O Pulpí Geodo é um geodo gigante descoberto na Espanha perto da cidade de Pulpí (Província de Almería) por Javier Garcia-Guinea do Grupo Mineralogista de Madrid em Dezembro de 1999. É um dos maiores geodos documentados no mundo até hoje. É notável em escala mundial, tanto pelo seu tamanho como pela transparência e perfeição dos cristais de selenito (gesso) que revestem o interior, que atingem até 2 m de comprimento, sendo 0,5 m a média. Ocupa um volume de 10,7 m³ (8 m de comprimento por 1,8 m de largura por uma altura média de 1,7 m) e está localizado a uma profundidade de 50 m na mina de Pilar de Jaravía, na Sierra del Aguilón, no município de Pulpí., coincidindo com o nível do mar, a 3 km da costa. A formação tem uma forma de funil, com a parte mais estreita sendo em forma de L.
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Uma ‘CATEDRAL NATURAL’ de cristais na Europa abre ao público.Descoberto há duas décadas, o maior geodo (peculiar formação rochosa de cristais) da Europa e um dos maiores do mundo está quase pronto para ser visitado
Fonte: https://brasil.elpais.com/ e Wikipédia
Os geodos (derivados da palavra grega “??????”, que significa “semelhante à Terra”) são formações geológicas secundárias dentro de rochas sedimentares e vulcânicas . Os geodos são rochas vazias, vagamente circulares, nas quais massas de matéria mineral (que podem incluir cristais) são isoladas. Os cristais são formados pelo enchimento de vesículas em rochas vulcânicas e sub-vulcânicas por minerais depositados a partir de fluidos hidrotermais ; ou pela dissolução de concreções sin-genéticas e preenchimento parcial pelo mesmo, ou outros minerais precipitados da água, lençol freático ou fluidos hidrotermais.
Os geodos podem se formar em qualquer cavidade, mas o termo geralmente é reservado para formações mais ou menos arredondadas em rochas ígneas e sedimentares. Eles podem se formar em bolhas de gás em rochas ígneas , como vesículas na lava basáltica ; ou, como no meio- oeste americano , em cavidades arredondadas em formações sedimentares. Depois que a rocha ao redor da cavidade endurece, silicatos e / ou carbonatos dissolvidos são depositados na superfície interna. Com o tempo, esta alimentação lenta de constituintes minerais das águas subterrâneas ou soluções hidrotermais permite a formação de cristais no interior da câmara oca. Rochas contendo geodos acabam se deteriorando e se decompõem, deixando-as presentes na superfície se forem compostas de material resistente como o quartzo.
Quando cortadas ao meio, as bandas visíveis que correspondem a fases variadas de precipitação podem por vezes apresentar padrões que revelam pontos de entrada de fluido na cavidade e / ou cores variadas que correspondem a alterações na química.
Na imagem abaixo, um geodo de cerca de 50 cm no topo de uma galeria de minas, iluminado por um círculo de luz. O geodo gigante de Pilar de Jaravía, no município de Pulpí, em Almeria (Espanha), comemora em dezembro os 20 anos de sua descoberta, data que será celebrada de maneira inusitada: a partir de 5 de agosto esta espetacular obra da natureza abre para o público.
Não foi fácil convencer os administradores a abrir a formação ao público, mas isso foi feito apenas após se criar uma grande comissão de acompanhamento com representantes da Junta de Andalucía, da Universidade de Almería e da Câmara Municipal. As autoridades públicas também propuseram alternativas concretas para divulgar esse patrimônio, mas a maioria delas era inviável e cara.
O projeto que tornou possível transformá-lo hoje no maior geodo visitável do mundo (Naica, no México, é muito maior, mas não é visitável por causa de suas altas temperaturas e pela acessibilidade complexa pois esta localizado em grande profundidade em cavernas subterrâneas) teve um orçamento de meio milhão de euros para a limpeza antes da extração de mais de 700 toneladas de terra e detritos, trabalho necessário para garantir a circulação de pessoas em segurança e para o desafio mais complexo, que tem sido a construção de acessos, explica José Ángel Solanilla, engenheiro de minas e gerente de projetos da empresa Tecminsa, responsável pelo projeto.
Na imagem abaixo, formações de cristais do maior geodo da Europa, na Mina Rica de Pilar de Jaravía em Pulpi, Almeria. Após as análises sobre como proporcionar a visitação, os responsáveis optaram por escadas em espiral de ferro forjado, que permitem ganhar cerca de 40 metros de profundidade e vão desde a galeria principal (60 metros da superfície) até o geodo. Francisco Javier Fernández Amo, geólogo da empresa responsável pela obra e conhecedor do processo de reabilitação, coloca especial ênfase em esclarecer dúvidas sobre a possível deterioração desta mina de cristal única.
Abaixo entrada para a mina do geodo. A Universidade de Almería projetou “um sistema de monitoramento que inclui alarmes se o limite permitido for excedido e sensores que controlem parâmetros como temperatura, umidade ou índices de CO2 em todos os momentos”.
Acima imagem da galeria de acesso ao maior geodo da Europa, na Mina Pilar de Jaravía Rica. A visita guiada, com um máximo de 12 pessoas por grupo e cobrindo uma rota de cerca de 500 metros através da Mina Rica, obviamente inclui como final ver o geodo gigante que sem dúvida se tornará, a julgar pela demanda por ingressos ($ 22 euros), uma grande atração turística.
Um geodo de cerca de 50 cm no topo de uma galeria de minas, iluminado por um círculo de luz. Este fenômeno da natureza ocorre devido a um processo mineralógico em que um buraco na rocha é coberto com cristais, geralmente quartzo, calcita e gesso. O fator diferenciador do geodode Pulpí é o grande tamanho e transparência dos cristais.
José Ángel Solanilla, engenheiro de minas da Tecmisa SL, mostra uma placa de gesso encontrada na Mina Rica. A magnitude e a forma dos cristais de gesso, alguns dos quais atingem dois metros, impressionam pela estética e pela capacidade da natureza de projetar essas formas com a fórmula simples de água, minerais e tempo.
Fernández Amo atribui boa parte da formação do geodo Pilar de Jaravía “aos processos de vulcanismo produzidos há milhões de anos”. “Fluidos carregados com minerais”, ele explica, “são injetados através das camadas dos estratos ou através de fraturas”. A literatura científica coincide na contribuição de “injeções hidrotermais vulcânicas” para o processo e estabelece duas fases, referentes à formação do furo e outra ao depósito mineral nos espaços abertos.
Em todo caso, a origem é mais complicada de desvendar do que sua consequência. Este mesmo jornal titulava em 10 de junho de 2000: “Gigantesco geodo descoberto em uma mina em Almeria surpreende os cientistas”, e Javier García Guiné declarava ter pesquisado os bancos de dados internacionais sem conseguir encontrar nada parecido.
O esplendor do geodo gigante ofusca outros pontos de interesse da visita. Fernández Amo destaca o geodo azul, que adquire essa tonalidade devido ao estrôncio, e que chegou a ter até 20 metros de desenvolvimento, mas do qual se conserva muito menos desde que a exploração mineira começou. Da mina Rica, aberta em meados do século XIX e com funcionamento até o final dos anos 1960, se extraiu primeiro ferro e, em seguida, prata e chumbo.
Na imagem abaixo, um pacote de cigarros encontrado na mina. Parte do apelo do geodo europeu está em ver aquelas “catedrais subterrâneas”, definidas pelo geólogo Fernández Amo, que chegam a 40 metros de altura, ou a indumentária de um tempo antigo ainda preservada.
Também é notável é a abundância de celestinas, uma variedade mineral de sulfato de estrôncio, barita, quimicamente sulfato de bário, e siderita, carbonato de ferro do grupo calcita. Além disso, se conservam várias unidades de lapis specularis, pedras de gesso seleníticas tão transparentes que eram usadas como cristais nas janelas dos palácios romanos.
Na imagem, a parte superior de um dos geodos gigantes encontrados em uma das galerias da Mina Rica.
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