Estatal russa Gaspron reduz em 40% envio de gás para Alemanha

Em meio à já reduzida oferta de combustíveis da Rússia para Europa devido à guerra na Ucrânia, a gigante de energia russa Gazprom diminuiu nesta terça-feira (14/06) em 40% os volumes máximos de entrega de gás para Alemanha através do gasoduto Nord Stream 1, no Mar Báltico. Segundo a estatal russa, o motivo são atrasos nos trabalhos de reparo realizado pela empresa alemã Siemens em uma turbina.

Estatal russa Gaspron reduz em 40% envio de gás para Alemanha

Fonte: Deutsche Welle

A Gazprom alega atrasos de entrega do conserto de uma turbina enviada para a Siemens para manutenção. Em resposta às sanções contra Moscou, a empresa cortou o fornecimento de vários clientes europeus, como Finlândia, Dinamarca e Holanda, que se recusaram a pagar em rublos.

Como resultado, apenas até 100 milhões de metros cúbicos de gás podem agora ser bombeados pelo gasoduto diariamente para a Alemanha – isso representa cerca de 60% do volume de 167 milhões de metros cúbicos de gás diários.

Segundo a Siemens, as turbinas de gás foram fornecidas à Rússia em 2009 e precisam passar por revisões regulares. Uma das turbinas está sendo revisada em Montreal, no Canadá. No entanto, de acordo com a Siemens, devido às sanções impostas pelo Canadá, o equipamento atualmente não pode ser enviado de volta à Rússia.

Abastecimento garantido

Apesar do volume de entregas reduzido, o governo alemão afirma que não haverá cortes no fornecimento.

Em entrevista ao canal de televisão tagesschau24 , Claudia Kemfert, do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica, disse que não vê gargalos de abastecimento. “Estamos nos meses de verão, então não é preciso muito gás”, afirmou.

Além disso, os estoques de gás estariam lotados para o inverno. Mas, segundo Kemfert, é importante analisar os motivos da limitação e quanto tempo as restrições vão durar.

Entregas caíram significativamente

As entregas de gás natural russo para a Europa já caíram significativamente desde as sanções europeias contra Moscou, impostas devido à invasão da Ucrânia pela Rússia. 

A Gazprom cortou o fornecimento de vários clientes europeus porque eles se recusaram a pagar o gás em rublos, como a Finlândia, Dinamarca e Holanda. Além disso, o gás já havia parado de ser bombeado pelo gasoduto Yamal-Europa, pela Polônia. O trânsito de gás russo pela Ucrânia também está reduzido.

Soma-se a isso o fato de o gasoduto Nord Stream 2, embora concluído, ainda não estar em operação, em parte por pressão de vários países à Alemanha, como uma espécie de “sanção” à Rússia. A menor oferta fez com que os preços da energia subissem significativamente na Europa. 

O gasoduto Nord Stream 1 é o de maior capacidade entre a Rússia e a Alemanha. Segundo a empresa operadora, 59,2 bilhões de metros cúbicos de gás natural foram exportados da Rússia para a Europa através dele em 2021.

Do lado alemão, o projeto foi impulsionado pelo ex-chanceler federal Gerhard Schröder, que governou até 2005 e é muito próximo ao presidente russo, Vladimir Putin. le/cn (DPA, Reuters, ots)


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