Se a Ucrânia se juntasse à OTAN agora, isso significaria um confronto direto com Moscou, disse um alto funcionário dos EUA. O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, afirmou que o “futuro da Ucrânia” está na OTAN, mas disse que certas condições devem ser atendidas antes que ela possa ingressar na aliança, o que inclui o fim de seu conflito com a Rússia.
EUA não estão prontos para a guerra com a Rússia, declara conselheiro de Segurança Interna
Fonte: Rússia Today
Em entrevista à CBS no domingo, Sullivan insistiu que a OTAN está empenhada em aceitar Kiev em suas fileiras, apesar da falta de um convite formal ou cronograma para adesão durante a recente cúpula da OTAN na semana passada em Vilnius, Lituânia.
“O futuro da Ucrânia está na OTAN. Nós quisemos dizer isso. Isso não está em negociação”, disse Sullivan. “Isso é algo com o qual agora todos os 31 aliados se comprometeram”, acrescentou, referindo-se à declaração final divulgada no final da cúpula, na qual todos os membros da aliança se comprometeram a eventualmente aceitar a Ucrânia no bloco, uma vez que uma série de condições sejam atendidas.
Falando à rede ABC, Sullivan disse que aceitar a Ucrânia na aliança agora significaria um confronto direto entre o bloco e a Rússia.
“Ter a Ucrânia entrando na OTAN enquanto a guerra está acontecendo significaria que a OTAN estará em guerra com a Rússia, significaria que os Estados Unidos estará em guerra com a Rússia. E nem a OTAN nem os Estados Unidos estão preparados para fazer isso”, disse ele.
Kiev insiste que já cumpriu todos os requisitos para ingressar no bloco liderado pelos Estados Unidos e expressou confusão sobre o que mais precisa fazer para se qualificar para a adesão.
“Quando essas condições serão atendidas? Quais são essas condições? Quem deve formulá-las? O que eles são?” O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, disse em entrevista à Radio Free Europe na semana passada.
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, criticou a OTAN por não atender às exigências de adesão de Kiev e chamou a falta de um roteiro para a adesão “sem precedentes e absurdo”, dizendo que a indecisão da OTAN é um sinal de fraqueza perante à Rússia.