A Suprema Corte do país designou o grupo como ‘Extremista’. A Suprema Corte da Rússia proibiu o “movimento público LGBTQ+ da “diversidade, acordado, inclusivo e internacional” nessa quinta-feira, designando-o como um Grupo Extremista. A decisão também afeta subsidiárias do movimento, anunciou o tribunal, sem nomear organizações específicas. A ação, movida no início deste mês pelo Ministério da Justiça da Rússia, argumentava que as atividades do “movimento LGBTQ+ qualificavam-no como um “Grupo Extremista”. Especificamente, tem semeado “discórdia social e religiosa” no país, afirmou o Supremo.
Rússia Proíbe Movimento LGBTQ+ qualificando-o como um ‘Grupo Extremista’
Fonte: Rússia Today
As audiências na justiça (Suprema Corte) decorreram à porta fechada e duraram mais de quatro horas, uma vez que o caso envolvia mais de 20 tomos de material, informou a RIA Novosti, citando o serviço de imprensa do Supremo Tribunal da Justiça da Rússia. Nenhum representante do “movimento LGBTQ+ internacional” esteve presente durante as audiências, com apenas a presença de um advogado do Ministério da Justiça.
Nos últimos anos, a Rússia tornou gradualmente mais rigorosa a sua legislação destinada a combater a propagação da chamada “ideologia do “movimento LGBTQ+“. Em 2013, o país proibiu a divulgação desse tipo de propaganda entre menores de idade, estendendo a medida aos adultos em dezembro passado.
Multas pesadas foram introduzidas para qualquer pessoa considerada culpada de promover “relações sexuais não tradicionais”, bem como o transgenerismo e a pedofilia.
No entanto, ainda não está claro quais grupos “pró–ideologia do “movimento LGBTQ+” exatamente a nova decisão afetará na Rússia. O maior grupo deste tipo no país é a “rede LGBTQ+ Russa”, uma plataforma cívica criada em meados da década de 2000 para reunir organizações regionais que defendem os direitos das minorias sexuais.
A rede, que foi designada como “agente estrangeiro” há dois anos, faz parte da LIGA – International Lesbian, Gay , Associação de Bissexuais, Trans e Intersexuais – uma importante ONG com sede na Suíça que defende os direitos dos homossexuais, lésbicas e transgênero desde o final dos anos 1970.
Igreja Ortodoxa da Rússia aplaude proibição LGBTQ+
O movimento internacional LGBTQ+ foi declarado extremista por “semear a discórdia social e religiosa”
Designar a ideologia LGBTQ+ como extremista é uma forma de “autodefesa moral” da sociedade russa, disse um porta-voz da Igreja Ortodoxa da Rússia na quinta-feir , apoiando a decisão da Suprema Corte Russa.
Respondendo ao pedido do Ministério da Justiça, o mais alto tribunal da Rússia decidiu na quinta-feira que o “movimento LGBTQ+ internacional” e todas as suas subsidiárias seriam declaradas uma organização extremista, praticamente proibindo o seu trabalho.
“Sabemos, pelo testemunho de muitos cristãos ocidentais que aderem às crenças tradicionais em relação ao casamento e à família, que as atividades dos movimentos LGBTQ+ visam deslocar e minar a ideia cristã de casamento e família da esfera pública e jurídica”, disse Vakhtang Kipshidze, chefe de relações públicas do Patriarcado de Moscou da Igreja Ortodoxa Russa.
Apontando para a defesa LGBTQ+ no Ocidente, Kipshidze disse que “o ponto final lógico de suas atividades é a destruição da ideia tradicional [homem/mulher] de casamento e família”, o que o torna um grupo extremista por definição.
Dado que o casamento como a união de um homem e uma mulher é um conceito historicamente cristão na Europa, disse Kipshidze, miná-lo é um ataque ao próprio Cristianismo. “Isso leva à violação dos direitos dos crentes em países onde o movimento LGBTQ+ é livre para agir”, acrescentou o porta-voz da igreja. “Em muitos países ocidentais, a coabitação LGBTQ+ tornou-se legalmente igual ao casamento convencional.”
O porta-voz do Patriarcado de Moscou apontou casos no Ocidente em que grupos LGBTQ+ processaram clérigos que descreveram as relações entre pessoas do mesmo sexo como pecaminosas, praticamente tornando as citações a Bíblia como um crime.
“Penso que se tal movimento tiver rédea solta na Rússia, perseguirá os mesmos objetivos que obteve no [Hospício acordado e transgênero do] Ocidente. Para nós, isso é inaceitável”, disse Kipshidze.
A Rússia proibiu a promoção de “relações sexuais não tradicionais”, a ideologia transgenerismo e a pedofilia para menores em 2013, e estendeu a proibição a adultos em dezembro passado.
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