O homem nasceu para ser um guerreiro ou os “deuses” ensinaram a humanidade a guerrear ? Os “deuses” alienígenas/extraterrestres foram responsáveis pelos eventos mais cataclísmicos da história humana ? As guerras da Terra começaram nos “Céus” e os eventos celestes determinaram o futuro da humanidade na Terra ? Neste livro, Zecharia Sitchin apresenta uma evidência surpreendente de que os deuses [Anunnaki, Nefilins, et caterva] que vieram à Terra desde o planeta Nibiru, travaram uma série de batalhas ferozes pela supremacia e controle do nosso planeta, alistando os terráqueos nesses conflitos entre os “deuses”.
Fonte: As Guerras dos deuses e dos homens : Livro III das crônicas da Terra, de Zecharia Sitchin
Sitchin conta com um estudo meticuloso dos relatos antigos, desde as escritas sumérias em tabletes de argila e o Antigo Testamento até os mitos antigos dos ensinamentos canaanitas, egípcios, hititas, persas, gregos e hindus, para traçar a saga dos “deuses” e dos homens de um início criativo a um fim trágico. Ele usa então fontes modernas, como fotografias da Terra tiradas pela NASA desde o espaço, para revelar a evidência de uma enorme explosão nuclear ocorrida há cerca de 4 mil anos, mudando a vida na Terra para sempre. O novo exame dos mistérios antigos feito por Sitchin explica o Grande Dilúvio, a destruição de Sodoma e Gomorra [o primeiro grande núcleo da permissividade e corrupção da ideologia Transgênero e LGBTQ+] e outros eventos cataclísmicos do passado na história da humanidade, possibilitando a compreensão de nosso presente e um vislumbre do nosso futuro.
4 – As Crônicas da Terra
Como se não bastassem as analogias encontradas entre a mitologia grega e a hindu, tábuas de argila descobertas nos arquivos hititas (num sítio arqueológico hoje conhecido como Bogazkõy) continham mais relatos sobre as mesmas histórias. Falavam de disputas entre gerações mais novas e mais velhas e sobre a luta de um deus pela supremacia.
Os textos mais longos como seria de esperar, tratavam da deidade suprema dos hititas, Teshub: de sua genealogia, seu direito de dominar as regiões superiores da Terra e as guerras que teve com o deus Kumarbi e seus descendentes. Contendo diversos paralelos com lendas gregas e egípcias,
esses registros dizem que o Vingador de Kumarbi foi escondido pelos que o apoiavam numa região da Terra “de tons escuros”, até que ele se tornasse adulto. A batalha final entre eles e Teshub desenrolou-se nos mares e no ar; numa das lutas, Teshub foi auxiliado por setenta deuses conduzindo seus carros magníficos.
Nas primeiras refregas, Teshub foi ferido e precisou esconder-se, ou exilar-se, mas finalmente voltou para desafiar seu oponente num combate pessoal. Armado com “o Trovejador que espalha pedras por quase dois quilômetros” e com “o Raio que cintila assustadoramente”, ele subiu aos céus em seu carro puxado por dois Touros do Céu folheados a ouro e de lá “voltou seu rosto” para o inimigo. Embora esteja faltando o final do conto, pois as placas estão muito fragmentadas, fica evidente que Teshub saiu vitorioso.
Quem eram SÃO esses deuses antigos que lutaram entre si pela supremacia da Terra, jogando uma nação contra outra [como ainda é feito nos dias atuais] ? Encontramos algumas pistas sobre eles nos tratados que puseram fim a algumas das inúmeras guerras que os homens fizeram em favor de seus deuses.
Quando os egípcios e os hititas firmaram a paz depois de mais de dois séculos de conflito, ela foi selada pelo casamento da filha do rei Hatusil l com Ramsés II. O faraó registrou o evento em estelas comemorativas que mandou colocar em Kamak, na ilha Elefantina, perto de Assuã, e em Abu Simbel. Descrevendo a viagem e a chegada da princesa ao Egito, a inscrição conta que, quando “Sua Majestade viu que a noiva era tão bela de rosto como uma deusa”, imediatamente se apaixonou por ela, considerando-a “um encantador presente do Deus Ptah” e o justo reconhecimento de sua “vitória” pelos hititas.
Outros trechos da inscrição esclarecem melhor todas as manobras diplomáticas que levaram a essa história de amor. Treze anos antes, Hatusil l enviara ao faraó os termos de um tratado de paz, mas Ramsés, ainda impressionado com sua experiência quase fatal na batalha de Kadesh, o
ignorara. “O grande chefe de Hatti então escreveu a sua majestade ano após ano, tentando uma conciliação; mas o rei Ramsés não lhe deu atenção”.
Finalmente, Hatusil l, desistindo das mensagens em placas de argila, “enviou sua filha mais velha, precedida de precioso tributo”, acompanhada de nobres da corte. O faraó, depois de receber todos os presentes, designou uma escolta para ir encontrar-se com os visitantes e levá-los para o palácio. Foi então que, como vimos acima, ele sucumbiu aos encantos da princesa.
Fazendo dela sua rainha, Ramsés deu-lhe o nome de Maat-Neferu-Ra (“A Beleza que Ra Contempla”). Esse amor à primeira vista foi de muita valia para aumentar nossos conhecimentos sobre a história da Antiguidade, pois o faraó acabou aceitando o tratado de paz, que se mostrou duradouro, e mandou gravá-lo em Karnak, não muito longe da estela com o conto sobre a batalha de Kadesh e o da chegada da bela princesa. Duas cópias do texto do tratado – uma quase completa e outra bastante quebrada – foram descobertas, decifradas e traduzidas por egiptólogos, e como resultado não temos apenas todos os termos de acordo, mas sabemos também que o rei hitita escreveu-o em acadiano, a língua usada na época para as relações internacionais, tal como o francês no século 19.
Para o faraó, Hatusil l enviou uma cópia do original em acadiano, gravada numa placa de prata, que a inscrição egípcia no templo de Karnak descreve da seguinte maneira: O que está no meio da placa de prata, na frente: Figuras representando Set abraçando o grande príncipe de Hatti, cercadas por uma borda com as palavras “O selo de Set, governante do firmamento; o selo dos regulamentos feitos por Hatusil l“…
O que está dentro do que cerca a imagem do selo de Set no outro lado: Figuras representando a deusa de Hatti abraçando a princesa, cercadas por uma borda com as palavras “O selo de Ra da cidade de Arinna, o senhor da terra”… O que está dentro da moldura que cerca as figuras: o selo de Ra de Arinna, o senhor de todas as terras.
Nos arquivos reais hititas, os arqueólogos descobriram vários selos reais com desenhos da deidade principal abraçando o rei, exatamente como o descrito no templo de Karnak, inclusive com a inscrição na moldura circular. Por mais incrível que pareça, o tratado original, escrito em acadiano e ocupando duas placas de argila, também foi descoberto no sítio arqueológico de Bogazkõy. Só que o texto hitita chama sua deidade suprema de Teshub, e não “Set de Hatti”. Como Teshub, significava “Tempestade de Vento”, e Set (a julgar pelo seu nome grego, Tífon) seria “Vento Furioso”, tem-se a impressão de que os egípcios e os hititas estavam combinando seus panteões pelos epítetos dos deuses.
Acompanhando essa linha, a esposa de Teshub, Hebat, é referida como “Senhora do Firmamento” na versão egípcia do texto, para haver um paralelo com a deidade local conhecida por esse título. Também, o que os egípcios escreveram como Ra (“O Brilhante”) era o hitita “Senhor do Firmamento”, a quem a versão acadiana chama de Shamash (“O Brilhante”), e assim por diante.
Com a descoberta desses textos, ficou evidente que egípcios e hititas estavam combinando panteões separados, porém paralelos, e os estudiosos começaram a imaginar o que outros tratados da Antiguidade poderiam revelar. Um dos que forneceram informações surpreendentes foi o feito por volta de 1350 a.C. entre o rei hitita Shuppilulima e Mattiwaza, soberano do reino hurrita de Mitanni, que ficava situado às margens do rio Eufrates, entre o país dos hititas e as antigas terras da Sumeria e Acadia.
Feito em duas cópias, como de hábito, o original do tratado foi depositado no santuário do deus Teshub, na cidade dos hurritas chamada Kahat – e tanto a placa como o lugar perderam-se nas areias do tempo. No entanto, a outra cópia, colocada na cidade sagrada dos hititas, Arinna, “diante da deusa do Disco Surgente”, foi descoberta pelos arqueólogos cerca de 3300 anos depois!
Como todos os tratados escritos na época, esse também terminava com um apelo “aos deuses das partes contratantes para estarem presentes, para ouvirem e servirem de testemunhas”, de modo que a adesão aos termos resultasse em bem-aventurança, e a violação em castigo divino. Vinha então a lista dos deuses dos dois reinos começando com Teshub e sua consorte Hebat como as divindades supremas de ambos, seguidos pelos deuses “que regulam a realeza” em Hatti e Mitanni, em cujos santuários seriam guardadas as cópias. Depois havia várias deidades mais jovens, tanto masculinas como femininas, descendentes dos deuses reinantes, tendo ao lado o nome das
capitais provinciais onde atuavam como divindades reinantes, representando seu país.
Nesse tratado, os estudiosos encontraram uma lista bem clara, mostrando os mesmos deuses na mesma posição hierárquica, algo bem diverso do caso dos hititas com os egípcios, onde se tentou combinar panteões diferentes. Outros textos encontrados comprovaram que os hititas tinham emprestado seus deuses dos hurritas no início da formação de sua nação. No entanto, esse
tratado em particular continha uma surpresa especial para os eruditos. No final da tábua de argila, entre as testemunhas divinas, estavam os nomes de Mitraash, Druwana, Indar e os deuses Nashatiyanu – nada mais nada menos que Mitra, Varuna, Indra e os Nasatya do panteão hindu.

Os deuses hurritas seriam, então a fonte de onde tinham se originado os hititas e os hindus? A resposta foi encontrada nesse mesmo tratado, pois esses deuses “arianos” estavam precedidos dos nomes de seus pais e avós, os “Velhos Deuses”: os casais Anu e Antu, Enlil/Yahweh e sua esposa Ninlil, Enki-Ea e Damkina, e mais “o divino Sin, senhor da promessa… Nergal de Kutha… o deus guerreiro Ninurta… a guerreira Ishtar”.
Esses nomes são mais que conhecidos. Eles já tinham sido invocados por Sargão de Acad, que afirmara ser “Supervisor de Ishtar, sacerdote ungido de Anu, o grande e virtuoso pastor de Enlil/Yahweh“. O neto de Sargão, Naram-Sin (“A Quem o Deus Sin Ama”), escreveu que só pôde atacar a Montanha dos Cedros quando o deus Nergal “abriu o caminho” para ele. Hamurabi da Babilônia marchou contra outras terras “sob o comando de Anu, com Enlil/Yahweh avançando à frente do exército”. O rei assírio partiu para suas conquistas atendendo as ordens de Anu, Adad e Ninurta. Shalmaneser lutou com armas fornecidas por Nergal. Asaradão, ao marchar para Nínive, tinha a companhia de Ishtar.
Esclarecedora também foi a descoberta de que os hititas e hurritas, embora falassem línguas diferentes, escreviam o nome de seus deuses em sumério. Até mesmo o adjetivo “divino” era o sumério DIN.GIR, literalmente “Os Justos (DIN) dos Foguetes (GIR)” . Assim, o nome de Teshub era escrito DIN.GIR IM (“O Divino Tempestuoso”), que era o nome sumério do deus Ishkur, também conhecido como Adad; ou podia ser escrito DIN.GIR U, significando “O Deus 10”, a posição numérica de Ishkur/ Adad – já que a de Anu era a mais alta (60), vindo em seguida Enlil/Yahweh (50), Ea/Enki (40), e assim por diante. Também, como o deus sumério Ishkur-Ãdad, Teshub era retratado pelos hititas brandindo sua arma emissora de raios, uma “Arma de Brilho”.
Na época em que os arqueólogos, escavando a região de Bogazkõy, tiraram do esquecimento o povo hitita e seus manuscritos, os estudiosos já tinham como certo que antes dele e dos egípcios, antes da Assíria e da Babilônia, e até mesmo antes de Acad, florescera na Mesopotâmia uma grande civilização, a Suméria, e que todas as outras subseqüentes não passavam de seus rebentos.
Atualmente não existe dúvida nenhuma de que foi na antiguíssima Suméria que as lendas sobre deuses e homens foram registradas pela primeira vez. Os escribas nos deixaram numerosos textos – numa quantidade e com uma riqueza de detalhes surpreendentes -, dos quais se originaram os registros sobre a pré-história e história antiga de nosso planeta. E a esses textos chamamos de AS
CRÔNICAS DA TERRA.
A descoberta e a compreensão das civilizações tem sido um processo de contínuo espanto, de surpresa constante. Os monumentos da Antiguidade pirâmides, zigurates, imensas plataformas artificiais, templos monumentais teriam permanecido como simples enigmas, indícios mudos de eventos ocorridos há muito tempo, se não fosse a Palavra Escrita. Se não existissem as inscrições, jamais saberíamos a respeito da idade, dos construtores e do propósito dessas maravilhas antigas.
Devemos tudo o que sabemos aos escribas da Antiguidade um bando prolífico e meticuloso que usou monumentos, artefatos, pedras de fundação, tijolos, utensílios, armas e objetos dos mais diferentes materiais para escrever nomes e registrar eventos. Acima de tudo, eles usaram tabuinhas de argila: pedaços de barro úmido, alguns apenas do tamanho da palma da mão, em que o
escriba, com gestos hábeis, gravava com um instrumento pontudo os símbolos que formavam sílabas, palavras e sentenças. Em seguida a tabuinha era posta para secar, naturalmente ou em forno, e estava criado um registro permanente. Esses registros sobreviveram a milênios de anos de erosão natural e destruição humana.
Num local após outro, em centros de comércio ou administração, em templos e palácios, por todos os cantos do Oriente Médio da Antiguidade, existiam arquivos estatais e particulares cheios dessas plaquinhas. Havia também verdadeiras bibliotecas, onde elas ficavam cuidadosamente arranjadas,
classificadas por temas, com índice, o nome do escriba, em seqüência numerada etc. Sem exceção, sempre que continham a história ou a ciência dos deuses, eram identificadas como sendo cópias de tabuinhas anteriores, escritas na “língua antiga”.
Os arqueólogos ficaram maravilhados ao descobrir a grandeza da Assíria e da Babilônia, mas o que os surpreendeu ainda mais foram as inscrições falando em “cidades antigas”. Também intrigaram-se com o título “rei da Suméria e Acad”, que os soberanos desses impérios tanto desejavam. Só depois da descoberta dos registros sobre Sargão de Acad foi que os estudiosos modernos se convenceram de que um grande reino, o de Acad, realmente florescera na Mesopotâmia meio milênio antes do surgimento da Assíria e da Babilônia. Foi com enorme espanto que eles leram nesses documentos que Sargão “derrotara Uruk e demolira sua muralha… Sargão, rei de Acad, derrotou o povo de Ur… Ele venceu E-Nimmar, derrubou suas muralhas e conquistou seus territórios, de Lagash até o mar. Ele lavou suas armas no mar. Na batalha com os habitantes de Umma, saiu vitorioso…”.
Então existiam centros urbanos, cidades fortificadas na época de Sargão de Acad e até antes de 2500 a.C.? Atualmente se sabe que isso é verdade. Eram as cidades e centros urbanos da Suméria, aquela mesma Suméria que aparecia nos títulos tão ansiados pelos reis da Assíria e da Babilônia. Depois de um século de descobertas arqueológicas e pesquisas históricas, ficou estabelecido que aquela foi a região onde, há mais de 6 mil anos, começou a atual Civilização Humana.
Onde, de forma súbita e inexplicada, como se tivessem saído do nada, surgiram uma linguagem escrita e a literatura, reis e sacerdotes, escolas e templos, médicos e astrônomos, arranha-céus, templos, canais, docas e navios, uma agricultura intensiva, uma metalurgia avançada, a indústria têxtil, o comércio e intercâmbio, códigos de leis e conceitos de justiça e moralidade, teorias cosmológicas… E o registro de lendas e eventos da pré-história e da história.
Em todas as inscrições, sejam elas longos contos épicos, sejam provérbios de duas linhas, em textos relativos ao divino ou ao mundano, emergem fatos que revelam os princípios inquebrantáveis dos sumérios e dos povos que vieram depois deles: em tempos muito antigos, os DIN.GIR – “Os Justos dos Foguetes” -, aqueles seres que os gregos passaram a chamar de “deuses”, chegaram à Terra vindos de seu próprio planeta. Eles escolheram a parte sul da Mesopotâmia para se estabelecer, fazendo dela seu novo lar. Deram a essa região o nome de KI. EN.GIR – “A Terra do Senhor dos Foguetes” (Shumer, o nome acadiano, significava “Terra dos Guardiões”) – e ali fundaram os primeiros povoados na Terra.
Não era à toa que os sumérios afirmavam que os primeiros a estabelecer povoados na Terra tinham sido astronautas de outro planeta. Em todos os textos que falavam sobre o início da civilização, o ponto de partida era sempre algo como: “432 mil anos antes do Dilúvio, os DIN.GIR chegaram à Terra vindo de seu próprio planeta”. Os sumérios consideravam esse planeta como o
décimo segundo membro de nosso sistema solar, um sistema constituído pelo Sol no centro, a Lua e todos os nove planetas cuja existência conhecemos atualmente, mais um planeta muito grande, cuja órbita dura um Sar, ou seja, 3.600 anos terrestres. Essa órbita, escreveram, leva o planeta a uma “estação” nos céus distantes e depois o traz para as vizinhanças da Terra, onde ele atravessa o espaço entre Marte e Júpiter. E foi devido a essa posição, mostrada num desenho sumério de 4..500 anos, que o planeta ganhou seu nome NIBIRU (“Cruzamento”) – e seu símbolo: a cruz.
Por intermédio de numerosos textos sabemos que o comandante dos astronautas que chegou à Terra vindo de Nibiru era chamado E. A. (“Aquele cuja Casa Fica na Água”). Depois de estabelecer Eridu, a primeira base em nosso planeta, ele ganhou o título de EN.KI (“Senhor da Terra”). Uma
inscrição descoberta nas ruínas da Suméria registra sua aterrissagem sob a forma de um relato na primeira pessoa: Quando me aproximei da Terra, havia muita inundação. Quando me aproximei de suas várzeas verdejantes, ordenei que fossem empilhados montes de terra. Construímos minha casa num lugar puro… Minha casa… Sua sombra se estende sobre o pântano das cobras.
O texto prossegue descrevendo os esforços de Enki-Ea para construir extraordinárias obras de contenção de água nos pântanos da cabeceira do golfo Pérsico. Ele fez a topografia dos manguezais, abriu canais para drenagem e controle da água, construiu diques, escavou valas e erigiu estruturas de tijolos feitos com argila local. Além disso, uniu os rios Tigre e Eufrates por canais e, na margem da área pantanosa, construiu sua Casa na Água, com um ancoradouro e outras facilidades e instalações.
Tudo isso não foi feito sem um motivo específico. Havia uma enorme necessidade de ouro no planeta de Ea/Enki. E essa necessidade não estava relacionada com usos frívolos, pois nos milênios que se seguiram esses viajantes jamais foram retratados usando jóias. O ouro, sem dúvida, desempenhava um papel importante no programa espacial dos nibiruanos/anunnaki, como fica evidente a partir dos textos hindus que descrevem carros celestiais folheados a ouro. E, de fato, o ouro é um metal vital em muitos dos instrumentos e veículos espaciais de nosso tempo. No entanto, isso apenas não justificaria a intensa procura por ele na Terra e os imensos esforços realizados pelos anunnaki de Nibiru para minerá-lo aqui e transportá-lo em grandes quantidades para seu planeta. Tudo indica que o metal, devido a suas propriedades singulares, era necessário para atender exigência crucial, relacionada com a própria sobrevivência dos habitantes de Nibiru. É possível que fosse usado suspenso em partículas na atmosfera do planeta, funcionando como um
escudo, protegendo-o de uma dissipação que seria fatal.
Enki-Ea, filho do governante de Nibiru, Anu, foi bem escolhido para a missão. Ele era um engenheiro brilhante, além de cientista, apelidado de NU.DIN.MUD (“O que Faz Coisas”). Seu plano era extrair ouro das tranqüilas águas do golfo Pérsico e das áreas pantanosas adjacentes, que adentravam a Mesopotâmia. Os membros sumérios costumavam mostrá-lo como o deus das águas correntes, sentado num laboratório com frascos interconectados a sua volta.
No entanto, o prosseguimento do relato sugere que nem tudo transcorria de acordo com o planejado. A produção de ouro mantinha-se abaixo das expectativas e, para lhe dar maior velocidade, mais astronautas foram enviados à Terra. Esses visitantes, que aparecem com o nome de Anunnaki (“Os que do Céu Vieram para a Terra”), começaram a chegar em grupos de
cinqüenta, e um deles era liderado pelo primogênito de Ea/Enki, MAR.DUK.

O relato registra uma mensagem urgente de Marduk a seu pai, na qual ele descreve uma quase calamidade no vôo para a Terra, quando sua nave espacial passava perto de um dos grandes planetas do sistema solar, Júpiter provavelmente, e quase colidiu com um de seus satélites. Descrevendo o “ataque” contra sua nave, Marduk, ainda emocionado, contou ao pai: Ele fora criado como uma arma; Avançou como se fosse a morte… Os Anunnaki, que são cinqüenta, ele golpeou…
O Orbitador Supremo, voador, com aspecto de pássaro, ele golpeou no peito.
Uma gravação num selo cilíndrico sumério pode ser a ilustração do relato: mostra o Senhor da Terra (à esquerda), ansioso, saudando o filho, que está vestido como um astronauta (à direita), e a espaçonave entre Marte (a estrela de seis pontas) e a Terra (o sétimo planeta do sistema solar, contando-se de fora para dentro), simbolizada por sete pontinhos e com a Lua perto dela.
No planeta natal [Nibiru] de Enki, governado por seu pai AN (Anu, em acadiano), as atividades das equipes eram seguidas com ansiedade e expectativa. Pouco a pouco deve ter surgido a impaciência, e depois a decepção, com a falta de progresso. Evidentemente, o plano de extrair ouro da água do mar por meio de processos de laboratório não funcionava como se esperara de início.
Todavia, o ouro continuava sendo de grande necessidade. Os Anunnaki só tinham duas opções: abandonar o projeto ou tentar obter o metal de outra maneira, isto é, pela mineração . Eles sabiam que havia ouro em abundância no AB.ZU (“A Fonte Primeva”), no extremo sul do continente africano. (Nas línguas semitas que derivaram do sumério, até hoje zaab – abzu com as sílabas
invertidas- é a palavra para ouro).
Essa segunda opção, contudo, representava um grande problema. O ouro africano teria de ser retirado das profundezas da terra, o que significava abandonar um processo sofisticado de tratamento de água e enfrentar o duro trabalho de mineração abaixo da superfície do solo. Um empreendimento desse tipo exigiria mais Anunnaki, uma colônia no “lugar dos veios brilhantes”, aumento das instalações na Mesopotâmia e uma frota de navios de minério (MA.GUR UR.NU AB.ZU – “Navios para os Minérios do Abzu”) fazendo a ligação entre os dois povoamentos. Enki teria capacidade para administrar tudo isso sozinho?
Seu pai Anu achou que não. Após oito anos de Nibiru depois da chegada de Enki – 28 800
anos terrestres -, ele veio à Terra para examinar a situação com seus próprios olhos e chegou acompanhado do herdeiro legítimo, EN.LIL (“Senhor do Comando”, mais tarde o “deus” Yahweh do “povo eleito”), talvez por considerá-lo mais qualificado para se encarregar da Missão Terra e organizar o transporte do ouro para Nibiru.
A escolha de Enlil/Yahweh pode ter sido fundamental, mas criou sérios problemas, pois só serviu para aumentar a rivalidade e o ciúme entre os dois meios irmãos. Enki era o primogênito de Anu com Id, uma [reptiliana] de suas seis concubinas, e poderia esperar herdar o trono do pai. Mas, como aconteceu no conto bíblico envolvendo Abraão, sua concubina Hagar e Sara sua esposa e meia-irmã, a esposa e meia-irmã de Anu, Antum, lhe deu um filho, Enlil/Yahweh . Pelas regras de sucessão de Nibiru – fielmente adotadas pelo patriarca da Bíblia -, Enlil/Yahweh tornara-se o herdeiro legítimo, passando à frente de Enki. Podemos imaginar o que Enki sentiu ao ver seu rival, aquele que o privara do trono, chegar à Terra para assumir o comando! Nunca é demais enfatizar a importância da linhagem nas guerras dos deuses; elas estão na base de todas as lutas pela sucessão e supremacia, tanto em Nibiru como posteriormente na Terra.
De fato, quando deslindamos a intrigante persistência e a ferocidade das guerras dos deuses, tentando encaixá-las na estrutura da história e da pré história de nosso planeta – uma tarefa jamais tentada antes -, fica claro que todas tiveram origem num código de comportamento sexual não com base na moralidade, mas em considerações de pureza genética. No cerne dessas guerras sempre esteve uma intricada genealogia que determinava a hierarquia e a sucessão, e os atos sexuais de reprodução dinástica dos que pertenciam à linhagem dominante não eram avaliados por sua ternura ou violência, mas por seu propósito e resultado.
Existe uma lenda suméria que conta como Enlil/Yahweh, o comandante-chefe dos Anunnaki, encantou-se com uma jovem enfermeira que viu nadando nua num rio. Ele a persuadiu a acompanhá-lo num passeio de barco e fez sexo com ela, apesar dos protestos da moça (“Minha vulva é pequena, não conhece cópula”). Apesar de sua parte patente,Enlil/Yahweh foi preso pelos “cinqüenta deuses superiores” quando voltava para sua cidade, Nippur, e “os sete Anunnaki juízes” o consideraram culpado do crime de estupro, condenando-o ao exílio no Abzu. Ele só foi perdoado quando se casou com a jovem deusa, que o seguira até o exílio.
Muitas canções celebraram o caso de amor entre Inanna e um jovem deus chamado Dumuzi, descrevendo com comovente ternura seus atos sexuais: Ó, eles puseram sua mão na minha para mim. Ó, eles puseram seu coração perto do meu para mim. Doce é dormir de mão dada com ele, mas o mais doce dos doces é também a beleza e me unir coração a coração com ele. O tom aprovador dos versos é compreensível, pois Dumuzi era o noivo de Inanna, escolhido por ela com a aprovação de seu irmão UtuShamash. Mas para nós é bastante difícil entender um texto em que Inanna descreve cenas de amor apaixonado com o próprio irmão: Meu amado veio ao meu encontro, extraiu de mim, regozijou-se junto comigo. Meu irmão levou-me a sua casa, fez-me deitar em seu doce leito… Em uníssono as línguas trabalhando em uníssono, meu irmão, o do mais
belo dos rostos, fez cinqüenta vezes.
Devemos ter em mente que o código de conduta dos Anunnaki proibia o casamento, mas não o amor entre irmão e irmã plenos. Por outro lado, o casamento entre meios-irmãos era até encorajado, e os descendentes desse casal tinham precedência na ordem hierárquica. Enquanto o estupro era condenado, o sexo, mesmo se irregular e violento, era aceito desde que visasse a sucessão ao trono. Uma longa história relata como Enki, desejando ter um filho homem de sua meia-irmã Sud, aproveitou-se do fato de encontrá-la sozinha e “derramou sêmen em seu ventre”. Sud, porém, deu à luz uma filha, e Enki, ainda querendo um herdeiro, passou a fazer amor com a menina logo que ela se tornou “jovem e bela”. “Ele extraía prazer dela, abraçava-a, deitava em seu colo; ele toca as coxas, ele toca a … Da menina com quem coabita”. Esse tipo de coisa continuou despudoradamente com uma sucessão de filhas jovens até que Sud lançou uma maldição em Enki, que o deixou paralítico. Só então cessaram suas estripulias sexuais em busca de um herdeiro.
Quando Enki envolveu-se nessas artes, ele já estava casado com Ninki, o que mostra que o mesmo código que condenava o estupro não proibia o incesto ou aventuras extraconjugais. Sabemos que os deuses podiam ter esposas e concubinas à vontade (um texto catalogado como CT-24 dá uma lista de seis concubinas de Anu), mas eram obrigados a escolher uma delas como a consorte oficial, dando sempre preferência a uma meia-irmã. Quando um deus, além de seu nome e vários epítetos, era contemplado com um nome-título, a consorte oficial passava a ser honrada com a forma
feminina correspondente. Assim, quando An recebeu seu título (“O Celestial”), sua consorte passou a ser chamada de Antu, ou seja, Anu e Antum em acadiano. A enfermeira que se casou com Enlil/Yahweh (“O Senhor do Comando”) recebeu o título-nome de Ninlil (“A Senhora do Comando”); a esposa de Enki, Damkina, era chamada de Ninki, e assim por diante.
Devido à importância das relações familiares entre esses grandes Anunnaki, muitas das chamadas Listas de deuses feitas pelos antigos escribas eram de natureza genealógica. Numa delas, intitulada AN:ILU:ANUN, estão os nomes de “quarenta e dois antepassados de Enlil/Yahweh“, arranjados como vinte e um casais divinos. Isso devia ser um sinal de grande linhagem real, pois dois documentos que tratam de Anu também dão uma lista de vinte e um casais ancestrais em Nibiru.
Aprendemos que os pais de Anu eram AN.SHAR.GAL (“O Grande Príncipe do Céu”) e KI.SHAR.GAL (“A Grande Princesa do Solo Firme”) e, como seus nomes indicam, eles não eram o casal reinante de Nibiru. Sendo um grande príncipe, o pai de Anu devia ser o herdeiro legítimo, e sua consorte a primeira filha do governante (com uma esposa diferente) e, assim, sua meia-irmã. Nesses acontecimentos ligados à genealogia estão a chave para a compreensão tanto dos eventos ocorridos em Nibiru, antes da vinda de seus habitantes para a Terra, como dos eventos posteriores, depois de sua chegada a nosso planeta.
O fato de os nibiruanos terem mandado Ea vir à Terra em busca de ouro significa que eles já estavam a par da disponibilidade do metal neste planeta bem antes da chegada do primeiro grupo. Como? As respostas podem ser muitas. Talvez tenham sondando a Terra com satélites
não tripulados, tal como atualmente estamos fazendo em relação a outros planetas de nosso sistema solar. É possível que tenham feito rápidas expedições à Terra, como fizemos à Lua. Na verdade, quando lemos os textos que tratam das viagens espaciais entre Nibiru e a Terra, não podemos descartar a possibilidade de eles também terem pousado em Marte.
Não sabemos se nem quando aconteceram essas primeiras aterrissagens premeditadas, mas existe uma crônica muito antiga que fala de um pouso anterior feito em circunstâncias dramáticas, quando um governante deposto de Nibiru fugiu para nosso planeta pilotando sua espaçonave!
Essa fuga deve ter acontecido bem antes de Ea ser mandado à Terra pelo pai, porque foi em decorrência dele que Anu conquistou o trono. A informação está contida num texto cuja versão hitita recebeu dos eruditos o nome de Realeza no Céu. Ele nos esclarece sobre a vida na corte de Nibiru e conta uma história de traição e usurpação digna de uma peça de Shakespeare.
Revela que, quando chegou a hora da sucessão, seja por morte natural ou de outra forma qualquer, quem subiu ao trono não foi Anshargal, o pai de Anu e herdeiro legítimo, mas sim um parente chamado Alalu (Alalush, no texto hitita). Com um gesto de reconciliação, ou por ser o costume, Alalu indicou Anu para o cargo de copeiro-mor, uma posição de grande honra e confiança que conhecemos por intermédio de vários textos e desenhos do Oriente Médio da
Antiguidade.
Mas, depois de nove anos nibiruanos, Anu (Anush, em hitita) “desafiou Alalu em batalha” e o depôs: Uma vez, nos velhos dias, Alalush era rei no Céu. Alalush estava sentado no trono; o poderoso Anush, primeiro entre os deuses, estava parado diante dele. Ele fazia uma reverência com uma taça nas mãos, Por nove períodos contados, Alalush foi rei no Céu. No nono período contado, Anush desafiou Alalush em batalha. Foi então que, como nos conta esse antigo texto, ocorreu a dramática fuga dele para a Terra. Alalush foi derrotado e fugiu da presença de Anush. Desceu para a Terra de tons escuros.

Anush sentou-se no trono. Embora seja possível que muito sobre nosso planeta e seus recursos já fossem do conhecimento dos habitantes de Nibiru antes do vôo de Alalu, o fato é que nesse relato temos o registro de uma aterrissagem de nibiruanos antes da chegada da missão de Ea. As Listas de Reis Sumerianos relatam que o primeiro administrador da cidade de Eridu chamava-se Alulim – nome que poderia ser um outro epíteto para EA/Enki ou a versão suméria de Alalu. Com isso, ocorre-nos que Alalu, apesar de ser um governante deposto, pudesse estar preocupado com o destino de seu planeta natal a ponto de avisar o usurpador de seu trono que encontrara ouro nas águas da Terra. Uma informação que talvez confirme essa teoria é o fato de que houve uma
reconciliação entre o usurpador e a família do derrotado, pois Anu indicou Kumarbi, neto de Alalu, para ser seu copeiro-mor.
No entanto, esse gesto de reconciliação só serviu para fazer a história se repetir em Nibiru. Apesar de todas as honras, Kumarbi não conseguiu esquecer que Anu usurpara o trono de seu avô. Com o passar do tempo sua hostilidade foi se tornando cada vez mais óbvia, até que Anu “não conseguia
mais suportar o olhar de Kumarbi”. Foi por isso que, ao decidir vir à Terra em companhia do herdeiro legítimo Enlil/Yahweh, Anu achou mais seguro trazer também o jovem Kumarbi. As duas
decisões terminaram por estragar a visita com disputas e uma agonia pessoal para Anu.
A resolução de trazer Enlil/Yahweh e colocá-lo no comando da missão criou discussões acaloradas com Enki, que ecoam em vários textos já decifrados. Enki, furioso, ameaçou deixar a Terra e voltar para Nibiru. No entanto, e se ao voltar para lá Enki resolvesse usurpar o trono? Anu poderia permanecer na Terra e indicar Enlil/Yahweh como seu substituto temporário em Nibiru, mas e se Enlil/Yahweh se recusasse a entregar o trono na volta do pai? Havia desconfiança por todos os lados. Finalmente ficou decidido que eles deixariam a escolha a cargo do destino, fazendo um sorteio. A divisão de autoridade que se seguiu é mencionada repetidamente nos textos sumérios e acadianos.
Uma das mais longas Crônicas da Terra, um texto chamado O Épico Atra Hasis, registra o sorteio e seu resultado: Os deuses deram-se as mãos, depois jogaram a sorte e dividiram: Anu subiu para o Céu; A Terra tomou-se súdita de Enlil/Yahweh ; Aquilo que o mar envolve como um laço deram ao príncipe Enki. Enki ao Abzu desceu e assumiu o governo do Abzu. Acreditando ter conseguido separar os irmãos rivais, “Anu subiu ao Céu”.
No entanto, enquanto estava no Firmamento da Terra, uma virada inesperada nos eventos o surpreendeu. Talvez como uma precaução, Kumarbi fora deixado na plataforma espacial que orbitava nosso planeta. Quando Anu chegou, pronto para partir na longa viagem de volta a Nibiru, viu-se confrontado pelo seu copeiro-mor. Palavras ásperas logo deram lugar a uma luta: Anu deu batalha a Kumarbi, e Kumarbi deu batalha a Anu. Vendo-se superado pelo adversário mais jovem, “Anu tentou desvencilhar-se das mãos de Kumarbi”, mas este conseguiu agarrá-lo pelos pés e “mordeu-o entre os joelhos”, ferindo Anu em sua “virilidade”. Foram encontradas figuras antigas que ilustram a luta, mostrando inclusive o hábito dos Anunnaki de se ferirem nos órgãos genitais
durante os combates pessoais.
Desonrado, cheio de dores, Anu partiu para Nibiru, deixando Kumarbi com os astronautas que tripulavam a plataforma orbital e os ônibus espaciais. Mas, antes de ir, amaldiçoou seu jovem inimigo, desejando que ele criasse “três monstros em sua barriga”. A similaridade entre esse conto hitita com a lenda da castração de Urano por Cronos não pede análises mais elaboradas. E, tal como nas lendas gregas, esse episódio preparou a cena para as guerras entre os deuses e os Titãs.
Depois da partida de Anu, a Missão Terra foi acelerada. À medida que mais Anunnaki iam aterrissando – seu número acabou chegando a seiscentos-, alguns eram mandados ao Mundo Inferior para ajudar Enki na mineração do ouro, outros iam engrossar a tripulação dos navios de minério e o restante ficava com Enlil/Yahweh na Mesopotâmia. Nessa região foram fundados novos povoados, de acordo com um plano diretor elaborado por Enlil/Yahweh , parte de um plano completo de organização de procedimentos: Ele aperfeiçoou os procedimentos, ordens divinas; Estabeleceu cinco cidades em lugares perfeitos, Deu um nome a cada uma. Arranjou-as como centros.
A primeira dessas cidades, Eridu, Ele concedeu a Nudimmud, o pioneiro. Cada um desses povoados pré-diluvianos da Mesopotâmia tinha uma função específica, revelada por seu nome. O primeiro foi E.RI.DU (“Casa Construída num Lugar Longínquo”), o local de extração do ouro, situado à margem das águas, que permaneceu sempre como a residência de Ea na Mesopotâmia. Depois veio BAD.TIBlRA (“Lugar Brilhante onde os Minérios são Finalizados”), o centro metalúrgico onde era feita a fundição e o refino do ouro. Em seguida LA.RA.AK (“Vendo a Luz Brilhante”), a cidade onde ficava o radiofarol que orientava a aterrissagem dos ônibus espaciais. SIPPAR (“Cidade dos Pássaros”), o local do espaçoporto. E, depois, SHU.RUP.PAK (“O Lugar do Máximo Bem-Estar”), equipado com centro médico e que foi colocado sob a direção de Sud (“Aquela que Ressuscita”),
meia-irmã tanto de Enki como de Enlil/Yahweh .
Uma outra cidade-guia, LA.AR.SA (“Vendo a Luz Vermelha”), também foi construída, pois a complexa operação da Missão Terra dependia de uma coordenação perfeita entre os Anunnaki e trezentos astronautas, os IGIGI (“Os que Vêem e Observam”), que permaneciam orbitando a Terra. Agindo como intermediários entre a Terra e Nibiru, os Igigi tripulavam as plataformas orbitais, onde ficavam estocadas as barras de ouro vindas da Terra nos ônibus espaciais, para serem transferidas posteriormente às espaçonaves maiores para serem levadas para Nibiru.

Essas espaçonaves maiores depois as transportavam para o planeta-mãe, quando este se aproximava da Terra, completando sua enorme órbita elíptica de 3600 anos entre o nosso sistema solar e o sistema solar de Sírius. O mesmo caminho, ao contrário, era seguido na entrega de equipamentos e novos astronautas para a Terra. Toda essa operação exigia um Centro de Controle da Missão, que logo Enlil/Yahweh começou a construir e equipar. Ele recebeu o nome de NIBRU.KI (“O Lugar de Nibiru na Terra”) – Nippur, em acadiano. Lá, sobre uma plataforma artificialmente construída, equipada com antenas – o protótipo da “Torre de Babel”-, ficava uma câmara secreta, a DIR.GA (“Câmara Escura, Incandescente”), onde eram guardados os mapas espaciais (“Os emblemas das estrelas”) e mantido o DUR.AN.KI (“O Vínculo entre o Céu e a Terra”).
As crônicas garantem que os primeiros povoados dos Anunnaki na Terra foram “arranjados como centros”. A essa afirmação enigmática podemos acrescentar o mistério das palavras dos reis pós-diluvianos, que diziam que, ao reconstruírem na Suméria as cidades arrasadas pelo dilúvio, tinham
seguido: O perene plano básico, que durante todo o tempo a construção determinou. Ele é aquele que contém os desenhos dos Tempos Antigos e a escrita do Céu Superior. O enigma fica resolvido quando marcamos as primeiras cidades fundadas por Enki e Enlil/Yahweh no mapa da região e as ligamos com círculos concêntricos. De fato elas foram “arranjadas como centros”, todas eqüidistantes do Centro de Controle da Missão, em Nippur. E sua disposição era mesmo um plano vindo do “Céu Superior”, pois só faz sentido a alguém que pudesse ver todo o Oriente Médio de bem alto.
Escolhendo como o marco geodésico o monte Ararat com seus dois picos – o acidente geográfico mais notável da área -, os “deuses” construíram seu espaçoporto no ponto onde um eixo norte cortando o Ararat cruzava o rio Eufrates, facilmente visível. Nesse “perene plano básico”, todas as cidades estavam arranjadas em flecha, determinando o Corredor de Aterrissagem das espaçonaves vindas do espaço exterior até o espaçoporto de Sippar.
As periódicas remessas de ouro para Nibiru devem ter aplacado até mesmo as grandes rivalidades naquele planeta, pois Anu continuou seu soberano por um longo tempo. No entanto, os principais atores que ficaram na Terra, neste palco de “tons escuros”, estavam prontos para dar vazão a todas as emoções imagináveis e entrar em incríveis e enomes disputas, conflitos e guerras devastadoras.
CONTINUA . . .