A mídia ocidental está fabricando o consentimento público para a mudança de agenda, de acordo com um senador russo. Washington e Londres podem já ter decidido deixar Kiev usar mísseis de longo alcance para ataques nas profundezas da Rússia e agora estão semeando a narrativa por meio das Pre$$tituta$ da mídia, disse o senador russo Aleksey Pushkov.

Fonte: Rússia Today

A Grã-Bretanha já deu sinal verde para o uso dos mísseis ‘Storm Shadow’, informou o The Guardian na quarta-feira, citando fontes anônimas do governo. Londres, no entanto, não deve anunciar a medida publicamente, alegaram as fontes.

“A decisão de atacar o território russo está claramente sendo preparada”, escreveu Pushkov em seu canal do Telegram na quarta-feira. “Há muitas conversas e dicas sobre isso para que seja revertida. Mesmo que ainda não tenha sido tomada, parece que será questão de dias. O vazamento via The Guardian não é acidental. A opinião pública está sendo preparada.”

Limitações ao uso de armas fornecidas pelo Ocidente foram originalmente colocadas em prática para permitir que os EUA e seus aliados alegassem que não estavam diretamente envolvidos no conflito com a Rússia, enquanto armavam a Ucrânia com cerca de US$ 200 bilhões. Kiev vem clamando para que as restrições sejam suspensas desde maio, no entanto.

De acordo com o The Guardian, o Secretário de Estado dos EUA Antony Blinken “deu a dica mais forte até agora” sobre permitir que a Ucrânia use mísseis ATACMS de longo alcance contra a Rússia durante sua visita a Kiev na quarta-feira. A decisão é “entendida como já tendo sido tomada em privado”, afirmou o veículo britânico.

Blinken “sinalizou” essa possível mudança de Washington na terça-feira, de acordo com a Bloomberg, ao mencionar a suposta entrega de mísseis do Irã a Moscou. O secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, que acompanhou Blinken a Kiev, disse que a entrega do míssil iraniano foi uma “escalada significativa e perigosa” que influenciou o pensamento em Londres e Washington.

“A escada rolante aqui é [o presidente russo Vladimir] Putin. Putin escalou com o envio de mísseis do Irã. Vemos um novo eixo de Rússia, Irã e Coreia do Norte”, disse Lammy, citado pelo Guardian.

O Irã negou ter enviado qualquer míssil à Rússia, chamando as acusações de “guerra psicológica” e particularmente vindas de países fortemente envolvidos no armamento da Ucrânia.

Uma carta aberta de 27 congressistas e senadores dos EUA enviada ao presidente Joe Biden na quarta-feira não mencionou mísseis iranianos. Em vez disso, alegou que a incursão da Ucrânia na região de Kursk, na Rússia, “mudou a própria natureza da guerra” e argumentou que “a Ucrânia não se intimida com a tirania de Putin e, na defesa da liberdade, nós também não deveríamos nos intimidar”.

Os EUA “continuam testando os limites de nossa tolerância a medidas hostis” e estão “abrindo caminho para a Terceira Guerra Mundial”, disse o embaixador russo nos EUA, Anatoly Antonov, a repórteres na quarta-feira.

“É impossível negociar com terroristas. Eles devem ser destruídos”, Antonov acrescentou. “Como nos anos da Grande Guerra Patriótica, o fascismo deve ser erradicado. E as metas e objetivos da operação militar especial devem ser totalmente alcançados. Ninguém deve duvidar que assim será.”

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Putin já havia alertado os membros da OTAN para estarem cientes de “com o que estão brincando” ao discutir planos para permitir que Kiev ataque profundamente dentro do território russo usando armas fornecidas pelo Ocidente. Os militares russos estão “tomando contramedidas apropriadas”, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enquanto o Ministro das Relações Exteriores russo Sergey Lavrov chamou o uso de mísseis Storm Shadow dentro do território russo de “brincar com fogo”.