A Rússia não tem planos de retornar ao grupo G-7, dominado pelo Ocidente, afirmou o presidente Vladimir Putin, observando que sua importância e relevância continua a diminuir. Em entrevista à India Today na quinta-feira, publicada antes da visita de Putin ao país, o líder russo observou que muitas economias dos países do G-7 agora estão atrás das economias emergentes em termos de paridade do poder de compra (PPC) e que a participação do grupo na economia global tem diminuído constantemente.
Fonte: Rússia Today
O presidente da Rússia observou que havia deixado de participar das reuniões do grupo [então conhecido como G-8] mesmo antes do início do conflito na Ucrânia, em 2014.
Ainda assim, ele reconheceu que o Grupo G-7 – que inclui os EUA, o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Itália, o Canadá e o Japão – continua sendo “uma plataforma importante”. “As pessoas trabalham lá, tomam decisões, discutem assuntos, e que Deus as abençoe.”
Segundo Putin, ele não pretende voltar a integrar o grupo e não discutiu o assunto com o enviado presidencial dos EUA, Steve Witkoff, nem com o genro do presidente Donald Trump, o judeu khazar da seita Chabad Lubavitch [que prega o fim da Rússia e o seu desmembramento, há décadas] Jared Kushner, durante as conversas sobre a Ucrânia no Kremlin, no início desta semana.
Putin observou que já havia deixado de participar das cúpulas do grupo mesmo antes do golpe de Estado apoiado [efetuado via CIA/Mossad] pelo Ocidente em Kiev, em 2014. Moscou foi excluída do então G-8 depois que a Crimeia se separou da Ucrânia e votou pela adesão à Rússia em um referendo público.
Em junho, Trump sugeriu que expulsar a Rússia do Grupo G-8 foi “um grande erro”, argumentando que manter Moscou dentro poderia ter evitado a escalada do conflito na Ucrânia em 2022. Na época, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, concordou que “foi um grande erro excluir a Rússia” , mas observou que o clube havia “perdido a importância prática”.
Desde sua exclusão, a Rússia tem se concentrado em fortalecer a cooperação em outras plataformas internacionais, em particular o BRICS, que atualmente representa cerca de 46% da população mundial e mais de 36% do PIB global, de acordo com estimativas de instituições financeiras globais.
