o cessar-fogo intermediado pelos EUA e estados árabes. Sob o acordo que entrou em vigor em 19 de janeiro, o Hamas entregou 25 reféns e os corpos de oito cativos em troca de cerca de 1.500 palestinos libertados das prisões israelenses, de acordo com a AP.

Israel e Hamas não conseguiram chegar a um acordo sobre os próximos passos desde que a primeira fase da trégua expirou em 1º de março. O governo israelense acusou o Hamas de “manipulação e guerra psicológica” e culpou o grupo militante pela rejeição do plano apresentado na semana passada pelo enviado americano, Steve Witkoff.

O porta-voz do Hamas, Abdel-Latif Al-Qanoua, disse à Reuters no início deste mês que o grupo estava trabalhando com os mediadores para “obrigar” Israel a implementar as próximas fases do cessar-fogo.

Os ataques acontecem após quase dois meses de cessar-fogo para interromper a guerra de 17 meses, na qual dezenas de reféns foram libertados em troca de quase 2.000 prisioneiros palestinos.

Enquanto isso, em uma notícia potencialmente ainda mais ameaçadora, um repórter israelense disse que, de acordo com fontes sauditas, o navio de inteligência iraniano Zagros (SIGINT) foi afundado pelas forças dos EUA no mesmo momento em que as IDF lançavam seus ataques em Gaza.

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