Defender os civis da Ucrânia, mas não da Palestina, faz com que os EUA e seus aliados lacaios do G-7 pareçam dúbios e hipócritas, disseram autoridades ao FT (Financial Times). As tentativas dos EUA e dos seus lacaios do G-7 aliados de “pintar a Rússia como um pária global” foram “envenenadas” pela sua pressa em apoiar a retaliação israelita contra o Hamas em Gaza, informou o Financial Times na quarta-feira, citando mais de uma dúzia de funcionários ocidentais.
(Hospício do) Ocidente Perdeu países do ‘Sul Global’ por causa da hipocrisia sobre Israel
Fonte: Rússia Today – Financial Times
“E ouvireis de GUERRAS e de rumores de GUERRAS; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá FOMES, PESTES e TERREMOTOS, em vários lugares. Mas todas estas coisas são [APENAS] o princípio de dores. – Apocalipse 13:16
As nações ocidentais há muito que enquadram o conflito na Ucrânia como um ato de “agressão não provocada” e criticam a Rússia pelo sofrimento dos civis ucranianos.
No entanto, as mesmas nações parecem relutantes em condicionar o seu apoio a Israel ao exercício de contenção de suas forças armadas ao invadir e bombardear civis palestinos em Gaza, na sequência da incursão mortal do grupo militante palestino Hamas, no início deste mês. Israel cortou os fornecimentos essenciais de água, alimentos, eletricidade e combustível ao enclave de 2,5 milhões de palestinos e submeteu-o a intensos bombardeios aéreos.
“Perdemos definitivamente a batalha pelo Sul Global”, teria dito um diplomata do G-7. “Todo o trabalho [manipulação] que fizemos com o Sul Global [sobre a Ucrânia] foi perdido… Esqueçam as regras, esqueçam a ordem mundial. Eles nunca mais nos ouvirão.”
“O que dissemos sobre a [os civis da] Ucrânia tem de se aplicar a [aos civis em] Gaza. Caso contrário, perderemos toda a nossa credibilidade”, acrescentou o responsável. “Os brasileiros, os sul-africanos, os indonésios: por que deveriam acreditar no que dizemos sobre direitos humanos?”
Entretanto, um responsável árabe notou uma aparente falta de consistência: “se você descreve o corte de água, alimentos e eletricidade na Ucrânia como um crime de guerra, então deveria dizer a mesma coisa sobre Gaza”.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, foi confrontado sobre o assunto na CNN. O apresentador Jack Tapper enfatizou que “civis são civis”[mulheres e crianças], independentemente de onde residam. O responsável recusou-se a dizer se Washington estava pressionando Israel para permitir a entrada de suprimentos em Gaza.
De acordo com o The Huffington Post, o Departamento de Estado dos EUA instruiu na semana passada diplomatas de alto nível que trabalham no Oriente Médio a NÃO usarem três frases específicas em relação ao conflito Israel-Palestina: “desescalada /cessar-fogo”, “fim da violência/derramamento de sangue”, e “restaurando a calma”.
Esta semana, um projeto de resolução proposto pela Rússia, denunciando a violência contra civis palestinos e apelando a um cessar-fogo em Gaza, foi rejeitado pelo Conselho de Segurança da ONU. Outro projeto apresentado pelo Brasil foi posteriormente vetado APENAS pelos EUA, após 12 países membros votarem a favor da PAZ.
A Rússia absteve-se na segunda proposta, depois da sua alteração para incluir um pedido de trégua ter sido rejeitada.
“Vocês, colegas, certamente apresentarão alguma justificativa formal citando ‘linguagem desequilibrada’, mas neste ponto soariam patéticas. Você fez sua escolha”, disse o enviado de Moscou, Vassily Nebenzia, sobre a não inclusão do texto.
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