As Guerras dos ‘deuses’ e dos homens (7) – A ‘Divisão’ da Terra

O homem nasceu para ser um guerreiro ou os “deuses” ensinaram a humanidade a guerrear ? Os “deuses” alienígenas/extraterrestres foram responsáveis pelos eventos mais cataclísmicos da história humana ? As guerras da Terra começaram nos “Céus” e os eventos celestes determinaram o futuro da humanidade na Terra ? Neste livro, Zecharia Sitchin apresenta uma evidência surpreendente de que os deuses [Anunnaki, Nefilins, et caterva] que vieram à Terra desde o planeta Nibiru e outros sistemas, travaram uma série de batalhas ferozes pela supremacia e controle do nosso planeta, alistando os terráqueos nesses conflitos entre os “deuses”.

Fonte: As Guerras dos deuses e dos homens : Livro III das crônicas da Terra, de Zecharia Sitchin

Sitchin conta com um estudo meticuloso dos relatos antigos, desde as escritas sumérias em tabletes de argila e o Antigo Testamento até os mitos antigos dos ensinamentos canaanitas, egípcios, hititas, persas, gregos e hindus, para traçar a saga dos “deuses” e dos homens de um início criativo a um fim trágico. Ele usa então fontes modernas, como fotografias da Terra tiradas pela NASA desde o espaço, para revelar a evidência de uma enorme explosão nuclear ocorrida há cerca de 4 mil anos, mudando a vida na Terra para sempre. O novo exame dos mistérios antigos feito por Sitchin explica o Grande Dilúvio, a destruição de Sodoma e Gomorra [o primeiro grande núcleo da permissividade e corrupção da ideologia Transgênero e LGBTQ+] e outros eventos cataclísmicos do passado na história da humanidade, possibilitando a compreensão de nosso presente e um vislumbre do nosso futuro.


7 – A DIVISÃO DA TERRA

“Os filhos de Noé que saíram da arca foram Sem, Cam e Jafé… a partir deles se fez o repovoamento de toda a Terra.”

Esses versículos da Bíblia, que vêm logo depois da história do Dilúvio, precedem a Tábua das Nações (Gênesis 10 – O Povoamento da Terra), um documento inigualável cuja veracidade de início foi posta em dúvida pelos estudiosos, pois dava uma lista de nações-Estados desconhecidas até então. No entanto, depois de um século e meio de análises, pesquisas e descobertas arqueológicas, hoje os “eruditos” se surpreendem diante de sua exatidão.

Esse registro engloba uma abundância de informações geográficas e políticas de grande confiabilidade a respeito da emergência da lama dos remanescentes da humanidade e a desolação que se seguiu ao Dilúvio, até atingirem as civilizações e impérios. Deixando a importante linhagem de Sem para o fim, a Tábua das Nações começa com os descendentes de Jafé (“O Belo”).

“Filhos de Jafé: Gomer, Magog, Madai, Javã, Tubal, Mosoc, Tiras. Filhos de Gomer: Asquenez, Rifat, Togorma. Filhos de Javã: Elisa, Társis, os Cetim, os Dodanim. A partir deles fez-se a dispersão nas ilhas das nações”. Um fato pouco notado é que aos sete filhos/nações de Jafé correspondiam as terras altas da Ásia Menor e as regiões em torno do mar Negro e do mar Cáspio, as áreas montanhosas que primeiro se tomaram habitáveis depois do Dilúvio. Só as gerações posteriores puderam se dispersar para as regiões costeiras e ilhas, que levaram muito tempo para serem habitáveis.

Os descendentes de Cam (“O Quente” ou também “O de Tons Escuros”) foram de início “Cuch, Mesraim, Fut e Canaã“, e em seguida uma série de outras nações-Estados, correspondendo às áreas africanas da Núbia, Etiópia, Egito, Líbia, as nações-núcleo do repovoamento da África, de novo começando a partir das terras mais altas e daí se dispersando para as regiões mais baixas.

“Uma descendência também nasceu de Sem, o pai de todos os filhos de Héber e irmão mais velho de Jafé”. Os primeiros filhos/nações de Sem foram: “Elam, Assur, Arfaxad, Lud, Aram”, nações-Estados que abrangiam as terras altas que iam do Golfo Pérsico ao sul até o Mediterrâneo ao noroeste, ladeando a grande Terra-entre-os-Rios, ainda não habitável. Esse é o território que poderíamos chamar de Terras do Espaçoporto: a Mesopotâmia, onde ficava o espaçoporto pré-diluviano em si; a Montanha dos Cedros [Baalbek, no atual Líbano], onde continuara funcionando o Local de Aterrissagem; o País de Salé (Shalem), onde seria estabelecido o Centro de Controle da Missão pós-diluviano; e a península do Sinai adjacente, local do futuro espaçoporto.

O nome do ancestral de todas essas nações, Sem ou Shem, que significa “Câmara Celestial”, era, portanto bem apropriado. A ampla divisão da humanidade em três ramos, segundo a Bíblia, não
acompanhou somente a geografia e a topografia das áreas para as quais o homem tinha se dispersado, mas também a divisão da Terra entre os descendentes de Enlil/Yahweh e de seu irmão Enki. Sem e Jafé são retratados na Bíblia como bons irmãos, enquanto a postura em relação à linhagem de Cam, especialmente com Canaã, é cheia de recordações amargas. A origem disso
são histórias ainda não contadas, relatos sobre deuses, homens e suas guerras…

A tradição da divisão do mundo povoado da Antiguidade em três ramos também está de acordo com o que sabemos sobre o surgimento das civilizações. Os pesquisadores aceitam que houve uma mudança abrupta na cultura humana por volta de 11.000 a.C. – época do Dilúvio, de acordo com nossas descobertas – e deram a essa era de domesticação o nome de Mesolítica (Média Idade da Pedra). Por volta de 7.400 a.C. – exatamente 3.600 anos depois [retorno de Nibiru?] – houve um outro avanço abrupto. Os cientistas o chamam de Período Neolítico (Nova Idade da Pedra), mas sua principal característica foi a passagem dos instrumentos de pedra para os de argila, com o surgimento da cerâmica.

E então, “súbita e inexplicavelmente” – mas de novo exatamente 3600 anos depois -, desabrochou na planície entre os rios Eufrates e Tigre (3800 a.C.) a notável civilização da Suméria. A ela seguiu-se, por volta de 3100 a.C. a civilização do Nilo . Então, em 2800 3.113 a.C. surgiu a terceira civilização da Antiguidade, a do rio Indus [ancestral da atual India, nasce Krishna]. Essas foram as três regiões concedidas aos humanos, e delas se originaram as nações do Oriente Médio, África e Indo-Europa, uma divisão fielmente registrada na Tábua das Nações do Antigo Testamento [aqui NÃO há menção aos povos vermelhos das Américas e aos povos Amarelos da China e denais regiões da Ásia].

E tudo isso, segundo as crônicas sumérias, foi resultado de decisões tomadas pelos “deuses” Anunnaki: Os Anunnaki que decretam os destinos sentaram-se trocando opiniões a respeito da Terra. As quatro regiões eles criaram. Essas simples palavras, que se repetem em vários textos sumérios, mostram que três das regiões resultantes da divisão da Terra pelos Anunnaki foram
entregues aos humanos, dando origem às três civilizações.

A quarta os Anunnaki mantiveram para seu próprio uso e recebeu o nome de TIL.MUN, a “Terra dos Foguetes”. Em A Escada para o Céu, apresentamos os indícios comprobatórios que identificam Tilmun como sendo a península do Sinai. Embora no que concernia à habitação humana os descendentes de Sem – os “Habitantes da Areia”, nos textos egípcios – é que poderiam residir nas áreas irrestritas da península, surgiram profundas desavenças entre os Anunnaki na hora de dividir essa quarta região entre eles. Quem tivesse o controle do espaçoporto pós-diluviano controlaria também os vínculos entre Nibiru e a Terra, como tinham mostrado tão claramente as experiências com Zu e Kumarbi. Com o aumento da rivalidade entre os clãs de Enlil/Yahweh e Enki, fez-se
necessário encontrar uma autoridade neutra para governar a Terra dos Foguetes.

A solução foi engenhosa. A irmã de Enki e Enlil/Yahweh, Sud, era da mesma linhagem deles e, como filha de Anu, ostentava o título de NIN.MAH (“Grande Senhora”). Ela estava entre o grupo original dos “Grandes” Anunnaki, os pioneiros da Terra, e era membro do Panteão dos Doze. Sud teve um filho com Enlil/Yahweh e uma filha com Enki, e era carinhosamente chamada de Mammi (“Mãe dos deuses”). Além disso, ajudara a criar o homem. Devido a sua perícia no campo da medicina e genética, ela salvara muitas vidas, e por isso também era conhecida como NIN.TI (“Senhora Vida”). Apesar de sua importância, Sud nunca tivera seus próprios domínios, e quando alguém sugeriu que Tilmun fosse entregue a ela, não houve oposição.

A península do Sinai é um lugar estéril, com altas montanhas de granito ao sul, um platô montanhoso na região central e uma planície de solo duro e pedregoso ao norte, cercada de morros e colinas. Depois da planície começa uma faixa de dunas de areia, que vai até o Mediterrâneo. No entanto, nos locais onde a água fica retida, como nos vários oásis ou nos leitos secos dos rios, que se tornam caudalosos durante as breves chuvas do inverno e onde a umidade está logo abaixo da superfície, crescem luxuriantes tamareiras, árvores frutíferas e vários tipos de vegetais, além da relva que serve de alimento para carneiros e cabras.

O Sinai é uma península montanhosa e desértica do Egito, entre os golfos de Suez e Ácaba. O nome tem origem no deus Sin, deus da lua. Por isso se diz que Sinai é a “Terra da Lua”; e a terra das águas turquesa da Paz. Ocupa uma posição estratégica que une dois continentes – África e Ásia – separando também dois mares – o Mediterrâneo e o Mar Vermelho. A Península tem uma superfície de 61 000 km² em forma triangular dividindo-se em duas partes: Sinai do Norte e do Sul. A sua fauna é muito variada e extremamente rica especialmente em aves. Também a flora é de grande valor, possuindo mais de 5 mil classes de plantas diferentes. Toda esta região se tornou conhecida devido aos seus muito numerosos poços subterrâneos – é a terra do petróleo e do ouro. Segundo a Bíblia, foi no Monte Sinai onde o “deus” (o anunnaki Yahweh/Enlil) teria dado o Decálogo a Moisés.

Milênios atrás a região deve ter sido tão inóspita quanto atualmente, e foi construída uma morada para Sud num dos sítios de repovoamento da mesopotâmia, mais acolhedora: porém ela decidiu ir tomar posse de seus domínios montanhosos. Apesar de todos os seus atributos, Sud sempre
desempenhou um papel secundário. Quando chegou à Terra, era jovem e bela, mas agora estava velha e gorda, e, pelas costas, a chamavam de “A Vaca”. Por isso, ao saber que lhe tinham concedido seus próprios domínios, ela orgulhosamente declarou: “Agora sou uma soberana! Sozinha ficarei lá, reinando para sempre”!

Incapaz de dissuadi-la da idéia, Ninurta aplicou sua experiência em obras de drenagem e canalização para tornar habitável a região onde sua mãe iria viver. Lemos sobre seus feitos na Tabuinha IX dos “Feitos e Explorações de Ninurta”, em que ele se dirige a Sud, dizendo: Já que vós, nobre senhora, sozinha fostes para a Terra de Aterrissagem, já que para a Terra de Descida, vós partistes sem medo… Uma represa construirei para vós, para que a Terra possa ter uma dona.

Uma vez terminadas as obras de irrigação, e com a chegada do pessoal necessário para executar as tarefas que dariam conforto a Sud, Ninurta garantiu à mãe que em sua morada na área montanhosa ela teria uma abundância de vegetação, de madeira e minerais. Seus vales serão verdejantes de vegetação, suas encostas produzirão mel e vinho para vós, elas produzirão… Árvores zabalum e madeira-de-lei; seus terraços serão adornados de frutos como um pomar;
Harsag vos proverá com a fragrância dos deuses, vos proverá com os veios brilhantes; suas minas vos darão como tributo cobre e estanho; suas montanhas se encherão de gado grande e pequeno; o Harsag lhe dará as criaturas de quatro patas.

Essa é de fato uma descrição adequada para a península do Sinai; uma região com muitas minas, a principal fonte de cobre, turquesa e outros minerais da Antiguidade; o local onde era encontrada a acácia, cuja madeira se usava na confecção de móveis e adornos dos templos; uma região verdejante nos lugares em que havia água, possibilitando a criação de rebanhos. Será por acaso que o principal rio temporário da península, que se enche durante o inverno, ainda hoje tem o nome de El Arish, “O Agricultor”, exatamente o apelido de Ninurta – Urash?

Depois de fazer para sua mãe um novo lar na região sul da península do Sinai, Ninurta deu a ela um novo título: NIN.HAR.SAG (“Senhora da Montanha Cabeça”), pelo qual Sud seria chamada dali em diante. O termo “montanha cabeça” indica que o monte era o mais alto da península. Essa é a montanha conhecida hoje como o monte Santa Catarina, um pico reverenciado desde a Antiguidade, muitos milênios antes da construção do mosteiro próximo.

Perto dele eleva-se o monte Moisés, chamado assim pelos monges, sugerindo que se trata do monte Sinai da Bíblia. Embora haja muitas dúvidas sobre essa identificação, ninguém contesta que esses dois picos gêmeos vêm sendo considerados sagrados desde a mais remota Antiguidade. Acreditamos que o motivo para isso seja o fato de eles terem desempenhado um papel fundamental no planejamento do espaçoporto pós-diluviano e do Corredor de Aterrissagem que levava a ele.

Esses novos planos adotaram velhos princípios. Para compreendermos o grandioso projeto para o novo espaçoporto, é preciso primeiro revisarmos o modo como foram construídos o espaçoporto pré-diluviano e o seu Corredor de Aterrissagem na Suméria. Naquela época, os Anunnaki começaram escolhendo como ponto focal o monte Ararat, com seus dois picos, o mais alto da Ásia Ocidental e, portanto, o marco natural mais visível para quem estava chegando do céu.

Os outros acidentes geográficos, também naturais e visíveis, eram os rios Eufrates e Tigre, e o golfo Pérsico. Desenhando uma linha norte-sul imaginária a partir do monte Ararat, os Anunnaki determinaram que o espaçoporto deveria ficar onde a linha cortava o rio. Então, traçando uma diagonal com origem no golfo Pérsico – num ângulo preciso de 45 graus -, eles estabeleceram a Trajetória de Aterrissagem. Em seguida, escolheram os locais para seus primeiros povoados de modo a marcar um Corredor de Aterrissagem abrangendo os dois lados da Trajetória de Aterrissagem. No ponto central ficava Nippur, o Centro de Controle da Missão, e todos os outros povoados eram eqüidistantes dele.

Espaçoporto Anunnaki anterior ao Dilúvio, na Suméria

As instalações pós-diluvianas foram planejadas dentro dos mesmos princípios. O monte Ararat serviu como o principal ponto focal; a linha a 45 graus marcou a Trajetória de Aterrissagem, e uma combinação de acidentes geográficos naturais delineou o Corredor de Aterrissagem em forma de flecha. Só que dessa vez os Anunnaki tinham a Plataforma da Montanha dos Cedros (Baalbek), que sobrevivera da inundação do Dilúvio, e a incorporaram na nova Malha de Aterrissagem.

O monte Ararat, com seus dois picos, serviria de novo como o marco norte, ancorando tanto o Corredor de Aterrissagem como a Trajetória em seu centro. A linha sul do Corredor de Aterrissagem ligava o Ararat ao pico mais alto da península do Sinai, o Harsag (monte Santa Catarina), e seu gêmeo, o monte Moisés, um pouco mais baixo. A linha norte do Corredor estendia-se do Ararat, cortando a Plataforma de Aterrissagem em Baalbek, até o Egito. Ali o terreno é plano demais para oferecer marcos naturais, e foi por isso, temos certeza, que os Anunnaki
decidiram construir as duas grandes pirâmides de Gizé [elas já existiam há cerca de 252 milhões de anos], para terem os mesmos dois picos naquele local, só que artificiais.

Na escolha do local para a construção desses marcos artificiais entrou uma linha leste-oeste imaginária, já arbitrariamente concebida pelos Anunnaki para ajudá-los em suas ciências espaciais. Eles dividiram o firmamento em torno da Terra em três faixas ou “vias”. A faixa norte era a “Via de Enlil/Yahweh“; a sul, a “Via de Enki”; e a do meio, a “Via de Anu”. Elas eram separadas pelas linhas imaginárias que conhecemos como o paralelo 30º norte e o paralelo 30º sul.

O paralelo 30º parece ter tido um significado especial, sendo “sagrado”, e desde essa remota antiguidade as cidades santas da Terra, do Egito ao Tibet [Lhassa], passaram a ser fundadas sobre ele. O paralelo 30º foi escolhido para ser a linha sobre a qual seriam construídas as pirâmides (no ponto de interseção com a linha Ararat-Baalbek) e sobre a qual também ficaria o novo espaçoporto (EP), pois ao passar pela planície central do Sinai e cortar a Trajetória de Aterrissagem, bem no meio do Corredor, marcava o local exato onde ele deveria ser implantado.

Acreditamos que foi essa a Malha de Aterrissagem projetada pelos Anunnaki e o motivo do aparecimento das grandes pirâmides de Gizé. Ao sugerir que as grandes pirâmides de Gizé não foram construídas por faraós, mas pelos Anunnaki que aqui estiveram milênios antes deles, estamos, é claro, indo contra as teorias dos arqueólogos e estudiosos sobre esses monumentos.

O novo Espaçoporto Anunnaki, após o Dilúvio

A afirmação dos egiptólogos do século 19 de que as pirâmides, inclusive as três de Gizé, foram erigidas por uma sucessão de faraós para lhes servirem de tumbas grandiosas, há muito caiu em absoluto descrédito [senão em “ridículo”]. Em nenhuma delas foi encontrado o corpo do rei que presumivelmente a mandara construir. Segundo essa estapafurdia teoria, a Grande Pirâmide fora erigida por Khufu (Quéops), a segunda, quase do mesmo tamanho, por um seu sucessor chamado Quafre (Quéfren), e a terceira, bem menor, por Menkaurê (Miquerinos), todos eles reis da VI Dinastia.

A Esfinge, na opinião desses mesmos egiptólogos, teria sido construída por Quéfren, já que ela está situada junto à rampa que leva à segunda Pirâmide. Por algum tempo acreditou-se que havia provas incontestáveis sobre a identidade do faraó que mandara construir a terceira pirâmide, devido à afirmação de um certo coronel Howard Vyse e seus dois assistentes de que teriam descoberto em seu interior o ataúde e os restos mumificados de Menkaurê. No entanto, nem o ataúde nem os restos de esqueleto são autênticos – fato já há um bom tempo conhecido pelos estudiosos do assunto, mas que continua pouco divulgado. Alguém, sem dúvida o tal coronel Vyse e seus asseclas, levou para o interior da terceira pirâmide um caixão de 2 mil anos depois da época de Menkaurê e ossos de eras cristãs, muito posteriores, e juntou-os numa descarada fraude ecológica.

As teorias atuais sobre os construtores das pirâmides estão baseadas na descoberta do nome “Khufu”, escrito em hieróglifos dentro de um compartimento encontrado hermeticamente lacrado no interior da Grande Pirâmide, o que estabeleceria a identidade de seu construtor. Poucos se dão
conta de que o “descobridor” [o “pintor”] dessa inscrição foi o mesmo coronel Vyse, sempre em companhia de seus pretensos “assistentes” (isso em 1837). Em A Escada para o Céu, apresentamos indícios substanciais para mostrar que a inscrição foi uma falsificação perpetrada pelos “descobridores”.

No final de 1983, um leitor desse meu livro procurou-me para mostrar documentos familiares que
registram que seu bisavô – um mestre pedreiro chamado Humphries Brenver, que fora contratado pelo coronel Vyse para cuidar da utilização da pólvora na explosão de passagens no interior da Grande Pirâmide – foi testemunha ocular da falsificação. Por ter se objetado ao feito, ele não só foi despedido do sítio arqueológico como também foi forçado a deixar o Egito!

Em A Escada para o Céu mostramos que Khufu não poderia ter sido o construtor da Grande Pirâmide, porque numa estela que ele mandou erigir perto dela refere-se à existência do monumento. Até mesmo a Esfinge, supostamente erigida pelo sucessor desse faraó, está mencionada na inscrição. As provas extraídas das pinturas feitas durante a época dos faraós da I
Dinastia – muito antes de Khufu e seus sucessores – mostram, conclusivamente, que esses reis de eras remotas já conheciam as maravilhas de Gizé. Pode-se ver claramente a Esfinge tanto nos desenhos que mostram a viagem do rei para a Outra Vida como numa cena de sua investidura pelos “Antigos” que chegam ao Egito num barco.

Apresentamos também como prova a bem conhecida Tabuinha da Vitória do primeiro faraó de todos, Menés, que mostra-o forçando a unificação do Egito. Num dos lados da plaquinha Menés é mostrado com a coroa branca do Alto Egito, derrotando os chefes dessa região e conquistando suas cidades. No outro, ostentando a coroa vermelha do Baixo Egito, ele marcha pelos distritos
dessa área e decapita seus chefes. À direita de sua cabeça, o artista escreveu o epíteto “Nar-Mer” conquistado pelo faraó. À esquerda está mostrada a mais importante estrutura existente nos distritos recém-conquistados: a pirâmide (fig. 39b).

Todos os estudiosos concordam que a tabuinha mostra de maneira realista todos os lugares, fortificações e inimigos encontrados por Menés em sua campanha para unificar os dois Egitos. No entanto, “‘o símbolo da pirâmide é o único que parece ter escapado” nesse exame tão ‘minucioso‘.

Nós afirmamos que ele, como todos os outros na tabuinha, foi incluído e desenhado de uma
forma proeminente na face relativa ao Baixo Egito, porque ele realmente existia lá. Portanto, todo o complexo de Gizé – pirâmides e Esfinge – já existia quando o sistema monárquico começou no Egito. Então, seus construtores não foram, nem poderiam ser faraós da VI Dinastia.

As outras pirâmides encontradas no Egito – menores, mais rústicas primitivas em comparação com as três de Gizé, algumas que ruíram antes da conclusão da obra – realmente foram construídas por vários faraós. No entanto, eles não as erigiram como tumbas ou cenotáfios (tumbas simbólicas monumentais), mas sim para imitar os deuses. Acreditava-se na Antiguidade que as três pirâmides
e a Esfinge de Gizé indicassem o caminho para o céu – o espaçoporto – na península do Sinai.

Quando construíam pirâmides para poder viajar para a Outra Vida, os faraós as enfeitavam com os símbolos que consideravam apropriados, ilustrações sobre o trajeto e, em vários casos, cobriam as paredes com reproduções de trechos do Livro dos Mortos. As três pirâmides de Gizé, únicas em sua construção externa e interna, tamanho e durabilidade, também se distinguem de todas as outras por não possuírem nenhum tipo de inscrição ou ornamento. Elas são apenas estruturas severas, funcionais, que se elevam na planície como marcos gêmeos, para servirem não os homens, mas “Aqueles que do Céu Vieram à Terra”.

Com base em nossas pesquisas e investigações, concluímos que a primeira pirâmide a ser construída em Gizé foi a menor das três, que serviu como um modelo em escala para testes de engenharia e utilização. Em seguida, mantendo a preferência pelos pontos focais duplos, foram erigidas as duas grandes pirâmides. Embora a segunda pirâmide seja menor do que a grande,
elas parecem ter a mesma altura, pois a segunda foi construída num terreno um pouco mais alto.

Única em seu incomparável tamanho, a Grande Pirâmide também se destaca por possuir, além da passagem descendente encontrada em todas as outras pirâmides, uma passagem ascendente, um corredor horizontal, duas câmaras e uma série de compartimentos estreitos e hermeticamente lacrados. A câmara superior é atingida por uma grande galeria incrivelmente elaborada e urna
antecâmara que poderia ser fechada com um simples puxar de cordas. A câmara que fica mais no alto continha – e contém – um bloco de pedra incomum, em forma de baú (obra que exigiu urna tecnologia impressionante) e que, ao ser golpeado, tocou como um sino.

Na parte superior da câmara fica a série de compartimentos baixos e fechados, propiciando uma extrema ressonância. E para que seria tudo isso? Existem muitos paralelos entre essas características únicas da Grande Pirâmide e as de E.KUR (“Casa que É como uma Montanha”) de Enlil/Yahweh o zigurate do deus na Nippur pré-diluviana. Como a pirâmide, ele dominava a planície adjacente.

Antes do Dilúvio, o Ekur de Nippur abrigava o DUR.AN.KI – “Vínculo entre o Céu e a Terra” – e servia como Centro de Controle da Missão, equipado com as Tábuas dos Destinos, os painéis com os
dados orbitais. Ele também continha a DIR.GA, uma misteriosa “Câmara Escura”, cujo “esplendor” orientava as naves para elas aterrissarem em Sippar. Tudo isso – os muitos mistérios e funções do Ekur que estão descritos na lenda de Zu – existia antes do Dilúvio. Quando a Mesopotâmia foi repovoada e Nippur restabelecida, a residência que Enlil/Yahweh e Ninlil mantinham na cidade era
um grande templo cercado de pátios e jardins, com portões pelos quais seus adoradores podiam entrar. Ali não era mais um território proibido porque as funções relacionadas com os vôos espaciais, bem como o espaçoporto em si, estavam num outro lugar.

Os textos sumérios passam a falar de um novo, misterioso e impressionante Ekur, “A Casa que É como uma Montanha”, situado num local distante, sob a égide de Ninharsag e não de Enlil/Yahweh. Assim, o conto épico sobre um rei chamado Etana, de uma época logo após o Dilúvio, fala que ele foi transportado para a Morada Celestial dos Anunnaki e que sua ascensão deu-se em local não muito distante do novo Ekur, no “Lugar das Águias”, ou seja, no espaçoporto.

Um “Livro de Jó” acadiano, intitulado Ludlul Bel Nimeqi (“Louvo o Deus da Profundeza”), refere-se ao “irresistível demônio que saiu do Ekur”, numa terra “do outro lado do horizonte, no Mundo Inferior África”. Não reconhecendo a imensa antiguidade das pirâmides de Gizé ou a identidade de seus verdadeiros construtores, os estudiosos do assunto também ficaram intrigados com essa aparente referência a um Ekur distante da Suméria. De fato, se alguém aceitar as interpretações comumente aceitas nos textos mesopotâmicos, ninguém naquela região estava a par da existência das pirâmides egípcias. Nenhum dos reis da Mesopotâmia que invadiram o Egito, nenhum dos mercadores que faziam comércio com ele, nenhum dos emissários que o visitaram, ninguém notou aqueles colossais monumentos… Como é possível?

Sugerimos que os monumentos de Gizé eram conhecidos na Suméria e em Acad. Sugerimos ainda que a Grande Pirâmide era o Ekur pós-diluviano, do qual os textos contemporâneos falavam longamente (como veremos a seguir). E sugerimos ainda que antigos desenhos da Mesopotâmia mostram as pirâmides quando estavam sendo construídas.

Já vimos como eram as “pirâmides” da Mesopotâmia, os zigurates ou torres em degraus. Existem estruturas completamente diferentes em alguns dos mais arcaicos desenhos sumérios. Em alguns deles vemos a construção de uma estrutura com base quadrada e lados triangulares, ou seja, uma pirâmide de faces lisas. Outros desenhos mostram uma pirâmide concluída, em que o símbolo da serpente a coloca claramente num território governado por Enki.

Outra ainda mostra a pirâmide enfeitada com asas para indicar sua função relacionada aos vôos espaciais. Esse desenho, do qual foram encontradas várias cópias, mostra a pirâmide junto com outras características de grande exatidão: uma esfinge agachada olhando para o lago dos Juncos; no outro lado do lago, uma outra esfinge voltada para a primeira, confirmando a afirmação encontrada em certos textos egípcios de que havia um monumento assim na península do Sinai.

Tanto a pirâmide como a esfinge localizada perto dela estão próximas de um rio, e, de fato, o complexo de Gizé fica próximo da margem do Nilo. E depois do rio está a extensão de água em que navegam os deuses que ostentam chifres, confirmando a lenda egípcia que afirmava que
eles tinham vindo do sul, pelo mar Vermelho. A impressionante similaridade entre esse arcaico desenho sumério e o arcaico desenho egípcio é prova de que as pirâmides e a Esfinge eram conhecidas tanto no Egito como na Suméria. Vale notar que até um detalhe pequeno, como o ângulo preciso da inclinação da pirâmide, [quase] 52 graus, está exato no desenho sumério.

A conclusão inevitável, portanto, é que a Grande Pirâmide era conhecida na Mesopotâmia, pelo menos por ter sido construída pelos mesmos Anunnaki que tinham erigido o Ekur original em Nippur. E nada mais lógico que eles a chamarem de E.KUR (“A Casa que É como uma Montanha”). Como suas antecessoras, a Grande Pirâmide de Gizé foi construída com misteriosas câmaras escuras e estava equipada com instrumentos para orientar as naves espaciais que usavam o espaçoporto pós-diluviano na península do Sinai. Para garantir sua neutralidade, ela foi colocada sob a proteção de Ninharsag.

Essa nossa solução para todo o mistério da construção das pirâmides dá significado a um poema antes considerado enigmático, exaltando Ninharsag como a dona da “Casa com um Pico Pontudo”, ou seja, uma pirâmide: Casa luminosa e escura do Céu e da Terra, para os foguetes reunir; E.KUR, Casa dos Deuses com pico pontudo; Para o Céu-Terra está grandemente equipada. Casa cujo interior brilha com uma Luz do Céu avermelhada, pulsando um raio que atinge longas e amplas distâncias; sua grandiosidade comove.

Impressionante zigurate, altíssima montanha das montanhas… Tua criação é grande e altíssima.
Os homens não podem entendê-la. A função dessa “Casa dos Deuses com Pico Pontudo” agora fica bem clara. Ela era uma “Casa de Equipamento”, que servia para “trazer para pousar” os
astronautas, “que vêem e orbitam”, um “grande marco terrestre para os altíssimos Shems (as ‘Câmaras Celestes’)”: Casa do Equipamento, altíssima Casa da Eternidade: seus alicerces são
pedras [que vão] até a água; seu grande perímetro está assentado em barro. Casas cujas partes são habilmente tecidas uma às outras; Casa que, com a exatidão de seus rugidos, traz para pousar os Grandes que Vêem e Orbitam… Casa que é o grande marco terrestre para os altíssimos Shems; montanha através da qual Utu ascende. [Casa] cujas profundas entranhas os homens não podem penetrar… Anu a tornou magnífica.

O poema prossegue, descrevendo as várias partes da estrutura: suas fundações “que causam espanto”; a porta da entrada, que abre e fecha como uma boca mostrando “uma luminosidade verde e fraca”; a entrada em si (“como a boca de um grande dragão aberta em espera”); os batentes (“como duas pontas de espada que mantêm afastados os inimigos”). A câmara interior é “como uma vulva” e está protegida por “punhais que golpeiam do alvorecer até o crepúsculo”; seu “derramamento” – aquilo que a câmara emite – “é como um leão que ninguém se atreve a enfrentar”.

Segue-se então a descrição de um grandioso corredor ascendente: “Sua abóbada é como um arco-íris, a escuridão termina ali; tudo nela impressiona; suas juntas fazem lembrar as garras de um abutre pronto para a captura”. No alto dessa galeria fica “a entrada para o topo da montanha”, que não se abre para o inimigo, somente para “Os que Vivem”. Três dispositivos de fechamento – “O ferrolho, a tranca e a fechadura… deslizando dentro de um lugar que inspira pavor” – protegem o acesso à câmara superior, da qual o Ekur “inspeciona o Céu e a Terra, uma rede estende”.

Esses são detalhes que impressionam pela exatidão quando os lemos com o apoio de nosso conhecimento atual sobre o interior da Grande Pirâmide. Nela a entrada era feita através de uma abertura na face norte, escondida por uma pedra giratória, e esta de fato se abria e fechava “como uma boca”. Subindo um patamar, a pessoa que entrava via-se diante da passagem descendente, que podia mesmo ser comparada com “a boca de um grande dragão aberta em espera”.

A entrada da pirâmide era protegida do imenso peso da estrutura acima dela por quatro blocos maciços, assentados em diagonal “como duas pontas de punhal que mantêm afastados os inimigos” e revelando uma enigmática pedra entalhada no meio. Pouco depois do início da passagem descendente, começava a passagem ascendente. Esta levava a um corredor horizontal, pelo qual se podia atingir o coração da pirâmide – uma “Câmara de Emissões”, que fazia lembrar “uma vulva”.

Continuando pela passagem ascendente, chegava-se à galeria ascendente, de construção elaboradíssima, cujas paredes iam se aproximando uma da outra em degraus, no sentido da
altura, dando àquele que entrava a impressão de que essas juntas, ou costelas, eram mesmo “como as garras de um abutre pronto para a captura”. A galeria levava à câmara superior, da qual uma “rede” – um campo de força “inspecionava o céu e a Terra”. O acesso a ela era feito através de uma
antecâmara, de construção muito complexa, onde três dispositivos de fechamento realmente estavam instalados, prontos para “deslizar” para baixo e “não se abrir para o inimigo”.

Depois de descrever o Ekur por dentro e por fora, o poema laudatório fornece informações a respeito das funções e da localização da estrutura: Neste dia a própria Dona fala com veracidade; a Deusa dos Foguetes, a Pura Grande Senhora, se elogia: “Sou a Dona; Anu determinou meu
destino”; filha de Anu eu sou. Enlil/Yahweh acrescentou-me um grande destino; sua irmã-princesa eu sou. Os deuses entregaram em minhas mãos os instrumentos de orientação do Céu-Terra; Mão das Câmaras Celestes eu sou. Ereshkigal concedeu-me o lugar-da-abertura dos instrumentos que
orientam os pilotos; “o grande marco, a montanha através da qual Utu se eleva, eu estabeleci como o estrado do meu trono”.

Se, como nós concluímos, Ninharsag era a Dona neutra da pirâmide de Gizé, ela deveria ser conhecida e venerada como deusa também no Egito. E era de fato o que acontecia, só que os egípcios a conheciam como Hathor. Os livros de história nos contam que esse nome significa “Casa de Hórus”, mas isso é só superficialmente correto. Essa leitura se origina do hieróglifo que mostra um falcão dentro do símbolo para “casa”. O falcão era o símbolo de Hórus porque ele podia voar como esse pássaro. No entanto, a tradução literal do nome é: “Deusa cuja Casa Fica Onde Estão os ‘Falcões”’, ou onde os astronautas fizeram seu lar: o espaçoporto.

Esse espaçoporto, como ficou demonstrado, na era pós-diluviana estava situado na península do Sinai. Ora, para ostentar o título de HatHor, a deusa deveria ser a dona da península do Sinai. E, de fato, os egípcios consideravam a península como o domínio de Hathor, e todas as estelas e templos erigidos pelos faraós nessa região eram dedicados exclusivamente a essa deusa. E, como Ninharsag em sua meia-idade, a Hathor egípcia também era apelidada de “A Vaca” e retratada com os chifres desse animal.

Afirmei que Ninharsag era a dona da Grande Pirâmide. E quanto a Hathor? Ela também ostentava esse título, o que é impressionante, mas não surpreendente. A prova vem sob a forma de uma inscrição do faraó Khufu (cerca de 2600 a.C.) numa estela comemorativa que ele erigiu num templo dedicado a Ísis, em Gizé. Conhecido como a Estela do Inventário, esse monumento estabelece
com clareza que a Grande Pirâmide e a Esfinge já existiam quando Khufu (Quéops) começou a reinar, pois nela ele afirma que construiu o templo de Ísis ao lado dos dois monumentos: Viva Hórus Mezdau. Ao rei do Alto e Baixo Egito, Khufu, a vida é dada! Ele fundou a Casa de Ísis,
Dona da Pirâmide, ao lado da Casa da Esfinge.

Então, na época de Khufu, Ísis (mulher de Osíris e mãe de Hórus) era considerada a “Dona da Pirâmide”. Mas, como deixa claro a continuação da inscrição, ela não era a primeira dona: Viva Hórus Mezdau. Ao rei do Alto e Baixo Egito, Khufu, a vida é dada! Para sua divina mãe Ísis, Dona da “Montanha Ocidental de Hathor”, Ele mandou fazer esta inscrição numa estela.

Portanto, a Grande Pirâmide não apenas era uma “Montanha de Hathor” – um paralelo exato com o sumério “A Casa que É como uma Montanha” – como também era a montanha ocidental da deusa, deixando implícito que Hathor tinha uma montanha ocidental. E essa, sabemos a partir das fontes sumérias, era o Har-Sag, o pico mais alto da península do Sinai. Apesar da rivalidade e suspeitas entre as duas dinastias divinas, praticamente não restam dúvidas de que o trabalho de construção do espaçoporto e das instalações de controle e orientação coube a Enki e seus descendentes. Ninurta provara ser mestre nas obras de represamento e irrigação. UtuShamash sabia comandar e operar as instalações de pouso e decolagem. Porém só Enki, o mestre cientista e engenheiro, que já fizera tudo aquilo antes, tinha a experiência e o know-how necessários para supervisionar o planejamento e a execução de uma obra tão importante e grandiosa.

Em nenhum dos textos sumérios que descrevem os feitos de Ninurta e de Utu existe ao menos uma insinuação de que qualquer em deles tenha se envolvido no planejamento ou na construção de obras relacionadas com atividades espaciais. Quando Ninurta, numa ocasião posterior, pediu a um rei sumério seu Pássaro Divino, foi um outro deus, que o acompanhava, que deu ao rei os
projetos arquitetônicos e as instruções de construção. Por outro lado, vários textos relatam que Enki passou a seu filho Marduk todo o conhecimento científico que possuía. Eles registraram uma conversa entre os dois, depois que Marduk procurou o pai com uma questão para a qual não encontrava solução.

Enki respondeu a seu filho, Marduk: “Meu filho, o que existe que você não saiba”? O que mais eu poderia lhe dar? Marduk, o que existe que você não saiba? O que posso lhe dar além de tudo o que já dei? Tudo o que sei você sabe!

Como são muito fortes as similaridades entre Ptah e Enki como o pai e Marduk e Ra como o filho, não devemos nos surpreender ao descobrir que os textos egípcios realmente ligavam Ra com as instalações espaciais e obras de construção relacionadas a elas. Nisso ele foi auxiliado por Shu e Tefnut, Geb e Nut, e também por Thoth, o deus das coisas mágicas. A Esfinge, o “guia divino”, que mostrava o caminho para o leste, exatamente ao longo do paralelo 30, tinha as feições de Hor-Akhti (“O Falcão do Horizonte”), o epíteto de Ra.

Uma estela erigida perto da Esfinge em épocas faraônicas tinha uma inscrição que denominava Ra como o engenheiro (“O que Estende o Cordão”), que construiu o “Lugar Protegido”, no “Deserto Sagrado”, de onde ele podia “ascender com grande beleza” e “atravessar o Firmamento”. Vós estendeis os cordões para o plano, Destes formas às terras… Tomastes secreto o Mundo Inferior… Construístes para vós um lugar protegido no deserto sagrado, com nome oculto. Vós vos elevais durante o dia do outro lado… Estais subindo com grande beleza… Estais cruzando o Firmamento com um bom vento… Estais atravessando o Firmamento no barco celestial… O céu se rejubila, a Terra grita de alegria. A tripulação de Ra louva todos os dias; Ele se aproxima em triunfo.

Os textos egípcios garantiam que Shu e Tefnut estiveram envolvidos nas extensas obras relacionadas com atividades espaciais, “segurando o Firmamento sobre a Terra”. O nome do filho desse casal de deuses, Geb, derivava da raiz gbb – “empilhar, amontoar” -, o que atesta, como concordam os estudiosos, seu envolvimento em obras que implicavam a formação de pilhas ou montes, portanto uma forte sugestão de que ele participou da construção das pirâmides.

Um conto egípcio sobre o faraó Khufu e seus três filhos revela que naquela época as plantas de construção secretas da Grande Pirâmide estavam sob a custódia do deus que os egípcios chamavam de Thoth, o deus da Sabedoria, astronomia, da matemática, da escrita, da geometria e da agrimensura. Deve ser lembrado que a Grande Pirâmide possui uma característica única: a presença de câmaras e passagens superiores. No entanto, como esses acessos foram vedados exatamente no ponto onde começam na passagem descendente, todos os faraós que tentaram
imitar as pirâmides de Gizé construíram as suas apenas com câmaras inferiores, ou por serem incapazes de fazer as superiores por falta de conhecimento arquitetural preciso ou (com o passar do tempo) simplesmente porque não sabiam de sua existência. Porém, parece que Khufu tinha
conhecimento das duas câmaras secretas dentro da Grande Pirâmide e esteve a ponto de descobrir as plantas de construção dos monumentos, pois ele foi informado sobre o local onde Thoth as escondera.

Encontrada no chamado Papiro Westcar e intitulada “Lendas dos Mágicos”, essa história conta que “um dia, quando o rei Khufu reinava sobre toda a Terra”, ele chamou seus três filhos e pediu a eles para lhe contarem lendas sobre os “feitos dos mágicos”, dos velhos tempos. O primeiro a falar foi “o filho real, Khafra”, que contou “uma lenda do tempo de seu ancestral Khufu Nebka… sobre o que aconteceu quando ele entrou no templo de Ptah”. Era um relato sobre como um mágico ressuscitou um crocodilo morto.

Então o filho real Bau-ef-Ra contou um milagre ocorrido na época de um ancestral de Khufu ainda mais antigo, quando um mágico separou as águas de um lago para uma jóia ser recuperada de seu leito. “Quando o mágico falou, usando sua linguagem mágica, ele trouxe as águas do lago de volta ao seu lugar”.

Um tanto cínico, o terceiro filho. Hor-De-Def, levantou-se e disse: “Ouvimos contar sobre os mágicos do passado e seus feitos, cuja veracidade não podemos comprovar. Já eu sei sobre coisas feitas em nossa época”. O faraó quis saber quais eram e Hor-De-Def respondeu que conhecia um homem chamado Dedi que sabia como recolocar uma cabeça decapitada, domar um leão e também conhecia “os números Pdut das câmaras de Thoth”. Ao ouvir isso, o faraó ficou extremamente curioso, pois estivera tentando descobrir as “Câmaras Secretas de Thoth” na Grande Pirâmide (já bloqueadas e escondidas na época de Khufu!). Portanto, ordenou que o sábio Dedi fosse encontrado e trazido de seu local de residência, uma ilha perto da ponta da península do Sinai.

Quando Dedi foi levado à presença de Khufu, o faraó primeiro testou seus poderes mágicos, tal como ressuscitar um ganso, uma ave e um boi que tinham sido decapitados. Então ele perguntou: “É verdade o que dizem, que tu conheces os números Pdut ou Iput de Thoth?”. Ao que Dedi respondeu: “Não conheço os números, ó rei, mas sei em que lugar estão os Pdut”.

Todos os egiptólogos concordam que a palavra Iput transmite o significado “câmaras secretas do santuário primevo” e que Pdut deve ser traduzido por “projetos, desenhos, plantas com números”.
Portanto, quando respondeu ao faraó, o mágico (cuja idade seria de 110 anos) disse mais exatamente: “Não conheço as informações que estão nos desenhos, ó, rei, mas sei onde Thoth escondeu as plantas com números”. Diante de novas perguntas, ele disse: “Há uma caixa feita de pedra de amolar na câmara secreta que é chamada de Sala dos Mapas em Heliópolis; elas estão lá”.
Entusiasmado, Khufu ordenou a Dedi que fosse pegar a caixa para ele, mas o mágico respondeu que nem ele nem o rei poderiam tê-la, pois ela fora destinada a ser descoberta por um futuro descendente de Khufu. “Isso foi decretado por Ra”, acrescentou. Atendendo a vontade do deus, Khufu, como já vimos, terminou construindo apenas um templo dedicado à Dona da Pirâmide perto da Esfinge e algumas obras secundárias em torno do complexo de Gizé.

O círculo de indícios comprobatórios assim está completo. Os textos sumérios e egípcios confirmam-se uns aos outros e confirmam nossas conclusões: uma mesma deusa era a dona do pico mais alto da península do Sinai e da montanha artificial erigida no Egito, que serviam como pontos de ancoragem das linhas imaginárias que formavam o Corredor de Aterrissagem.

Mas o desejo dos Anunnaki de manter a península e suas instalações como uma área neutra não prevaleceu por muito tempo. A rivalidade e o amor se combinaram de uma forma trágica para abalar o status quo, e logo a Terra dividida estaria enredada nas Guerras da Pirâmide que eclodiu entre os “deuses”.


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