Príncipe Andrew e Epstein, as perguntas sem resposta sobre a amizade de ambos

O suicídio do financista bilionário Jeffrey Epstein dentro de um presídio nos EUA, enquanto aguardava julgamento sob acusações de tráfico sexual e abuso de meninas menores de idade, acabou colocando sob os holofotes um membro proeminente da família real britânica. A controvérsia gira em torno do príncipe Andrew, 59 anos, terceiro filho da rainha Elizabeth 2ª, e sua antiga associação com Epstein. Virginia Roberts (foto à esquerda) afirma ter tido relações sexuais com o príncipe Andrew, quando tinha apenas 17 anos, algo negado pelo Palácio de Buckingham

Edição e imagens:  Thoth3126@protonmail.ch

As perguntas sem resposta sobre a amizade de príncipe Andrew com Jeffrey Epstein. 

Fonte:  https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49426696

Acusações contra Jeffrey Epstein colocaram o príncipe britânico sob os holofotes mundiais. A controvérsia gira em torno do príncipe Andrew, 59 anos, terceiro filho da rainha Elizabeth 2ª, e sua associação com Epstein na prática de sedução e tráfico sexual com meninas menores de idade.

Após virem à tona imagens de vídeo que parecem mostrar Andrew na agora notória mansão de Epstein em Manhattan, Nova York, a imprensa britânica tem cobrado uma explicação sobre o quanto o príncipe sabia a respeito dos crimes sexuais hoje atribuídos ao bilionário americano.

Andrew e Jeffrey Epstein em foto de arquivo
Andrew e Jeffrey Epstein em foto de arquivo; príncipe manteve contato com financista mesmo depois de este ter sido condenado por crimes sexuais

Um “príncipe” Infrator e traficante sexual

Jeffrey Epstein já havia sido condenado por crimes sexuais na Flórida em 2008, antes de ser alvo das acusações mais amplas que o levaram à prisão no último mês de julho e de seu posterior suicídio, em 10 de agosto. O tabloide britânico The Mail on Sunday divulgou imagens de Andrew ma mansão de Epstein, supostamente em 2010 – ou seja, dois anos após a primeira condenação do bilionário.

No vídeo, Epstein é visto deixando a casa ao lado de uma jovem, que aparenta ser menor de idade. Cerca de uma hora depois, Andrew aparece nas imagens segurando uma porta da mansão, junto a outra jovem. Ela sai da casa, enquanto o príncipe acena para ela.

Acordo

Epstein, que era gerente de um fundo de investimentos, admitiu a sua culpa – como parte de um acordo judicial – em 2008 a uma acusação de solicitação de prostituição e outra de solicitação de prostituição de menor. O acordo causou polêmica, uma vez que por conta dele Epstein evitou acusações em âmbito federal, que poderiam resultar em prisão perpétua.

Em vez disso, ele recebeu uma pena mais leve, nem tendo ficado atrás das grades, e ficou condenado por apenas 13 meses à prisão domiciliar, com liberdade para trabalhar em expediente integral, depois dos quais foi liberado – sendo registrado como infrator sexual.

A imprensa americana criticou o acordo judicial à época, pela percepção de que este encobriria a extensão dos crimes atribuídos a Epstein e por encerrar uma investigação do FBI sobre a possibilidade de haver mais vítimas ou mais pessoas poderosas envolvidas no escândalo.

A camada mais sombria e das trevas diz respeito a existência e prática do Abuso Ritual Satânico (SRA) que ocorreram na ilha privada de Little St James, de Epstein, conhecida como “Orgy Island”

Epstein foi visto socializando com muitos membros ricos e poderosos, socialites do mundo ocidental, atores e artistas, banqueiros, políticos europeus antes de sua primeira acusação criminal, incluindo o ex-presidente dos EUA Bill Clinton e o atual, Donald Trump. Quando sua reputação foi arranhada, muitos famosos se afastaram dele. Não foi o caso do príncipe britânico.

As acusações de Virginia Roberts

Além das imagens em vídeo, há também uma foto de Andrew, tirada em 2001, em que ele aparece com os braços ao redor de Virginia Roberts. Ela declarou, pertante a Justiça americana, que teve relações sexuais com o integrante da realeza britânica quando ela tinha 17 anos. Roberts disse que foi apresentada ao príncipe por Jeffrey Epstein.

A mulher alega que foi forçada a ter relações sexuais com o príncipe entre 1999 e 2002, quando era menor de idade. O Palácio de Buckingham, sede da família real, disse que não comentará os detalhes do processo judicial.

The notorious picture of Prince Andrew, Virginia Roberts and Ghislaine Maxwell, allegedly taken in London in 2001
Andrew, Virginia Roberts e atrás, Ghislaine Maxwell, hoje desaparecida dos holofotes, acusada de ser agenciadora de meninas menores de idade para as orgias de Epstein e seus amigos.

Mas uma porta-voz do palácio afirmou que se trata de “um caso civil antigo e em tramitação nos Estados Unidos, e o duque de York (príncipe Andrew) não é uma das partes envolvidas. Mas, para evitar dúvidas, qualquer sugestão de conduta imprópria com menores de idade é categoricamente uma inverdade”.

A mulher diz ter sido forçada por Epstein a ter relações sexuais com outros homens. Ele diz que teve relações sexuais com o príncipe em Londres, Nova York e em uma ilha caribenha privada, de posse do financista americano – quando tinha 17 anos. O Palácio de Buckingham negou a acusação, que também foi rejeitada pela Justiça americana.

Em resposta ao vídeo recém-divulgado pelo Mail on Sunday, o Palácio afirmou que “sua alteza real deplora a exploração de qualquer ser humano, e é repugnante a mera sugestão de que toleraria, participaria ou encorajaria esse tipo de comportamento”.

Andrew ao lado de seus pais, a rainha Elizabeth e príncipe Philip
Andrew é o terceiro filho da rainha Elizabeth

No entanto, uma coisa parece ser incontroversa: Andrew manteve sua proximidade com um conhecido infrator sexual mesmo muito tempo depois de o caso ter se tornado público, algo que até agora não foi explicado pelo palácio ou pelo próprio Andrew. A despeito da morte de Epstein, as investigações sobre tráfico sexual e suas ramificações estão longe de terminar, mantendo a atenção mundial ao que os porta-vozes da realeza dirão a seguir.

“Apenas negar (as acusações) com indignação não vai resolver”, opina o ex-repórter especializado em realeza da BBC Michael Cole, em entrevista ao programa Newsnight. “É necessário dar respostas. Trata-se de um assunto muito sério, que vai se tornar pior para o príncipe e para o Palácio de Buckingham.”

Michael Cole aponta que é esperado que ao menos um processo legal resulte das investigações em torno das supostas vítimas de tráfico sexual de Epstein, algo que colocaria a realeza britânica sob o interesse da Justiça americana.

Especialistas criminais já têm pedido que o príncipe Andrew preste depoimento, alegando que ele seria uma testemunha primordial nas investigações de tráfico sexual que recaem sobre Epstein. “Não importa quão alto você esteja”, afirma Michael Cole, “no sistema judicial americano, a lei está acima de você.”


Image result for puppet gifA Matrix (o SISTEMA de CONTROLE MENTAL):  “A Matrix é um  sistema de controle, NEO. Esse sistema é o nosso inimigo. Mas quando você está dentro dele, olha em volta, e o que você vê? Empresários, professores, advogados, políticos, carpinteiros, sacerdotes, homens e mulheres… 

As mesmas mentes das pessoas que estamos tentando salvar. “Mas até que nós consigamos salvá-los, essas pessoas ainda serão parte desse  sistema de controle e isso os transformam em nossos inimigos. Você precisa entender, a maioria dessas pessoas não está preparada para ser desconectada da Matrix de Controle Mental. E muitos deles estão tão habituados, tão desesperadamente dependentes do sistema, que eles vão lutar contra você  para proteger o próprio sistema de controle que aprisiona suas mentes …”


Saiba mais, leitura adicional:

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