A Distopia de George Orwell do livro “1984” em ação: Um congressista dos EUA está apresentando um projeto de lei que poderia ser usado para negar aos cidadãos dos EUA o direito de viajar com base apenas em seu discurso, inclusive para quem críticar Israel, o Interceptar relatou em 13 de setembro.
Fonte: The Cradle
Apresentado pelo congressista da Flórida Brian Mast, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, o projeto de lei concederia ao Secretário de Estado Marco Rubio o poder de revogar os passaportes de cidadãos americanos da mesma forma que ele revogou os green cards e vistos de estrangeiros nos EUA por criticarem Israel.
Em março, o secretário de Estado Rubio revogou o visto da estudante de doutorado turca Rumeysa Ozturk depois que ela escreveu um artigo de opinião crítico a Israel no jornal estudantil da Universidade Tufts em 2024. O artigo de opinião não mencionou o Hamas, mas apelou ao boicote e ao desinvestimento de Israel.
Uma seção do projeto de lei concede ao Secretário de Estado a capacidade de negar passaportes a pessoas que tenham “conscientemente auxiliado, assistido, encorajado ou de outra forma fornecido apoio material a uma organização que o Secretário designou como uma organização terrorista estrangeira”.
A referência ao “apoio material” perturba os defensores das liberdades civis porque é vaga e pode ser interpretada como incluindo discurso e ativismo anti-guerra.
A Liga Antidifamação (ADL) dos judeus americanos, que entre outras funções serve como fachada para a inteligência israelense nos EUA, e o Centro Louis D. Brandeis para os Direitos Humanos sob a Lei sugeriu em uma carta no ano passado que os Estudantes pela Justiça na Palestina (SJP) estavam fornecendo “apoio material” ao Hamas organizando protestos nos campus universitários contra o genocídio de palestinos em Gaza por Israel.
A disposição relativa ao apoio material ao terrorismo representa uma ameaça específica para os jornalistas, O Intercept observou.
Em 2023, o senador Tom Cotton, do Arkansas, exigiu uma investigação do Departamento de Justiça de “segurança nacional” das agências AP, CNN, O New York Times, e Reuters depois de publicarem fotos tiradas por fotógrafos freelancers durante o ataque do Hamas aos assentamentos e bases militares israelenses em 7 de outubro de 2023.
